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Atenção à Saúde Bucal

Estratégias para promoção de saúde bucal


Saúde Pública
• Dever do governo ou comunidade de prevenir doenças, prolongar a vida e
desenvolver saúde física e mental

• Esforços organizados para o saneamento, controle de infecções, organização


de serviços médicos para diagnóstico precoce e prevenção de doenças

• Aperfeiçoamento a maquina social que irá assegurar a cada individuo um


padrão de vida adequado à manutenção da saúde
Princípios da Saúde Pública em Prevenção

• Enfocar a ação em problemas de saúde pública

• Reduzir desigualdades da saúde e promover equidade

• Abordar causas subjacentes de doenças na sociedade


Princípios da Saúde Pública em Prevenção

• Facilitar autocuidado e independência na população

• Trabalhar em parceria com uma série de agências e setores

• Utilizar uma abordagem baseada em evidência para elaboração e avaliação de intervenções


Determinantes Sociais da Doença

• Condições econômicas, políticas e ambientais (pobreza, moradia, saneamento,


emprego, etc)

• Contexto social e comunitário (normas sociais, religião, etc)


• Comportamentos relacionados a saúde bucal (dieta, higiene, fumo, álcool, etc)
• Indivíduo (sexo, idade, genética, etc)
Carta de Ottawa
• Resultante da I Conferência Internacional em Promoção de Saúde da
OMS
Em novembro de 1986
• Essa carta divide a responsabilidade da promoção de saúde entre os
serviços de saúde
• Grupos comunitários, profissionais de saúde e governos devem trabalhar juntos para
promover saúde
Carta de Ottawa
• Postulados da Política Mundial de Saúde
• A obtenção do mais alto grau de saúde exige intervenção de muitos outros setores
sociais e econômicos, além do setor da saúde
• A promoção e a manutenção da saúde da população são indispensáveis para
sustentar o desenvolvimento econômico e social e contribuem para melhorar a
qualidade de vida e alcançar a paz mundial.
• A população tem o direito e o dever de participar, individual e coletivamente, no
planejamento e aplicação das estratégias para promover sua saúde
Atenção Básica

Conjunto de Promoção e
Individual ou Prevenção de
ações de proteção da
coletivo agravos
saúde saúde

Reabilitação e
Diagnóstico e Primeiro nível de
manutenção
tratamento atenção de saúde
da saúde
Políticas de Saúde Bucal
Políticas de Saúde Bucal
• Um processo que exigiu dos governantes a busca pela inovação

• Em cada local deve ser respeitadas as características históricas,


epidemiológicas e políticas

• Cada proposta deve ter um esforço para se adequar as contínuas


mudanças de cenário
Políticas de Saúde Bucal
Histórico
• Colonização – séc. XVII – Odontologia restringia-se quase que apenas às
extrações dentárias

• Técnicas rudimentares, instrumentais inadequados e nenhuma higiene


• Sem anestesia
• Praticada por Barbeiro ou Sangrador - Brutal
Políticas de Saúde Bucal
Histórico
• Saúde no Império – Progresso com a chegada da corte e alta sociedade

• 1813 – Academia Médico Cirúrgica do Rio de Janeiro – D. João


• 1840 – 1ª escola de Odontologia do mundo – Baltimore (EUA)
• 1850 – Decreto de criação da junta de higiene pública
• 1884 – Novos estatutos para faculdades de medicina
Políticas de Saúde Bucal
Histórico
• Saúde na República Velha

• 1889 – Proclamação da República


• Com o fim da escravidão começaram alguns investimentos na saúde do trabalhador
• Políticas de saúde voltadas para interesses políticos e econômicos – Individuo com
força de trabalho produtivo
Políticas de Saúde Bucal
Histórico
• Constituição 1891 – Autonomia estadual e municipal

• Cidades do interior começaram a ser alvo de epidemias – Varíola, febre


amarela, febre tifóide, etc
• 1892 – Laboratórios bacteriológicos, vacinogênicos, farmacêuticos e de
análises clínicas – Instituto Butantã e Adolfo Lutz
Políticas de Saúde Bucal
Histórico

• 1899 – Instituto Oswaldo Cruz


• 1902 – Programas de Saneamento e modernização da saúde
• 1904 – Lei da Vacina
• 1918 – Gripe Espanhola – Milhares de mortos
• 1920 – Criação do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP)
Políticas de Saúde Bucal
Histórico

• 1923 – Melhoria na qualidade de vida com implementação do CAPS e


IAPS – Aposentadorias e Pensões
• 1934 – Nova constituição incorpora assistência médica, licença
maternidade, jornada de trabalho de 8 horas
• 1943 – Consolidação das Leis do Trabalho, salário mínimo, indenização
aos acidentados, horas extra, etc.
Políticas de Saúde Bucal
Histórico

• Saúde bucal passa a oferecer atendimento de urgência


• A odontologia preventiva como responsabilidade da saúde pública
• Odontologia curativa como responsabilidade pública e particular
• A partir da década de 50 o SESP cria o subsetor odontológico ligado ao
Ministério da Saúde
Políticas de Saúde Bucal
Histórico

• SESP – Serviço Especial de Saúde Publica


• 1º sistema público organizado do país

• Na década de 60 se torna a Fundação de Serviços Especiais de


Fluoretaçã
Saúde Pública (FSESP o
SESP Sistema
Incrementa
l
Políticas de Saúde Bucal
Histórico

• SESP – Serviço Especial de Saúde Publica


• Sistema Incremental – Atendimento dentário completo de uma população visando
eliminar as necessidades acumuladas
Fluoretaçã
o
SESP Sistema
Incrementa
l
Políticas de Saúde Bucal
Histórico

• Sistema Incremental
• Se manteve por mais de 40 anos

• Sinônimo de modelo assistencial


Fluoretaçã
• Sofre duras criticas na década de 70 o
SESP Sistema
Incrementa
l
Políticas de Saúde Bucal
Histórico

• A Saúde bucal na década de 70 possuía atendimento por livre


demanda
• A prática era empobrecida e os serviços de má qualidade
• Má distribuição, baixa cobertura, alta complexidade, descoordenação,
ineficiência, enfoque curatico
Política de Saúde Bucal
SUS

O que é o SUS?
• Conjunto de Ações e serviços de saúde
• Órgãos e instituições públicas – federal, estadual e municipal
• Instituições privadas – Complementares
• Fundações mantidas pelo poder público
Política de Saúde Bucal
SUS

Modelo de
Nova fórmula Desenho
assistência de
política organizacional
saúde

SAÚDE
Política de Saúde Bucal
SUS

SUS
Constituição de 1988

Único

Municipa
Federal Estadual
l
Política de Saúde Bucal
SUS

• Lei Orgânica da Saúde

• Dispões sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a


organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e outras providências
• Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as
transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde
Política de Saúde Bucal
SUS

• SUS- Artigo 196

“A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais


e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”
Brasil, 1988
Política de Saúde Bucal
SUS

• Princípios do SUS

• Doutrinários – Ideias filosóficas


• Organizativos – Orientam a forma e funcionamento
Princípios e Diretrizes do SUS
• Princípios Doutrinários
• Universialidade
• Todos têm direito ao acesso a todos os serviços públicos de saúde
• Integralidade
• Cada pessoa é um individuo completo bio-psico-social e deve ser atendida com essa visão
por um sistema também integral
• Equidade
• Assegurar ações e serviços de acordo com os níveis de complexidade de cada caso, sem
privilégio e sem barreiras
Princípios e Diretrizes do SUS
• Princípios Organizativos

• Descentralização ou Municipialização
• Participação da comunidade e controle social
• Regionalização e Hierarquização
Princípios e Diretrizes do SUS
• Princípios Organizativos

• Descentralização ou Municipalização
• Redistribuir o poder e responsabilidade entre os três níveis de governo
• Aproximar o cidadão das decisões do setor
• Quanto mais perto o cidadão estiver de quem toma a decisão, maior a chance de
resolver o problema
Princípios e Diretrizes do SUS
• Princípios Organizativos

• Regionalização e Hierarquização
• Serviços organizados em níveis crescentes de complexidade
• Definição e conhecimento da clientela
• Fluxos e encaminhamentos
Programa Saúde da Família
• Início em 1994 – Tem como base os princípios do SUS

• Criado pelo MS para dar sequencia à estratégia de saúde da família


• Inicialmente privilegiou áreas de maior risco social
• População residente em áreas delimitadas pelo mapa da fome do IPEA
Equipe De Saúde Da Família

• Conhecer a realidade das famílias


• Executar, de acordo com a qualificação profissional, os procedimentos de
vigilância à saúde e de vigilância epidemiológica

• Discutir junto a comunidade e a equipe conceitos de cidadania


• Incentivar a participação ativa nos concelhos locais e municipais de saúde
Saúde Bucal no PSF

• A inclusão de equipes de saúde bucal no PSF foi concretizado


em Dezembro de 2000
• Recebeu incentivo financeiro para uma reorganização da atenção
bucal prestada nos municípios
Saúde Bucal no PSF

O plano de reorganização teve por objetivo:


• Melhorar as condições de saúde bucal da população brasileira
• Orientar práticas de atenção à saúde bucal, preconizadas pelo
PSF
• Assugurar o acesso progressivo de todas as famílias residentes
nas áreas cobertas pelas ESFs
Saúde Bucal no PSF

Atribuições comuns aos profissionais de saúde bucal no PSF


• Participar do processo de planejamento, acompanhamento e
avaliação das ações desenvolvidas no território de abrangência
das unidades básicas de saúde da família

• Identificar as necessidades e as expectativas da população em


relação à saúde bucal
Saúde Bucal no PSF

Atribuições comuns aos profissionais de saúde bucal no PSF

• Estimular e executar medidas de promoção de saúde, atividades


educativas e preventivas em saúde bucal
• Executar ações básicas de vigilância epidemiológica em sua
área de abrangência
Saúde Bucal no PSF

Atribuições comuns aos profissionais de saúde bucal no PSF

• Organizar o processo de trabalho de acordo com as diretrizes do


PSF e do plano de saúde municipal
• Sensibilizar as famílias para a importância da saúde bucal na
manutenção da saúde
Saúde Bucal no PSF

Atribuições comuns aos profissionais de saúde bucal no PSF

• Programar e realizar visitas domiciliares com as necessidades


identificadas
• Desenvolver ações intersetoriais para a promoção da saúde
bucal
Políticas de saúde bucal
Brasil Sorridente
• Lançado em Março de 2004 pelo Ministério da Saúde

• Definido como uma política com o objetivo de ampliar o


atendimento e melhorar as condições de saúde bucal da
população brasileira
Políticas de saúde bucal
Brasil Sorridente
3ª CNSB – Conferência Nacional de Saúde Bucal
• Educação e construção da cidadania
• Controle Social, gestão participativa e saúde bucal
• Formação e trabalho em saúde bucal
• Financiamento e organização em atenção em saúde bucal
Políticas de saúde bucal
Brasil Sorridente

Segundo o Ministério da Saúde, os municípios deveriam


percorrer 6 passos vinculados ao PSF para que a
implantação do Brasil Sorridente fosse possível
Políticas de saúde bucal
Brasil Sorridente

1 – O município já deve ter as equipes de saúde da família


implantadas, ou em vias de implantação
2 – É necessário elaborar um plano de implantação de equipes de
saúde da família
3 – O município deverá submeter o plano de implantação ou
expansão das ações de saúde bucal para aprovação do Conselho
Municipal de Saúde
Políticas de saúde bucal
Brasil Sorridente

4 – Depois da aprovação a Secretaria Municipal de Saúde deverá


envia-lo para a Comissão Intrrgestores Bipartite, que enviará ao MS
5 – O MS publicará a qualificação das equipes de saúde vinculadas no
PSF de cada município e quais foram aprovadas em seus estados
6 – O município deve cadastrar todos os profissionais da ESB no
Sistema de Atenção Básica
Políticas de Saúde Bucal
• Planejamento – Ferramenta que possibilita o alcance de um
objetivo almejado

• Gestão – Visa o monitoramento, a avaliação e a possível


modificação das tarefas anteriormente planejadas
Políticas de Saúde Bucal

Planejar e gerir em saúde pública não deve ser papel de uma


única pessoa ou um único planejador ou gestor
• Quem deve participar do planejamento e gestão:
• Os próprios usuários do sistema, os servidores, os secretários,
coordenadores, prefeitos, profissionais de saúde e todas as pessoas
ou entidades envolvidas de alguma forma no sistema de saúde local
Políticas de Saúde Bucal

Principais Obstáculos
• Escassez de recursos, principalmente financeiro, mas
também humano e físico
• A falta de financiamento impede o desempenho do sistema
que teoricamente é muito bem planejado
Políticas de Saúde Bucal

Principais Obstáculos

• Uma pobre administração, com desperdícios dos


recursos já escassos e uma ineficiente promoção de
saúde pública
Políticas de Saúde Bucal
Pró-Saúde

A equipe odontológica deve agir em parceria com os


demais membros da equipe do Programa de Saúde da
Família e com a população, para que essa atue em sua
própria saúde
Políticas de Saúde Bucal
Pró-Saúde

Atuar de forma integrada com base epidemiológica,


buscando impacto de controle e redução de índices para
que haja um estado de equilíbrio favorável entre saúde e
doença
Políticas de Saúde Bucal
Pró-Saúde

Com a inclusão dos Cirurgiões-Dentistas no programa de


saúde da família surgiu a necessidade de definir
estratégias de ação para as equipes de saúde bucal e com
o inicio desse processo foram proporcionados cursos de
especialização em áreas de interesses para saúde bucal
Políticas de Saúde Bucal
Pró-Saúde

O agendamento das atividades da ESB deve seguir um


planejamento local, levando em conta:
• As necessidades da população
• Grupos prioritários estabelecidos
• Escolas na área de abrangência da unidade de saúde
Políticas de Saúde Bucal
Pró-Saúde

Os grupos prioritários têm preferência no agendamento


de consultas e atividades – porém deve-se garantir o
serviço a todos que necessitam
• O sistema de agendamento da população adulta deve
considerar a capacidade de atendimento instalada e a
demanda do serviço – equacionar a procura e oferta
Políticas de Saúde Bucal
Pró-Saúde

A criança deve ter sua primeira consulta odontológica


agendada pela educadora que visita a maternidades para
quando tiver 30 dias de vida
Na visita deve ser entregue um kit de primeiros cuidades
gerais do bebê
Políticas de Saúde Bucal
Pró-Saúde

A segunda consulta da criança deve ser com o


nascimento dos primeiros dentes de leite ou de acordo
com a necessidade de cada criança
As demais consultas podem ser semestrais ou para
tratamento clínico e manutenção de sua saúde
Políticas de Saúde Bucal
Pró-Saúde

O adolescente, para assumir um papel de relevância na


sociedade precisa ter acesso a bens de serviço que
promovam sua saúde, educação e bem estar
• A captação de adolescentes na ULS – tem por objetivo
humanizar e melhorar a qualidade do atendimento e
ampliar o acesso dos adolescentes as Unidades de Saúde
Políticas de Saúde Bucal
Pró-Saúde

O adulto terá o atendimento oferecido através da


disponibilização de vagas na agenda do profissional, com
atendimento conforme fluxograma da atenção básica
Políticas de Saúde Bucal
Pró-Saúde

Para o Idoso, a principal estratégia é a prevenção primária.


• A aplicação de serviços preventivos extensivos para a
comunidade e distribuição de recursos quando escassos para
prevenção e educação, em lugar dor procedimentos
restauradores para reduzir os níveis da doença
Referências em Saúde Bucal
• Centro de Especialidades Odontológicas – CEO
• Endodontia
• Periodontia
• Odontopediatria
• Próteses
• Pacientes com Necessidades Especiais
• Cirurgias
• Estomatologia
• Ortodontia
“ Esta é a maior e mais consistente iniciativa de
mudança de ensino em curso no mundo, mas estamos
fazendo isso movidos pela convicção de que o SUS
precisa de profissionais consciente e motivados para
seguirem adiante”
José Gomes Temporão
Principais Agravos em
Saúde Bucal
Patologias mais prevalentes na região ou comunidade
Cárie Dentária
Aspectos Epidemiológicos
• 27% das crianças de 18 a 36 meses Apresentam pelo menos 1
• 60% das crianças de 5 anos dente decíduo com cárie

• 70% das crianças com 12 anos


Apresentam pelo menos 1
• 90% dos Adolescentes (15 a 19 anos) dente permanente com cárie
Cárie Dentária
Aspectos Epidemiológicos
• Adultos (35 a 44 anos) – Média de 20 dentes com cárie
• Idosos (65 a 74 anos) – Média de 27,8 dentes com cárie

• Mais de 28% dos adultos apresentam perda dentária progressiva e


precoce
• 75% dos Idosos não possui nenhum dente funcional em pelo menos
uma arcada
Cárie Dentária
• A lesão cariosa é considerada como manifestação clínica de
uma infecção bacteriana.
• A atividade metabólica das bactérias resulta em um contínuo
processo de desmineralização e remineralização do tecido
dentário, e o desequilíbrio nesse processo pode causar uma
progressão da desmineralização do dente com consequente
formação da lesão de cárie
Cárie Dentária
• A lesão cariosa é considerada como manifestação clínica de
uma infecção bacteriana.
• A atividade metabólica das bactérias resulta em um contínuo
processo de desmineralização e remineralização do tecido
dentário, e o desequilíbrio nesse processo pode causar uma
progressão da desmineralização do dente com consequente
formação da lesão de cárie
Cárie Dentária
• Esse processo é influenciado por muitos fatores determinantes, o
que faz da cárie dentária uma doença multifatorial.
• Os estágios anteriores da doença antes da cavidade podem ser
paralisados por ações de promoção à saúde e prevenção.
• Somente o tratamento restaurador não garante o controle da doença.
• É necessário intervir também sobre os seus determinantes para
evitar novas cavidades e recidivas nas restaurações.
Cárie Dentária
Principais Fatores De Risco

• Fatores culturais e socioeconômicos.


• Falta de acesso ao flúor.
• Deficiente controle mecânico do biofilme (placa bacteriana).
• Consumo excessivo e frequente de açúcar.
• Xerostomia.
Cárie Dentária
Ações de Promoção à Saúde

Medidas de saúde pública intersetoriais e educativas:


• Possibilitar acesso à alguma forma de flúor
• Redução do consumo do açúcar
• Disponibilizar informação sobre fatores de risco e
autocuidado.
Cárie Dentária
Ações de Promoção à Saúde

Medidas de saúde pública intersetoriais e educativas:


• Melhoria das condições socioeconômicas
• Melhoria da qualidade de vida
• Acesso à posse e uso dos instrumentos de higiene
• Estímulo à manutenção da saúde.
Cárie Dentária
Ações de Promoção à Saúde

• Cabe à equipe de saúde comprometer-se no


planejamento, organização e suporte técnico
à gestão municipal para efetiva prioridade
das ações de promoção da saúde.
Cárie Dentária
Ações de Promoção à Saúde
Cárie Dentária
Ações de Promoção à Saúde
• Ações Educativas e Preventivas: São realizadas com grupos de pessoas e, por isso, usam os
espaços sociais (creches, escolas, locais de trabalho, comunidade) e espaços da unidade de
saúde. As crianças em idade pré-escolar e escolar podem ser alvo dessas ações, pelo impacto
de medidas educativas e preventivas nessa faixa etária e pela importância da atuação na fase de
formação de hábitos. Outros grupos podem ser definidos localmente, de acordo com risco,
dados epidemiológicos ou critérios locais. Recomenda-se a ampliação do acesso à essas ações
envolvendo as famílias. As ações coletivas devem ser executadas, preferencialmente, pelo
pessoal auxiliar, de forma a potencializar o trabalho do dentista em relação às atividades
clínicas.
Cárie Dentária
Ações de Promoção à Saúde

A abordagem coletiva pode incluir os seguintes procedimentos:


• Exame epidemiológico.
• Educação em saúde bucal.
• Escovação dental supervisionada.
• Entrega de escova, dentifrício fluoretado e fio dental.
• Aplicação tópica de flúor (ATF)
Cárie Dentária
Ações de Promoção à Saúde
• Para se instituir a aplicação tópica de flúor de forma coletiva deve
ser levada em consideração a situação epidemiológica dos grupos
populacionais locais em que a ação será realizada.

• Sua utilização com abrangência universal é recomendada somente


para populações nas quais seja constatada uma ou mais das
seguintes situações:
Cárie Dentária
Ações de Promoção à Saúde

• Exposição à água de abastecimento sem flúor ou com teores baixos


• Sem acesso à dentifrício fluoretado,
• CPOD maior que 3 aos 12 anos de idade e menos de 30% dos
indivíduos livres de cárie aos 12 anos de idade.
Cárie Dentária
Ações de Promoção à Saúde
• A ATF pode ser realizada na forma de bochechos fluorados semanais ou diários ou aplicação
trimestral de flúor gel na escova, moldeira ou com pincelamento.

• Universalização do Acesso à Escova e ao Dentifrício Fluoretado:


• Pela importantíssima participação da escovação com dentifrício fluoretado na prevenção da
cárie, garantir o seu acesso de forma universalizada deve ser considerada uma política
importante entre as ações de saúde bucal. A universalização do acesso ao fio dental deve ser
sempre incentivada
Cárie Dentária
Abordagem Individual
• Diagnóstico
• Fatores de risco
• Identificação da lesão de cárie
• Tratamento
• Instrução de higiene bucal • Controle da atividade de doença
• Remoção profissional de placa • Restauração/Reabilitação
• Adequação do Meio Bucal • Manutençaõ
Doença Periodontal
Aspectos Epidemiológicos
• A doença periodontal deve ser vista como um processo de desequilíbrio
entre as ações de agressão e defesa sobre os tecidos de sustentação e
proteção do dente, que tem como principal determinante a placa
bacteriana.

• É entendida como uma doença infecciosa. A doença periodontal se


constitui, atualmente, em um importante fator de risco para parto
prematuro de baixo peso, diabetes e doenças vasculares e cardíacas.
Doença Periodontal
Aspectos Epidemiológicos

• No Brasil, a percentagem de pessoas com algum problema periodontal nas


faixas etárias é de:
• 15 a 19 anos - 53,8%
• 35 a 44 anos - 78,1%
• 65 a 74 anos - 92,1%,
Doença Periodontal
Principais Fatores de Risco

• Fatores culturais e socioeconômicos.


• Diabetes.
• Fumo.
• Ausência de controle de placa.
• Imunodepressão e stress.
Doença Periodontal
Abordagem Coletiva
• Organização das ações de vigilância sobre os sinais de risco em saúde
bucal:
• Risco social, falta de acesso à escovação, sangramento/secreção gengival, diabetes
mellittus, imunodepressão e fumo.
• Ações de promoção à saúde (ações intersetoriais e ações educativas)
principalmente associadas aos grupos de cuidado com diabetes mellittus,
fumo, gestantes, cardiopatas entre outros.
Doença Periodontal
Abordagem Individual
• Duas formas clássicas são descritas como manifestações do processo
saúde/doença periodontal:
• Gengivite – manifestação inflamatória da gengiva marginal desencadeada pelo
acúmulo de placa bacteriana supra gengival.

• Periodontite – As condições inflamatórias presentes na gengivite favorecem o


surgimento da placa bacteriana subgengival, mais virulenta, que causa a inflamação
dos tecidos de suporte.
Doença Periodontal
Abordagem Individual
• Duas formas clássicas são descritas como manifestações do processo
saúde/doença periodontal:

Em ambos os casos é necessário focar no correto diagnóstico, tratamento


e na manutenção da saúde pelo paciente com o auxilio da ESB
A frequência de retorno é definida pela gravidade dos processos inflamatórios
Câncer de Boca
Aspectos Conceituais e Epidemiológicos

• O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de


cavidade oral;
• Está entre as principais causa de óbito por neoplasias
• 50% dos casos são diagnosticados em estágios avançados da doença.
• Tende a acometer o sexo masculino de forma mais intensa
• 70% dos casos são diagnosticados em indivíduos com idade superior a 50 anos.
• Localiza-se, preferencialmente, no assoalho da boca e na língua
Câncer de Boca
Aspectos Conceituais e Epidemiológicos

O câncer de boca é uma doença que pode ser prevenida de forma simples,
desde que seja dada ênfase à:

• Promoção à saúde,
• Aumento do acesso aos serviços de saúde
• Diagnóstico precoce
Câncer de Boca
Principais Fatores de Risco

• Fatores culturais e socioeconômicos.


• Tabagismo (uso de cachimbos, hábitos de mascar fumo, dentre outros).
• Etilismo.
• O uso crônico de álcool e tabaco associados potencializa drasticamente o risco de aparecimento do câncer de
boca.
• Exposição à radiação solar.
• Má higiene bucal.
• Uso de próteses dentárias mal ajustadas.
• Deficiência imunológica (adquiridas ou congênitas).
Câncer de Boca
Abordagem Coletiva

• Desenvolver intervenções centradas na promoção da saúde.

• Ações individuais e coletivas educativas, de prevenção e detecção precoce das lesões

• Controle dos fatores e condições de risco

• Estímulo ao exame sistemático da cavidade bucal pelos profissionais de saúde para


detecção precoce.
Câncer de Boca
Abordagem Coletiva

• Realizar exames periódicos em usuários com maior vulnerabilidade.

• Integrar a Equipe Saúde Bucal aos programas de controle do tabagismo,


etilismo e outras ações de proteção e prevenção do câncer.

• Informar sistematicamente a população sobre locais de referência para


exame de diagnóstico precoce do câncer de boca.
Câncer de Boca
Abordagem Individual

• O diagnóstico - precoce deve ser uma ação desenvolvida sistematicamente


pelas equipes de saúde bucal na atenção básica.
• O tratamento - O impacto do câncer bucal para o indivíduo, sua família, seu
trabalho e sua comunidade em geral é muito grande. O tratamento não se reduz
à cirurgia ou radioterapia, mas depende de um complexo trabalho inter e
multidisciplinar.
• A Reabilitação - Corresponde a todos os procedimentos cirúrgicos e protéticos
destinados a repor as perdas estéticas e funcionais causadas pela doença.

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