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Plano de orientações e tratamento para o personagem com tuberculose e sua família.

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria


Mycobacterium tuberculosis,também conhecida como bacilo de Koch. A doença afeta
prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A forma
extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em
pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico.

Todo suspeito de tuberculose deve ser examinado para confirmar o diagnóstico e iniciar o
tratamento o mais cedo possível, a fim de minimizar a transmissão da doença.
Na investigação de suspeitos, é importante considerar se foram realizados os exames para
confirmação bacteriológica. Levando em consideração o diagnóstico situacional, deve ser
elaborado um plano de ação e atividades para melhorar o controle da tuberculose,
estabelecendo prioridades de intervenção que devem ser traduzidas em objetivos/metas a
curto, médio e longo prazos.

Monitoramento e Avaliação:

Compreende-se o monitoramento como um processo de pactuação que se faz necessário


para que todos os responsáveis pela execução das atividades tenham clareza sobre: coleta,
registro, armazenamento, análise e disseminação das informações. Deve-se proceder à
mensuração sistemática das operações e resultados do programa de controle, e mudanças
nos resultados das ações no tempo.
São objetivos da visita de monitoramento: Identificar áreas críticas nos aspectos técnicos e
administrativos em relação à estratégia TDO e às atividades de controle da tuberculose.
Monitorar a execução das atividades de controle planejadas em todos os níveis.
Proporcionar um espaço de educação continuada.
Identificar serviços de saúde que necessitem de maior atenção, bem como outros
que possam servir de modelo nos treinamentos.
Incentivar melhoria técnica e operacional em todos os níveis.
Monitoramento implica planejamento cuidadoso, levantando previamente:
Relatórios das visitas anteriores, as recomendações e as providências tomadas.
Situação epidemiológica da área onde se encontra o serviço de saúde a ser monitorado.
Identificação das prioridades para o monitoramento.
Elaboração do plano da visita de monitoramento.
Ao chegar à unidade de saúde, quem monitora deve, em primeiro lugar, apresentar-se
ao gerente e equipe, reiterando os objetivos da visita, observar o desempenho dos
profissionais na realização das tarefas e suas relações com o público e identificar
dificuldades e necessidades.

Principais pontos a serem verificados:

Baciloscopia dos sintomáticos: Existe um fluxo previsto para o caso de identificar um


sintomático respiratório? Onde é colhida a baciloscopia? Ela é colhida no mesmo dia?
Se o laboratório não está na própria unidade, quanto tempo demora entre a coleta
e o envio ao laboratório? Qual a periodicidade do envio de amostras?
Quanto tempo demora entre a data de envio do exame e o recebimento do resultado?
Quanto tempo demora entre a identificação do sintomático e o início do tratamento?
Observar o livro de registro dos sintomáticos respiratórios e se há outros instrumentos
utilizados para registrar os sintomáticos examinados.
Verificar a demora entre a identificação e a coleta, e entre esta e a chegada do
resultado em uma amostra de pacientes. Esses pacientes realizam TDO?
Como é feito o acompanhamento bacteriológico? Quais os resultados do tratamento desses
pacientes? Os contatos são examinados? Observar o livro de registro dos pacientes de
tuberculose e como está preenchido. Identificar dificuldades e necessidades.
No encerramento da visita, é recomendado reunir-se com a equipe e a coordenação
da unidade para um breve relato das conclusões da visita e recomendações, bem
Como agendar a próxima supervisão de acordo com as necessidades do serviço.
Após cada visita de supervisão é preciso: Verificar se os objetivos do plano de supervisão
foram alcançados, analisando, junto às instâncias de decisão, os seus resultados.
Discutir as estratégias de correção necessárias. Cada visita deve resultar em um relatório
ao responsável pelo serviço de saúde, contendo as observações e recomendações do
supervisor. Esse relatório deve ser encaminhado à equipe supervisionada, à unidade e às
instâncias decisórias.

O fácil acesso do paciente ao tratamento é fator fundamental para o sucesso do


programa de controle da tuberculose. A proximidade da residência do doente ou de
seu local de trabalho facilita a supervisão do tratamento, favorecendo a adesão. No
entanto, a descentralização do tratamento precisa ser cuidadosamente planejada e
executada, garantindo-se a capacitação dos profissionais, a supervisão adequada e a
qualidade do atendimento.

O responsável pelo PCT, bem como aqueles que somente realizam a supervisão
para a tomada dos medicamentos, é preciso levantar os locais onde o tratamento é
conduzido. Nesses locais, verificar se a equipe de saúde está capacitada para obter bons
resultados no tratamento, as principais tarefas são: Sensibilizar/capacitar funcionários para
o tratamento supervisionado. Organizar local e fluxo para observação da tomada diária da
medicação. Organizar fluxo de atendimento do doente na unidade: controle do peso,local
de espera da consulta médica, pós-consulta, agendamento e controle de comparecimento.
Definir quem será responsável pela observação direta da ingestão dos medicamentos, pela
orientação, entrega do pote para a coleta de escarro de controle, educação em saúde sobre
a doença, medicamentos e efeitos adversos, controle e convocação de faltosos e visitas
domiciliares. Definir e implantar protocolo para controle dos contatos e visitas domiciliares.
Organizar solicitação de incentivos. Verificar os meios de transporte para realização das
visitas domiciliares – a pé, de ônibus, viatura oficial etc. – conforme os recursos disponíveis
e as características da região.

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