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RISCO E VULNERABILIDADE

Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena


Curso: Gestão em Saúde Coletiva Indígena
Tema Contextual: Promoção da Saúde
Prof. Msc. ANA PAULA BARBOSA ALVES
O RISCO

É a possibilidade da ocorrência de um evento (futuro) acontecer


ou atingir determinada área, população ou indivíduo.
Uso dos termo Risco:

 Automedicação traz riscos a saúde;

 Aumenta o risco de acidentes nos finais de semana;

 Eventos de grande porte, como a copa do mundo, traz riscos de


vandalismo;
 Hábitos saudáveis diminuem risco de doenças;

 Pessoas de maior renda social tem risco diminuído de adoecer quando


expostos a agentes patogênicos quando comparadas as de menor
renda social.
O RISCO

É A PROBABILIDADE DE SE OBTER
UM RESULTADO QUE GERA
AGRAVO, UM EFEITO ADVERSO.

OU DE ESTAR PRESENTE UM FATOR


QUE AUMENTE A PROBABILIDADE
DESSA OCORRÊNCIA.
A percepção do RISCO e a reação dependem:
• Experiência prévia;

• Informação;
• Valores adquiridos;
Processo de Aprendizagem
 Risco está relacionado a uma probabilidade e é usado para
definir a saúde do homem, dos animais, plantas e ecossistemas.

 Risco está diretamente relacionado aos hábitos e estes podem


ser agrupados da seguinte maneira:
O RISCO

• Hábitos que reduzem os riscos = Fatores protetores

• Hábitos que aumentam os riscos = Fatores de risco


O RISCO
O Risco está diretamente relacionado aos Fatores do risco e
estes determinam as ações a serem desenvolvidas para
enfrentá-los.
FATOR DE RISCO; O que são?
Chama-se fator de risco a qualquer situação que aumente a
probabilidade de ocorrência de uma doença ou agravo à saúde.
FATORES DE RISCO
 São elementos com grande probabilidade de desencadear ou estar
associado a um evento indesejável comprometendo o equilíbrio saúde –
doença.

Pessoais: Baixa Autoestima; Impulsividade; Vítima de Abuso Sexual

Familiares: Conflitos Intrafamiliares; Autoritarismo Permissividade

Escolares: Falta de Compromisso com o estudo Repetência; Evasão

Sociológicos: Explosão Demográfica; Vizinhança Social Deteriorada;


Acesso fácil à droga; Sedentarismo; Mídia.
Prosseguindo; na população existem grupos mais suscetíveis a adoecer,
chamado de Grupo de Risco.

Corresponde a uma população sujeita a determinados fatores ou com


determinadas características, que a tornam mais propensa ater ou adquirir
determinada doença e/ou sofrer algum agravo.
Na população existem grupos mais suscetíveis a adoecer,
chamado de Grupo de Risco.
Ampliando a visão dos grupos
de risco chegou-se ao
conceito de Comportamento
de Risco – que é a
identificação de características
comuns entre as pessoas que
aumentam as chances de
ocorrência de um agravo ou
doença.
VULNERABILIDADE

• O conceito surgiu para ampliar a visão sobre os problemas de saúde.


• Tem origem na área dos direitos humanos e se refere a indivíduos
fragilizados na garantia da promoção e proteção de seus direitos.
O que é Vulnerabilidade?

 Vulnerabilidade é definida como o estado de indivíduos ou grupos que,


por alguma razão, têm sua capacidade de autodeterminação reduzida,
podendo apresentar dificuldades para proteger seus próprios
interesses devido a déficits de poder, inteligência, educação, recursos,
força ou outros atributos.

 Pode ser analisada na dimensão individual, social e institucional.


VULNERABILIDADE

“A vulnerabilidade faz parte da condição


humana, tanto quanto a capacidade que
temos de enfrentá-la no exercício de
nossa humanidade. Ao analisarmos os
riscos ambientais, a vulnerabilidade é
expressão simultânea da liberdade
humana e de seu abuso.”
Marcelo Firpo Porto –Uma
ecologia política de riscos
DETERMINANTES DA VULNERABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL

 AUMENTO DO TAMANHO DA POPULAÇÃO;

 URBANIZAÇÃO E AUMENTO DA DENSIDADE EM POLOS URBANOS;

 ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO;

 REDUÇÃO DA RESISTÊNCIA POR EXPOSIÇÃO A PRODUTOS TÓXICOS;

 DESGATE POR OBESIDADE E OUTROS PROBLEMAS DO CONSUMO;

 DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E PERDA DA BIODIVERSIDADE


DETERMINANTES DA VULNERABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL

 COMERCIO E CONSUMO DE ANIMAIS SELVAGENS;

 AUMENTO DA MOBILIDADE POR INSTABILIDADE NO TRABALHO;

 PERSISTÊNCIA DE BOLSÕES DE MISÉRIA;

 DESIGUALDADE SOCIAL E EXPANSÃO DO CIRCUITO INFERIOR


URBANO.
VULNERABILIDADE

Segundo Ayres et al. A vulnerabilidade individual compreende os


aspectos biológicos, emocionais, cognitivos, atitudinais e
referentes às relações sociais.
A social é caracterizada por aspectos culturais, sociais e
econômicos que determinam as oportunidades de acesso a bens
e serviços.
A vulnerabilidade institucional ou programática refere-se aos
recursos sociais necessários para a proteção do indivíduo a riscos
à integridade e ao bem-estar físico, psicológico e social.
VULNERABILIDADE

Segundo Ayres et al., a


vulnerabilidade depende da
combinação dos elementos dos três
domínios no momento atual. Depende
também das experiências relativas a
cada um deles, no passado, e de como
as pessoas lidaram e lidam com as
facilidades e as dificuldades da vida.
CENÁRIO GLOBAL CARACTERIZADO POR PARADOXOS E
INCERTEZAS

 CRISES RECENTES DE ABRANGÊNCIA NACIONAL E INTERNACIONAL;

 SENTIMENTO DE CRESCENTE AUMENTO DAS INCERTEZAS E DAS


VULNERABILIDADES;

 DIFERENTES EXPRESSÕES DE SOFRIMENTO DIFUSO NAS SOCIEDADES.


VULNERABILIDADE

O processo de globalização e de
restruturação traz como consequência a
forte segmentação da sociedade em pelo
menos três pedaços: excluídos, vulneráveis
e integrados. Será que transitam os da
pluralidade da reforma urbana para a sua
fragmentação?
(RIBEIRO,L.C.-Globalização, Fragmentação
e Reforma Urbana,1994)
VULNERABILIDADE

Uma nova segmentação da população


urbana é produzida, com aqueles
integrados ao circuito principal, os
denominados vulneráveis, por sua
inserção no circuito inferior, dinâmico
mas inseguro, e os excluídos, aqueles que
não conseguem mais trabalho ou outra
fonte de renda, e acabam perdendo até
mesmo sua condição de cidadania.
(Sabroza,1999)
Referências:
Aleixo, N.C.R., Sant´Anna Neto, J.L.: Percepção e Riscos, Abordagem
Socioambiental do Processo Saúde-Doença; Mercator, Fortaleza, v.10, n.22,
p.191-208, 2011. www.mercator.ufc.br.

http://www.epsjv.fiocruz.br/pdtsp/index.php?
livro_id=6&area_id=2&capitulo_id=77&autor_id=&arquivo=ver_conteudo_2:G
ráciaMariadeMirandaGondim;DoConceitodeRiscoaodaPrecaução:entredetermi
nismoseincertezas.
Ayres, JRCM. O conceito de vulnerabilidade e as práticas de saúde: novas
perspectivas e desafios. In: Czeresnia D, Freitas, C M (organizadores).
Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz;
2003.p.117-39.

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