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MÓDULO I

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM
GESTÃO MUNICIPAL DO SUS

1
AULA

04
Mapa Estratégico
da Gestão

2
CRÉDITOS
Todos os direitos reservados. É permitida a
reprodução parcial ou total desta obra, desde
que citada a fonte e que não seja para venda
ou qualquer fim comercial. O conteúdo desta
publicação foi desenvolvido e aperfeiçoado
pela equipe CONASEMS e pela Faculdade de
Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora
– Suprema.

FICHA
CATALOGRÁFICA
Fascículo. CONASEMS. Curso de
Aperfeiçoamento em Gestão Municipal do
SUS . Módulo I: Introdução à Gestão
Municipal do SUS - Aula 4 – Mapa Estratégico
da Gestão.

3
FICHA TÉCNICA
Curadoria de conteúdos – Conasems
Cristiane Martins Pantaleão
Denise Rinehart
Marcos da Silveira Franco
Nilo Bretas Junior

Conteudistas – Conasems
Marcos da Silveira Franco

Gestora Educacional
Simone Ferreira de Assis

Coordenação Pedagógica e Técnica


Célia Regina Machado Saldanha
Rodrigo Almeida
Rogério Pinheiro Nunes

Designer Instrucional
Carla Cristini Justino de Oliveira

Web Desenvolvedor
Aidan Wenceslau Bruno
Vitor Almas

Coordenação Geral
Conexões Consultoria em Saúde Ltda

Este material foi elaborado e desenvolvido pela equipe técnica e pedagógica


do Mais CONASEMS em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas e da
Saúde de Juiz de Fora – Suprema.

4
BEM-VINDO(A)!
Este é o Fascículo da Aula 4 - Módulo I
que apresenta de forma mais
aprofundada o conteúdo abordado na
Aula 4.
A proposta é agregar mais
conhecimento à sua aprendizagem, por
isso leia-o com atenção e consulte-o
sempre que necessário!

5
INTRODUÇÃO

Nesta Aula 4 pretende-se apresentar o trajeto


metodológico que será adotado no curso para a
construção de um mapa estratégico da gestão
municipal ou do serviço ao qual você está vinculado.
Esse mapa estratégico será construído por você, no
decorrer do curso, a partir de um diagrama que o
ajudará a visualizar as responsabilidades da gestão
municipal de saúde. O diagrama apresenta as fases
desse desenvolvimento e a relação com os conteúdos
desenvolvidos nas demais aulas.

Reflita um pouco...
Você consegue visualizar as responsabilidades da
gestão municipal de saúde? Sabe analisar e priorizar as
suas ações? E o Planejamento, considera que seja um
facilitador ou lhe toma um tempo indevido?

Nesta aula, você entenderá a dinâmica do curso, no


sentido de correlacionar as responsabilidades da
gestão e o planejamento como instrumento de gestão
por meio do Mapa Estratégico da Gestão.
Espera-se que a compreensão dos temas abordados
possa contribuir, significativamente, para a construção
do Planejamento no município e no Planejamento
Ascendente no SUS.

6
OBJETIVOS DA
APRENDIZAGEM
DA AULA:

01 Reconhecer o planejamento
como instrumento de gestão.

02
Compreender o mapa
estratégico como visualização do
processo de planejamento.

03
Conhecer o trajeto metodológico que
será adotado no curso para a
construção de um mapa estratégico.

04
Analisar as prioridades na sua
gestão e a estratégia para
enfrentá-las evidenciando a sua
agenda e ações.

7
SUMÁRIO
1 Reflexões Iniciais

2 Planejamento no SUS

3 Mapa Estratégico da Gestão

4 O Diagrama de Responsabilidades

5 Finalizando

8
REFLEXÕES
INICIAIS
9
Você sabia que há gestores, técnicos e
especialistas em gestão estratégica que
possuem dificuldades na aplicação dos
conceitos em gestão estratégica na sua
prática profissional?

Por isso, tentar traduzir a essência dos


conceitos com exemplos reais é um recurso
adotado que permite uma aproximação com a
realidade da vida prática do gestor e pode ser
um bom exercício.

AULA 4 | REFLEXÕES INICIAIS 10


Portanto, a construção de um Mapa
Estratégico da Gestão será o elemento
transversal do Curso “Ser Gestor do SUS” e a
sua construção acompanhará todo o seu
percurso de aprendizagem.

Para o curso, entendemos o Mapa


Estratégico como a representação gráfica
das estratégias utilizadas pela gestão para
superar os desafios no alcance das suas
metas planejadas.

Trata-se de uma abordagem simplificada


que tem como objetivo incorporar o
planejamento como tecnologia de gestão,
com a construção do Mapa Estratégico.
 

AULA 4 | REFLEXÕES INICIAIS 11


PLANEJAMENTO
NO SUS

12
JÁ PENSOU NAS
CONSEQUÊNCIAS DE UM
DIA A DIA SEM
PLANEJAMENTO?

Sem planejamento e sem organização, a


gestão pode ser capturada por situações e
problemas, e às suas portas bater,
diariamente, as mais diversas demandas,
que podem não ser, necessariamente, as
prioritárias.

O dia a dia do gestor é tomado por fatos


como:
❖ uma ambulância quebrada na
transferência de um paciente grave;
❖ a paralisação de um serviço por falta de
material;
❖ longas filas de espera;
❖ falta de médicos;
❖ busca por vagas de UTI ou
❖ necessidades de consultas de
especialidades em municípios da região.

Soma-se a esse cenário, complexo e


frequente, a busca incansável por recursos
financeiros, gestão das ações judiciais, a
pressão da Câmara Municipal, do Prefeito,
dos trabalhadores e dos usuários.

AULA 4 | PLANEJAMENTO NO SUS 13


Nesse turbilhão diário de demandas urgentes
e confusas, o gestor, menos avisado, pode
incorrer em erros graves e tomar decisões por
impulso.

Nesse voo cego, buscando responder a


demandas sem planejamento e,
consequentemente, sem organização, suas
ações podem envolver o gasto de muitos
recursos com o mínimo efeito, ou, por vezes,
com efeitos contrários ao desejado.
 
Em relação ao planejamento, relembramos
que há instrumentos que lhe dão expressão
concreta. Destacam-se, inicialmente:

❖ a Lei Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990;


❖ a Lei Nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990
(leis orgânicas da saúde) e
❖ a Lei Complementar Nº 141, de 13 de
janeiro de 2012.

AULA 4 | PLANEJAMENTO NO SUS 14


LEI Nº. 8.080/1990

Da Lei Nº 8.080/1990, destacamos:

Art. 15 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, e,
em especial, as seguintes atribuições:

VIII - Elaboração e atualização periódica do plano de


saúde;
XVIII - Promover a articulação da política e dos planos
de saúde.

Art. 36, dentro do capítulo III (que trata do


planejamento e do orçamento) o qual estabelece o
processo de planejamento e orçamento do SUS, que
“será ascendente, do nível local até o federal, ouvidos
seus órgãos deliberativos, compatibilizando-se as
necessidades da política de saúde com a
disponibilidade de recursos em planos de saúde dos
Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União”.

Essa lógica de formulação ascendente é um dos


mecanismos relevantes na observância do princípio de
unicidade do SUS.

O seu cumprimento é desafio importante, tendo em


conta as peculiaridades e necessidades próprias de
cada município, estado e região do País, o que dificulta
a adoção de um modelo único aplicável à todas as
instâncias.

AULA 4 | PLANEJAMENTO NO SUS 15


LEI Nº. 8.080/1990

Nos parágrafos 1º e 2º do Art. 36, são


definidos a aplicabilidade dos planos de
saúde e o financiamento das ações dele
resultantes.

• 1º parágrafo: estabelece que “os planos


de saúde serão a base das atividades e
programações de cada nível de direção
do SUS e seu financiamento será previsto
na respectiva proposta orçamentária”.

• 2º parágrafo: veta a “transferência de


recursos para o financiamento de ações
não previstas nos planos de saúde, exceto
em situações emergenciais ou de
calamidade pública, na área de saúde”.

AULA 4 | PLANEJAMENTO NO SUS 16


LEI Nº. 8.142/1990

Nesta Lei, o seu Art. 4º, entre os requisitos


para o recebimento dos recursos
provenientes do Fundo Nacional de Saúde,
fixa que os Municípios, Estados e o Distrito
Federal devem contar com plano de saúde e
relatório de gestão que permitam o controle
de que trata o §4º do artigo 33 da Lei Nº.
8.080/1990.

O §4º do artigo 33 da Lei Nº. 8.080/1990


trata, especificamente, do
acompanhamento, pelo Ministério da Saúde,
da aplicação de recursos repassados na
conformidade da programação aprovada, a
ser realizado por meio de seu sistema de
auditoria.

AULA 4 | PLANEJAMENTO NO SUS 17


LEI COMPLEMENTAR
Nº141/2012
❖ Regulamenta o § 3o do Art. 198 da
Constituição Federal para dispor sobre os
valores mínimos a serem aplicados
anualmente pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios em ações e serviços
públicos de saúde;

❖ estabelece os critérios de rateio dos recursos


de transferências para a saúde e as normas
de fiscalização, avaliação e controle das
despesas com saúde nas 3 (três) esferas de
governo;

❖ revoga dispositivos das Leis Nos 8.080/1990 e


8.689/1993 e dá outras providências.

Destacamos em especial:

❖ Art. 22º que veda a exigência de restrição à


entrega dos recursos referidos no inciso II do
§ 3º do Art. 198 da Constituição Federal na
modalidade regular e automática prevista
nesta Lei Complementar, os quais são
considerados transferência obrigatória
destinada ao custeio de ações e serviços
públicos de saúde no âmbito do SUS, sobre a
qual não se aplicam as vedações do inciso X
do Art. 167 da Constituição Federal e do Art.
25 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio
de 2000.

AULA 4 | PLANEJAMENTO NO SUS 18


Também, destacamos da Lei Complementar Nº 141/2012:

Art. 30. Os planos plurianuais, as leis de diretrizes orçamentárias,


as leis orçamentárias e os planos de aplicação dos recursos dos
fundos de saúde da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios serão elaborados de modo a dar cumprimento ao
disposto nessa Lei Complementar.
§ 1º O processo de planejamento e orçamento será ascendente e
deverá partir das necessidades de saúde da população em cada
região, com base no perfil epidemiológico, demográfico e
socioeconômico, para definir as metas anuais de atenção integral
à saúde e estimar os respectivos custos.
§ 2º Os planos e metas regionais resultantes das pactuações
intermunicipais constituirão a base para os planos e metas
estaduais, que promoverão a equidade interregional.
§ 3º Os planos e metas estaduais constituirão a base para o plano e
metas nacionais, que promoverão a equidade interestadual.
§ 4º Caberá aos Conselhos de Saúde deliberar sobre as diretrizes
para o estabelecimento de prioridades.

O processo de planejamento da esfera pública, deveria ser o


principal instrumento para definir as prioridades e as ações
governamentais, porém, desempenha papel secundário na Gestão
Pública e na maioria das vezes, esse processo visa atender meros
aspectos formais e burocráticos - contábeis e financeiros. (PETRI
ET AL, 2014).

Para reverter essa situação é importante a adequação das


diretrizes estratégicas com os processos organizacionais que
permitam a identificação, compreensão e coordenação dos
processos administrativos de maneira eficiente, proporcionando o
cumprimento dos princípios constitucionais da Administração
Pública.
 

AULA 4 | PLANEJAMENTO NO SUS 19


MAPA
ESTRATÉGICO DA
GESTÃO
20
ESTÁ PRONTO PARA
COMPREENDER A
CONSTRUÇÃO DO MAPA
ESTRATÉGICO?

O Mapa Estratégico é a representação


gráfica dos objetivos estratégicos definidos
pela gestão para superar os desafios no
alcance das suas metas planejadas.

O curso utilizará de abordagens sucessivas


para a construção de um Mapa Estratégico.

Todo o trabalho desenvolvido por você, aluno


gestor, será disponibilizado em um
repositório individual, com acesso pelo AVA,
construindo uma memória das análises
realizadas a partir de cada tema abordado.

Ao final do curso você terá pronto um


material que será a base para a construção
do Mapa Estratégico para o município de
alunos da gestão municipal do SUS, ou para
o serviço de alunos que não estão inseridos
na gestão municipal do SUS.

AULA 4 | MAPA ESTRATÉGICO DA GESTÃO 21


Podemos expressar o trajeto metodológico
do aluno do Curso Ser Gestor do SUS para o
Mapa Estratégico da seguinte maneira:

Conhecimento do DIAGRAMA DE
RESPONSABILIDADES.
1

Análise do plano municipal


de saúde atual.

Abordagem temática de seus


principais componentes.
3

Análise do tema da aula abordado na


unidade relacionando-o ao município
ou área de atuação do aluno.
4

AULA 4 | MAPA ESTRATÉGICO DA GESTÃO 22


Organização destas análises
elencando prioridades no município
ou na área de sua atuação.
5

Estabelecimento do que se
espera ou metas.

Estabelecimento de estratégias
para alcance dessas metas.
7

Construção gráfica do MAPA


ESTRATÉGICO.
8

AULA 4 | MAPA ESTRATÉGICO DA GESTÃO 23


O DIAGRAMA DE
RESPONSABILIDADES

24
AFINAL, COMO
DESENVOLVER O
DIAGRAMA DE
RESPONSABILIDADES?

Na medida em que o SUS se desenvolve,


simultaneamente, vários setores se apropriam dessa
Política de Estado e demandam mais e maiores
responsabilidades da gestão municipal de saúde.

Tais responsabilidades podem ser desdobradas e variar


ao longo do mandato do gestor ou em diferentes
situações regionais.
 
Outra questão importante: o desenvolvimento deste
diagrama não se limita às suas dimensões nem às
suas especificidades, o que facilita ao gestor
dimensioná-lo de acordo com as circunstâncias de sua
atual gestão.

Reflita sobre “como seria um diagrama segundo o


entendimento atual que possuem sobre essas
responsabilidades de gestão”.

AULA 4 | O DIAGRAMA DE RESPONSABILIDADES 25


O Manual do Gestor do CONASEMS, (2021)
traz uma reflexão sobre os três eixos do agir
do(a) gestor(a):

“Ser Gestor(a) do SUS se afirma no agir


político, que também é técnico e ético. No
que se refere ao aspecto técnico, se faz
necessário que o gestor do SUS possa
articular saberes e práticas de gestão para
cumprir suas atribuições e funções, o que
exigirá um conjunto de conhecimentos,
habilidades e experiências na área da
administração pública, governança,
planejamento e cuidado em saúde para
execução das políticas de saúde. Quanto ao
aspecto ético, refere-se à razão pública de
Ser Gestor(a) do SUS, cuja responsabilidade
emerge como exigência de uma ação
necessariamente coletiva e pública,
comprometida com o encorajamento,
exercício e cultivo de uma ética de defesa e
afirmação da vida em sociedade.”

Ao continuar o estudo, você vai perceber que


para este curso foram ampliadas as dimensões
das responsabilidades da gestão. Nesse caso,
optou-se, portanto, por analisar e organizar as
responsabilidades da gestão a partir de quatro
dimensões, tais como: política, técnica, ética e
administrativa - para facilitar o entendimento
das demandas atuais para a gestão no SUS.

AULA 4 | O DIAGRAMA DE RESPONSABILIDADES 26


O ponto inicial será a construção de um
diagrama de responsabilidades da gestão,
estruturado, portanto, nas, quatro grandes
dimensões presentes na rotina diária da
gestão, como visto na aula 3 e nesta aula:

Política

Técnica

Administrativa

Ética

Cada tema abordado durante o curso poderá ser


localizado nesse diagrama de responsabilidades e
contextualizado em relação ao papel do(a) gestor(a)
apresentando conceitos e sugestões para uma
análise da situação na gestão municipal ou na sua
área de governabilidade profissional.

AULA 4 | O DIAGRAMA DE RESPONSABILIDADES 27


Para exemplificar, pense nos consórcios como
um dos temas escolhidos como prioritário
pelo(a) gestor(a).

A análise desta situação por você deve


considerar:

as questões políticas: como pensa o


executivo e o legislativo;

as questões técnicas: quais ações


consorciadas poderão ser adotadas
para equacionar as demandas
municipais na saúde e qual a sua
relação com a Rede de Atenção à
Saúde;

as questões administrativas: avaliar


o cumprimento de normas públicas
administrativas;

as questões éticas: avaliar os


aspectos do relacionamento jurídico
e ético com o SUS, como o olhar da
equidade na garantia do acesso.

AULA 4 | O DIAGRAMA DE RESPONSABILIDADES 28


Isso quer dizer que, quando o gestor analisar
a situação dos consórcios deverá considerar
as quatro grandes dimensões, como
mostrado no esquema seguinte:

Em cada uma destas dimensões, sugere-se a


divisão em áreas principais.

AULA 4 | O DIAGRAMA DE RESPONSABILIDADES 29


Assim, exemplificando, a dimensão política
poderá ser dividida nos seguintes campos de
ação do gestor:

❖ prefeito,
❖ secretários do município,
❖ membros do legislativo,
❖ secretários municipais de
saúde da região,
❖ sociedade civil.

Cada um desses campos, por sua vez, em


vários temas. Veja por exemplo, o diagrama
seguinte, na área de responsabilidade do
gestor municipal da saúde frente ao
prefeito, com a abordagem dos seguintes
temas:

participação no grupo político do


prefeito;

plano de governo para a saúde


submetido às eleições e atualizada
pelo prefeito;

posicionamento do prefeito frente


aos consórcios ou outras instituições
parceiras da saúde;

a visão do prefeito sobre a


governança na Secretaria Municipal
de Saúde.

AULA 4 | O DIAGRAMA DE RESPONSABILIDADES 30


 
Da mesma forma, as demais áreas da dimensão política
comporão temas a partir de suas especificidades e o curso
abordará alguns campos de ação e temas que são prioritários
para a gestão municipal de saúde neste momento. A figura
seguinte apresenta um grande leque de possibilidades na
dimensão política, com sugestões de áreas e temas.

DIMENSÃO POLÍTICA

AULA 4 | O DIAGRAMA DE RESPONSABILIDADES 31


Apresentaremos, também, possíveis composições desses
diagramas a partir das dimensões: Administrativa,
Ético/jurídico e Técnico, aplicadas à saúde e adotadas no
curso. Veja a seguir:

DIMENSÃO ADMINISTRATIVA

AULA 4 | O DIAGRAMA DE RESPONSABILIDADES 32


DIMENSÃO ÉTICO/JURÍDICO

AULA 4 | O DIAGRAMA DE RESPONSABILIDADES 33


DIMENSÃO TÉCNICA

AULA 4 | O DIAGRAMA DE RESPONSABILIDADES 34


Sem a pretensão de esgotar as possibilidades de
composição, o curso desafia você a ampliar ou
adequar os diagramas apresentados ao seu
diagrama de responsabilidades.
 
Uma visualização geral do diagrama poderá ser
obtida no esquema seguinte onde se localizam
todas as dimensões com áreas e temas que
atualmente podem ser consideradas como
importantes de serem avaliadas no seu âmbito
de governabilidade.

AULA 4 | O DIAGRAMA DE RESPONSABILIDADES 35


A partir dessa visualização, você poderá compreender o
universo das responsabilidades citadas.

O curso pretende abordar estas responsabilidades em aulas


temáticas que se apresentarão como teleaulas e atividades
no AVA.

Propõe-se ao aluno, analisar a situação das unidades


temáticas no município ou área de atuação, estabelecendo
quais as prioridades da gestão na sua missão.

AULA 4 | O DIAGRAMA DE RESPONSABILIDADES 36


Como você pode perceber, o curso pretende, ao longo de
suas aulas, auxiliar o aluno na compreensão das
responsabilidades, abordando como se compõem as
diversas áreas de responsabilidades municipais no SUS.

Pretende-se ampliar o entendimento sobre o tema e


oferecer aporte de referências técnicas e experiências
bem-sucedidas.

Você deverá analisar a situação das unidades temáticas


em seu município ou área de atuação, estabelecendo
quais as prioridades da gestão na sua missão.

A seleção das prioridades deverá ser um exercício


construído a partir de cada aula e visualizado ao final do
segundo módulo do curso.
 
O Mapa Estratégico é uma maneira de rever prioridades
elencadas nas atividades de aula e de organizá-las
estrategicamente em conformidade com a Política de
Estado que é o SUS e o plano de governo defendido pelo
executivo local e em conformidade com as
determinações da entidade à qual se vincula.
 

AULA 4 | O DIAGRAMA DE RESPONSABILIDADES 37


Nesta fase do curso, haverá uma reflexão sobre o
pensamento estratégico que todo(a) gestor(a)
deve ter.

Analisar e organizar estas prioridades será um


exercício de pensamento estratégico.

AULA 4 | O DIAGRAMA DE RESPONSABILIDADES 38


Faz parte desta reflexão entender como uma ação
pode mudar mais de uma situação ou colaborar
para a mudança desejada em mais de uma área ou
dimensão. A organização das prioridades deverá
ter um nexo com as responsabilidades e com o que
se pretende mudar ou alcançar.

O passo seguinte será elaborar, para cada prioridade,


um objetivo estratégico do que se pretende mudar
ou alcançar, assim como o que deverá ser feito. Este
momento é rico em possibilidades e você terá
substrato para a construção de uma agenda com
responsabilidades para o alcance dos objetivos e
metas, bem como a definição de possíveis parceiros
e protagonistas.

A visualização gráfica destas estratégias compõe o


Mapa Estratégico. Para a sua construção, os passos
que compõem o processo serão abordados durante
todo o curso.

AULA 4 | O DIAGRAMA DE RESPONSABILIDADES 39


FINALIZANDO

40
VALE A PENA LEMBRAR!

“Planejar significa pensar antes de agir, pensar


sistematicamente, com método; explicar cada uma das
possibilidades e analisar suas respectivas vantagens e
desvantagens; propor-se objetivos”. (Carlos Matus).

Lembre-se!
O gestor da saúde que não se utiliza do planejamento como
instrumento de trabalho, em geral, tem pouca capacidade de
melhorar a saúde da população, pois, conforme mencionado por
Matus, planejar significa pensar antes de agir.

Por isso este curso terá como base a construção do mapa


estratégico da sua capacidade governativa como protagonista da
construção do SUS.
 
Esperamos que você, ao tomar conhecimento deste universo,
possa se desafiar a ter ciência do todo em sua área de atividade e
buscar os enfrentamentos aos desafios para a missão do SUS em
seu município.

Aqui, você entendeu o trajeto metodológico para a construção


de um mapa estratégico da gestão municipal ou dos serviços.
Compreendeu a importância do planejamento estratégico para a
gestão e como construir o diagrama de responsabilidades.

Continue aprofundando seus estudos!


REFERÊNCIAS

42
REFERÊNCIAS
❖ BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.
Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e
o funcionamento dos serviços correspondentes e
dá outras providências. Diário Oficial da União,
Brasília, n. 180, 20.set.1990. Seção I. p. 1.
Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm.

❖ _____. Lei n° 8.142, de 28 de dezembro de 1990.


Dispõe sobre a participação da comunidade na
gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre
as transferências intergovernamentais de
recursos financeiros na área da saúde e dá outras
providências. [Brasília], 1990b.
Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.htm.

❖ _____. Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro


de 2012. Regulamenta o §3o do art. 198 da
Constituição Federal para dispor sobre os valores
mínimos a serem aplicados anualmente pela
União, Estados, Distrito Federal e Municípios em
ações e serviços públicos de saúde; estabelece os
critérios de rateio dos recursos de transferências
para a saúde e as normas de fiscalização,
avaliação e controle das despesas com saúde nas
3 (três) esferas de governo; revoga dispositivos das
Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 8.689,
de 27 de julho de 1993; e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Brasília, n. 11, 16 jan. 2012.
Seção I. p.1.
Disponível
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp141.ht
m>.  

AULA 4 | REFERÊNCIAS 43
REFERÊNCIAS

❖ CONASEMS. Manual do(a) gestor(a) Municipal


do SUS - diálogos no cotidiano. 2.a edição
digital - revisada e ampliada – 2021. 440p.
Disponível em:
https://www.conasems.org.br/wp-content/uploads/2021/
02/manual_do_gestor_2021_F02-1.pdf
Acesso em: 19 jul. 2021.

❖ FLEXA, R. G. C.; SILVA JÚNIOR, J. B.; BRITO, R. L.;


SOUZA, A. I. A.; ARAÚJO, F. F.; MARTINS, M. A. F.
Planejamento estratégico em vigilância
sanitária: aplicação do Balanced Scorecard
(BSC). VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM DEBATE:
SOCIEDADE, CIÊNCIA & TECNOLOGIA. 2017. Vol.
5, no. 2. pp. 13 – 23.

❖ KANUFRE, R. A. M., & REZENDE, D. A. (2012).


Princípios da gestão orientada para resultados
na esfera municipal: o caso da prefeitura de
Curitiba. Revista de Administração, 47(4),
638-652.
DOI: 10.5700/rausp1064.

AULA 4 | REFERÊNCIAS 44
REFERÊNCIAS

❖ MAINARDES, E. W.; FERREIRA, J.; RAPOSO, M.


Conceitos de estratégia e gestão estratégica:
qual é o nível de conhecimento adquirido
pelos estudantes de gestão? FACEF PESQUISA,
Franca, v.14, n.3, p. 278-298, set. /out. /nov. /dez.
2011.
Disponível em:
https://periodicos.unifacef.com.br/index.php/facefpesqu
isa/article/view/296/284

❖ PETRI, S. M.; ROSA, M. M.; BERNARDO, F. D.;


BIANCO, P. Gestão pública através de mapas
estratégicos do Balanced Scorecard: um
estudo de caso do Festival Floripa Teatro
Isnard Azevedo. Revista Catarinense da Ciência
Contábil, [S. l.], v. 13, n. 40, p. 67–79, 2014.
Disponível em:
https://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view
/2097.
Acesso em: 19 jul. 2021.

❖ SCARPATI, V.; BRAZ, E. T.; SANTOS, D. V.; TOSTA,


M. C. R. Mapa estratégico de gestão do plano
de desenvolvimento institucional 2015-2019 da
Universidade Federal do Espírito Santo: uma
análise de cenário e metas. Research, Society
and Development, 01 October 2020, Vol.9(10).

AULA 4 | REFERÊNCIAS 45
CRÉDITOS DE IMAGENS

Banco de Imagens Freepik


https://www.freepik.com
Banco de Ícones
https://www.flaticon.com/br
Banco de Imagens CONASEMS

AULA 4 | CRÉDITOS DE IMAGENS 46

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