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AUTONOMIA

Artigo: Bioética da Proteção: vulnerabilidade e autonomia dos pacientes


com transtornos mentais

"A reflexão bioética se presta para clarificar as ações empreendidas, no sentido


de que fortaleçam o mais possível a dignidade de pacientes e familiares e de
qualquer um que se encontre mais fragilizado por dificuldades emocionais. A
análise bioética também deve estender- se ás discussões e deliberaçoes sobre
os direitos de pessoas em sofrimento mental, inclusive nas istâncias políticas e
comunitárias, nas quais se organizam usuários, profissionais e familiares."

"Na saúde mental, a maior vulnerabilidade dos pacientes implica em uma atitude
terapêutica de mais autoridade na relação com o paciente, o paternalismo, que
restringe sua liberdade e responsabilidade para decidir sobre a própria vida."

(Ser autônomo é basicamente a possibilidade de o sujeito realizar escolhas para


que tenha melhor qualidade de vida. Traz benefícios para os sujeitos quando é
restituído ao sujeito o cuidado com a própria saúde, com a relação com outras
pessoas, proporcionando a inclusão social, oportunidade de novas experiências
e bem-estar nessas vivências. Não devemos desconsiderar em absoluto o
direito a autonomia desse paciente.

Nos casos de pessoas com transtornos mentais esse assunto é um pouco


delicado, visto que, a autonomia é importante no processo de cuidado e
reabilitação dos sujeitos, mas até que nível o modelo autonomista é aplicável
aos pacientes psiquiátricos?)

"Eu que mando em mim! Não quero mais saber de remédios nem terapias!"

(A aceitação do tratamento não é algo tão simples, aderir a um tratamento


significa entrar em concordância com a conduta proposta pela equipe
terapêutica. Pois existem os fatores para essa falta de adesão ao tratamento,
sendo eles, a negação da enfermidade e o temor aos efeitos colaterais dos
medicamentos. Então, olhando para esse lado, até que ponto se aplica essa
autonomia sem prejudicar o mesmo?

Se o portador se encontra numa atitude de recusa do tratamento, é o momento


do enfermeiro e da equipe orientar a família para que a mesma tome a dianteira
e procure sensibilizar o doente a aceitar o tratamento para ter uma melhora no
seu quadro).

"Desconsiderar em absoluto o direito a autonomia do paciente com transtornos


mentais seria apostar em uma sociedade mais fechada e desumana."

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