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3. Anatomia Aplicada
Fonte: portalholofote.com
CASO CLÍNICO
30 / 07 / 2021
Identificação:
Paciente GMF, sexo masculino, melanoderma, solteiro, 19 anos de idade. Sem comorbidades, uso de medicamentos ou alergias
conhecidas.
Exame Físico:
A: Vias aéreas pérvias, vocalizando.
B: Taquipneico (FR: 26 irpm), hipóxico (SpO2: 87% em AA), ausculta limpa, percussão timpânica.
C: RCR2T, sem sopros, FC: 79bpm |PA: 120 x 70 mmHg, TEC lentificado, pulsos filiformes
D: ECG 15/15 sem déficits neurológicos localizatórios
E: Lesão por PAF em região abdominal, apresentando orifício de entrada na FID com sangramento
ativo. Ausência de fraturas e demais alterações.
Conduta:
Encaminhado ao Centro Cirúrgico com urgência para realização de Laparotomia:
- Lesões múltiplas de intestino grosso (cólon transverso e mesocólon)
- Lesões de mesentério e jejuno, a nível do ângulo de Treitz
- Realizada rafia primária das lesões + Hemotransfusão
- Fechamento da cavidade
Fonte: portalholofote.com
Fonte: Prontuário Eletrônico HMH, Mariana/MG.
CASO CLÍNICO
30 / 07 / 2021 – PO Imediato
PO Imediato:
- Ao exame: REG, anictérico e acianótico. Normotenso, FC: 103 bpm | FR: 22 irpm | SpO2: 96% em AA | Abdome
distendido, desconforto próximo à FO. RHA presentes, porém reduzidos. Sem eliminação de flatos ou episódios de
evacuação. Diurese em pequena quantidade e concentrada em SVD (250mL).
Evolução:
- Paciente admitido em CTI da SCMOP: 5º DPO de peritonite secundária à perfuração por PAF, respirando por VM via TOT
- Instável hemodinamicamente, com uso de Noradrenalina à 17mL/h
- Apresenta hipercalemia (K+: 7,3mEq/L) e uremia (U: 189mg/dL) com urgência dialítica + Acidose Metabólica grave, mantida após
administração de 100mL de Bicarbonato durante transporte.
Conduta:
- Início de TSR
Conduta:
Terceira abordagem cirúrgica: Laparotomia exploratória seguida de duodenorrafia com colocação de sonda + lavagem de cavidade +
colocação de 02 drenos abdominais + Peritoneostomia
Exames:
Conduta:
1. Retorno da dieta parenteral
2. Prescrito 300mL de concentrado de hemácias
03/08/2021
09/08/2021
14/08/2021
02/08/2021
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Os achados clínicos das lesões duodenais são inespecíficos e variam conforme a localização e extensão da lesão!!!
Hematoma duodenal
- SNG
- NPT
LAPAROTOMIA
- Lesões de Grau I
- Lesões de Grau II 70 a 80% dos casos Reparo primário
1. Exclusão pilórica
- Lesões de Grau III 2. Anastomose duodenojejunal
- Lesões de Grau IV Requerem reparos definitivos, podendo incluir
3. Duodenoduodenoanastomose
4. Duodenopancreatectomia (Whipple)
Técnica (pontos-chave):
Potencialmente ulcerogênico
Técnica (pontos-chave):
Fonte: NETO, J. C., et al. 2014. Desenhos: Junior Falcetti. São Paulo, 2013.
COMPLICAÇÕES
1. Peritonite
2. Fístulas
3. Hemorragia
4. Deiscência
5. Infecção
6. Sepse
7. Distúrbios hidroeletrolíticos
Fonte:
FÍSTULA DUODENAL
- Fístula: comunicação anormal entre dois epitélios através de um trajeto
- Etiologias: Doença Inflamatória Intestinal
Complicações pós operatórias
Isquemias
- Fatores de Risco: Desnutrição
Idade
Comorbidades
Deiscência
Infecção
- Principais Transtornos: Distúrbios Hidroeletrolíticos
Infecção
Hemorragias
Obstrução intestinal
Desnutrição
Fonte:
FÍSTULA DUODENAL
Primeira semana de PO
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
(Pico entre o 5º e7º dias)
1. Dor abdominal intensa
2. Febre, Leucocitose
3. Instabilidade hemodinâmica: taquicardia, hipotensão
4. Se dreno justaduodenal: aumento do conteúdo efluente ou este pode tornar-se bilioso ou hemático
- Técnica cirúrgica que consiste em deixar a cavidade abdominal aberta permitindo reparo de problemas fisiológicos
- Intimamente relacionada à Cirurgia de Controle de Danos
Abdome Séptico
COMPLICAÇÕES:
Perda de fluidos e de proteínas
Formação de Fístulas
Evisceração
Isquemia intestinal
Fonte: Rev. Col. Bras. Cir. 2016; UpTodate, 2021; Arquivo Pessoal.
PERITONEOSTOMIA
TÉCNICAS
- Policloreto de Vinila (“saco plástico”) - Polietileno fenestrado entre as - Espuma de poliuretano (PU) ou
- Pode ser utilizada em associação vísceras e o peritônio parietal + polivinil-álcool (PVA) + adesivo +
com tela de polipropileno compressa úmida + drenos de pressão negativa (125mmHg)
- Baixo custo, disponibilidade, sucção (100 – 150mmHg negativos) - Remove fluidos, ↑ oferta de sangue
ausência de reações, protege contra - Mantém integridade, mensuração - Raras complicações
perda de calor segura do fluido perdido
- Drenos, lavagem, evisceração - SCA, deiscência, isquemia
Fonte: Rev. Col. Bras. Cir. 2016.
PERITONEOSTOMIA
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES
- Perda de fluidos
- Perda de eletrólitos
- Perda de calor
- Risco de evisceração
- Risco de isquemia intestinal
- Infecção
- Evisceração
- Aderências
1. MATTOX, K. L; MOORE, E. E; FELICIANO, D. V. TRAUMA, 7ª Edição, 2013. Capítulo 32: Duodeno e Pâncreas.
FRAGA, G. P.; BIAZOTTO, G.; VILLAÇA, M. P.; ANDREOLLO, N. A.; MANTOVANI, M. Duodenal trauma: factors related to morbimortality.
2008.
2. MOTA, D.C., SCARPELINI, S. Injuries to the hollow viscera. 2007. Cirurgia de Urgência e Trauma, capítulo 05.
3. NETO, J. C. et al. Is there a role for pyloric exclusion after severe duodenal trauma? Revista Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2014.
4. : Lucas CE. The Therapeutic Challenges in Treating Duodenal Injury. J Trauma Critical Care Emerg Surg 2013;2(3):126-133.
5. Niels Martin, MD, FACS, FCCM; Babak Sarani, MD, FACS, FCCM. Management of the open abdomen in adults - UpToDate, 2021.
6. Paul M Palevsky, MD. Kidney replacement therapy (dialysis) in acute kidney injury in adults: Indications, timing, and dialysis dose.
UpToDate, 2021.
7. GOFFI, Fábio Schmidt. Técnica Cirúrgica – Bases Anatômicas, Fisiopatológicas e Técnicas da Cirurgia. 4ª Edição. Editora Atheneu,
2007.
8. CONRADO, ACC et al. Traumatic duodenal fistula treated by percutaneous endoscopic duodenostomy ecoguiada, 2010.
9. Pio MEA, Mageste PS, Costa CJ, Ferreira AP. Principais indicações e complicações da Peritoneostomia. RECMVR. 2018 Fev; 1:47-53.
10. Comparative study of abdominal cavity temporary closure techniques foramage control. Rev. Col. Bras. Cir. 2016; 43(5): 368-373