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22/05/2023, 00:33 Bioestatística e Epidemiologia

Bioestatística e Epidemiologia
UNIDADE 4 - ALÉM DA PREVENÇÃO DE
EPIDEMIAS: O PAPEL DA VIGILÂNCIA
SANITÁRIA

Autoria: Ana Paula Felizatti – Revisão técnica: Symara Rodrigues Antunes

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Introdução
A Vigilância Sanitária é um dos pilares das
ciências epidemiológicas, presente em diversos
setores. Você sabe como ela em sua rotina? A
vigilância atua em setores, como o alimentício, o
de cosméticos, o de produtos farmacêuticos e
médicos em geral, o de serviços em saúde, e até
mesmo no controle de publicidades de
determinados produtos. Interessante, não é
mesmo? Muitas vezes, nem percebemos essas atuações, mas, certamente, são de
grande importância.
A Vigilância Sanitária é uma das práticas mais antigas em saúde pública, atuando em
ações como monitoramento, regulação e fiscalização. De fato, o objetivo principal da
vigilância é a prevenção de danos e riscos associados à saúde coletiva. Você sabe
que riscos são esses? Os riscos monitorados são aqueles associados ao surgimento
de surtos e estados patológicos de diversas origens, por exemplo, os possíveis riscos
de contaminações microbiológicas. Você já ouviu falar em intoxicação alimentar?
Esse é um exemplo clássico das preocupações da vigilância, relacionado ao controle
sanitário de alimentos e possíveis contaminações microbiológicas.
Nesta unidade, vamos aprender sobre o contexto histórico da Vigilância Sanitária,
suas principais linhas de atuação, intervenção e as ferramentas utilizadas, assim
como o impacto na saúde pública.
Bons estudos!

4.1 O que é vigilância em


saúde?

O conceito de vigilância em saúde é amplo, tendo como objetivo principal o monitoramento de


estados de saúde e os mecanismos preventivos. Dentre os principais conceitos em vigilância
em saúde, destacam-se a Vigilância Epidemiológica e a Vigilância Sanitária. Você sabe como
elas se diferenciam? Vamos abordar a diferenciação desses conceitos, mas, nesta unidade,
vamos focar nossos estudos na Vigilância Sanitária, uma das formas mais importantes de
controle e prevenção de doenças em todo contexto mundial.

4.1.1 Vigilâncias em saúde: aspectos fundamentais


O conceito de saúde, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é definido como
um conjunto de ações que resultam em completo bem-estar, tanto no contexto físico como
mental e social (OPAS BRASIL, 2016). Assim, é importante identificar que saúde é muito mais

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que um simples estado de ausência de doença e contempla, também, os níveis de qualidade de


vida em seus diferentes contextos (LOTTENBERG, 2015). A manutenção de um estado de
saúde depende de ações preventivas, que são realizadas por agências de vigilância. De acordo
com a portaria nº 1.378/2013 (BRASIL, 2013), a vigilância em saúde contempla as frentes de
vigilância epidemiológica, situação e promoção de saúde, saúde ambiental, do trabalhador e
vigilância sanitária.

Figura 1 - Ramificações da vigilância em saúde


Fonte: DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2016.

#PraCegoVer: fluxograma traz vigilância em saúde em um retângulo em cor laranja, que se


ramifica para quatro itens, em retângulos de cor cinza: sanitária, epidemiológica, ambiental e
saúde do trabalhador.
 
Mas, afinal, qual a diferença entre elas? A Vigilância Epidemiológica tem associação direta com
o monitoramento de surtos e surgimento de epidemias, ou seja, tem a responsabilidade de
notificar, monitorar e controlar os estados patológicos que podem gerar epidemias, ou gerir
estados epidemiológicos já implementados (BRASIL, 2009; FRANCO; PASSOS, 2011).
Como vimos, a saúde é composta por diversos fatores, dentre eles o bem-estar ambiental e
social. Por isso, a Vigilância Ambiental e a Vigilância de Saúde do Trabalhador atuam no
monitoramento da prevenção de doenças nesses contextos, assegurando um ambiente com
riscos reduzidos. Em relação à Vigilância Ambiental, há ações voltadas para a redução de
riscos associados ao meio ambiente, como, por exemplo, o controle de vetores de
transmissões, como ratos e insetos (LOTTENBERG, 2015). Já a saúde do trabalhador monitora
os possíveis estados patológicos que podem surgir em decorrência do trabalho, como, por
exemplo, lesões por esforço repetitivo e como preveni-las.
De modo geral, as principais formas de vigilância em saúde são aquelas relativas à Vigilância
Epidemiológica e Vigilância Sanitária. De acordo com a lei nº 8.880/1990 (BRASIL,1990), temos
que a primeira é um conjunto de ações que desenvolvem conhecimento para a prevenção de
possíveis estados patológicos, ao passo que a segunda é um conjunto de ações voltadas para
a eliminação dos riscos. Podemos concluir que todas as formas de vigilância são
complementares e importantes, e que a sanitária é a mais abrangente. Por isso, vamos nos
aprofundar sobre ela no tópico a seguir.

4.2 Vigilância
Sanitária

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A Vigilância Sanitária é uma prática de saúde pública, cujo objetivo principal é a prevenção do
desenvolvimento de estados patológicos e controle de possíveis surtos. Para compreender a
origem e as funções, é importante identificar os fatos históricos que se relacionam a esse
contexto.Com o crescimento populacional e a migração das populações para centros urbanos,
gerou-se aglomerados humanos nas cidades e, consequentemente, aumento da produção de
lixo e esgoto, comprometendo a qualidade ambiental, da água e de alimentos. Assim, as
aglomerações foram (e são) fator agravante para a disseminação de doenças. O processo de
urbanização foi acompanhado do surgimento de surtos de doenças, e podemos afirmar que
houve uma relação de proporcionalidade direta entre o crescimento populacional e o
surgimento de doenças. De fato, diversos surtos epidemiológicos tiveram destaque ao longo da
história da humanidade, como, por exemplo, os relativos à transmissão de varíola, peste,
cólera, entre outras (FRANCO NETTO et al., 2017).

Você quer ver?


O Centro Colaborador em Vigilância Sanitária (Cecovisa)
disponibiliza uma série de vídeos sobre Vigilância
Sanitária, destacando a história da vigilância em seus
diversos contextos.
Acesse (http://www6.ensp.fiocruz.br/visa/?
q=taxonomy/term/443)

Com o surgimento das doenças, emerge a necessidade de agências de monitoramento e


controle, ou seja, as agências de vigilância sanitária. Na Europa, tal monitoramento foi iniciado
entre os séculos XVII e XVIII, e no Brasil, principalmente no século XIX. Uma das primeiras
ações para o controle de disseminação de doenças foi relacionado à logística da entrega de
água para as populações, que passou a ser por aquedutos (canais de transporte de água), um
avanço significativo para a época.
Nos anos 1980, no Brasil, ocorreu um intenso processo de reformulação sanitária, em que a
sociedade discutia a importância das medidas sociais na produção de saúde, ou seja, como o
acesso a moradia e alimentação adequada, emprego, educação, qualidade ambiental e
saneamento básico tinham impacto direto na qualidade de vida e de saúde populacional
(FRANCO NETTO et al., 2017). Anos mais tarde, em 1990, quando o Sistema Único de Saúde
(SUS) foi criado, houve também a aprovação da lei nº 8.080/90 (BRASIL,1990), que define a
Vigilância Sanitária como:

um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da
prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - o controle de bens de consumo que,
direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos,
da produção ao consumo; e II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou
indiretamente com a saúde.

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Assim, podemos compreender que a Vigilância Sanitária é um conjunto de práticas aplicadas


em diversos setores que impactam a saúde populacional. Observe a imagem, que representa
tais ações.

Figura 2 - Ações e funções da Vigilância Sanitária, de acordo com a lei nº 8.880/1990


Fonte: Adaptada de UNIFESP, 2020.

#PraCegoVer: ilustração traz no topo o título Vigilância Sanitária, e a partir daí, setas indicam
ações e funções, de acordo com o previsto em lei.
 
Como e por quem a Vigilância Sanitária é aplicada? A resposta pode ser encontrada na lei nº
9.782/1999, (BRASIL,1999) que determina a aplicação das diretrizes da Vigilância Sanitária
realizadas principalmente pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde
(Conass), pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), pelos
centros de vigilância estaduais, distritais e municipais, e pelos órgãos de pesquisa e
desenvolvimento em saúde, como, por exemplo, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), todos
subordinados ao Ministério da Saúde .
Os órgãos regulatórios e de fiscalização estão presentes em todos os níveis regionais, sendo
cada nível responsável por determinadas competências. A esfera federal, ou seja, a União, tem
a função de expedir normas e regulamentar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, de
modo a coordená-lo a nível nacional. Já a esfera estadual tem uma função executiva e de
dever, ou seja, tem poder de realizar ações, de acordo com as normas regidas pela União. Por
fim, a esfera municipal tem como função a execução, a nível local, das normas e
complementações estaduais e nacionais.
De modo geral, os órgãos reguladores da Vigilância Sanitária são importantes formas para
prevenção de diversos riscos, sejam ambientais, ocupacionais, sociais, iatrogênicos ou
institucionais.

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Riscos ambientais

Relacionados ao meio ambiente, como, por exemplo, água, esgoto, lixo e poluição.

Riscos ocupacionais

Relacionados ao ambiente de trabalho e incluem a carga horária, o ambiente de


trabalho per se, o tipo de atividade realizada em relação aos processos ou à exposição
a substâncias, por exemplo.

Riscos sociais

Relacionados à sociedade de modo geral e podem incluir desde as necessidades


básicas até meios de transporte, exposição à violência e substâncias nocivas
(FRANCO NETTO et al., 2017).

Riscos iatrogênicos

Diretamente relacionados aos riscos intrínsecos de processos de saúde, como o uso


de medicamentos ou a exposição à procedimentos em saúde.

Riscos institucionais

Aqueles que ocorrem em ambientes específicos, como escolas, aeroportos, salão de


beleza e clubes, por exemplo.

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O campo da Vigilância Sanitária é “amplo e quase inesgotável, intervindo em todos os aspectos


que possam dizer respeito à saúde dos cidadãos” (BRASIL, 2002, p. 23). Assim, podemos dizer
que onde há riscos possíveis, há a presença de um dos órgãos regulatórios ou de
monitoramento e fiscalização da Vigilância Sanitária (BRASIL, 2002). Agora que já aprendemos
sobre o contexto histórico da Vigilância Sanitária, assim como sua composição executiva,
normativa e principal função, podemos aprofundar nossos conhecimentos sobre o assunto.

Teste seus conhecimentos


(Atividade não pontuada)

4.2.1 Coleta de dados para vigilância e prática ética


A vigilância em saúde contempla um processo de contínuo conhecimento, composto por coletas
de dados que são analisadas e geram informações consolidadas acerca de determinado estado
de saúde, visando fornecer ferramentas para prevenção, regulação e intervenção, com o
objetivo claro: a promoção de saúde. De modo geral, a coleta de dados é realizada pelas
agências de controle, em todas as esferas, e centralizadas em um órgão regulatório
hierarquicamente superior (como a Anvisa e o Ministério da Saúde). A coleta de dados em
vigilância em saúde ocorre pelas seguintes etapas (BRASIL, 2002):

processamento, análise e interpretação dos dados;

elaboração de recomendações e ações de medidas preventivas;


 

análise da eficácia das medidas realizadas;

divulgação dos dados e conclusões.

E quais são as fontes de dados da vigilância? Os dados utilizados são obtidos a partir de
observações e redes de notificação médica, que podem incluir desde registros hospitalares e
inquéritos populacionais, até mesmo rumores sobre determinada condição. Como vimos, há um
sistema nacional de vigilância e algumas doenças devem ser obrigatoriamente notificadas em
tal sistema, para que as agências de controle e vigilância mantenham sempre um estado de
alerta quando tais ocorrências apontarem um crescimento anormal. Assim, as principais fontes
de dados para a vigilância são relacionadas aos dados de notificação compulsória, ou seja, de
doenças monitoradas e de grande importância epidemiológica, e aos dados relacionados a
pesquisas populacionais visando identificar possíveis surtos. Dentre as principais doenças de
notificação obrigatória no Brasil estão incluídas: cólera, febre amarela, influenza por novo
subtipo (pandêmica), poliomielite, botulismo e doença de Chagas (BRASIL, 2002).

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Você quer ler?


Portaria nº 054-R, de 31 de março de 2020
Comentário: a lista de doenças de notificação
compulsória é constantemente atualizada, de acordo
com o nível de gravidade e potencial de disseminação
observado. Por exemplo, em 2020, a covid-19 foi
adicionada à lista, juntamente com a doença de Chagas,
esporotricose, varicela, tracoma, rubéola, hepatite e
outras.
Acesse
(https://saude.es.gov.br/Media/sesa/coronavirus/Port
arias/PORTARIA%20054-R%20-
%20LISTA%20NACIONAL%20DOEN%C3%87AS%20D
E%20NOTIFICA%C3%87%C3%83O%20COMPULS%C
3%93RIA.pdf)

As notificações compulsórias são obrigatórias e devem ser realizadas pelos médicos e


profissionais de saúde, tanto do sistema público como privado, em um intervalo de até 24 horas
após o primeiro contato com o paciente. A notificação é realizada no Sistema de Informações de
Agravos de Notificação (Sinan), sendo este a principal fonte de dados para vigilância. A partir do
Sinan, os dados coletados são levados para as esferas municipais, regionais e nacionais,
responsáveis pela consolidação dos dados e pelo encaminhamento ao Ministério da Saúde
(MARQUES; SIQUEIRA; PORTUGAL, 2020).
É importante destacar que a coleta e transferência de notificação devem ser realizadas de
forma ética e profissional, identificando o paciente no sistema, que assegura o sigilo de dados.
Assim, a questão ética é pautada em dois momentos: na obrigação de notificar e na obrigação
da manutenção do sigilo, conforme destacam Santana e Castilho (2011, p. 254):

O registro do diagnóstico correto e a notificação no Sistema Nacional de Agravos de Notificação


(Sinan) são também obrigatórios e deveres profissional dos médicos. Todavia, as condições
referentes ao respeito a privacidade, confidencialidade e anonimato, já referidos, devem estar
garantidas. Notar que o anonimato e a confidencialidade não se restringem à referência nominal dos
sujeitos, mas a toda forma de apresentação de resultados que permita a identificação dos
participantes, sejam indivíduos ou entes jurídicos.

Outra forma de monitoramento de dados, muito importante para vigilância e associada à Anvisa,
são os sistemas sentinelas. Além deles, o Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) também é
responsável pelo fornecimento e coleta de dados. Os sistemas sentinelas são pontos de
coleta de dados, espalhados pela União, e que respondem ao Ministério da Saúde e à Anvisa,
além de compartilhar dados com a OMS em determinados casos. Usualmente, esses sistemas
estão inseridos em unidades hospitalares e de pronto atendimento, em alerta para a coleta de
dados em casos de suspeita de doenças de notificação obrigatória.

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Caso
Durante a pandemia da covid-19, no Brasil, as unidades
sentinelas foram essenciais para o monitoramento da doença.
Elas foram inseridas em unidades de pronto atendimento, onde
se realiza a coleta de conteúdo da nasofaringe, que era
encaminhado aos laboratórios centrais mais próximos. No
Paraná, por exemplo, o primeiro caso identificado da doença, na
cidade de Campo Mourão, foi realizado por uma unidade
sentinela. Após a confirmação da doença, os dados foram
encaminhados às Secretarias de Saúde e ao Ministério da
Saúde, auxiliando na elaboração de planos de contenção
conforme o aumento de casos notificados e identificados nos
sistemas sentinelas. Tal exemplo demonstra como a vigilância se
integra com pequenas unidades de coleta, unidades maiores de
análise e unidades ainda maiores que recebem e compilam
todas essas informações (AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO
PARANÁ, 2020). 

A coleta de dados é realizada com o diagnóstico médico e laboratorial, em que há uma


avaliação clínica e posterior confirmação. Usualmente, os casos são previamente registrados
como suspeitos e consolidados após a confirmação clínico-laboratorial. Os registros são
devidamente encaminhados aos sistemas, previamente discutidos, e analisados por
ferramentas estatísticas, para avaliação do nível de disseminação, mortalidade, sintomas
graves ou crônicos, medidas de risco relativo, entre outras metodologias analíticas utilizadas
para a construção do conhecimento acerca das medidas de prevenção e controle (BRASIL,
2002). Observe na imagem a seguir como uma esfera municipal representa as etapas para
geração de seu boletim epidemiológico.

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Figura 3 - Fluxograma de coleta de dados e elaboração de boletim epidemiológico


Fonte: Adaptada de SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE DE JATAÍ, 2019.

#PraCegoVer: fluxograma, com o título boletim epidemiológico, traz seis etapas, organizadas
de modo circular e separadas por setas. No centro, o título ciclo de vigilância.
 
A seguir, vamos acompanhar quais medidas são realizadas após as etapas de coleta e
consolidação dos dados. Acompanhe!

4.3 Análise de dados em vigilância em saúde: a


importância da estatística

Vimos que o principal objetivo da vigilância em saúde é a construção de um mecanismo de


prevenção e controle, baseado em dados coletados, sobre determinada doença ou estado
relacionado a riscos para a saúde. Os dados são provenientes de sistemas de coleta em todas
as esferas administrativas, sendo possível rastrear estados de saúde (ou ausência de saúde) à
nível local ou global. E como ocorre o tratamento desses dados? Sanches (2000) destaca que
apenas a coleta e consolidação de dados não é por si só um sistema de vigilância em saúde, e
sim uma forma de arquivo de dados de saúde coletiva. O autor indica, então, a importância da
análise de dados com ferramentas estatísticas para a efetiva construção de um sistema de

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vigilância. Assim, podemos compreender que um processo de vigilância em saúde contempla


quatro pilares essenciais: coleta, consolidação e análise estatística dos dados e disseminação
das informações obtidas a partir deles. Ainda de acordo com Sanches (2000, p. 319):

[...] o objetivo da análise estatística, principalmente rotineira, é detectar a presença de


conglomerados de casos e se tais conglomerados têm alta probabilidade de serem aleatórios ou
não. Portanto, em função do processo de vigilância, as únicas hipóteses estatísticas que têm
significado para dados de vigilância em saúde pública são aquelas de aleatoriedade ou não das
ocorrências.

Podemos concluir, portanto, que as análises estatísticas são essenciais para a validação dos
dados coletados, indicando se há uma representação da realidade ou se o observado é apenas
uma ocorrência aleatória, sem importância ou indicativo para a realização de um programa de
controle ou prevenção. Considerando que a vigilância é um processo contínuo no tempo, a
estatística visa compreender se dentre as variáveis monitoradas, alguma se destaca em relação
aos períodos anteriores. Ou seja, o objetivo é analisar se há alguma variação significativa ao
longo do período observado não condizente com o esperado. Essa informação é usualmente
obtida com a análise de médias de incidência, frequência e prevalência, considerando um
intervalo de confiança aceitável e possíveis alterações bruscas no período avaliado. É
importante destacar que não basta apenas conhecer um dado sobre a incidência de
determinada doença, e sim construir uma análise complexa que de fato represente a condição
de saúde daquele local, considerando entre outros fatores:

dados da população (idade, densidade populacional);

informações socioeconômicas (disponibilidade de


alimentos e condições da moradia);

dados sobre as condições ambientas (como, por


exemplo, se há presença de saneamento);

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e informações sobre a presença e o acesso às


estruturas de saúde (postos de saúde, hospitais)
(SANCHES, 2000; BRASIL, 2002).

Tais dados são importantes, pois não há como estabelecer um programa de prevenção sem
conhecer as variáveis que influenciam a presença de determinada doença. Vamos a um
exemplo? Imagine que em determinada região, o número de pessoas que desenvolveram
esquistossomose vem crescendo além do esperado, por isso foi recomendado o envio de um
fármaco para tratamento. Todavia, o acesso ao posto é extremamente difícil, e houve aumento
significativo de pessoas vivendo em locais sem saneamento. Assim, apenas a verificação do
aumento de casos e o envio do medicamento não serão suficientes para que se estabeleça um
mecanismo de controle, que depende de diversos outros fatores. Nesse contexto, podemos
compreender que as análises estatísticas auxiliam na avaliação da associação das variáveis,
como elas se relacionam, e se tal relação tem impacto na alteração do estado de saúde
observado.
Agora que compreendemos a importância da estatística para a construção da vigilância, vamos
aprender sobre as principais ferramentas analíticas.

4.4 Procedimentos estatísticos da vigilância em


saúde

Dentre as principais ferramentas estatísticas utilizadas para compreender as condições de


saúde, destacam-se as análises de incidência, prevalência e relações de inferência. Você já
conhece esses conceitos, então, vamos destacar a aplicabilidade da bioestatística em
vigilância, conhecendo os testes de estatística de controle. Vamos lá!

4.4.1 Testes de estatística de controle


A estatística de controle é representada essencialmente pela utilização dos chamados gráficos
de controle e tem ampla utilização para o monitoramento de doenças. De acordo com Zanini et
al. (2016), o uso dos diagramas de controle para o acompanhamento de doenças foi possível
devido a uma analogia entre o processo de saúde e o processo industrial de qualidade, com a
diferença que no primeiro caso se busca por doenças e, no segundo, por defeitos de
fabricação.   Assim, as ferramentas do controle estatístico de processos (CEP) foram
“emprestadas” à ciência da saúde. O CEP é capaz de avaliar se as variações observadas têm
causa aleatória ou atribuídas e, portanto, passíveis de serem controladas. Dentre as principais
ferramentas utilizadas em CEP, destacam-se os diagramas de controle. Vamos conhecê-los?
Começamos com o diagrama de Shewhart.   

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Amplamente utilizado para análises de monitoramento de doenças,


principalmente para o controle da tendência central de determinada
variável.  É composto por dois eixos: o das abcissas representa o
instante dos registros de dados, e o eixo das ordenadas, que traz as
Diagrama de informações sobre mensuração do dado propriamente dito naquele
Shewhart instante. Na região central do diagrama, paralelamente à abcissa, há
três linhas, a central apresenta o valor da tendência central, e as linhas
superior e inferior, representam, respectivamente, os limites de
confiança superior e inferior, chamados de limite de alarme de controle
(SANCHES, 1993; 2000).

Observe, na imagem a seguir, um modelo geral de diagrama de controle.

Figura 4 - Exemplo de um diagrama de controle


Fonte: REBOUÇAS et al., 2013, p. 165.

#PraCegoVer: gráfico traz, no eixo vertical, valores numéricos, e no eixo horizontal, os meses
do ano. No espaço entre os eixos, há três linhas, nas cores vermelha, azul e verde, todas
irregulares, marcando pontos, identificados com valores numéricos. No topo do gráfico, há a
legenda, com identificação para as três linhas.

A estatística dos diagramas de controle é baseada em testes de hipóteses, em que os dados


obtidos são testados e identificados se estão ou não sob controle, e, com isso podendo
associá-los aos erros do tipo I e do tipo II (SANCHES, 2000).

Você o conhece?
Walter Shewhart (1891-1967) foi um físico dos EUA muito
relevante para os estudos científicos. Ele é chamado de o
“pai da estatística da qualidade” e impactou não somente as

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ciências exatas, mas também as ciências da saúde, visto


que seus modelos foram amplamente difundidos em estudos
epidemiológicos e de vigilância (BAYART, 2001).

Outro teste de controle muito utilizado é o procedimento de Cusum (do inglês cumulative
sums – soma cumulativa), que também origina um diagrama de controle. Nesse caso, os dados
são representados de forma cumulativa ao longo do tempo e atribui-se um score, chamado de
xk, às observações que são indicadas de acordo com a soma acumulada. Assim como no
diagrama anterior, de Shewhart, também é realizado um teste de hipótese, em que se considera
como hipótese nula a doença sob controle (SANCHES, 2000). Observe um diagrama de
controle que auxilia na avaliação de um quadro de infecção hospitalar.

Figura 5 - Exemplo de diagrama de controle em contexto de análise de casos de infecção hospitalar


Fonte: ARANTES et al., 2003, p. 771.

#PraCegoVer: gráfico traz, no eixo vertical, valores numéricos que indicam a taxa de infecção,
e no eixo horizontal, os meses do ano. Na área entre os eixos, há três linhas, nas cores preta,
vermelha e verde, todas irregulares, marcando pontos. Na parte inferior do gráfico, há a
legenda para identificação das linhas.
 
Os diagramas de controle são, portanto, uma maneira de representar os processos, de modo a
explicitar os possíveis pontos fora do esperado e os atribuídos pelos limites de controle.

Teste seus conhecimentos


(Atividade não pontuada)

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Outro método utilizado é o de estatística scan. Nesse procedimento, os dados são analisados
em todo seu contexto histórico, e o tempo de prolongamento do estado de saúde é definido
como finito. Assim, realiza-se um “scan” das ocorrências ao longo de um período de interesse,
visando compreender possíveis alterações bruscas e indicativas de risco de alteração do
controle.
Nesses estudos, a hipótese testada passa a ser a relação de aleatoriedade, em que a hipótese
nula é que a ocorrência dos eventos ao longo do tempo foi aleatória, em contraste com a
hipótese contrária de que algo ocasionou tal comportamento, como, por exemplo, um surto ou
um descontrole epidemiológico (SANCHES, 1993; 2000).
Em determinados casos, utiliza-se procedimentos específicos para o tipo de análise. Por
exemplo, para estudos sobre defeitos congênitos e doenças crônicas é comum a aplicação do
procedimento de Chen. Nesse caso, há uma coleta de dados em regiões restritas e
predeterminadas, como, por exemplo, um único hospital. Coleta-se, então, dados sobre
aparições consecutivas da ocorrência, por exemplo, quantos recém-nascidos diagnosticados
com má formação congênita nasceram consecutivamente naquele local (SANCHES, 1993;
2000). A hipótese a ser testada considera como H0 a ocorrência da condição aleatória, e o
objetivo é identificar se há algum agente causal não aleatório gerando o quadro apresentado.
Um fato importante é que as análises estatísticas de epidemiologia e vigilância tendem a seguir
padrões de uso mundial, visto que determinadas doenças têm grande importância por conta de
seu nível de disseminação.

Você sabia?
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (Center for
Disease Control and Prevention - CDC) dos EUA disponibiliza um
pacote de ferramentas para elaboração de bases de dados e
análises estatísticas dos dados, chamado de Epi Info. O software
pode ser utilizado para investigar surtos, realizar relatórios e
análises com diferentes metodologias de epidemiologia utilizadas
no mundo, inclusive com treinamentos para seu uso (CDC, 2020).

Assim, finalizamos nossa unidade sobre as principais ferramentas de controle utilizadas em


epidemiologia, que são de grande importância para determinar se uma observação é indicativa
real de possível descontrole que pode prejudicar a saúde pública. Você pôde compreender a
importância da análise contínua e pautada em inferências e hipóteses estatísticas válidas e
complementadas com informações sobre o ambiente e a população, para ser de fato
representativa da realidade.

Vamos Praticar!

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A saúde é muito mais que ausência de doença, e sim um conjunto


de fatores que influenciam na qualidade de vida de uma pessoa. A
saúde pública não pode apenas se preocupar com a detecção e
cura de doenças, mas com todo seu escopo de prevenção e
controle. A vigilância em saúde objetiva justamente monitorar as
diferentes frentes que impactam diretamente a saúde coletiva,
como a frente socioeconômica e as condições de vivência
(moradia, alimentação etc.).
Considerando o apontado:
1) Entre em sites de agências de vigilância em qualquer esfera
administrativa (federal, estadual, municipal ou distrital) e escolha
um boletim epidemiológico para ler e refletir. Pode ser sobre uma
doença, uma condição de saneamento ou outro tópico que você
achar interessante.
2) Faça um pequeno resumo dos dados apresentados e suas
conclusões sobre o assunto.

Conclusão
Assim, finalizamos nossa unidade sobre os principais
conceitos de vigilância em saúde, e pudemos conhecer as
diferentes formas de vigilância responsáveis pela
manutenção e controle da promoção da saúde coletiva e
individual.  
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:

compreender os aspectos históricos da vigilância em


saúde;

reconhecer os segmentos que compõem a vigilância em


saúde;

reconhecer a importância da Vigilância Sanitária e seu


contexto histórico e legal;

identificar os principais conceitos estatísticos utilizados em


estudos de vigilância;

compreender o conceito de saúde e a relação com


qualidade de vida;

compreender as áreas de atuação e os órgãos de


regulamentação da vigilância em saúde e sanitária;

compreender as etapas de coleta de dados, análise e


disseminação de informações;

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reconhecer os diagramas de controle e a importância para


os estudos de vigilância;

compreender a importância da Vigilância Sanitária em


saúde pública e coletiva.

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ajuda a localizar e conter doenças respiratórias. Agência de
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Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras
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