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III GRUPO
Andre Pedro Maponda
Halima da Conceicao Langa
Naftal Mario Anselmo Joao
Pedro Frnscisco Fortuna
Riona Fernanda Modesto
Sarai Wandi Mbiriacone Jasse

Teoria das Crises

Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações

Universidade Pungué

Tete

2022
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III GRUPO
Andre Pedro Maponda
Halima da Conceicao Langa
Naftal Mario Anselmo Joao
Pedro Frnscisco Fortuna
Riona Fernanda Modesto
Sarai Wandi Mbiriacone Jasse

Teoria das Crises

Trabalho Pertencente a Cadeira de Psicologia


Social da Saúde a Ser Apresentado na Faculdade
de Educação e Psicologia, no Curso de
Licenciatura em Psicologia Social e das
Organizações para Efeitos Avaliativos.

Docente: dr: Hermegildo Chimarizene

Universidade Pungué

Tete

2022
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Índice
Resumo.............................................................................................................................iv

Capitulo: Introdução..........................................................................................................5

1.1.Objectivos....................................................................................................................5

1.1.1.Geral.........................................................................................................................5

1.1.2.Específicos................................................................................................................5

1.2. Metodologia................................................................................................................5

Capitulo II: Fundamentação teórica..................................................................................6

2.1. Teoria das crises (Lindemann e Caplan)....................................................................6

2.1.1.Conceitos..................................................................................................................7

2.1.2.Tipos crises...............................................................................................................7

2.1.3.Características...........................................................................................................8

2.1.4. Modos de lidar com as crises...................................................................................8

2.1.5.Teoria da sobrecarga (Seley)..................................................................................10

2.1.5.Teoria da superação (Lipowski, Lazarus e Bandura).............................................11

2.1.6.Integração das teorias das crises no contexto de saúde/doença, no desenvolvimento


social e na inserção comunitária......................................................................................12

2.1.7.Integração da teoria da sobrecarga no contexto de saúde/doença, no


desenvolvimento social e na inserção comunitária.........................................................13

2.1.8.Integração da teoria da superação no contexto de saúde/doença, no


desenvolvimetno social e na inserção comunitária.........................................................14

Capitulo III: Conclusão...................................................................................................15

Referências Bibliográficas...............................................................................................16
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Resumo
Actualmente podem conceber a intervenção psicológica em crise tendo como objectivo
a recuperação do equilíbrio psicológico através da ajuda na resolução do problema,
promovendo novas ou existentes estratégias de coping para que a pessoa as possa
utilizar num problema futuro, constituindo desta forma também uma oportunidade de
mudança. Por último, a ênfase na intervenção psicológica em crise está a deslocar-se em
direcção à prestação de primeiros socorros psicológicos, para ajudar as pessoas após
uma experiência potencialmente traumática. A intervenção psicológica na crise tem por
base um quadro teórico específico, diferente da psicoterapia, que exige do psicólogo
estratégias específicas. Contudo, tal como na psicoterapia, a qualidade da relação
terapêutica criada irá determinar o sucesso da intervenção.
Palavra-chave: Crises, Conceito, Tipos, Teoria.
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Capitulo: Introdução

O presente trabalho surge na cadeira de Psicologia Vocacional, com o respectivo tema:


teoria das crises.

A crise é despoletada quando o indivíduo encontra um obstáculo que não consegue


ultrapassar utilizando as suas estratégias habituais de resolução de problemas,
quebrando a homeostase.

Descreveu ainda quatro fases na reacção de crise. A primeira fase é o início da


subida da tensão emocional que é derivada do evento precipitador. A segunda fase é
caracterizada pelo aumento do nível de tensão e a disrupção do quotidiano porque a
pessoa não consegue resolver a crise rapidamente. Ao tentar resolver a crise e ao falhar,
a tensão da pessoa aumenta a tal nível de intensidade que poderá entrar em depressão.
Na última fase, a pessoa pode colapsar mentalmente ou pode resolver a crise utilizando
novas formas de lidar com o problema.

1.1.Objectivos

1.1.1.Geral

 Compriender a teoria das crises.

1.1.2.Específicos

 Conceituar a teoria das crises;


 Explicar a teoria das crises;
 Falar da teoria das crises.

1.2. Metodologia

Para a elaboração e materialização do presente trabalho recorreu-se às consultas


bibliográficas as quais estão referenciadas na última página do mesmo. Como etapas
começa-se pela mobilização das obras, sua leitura crítica, elaboração do texto e
correcções finais do mesmo.
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Capitulo II: Fundamentação teórica

2.1. Teoria das crises (Lindemann e Caplan)

As teorias da crise desenvolvidas por Lindemann (1944) e Caplan (1964) levam a


reflexão e criação de formas de tratamento para situações de crise, onde as psicoterapias
breves começam a ter grande relevo.

No início dos anos 40, Lindemann, um dos pioneiros na assistência psiquiátrica em


hospital geral (Malan), cristalizou suas ideias sobre a intervenção em situações de crise,
através do seu envolvimento clínico num acidente * no qual houve inúmeras vítimas
fatais e outras apresentando distúrbios emocionais. A partir daí, dedicou-se aos estudos
sobre as reacções de Juto c aflição entre os sobreviventes, descrevendo as reacções
breves e anormalmente prolongadas, manifestadas pelos vários indivíduos envolvidos
com a perda de pessoas significativas (Lindemann, 1944).

O autor concluiu que poderia ser útil para a assistência à população desenvolver uma
estrutura conceitue de referência construída em torno do conceito de uma crise
emocional, a exemplo das reacções de luto ocorridas na população anteriormente
descrita, uma vez que certos eventos no curso do ciclo de vida de todo indivíduos
podem ser descritos como situações ameaçadoras (Lindemann, 1944).

Posteriormente, em 1946, Lindemann fundou o Wellesley Human Relations Service, um


centro pioneiro de saúde mental comunitária, onde incluiu os serviços de emergência
como parte importante da organização. Nesse centro pôde, juntamente com Caplan, dar
continuidade às suas proposições teóricas, trabalho esse que culminou no
desenvolvimento das técnicas de intervenção em crise.

A teoria da crise segundo a literatura específica, parece ter originado no Estados Unidos
da América do Norte, na década de quarenta, tendo se desenvolvido na de cinquenta e
atingindo seu auge entre as décadas de sessenta e meados de setenta, durante a política
de incentivo à criação e instalação de serviços comunitários (unidades de emergência,
ambulatórios e centros de saúde mental), visando à assistência ao doente mental fora do
hospital psiquiátrico, além da promoção e manutenção da saúde mental da comunidade
como um todo.
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No decorrer desse período e nos anos subsequentes, o modelo teórico proposto


originalmente por Caplan, foi questionado em alguns pontos, a serem detalhados na
sequência do trabalho, culminando com a inclusão de algumas alterações que
modificaram bastante sua abordagem.

Na concepção inicial, a teoria da crise constituiu-se num fundamento amplo para uso em
atendimento preventivo comunitário e que se pautava numa percepção centrada em dois
níveis; numa visão abrangente dos factores contínuos ambientais que moldam o
desenvolvimento do estilo geral de vida do indivíduo e numa perspectiva circunscrita
das crises recorrentes, associadas com mudanças repentinas nas estruturas de conduta do
ser humano. Sendo que os dois níveis acentuam mais as influências ambientais do que
os factores de idiossincrasia que determinam as diferenças individuais (Caplan, 1950).

2.1.1.Conceitos

Crise é um momento crítico em que se apresenta uma situação difícil, perigosa, que
exige uma decisão para nos proteger dela (e que, em caso de insucesso, pode prejudicar
gravemente nossos objetivos).

Crise é um fenómeno de tempo limitado, com um resultado que não é predeterminado


no começo. É um estado de desequilíbrio psicológico provocado quando a pessoa
enfrenta situações que pressupõem ameaça, exigências ou perdas de importantes alvos
vitais (Caplan, 1950).

Por muito tempo essa situação é insuperável utilizando-se os mecanismos usuais de


solução de problemas. Durante esse período de desorganização, são feitas inúmeras
tentativas malogradas visando a solução. Por fim, o indivíduo elabora uma nova forma
de manejar o conflito e eventualmente consegue algum tipo de adaptação que pode ou
não ser em seu benefício (Caplan, 1950).

A resolução da crise depende do reajuste de um complexo de forças conflitivas durante


o período de desequilíbrio, algumas das quais se originam no interior do indivíduo,
estando relacionadas com a estrutura da sua personalidade e com a experiência
biopsicológica passada. Outras surgem do seu meio ambiente, particularmente da
evolução da dificuldade externa (situação enfrentada) e da ajuda ou interferência
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prejudicial de terceiros (familiares, amigos, conselheiros formais informais) (Caplan,


1950).

2.1.2.Tipos crises

 Crises generalizada tónica clónica


 Crises antonica
 Crises generalizada de ausencia
 Crises mioclonica
 Espasmos epilépticos

2.1.3.Características

 Estabelecer objectivos terapêuticos limitados, pouco ambiciosos, pondo a tónica


na melhoria sintomática ou no regresso ao funcionamento que existia
anteriormente. (Erikson, 1966).
 Abordar apenas a situação actual a partir do seu desencadeante.
 Intervir precocemente evitando a dos sintomas.
 Não ter regras rígidas quanto evolução da psicoterapia e pelo contrário uma
atitude flexível e adaptativa, caso a caso.

2.1.4. Modos de lidar com as crises

Para Fawcett (1984). Existe varias foramas de lidar com as crises como tas:

 Crises são situações, logo tem começo, meio e fim.

Todo momento de crise tem um ciclo. Antecipar as possíveis situações que gerem
dificuldades, com planejamento e análise de quais recursos serão necessários para
cruza-la, permite que seus níveis de ansiedade e problemas sejam reduzidos enquanto
ela passa.

 Crises são difíceis e perigosas, então não fique parado.

Dentro do planejamento é importante perceber suas limitações e manter raciocínio claro,


ou seja, isento de pré-conceitos e generalizações. Cada um tem suas particularidades e
necessidade dentro do processo da crise, então saiba encontrar o seu papel dentro do
processo e o que é seguro ou potencialmente perigoso. Nesse caso, o perigo não precisa
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ser físico. Tentar enfrentar uma situação de crise sem estar preparado certamente levará
seus níveis de ansiedade às alturas, turvando seu discernimento.

 Perceba e entenda danos indiretos

Em seu planejamento, é fundamental incluir o efeito cadeia. Aquilo que indiretamente


pode lhe atingir gerando perdas ou danos. E aqui, incluo perdas e danos emocionais.

Que fique claro que crises geram danos, esperar que todos aqueles próximos de você
terão uma atitude adequada é irracional, pois ninguém pode prever os eventos diretos e
indiretos de uma crise. Então assuma que haverá momentos em que você precisará
administrar dificuldades emocionais de quem é próximo a ti. E, no caso de entender que
não tem habilidade para isso, recorrer a apoio profissional como um psicólogo e buscar
se resguardar no que for possível, (Fawcett, 1984).

 Crises permitem decisões de sair dela. Logo, escolha se proteger da crise.

Em toda crise há decisões a serem tomadas. Se não há decisão, não é crise, é tragédia.
Enquanto houver escolhas a serem tomadas para não ser atingido pela crise você pode
evitar que ela vire uma tragédia.

 Cada um passa pelas crises de forma diferente. Então, cada um tem uma
saída diferente.

A maneira como a crise afeta cada um é muito diferente. A minha forma de vivenciar a
crise é diferente da sua. Dessa maneira, elas podem terminar em momentos diferentes,
ser perigosas de formas diferentes e a saída para cada um pode ser muito diferente.

Evite ser levado por comportamentos “de manada”. Assuma sua postura e evite se
colocar tanto em perigo físico quanto emocional.

 Entenda que temos limites, e que cruzamos eles mesmo com todo tipo de
planejamento

Segundo Fawcett (1984), Momentos de crise geram situações inusitadas. Aceite que
você pode estar em situação emocional debilitada, gerando sentimentos e pensamentos
como: apreensão, angústia, medo do futuro, ansiedade, sentimento de perigo iminente,
ou de incapacidade.
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Se você se enquadrar em algum desses casos, busque a ajuda de um psicólogo. Ele é


quem irá ajudar você a manejar esses sentimentos e passas pela crise da melhor forma
possível.

 Busque um psicólogo online

A crise que estamos vivendo nos obriga a nos mantermos resguardados, longe do
contato social ou da prestação de serviços básicos como a de um atendimento
psicológico.

O atendimento online permite que você continue recebendo esse tipo de prestação de
serviço, receba apoio emocional, orientação psicológica, amparo e acolhimento
necessário para passar pela crise, (Fawcett, 1984).

2.1.5.Teoria da sobrecarga (Seley)

Na Perispetiva De Jacobson, (1979), De acordo com a Teoria de Hans Seley, as


situações estressoras podem estimular tanto respostas psicológicas como fisiológicas e,
quando ocorrerem, pode acontecer uma inter-relação entre elas fazendo se estimularem
mutuamente, intensificando e mantendo a estimulação geral, como um “efeito cascata”.
Afinal, o estresse é um factor que interfere nos sistemas: nervoso, endócrino e
imunológico.

Quando o indivíduo consegue identificar e conscientizar quais são os estímulos


estressores, estará preparado a enfrentá-los. O enfrentamento dos estímulos estressores
proporciona adaptação do indivíduo às situações adversas, reduz a tensão e restaura o
equilíbrio com menor dano psicossomático

Fisicamente, podem ocorrer vários tipos de doenças. Essa variação de doenças depende
da carga genética da pessoa. Alguns podem adquirir úlceras, hipertensão, outros ainda
ter crises de pânico, de herpes e outras doenças. Doenças estas, que, não tratadas
correctamente, sem tratamento especializado e de acordo com as características
pessoais, podem ocasionar problemas gravem, como enfarto (IAM), acidente vascular
encefálico (AVE), dentre outros Seley divide o estresse em três fases, de acordo com
seus principais sintomas juntamente com a reacção de luta-fuga:
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1ª- FASE: Fase de alarme: O organismo percebe que precisa lutar ou fugir da situação
estressora para conseguir adaptar-se a esta. Após o ato da luta e da fuga que acontecem
na experiência estressante, ocorre o retorno à situação de equilíbrio. Esta é uma situação
de reacção saudável ao estresse. Essa fase é caracterizada por alguns sintomas:
taquicardia, tensão crónica, dor de cabeça, sensação de esgotamento, diminuição da
concentração de cloretos no sangue (hipocloremia), pressão no peito, extremidades
frias, dentre outros.

2ª- FASE: Fase de resistência: Quando as reacções da fase de alerta persistem, o


organismo altera seus parâmetros de normalidade e concentra estas reacções em um
determinado órgão-alvo, desencadeando a Síndrome de Adaptação Local (SAL). Nessa
fase, os sintomas psicossociais são manifestados, como por exemplo: ansiedade, medo,
isolamento social, roer unhas, oscilação do apetite, impotência sexual e outros,
(Jacobson, 1968).

3ª- FASE: fase de exaustão: Como o próprio nome diz, o organismo encontra-se
exausto pelo excesso de actividades e pelo alto consumo de energia. Ocorre, diminuição
e prejuízo no funcionamento do órgão mobilizado na SAL, que manifesta-se sob a
forma de doenças orgânicas.

2.1.5.Teoria da superação (Lipowski, Lazarus e Bandura).

Teoria de superação de Lazarus

O psicólogo Richard Lazarus (1984) e Lipowski (1986) na superação, descreveu dois


tipos básicos de coping para a superação de crises na vida. O coping com enfoque no
problema e o coping com enfoque na emoção, (Jacobson, 1968).

O coping com enfoque no problema é dirigido para administrar ou mudar um estressor


ameaçador ou nocivo. O indivíduo pode focalizar-se sobre o problema ou situação
específica que surgiu, tentando encontrar algum modo de mudá-la ou evitá-la no futuro.

As estratégias para a solução de problemas incluem defini-los, gerar soluções


alternativas, pesá-las em termos de custos e benefícios, seleccionar entre elas e
implementar a alternativa seleccionada. As estratégias focalizadas no problema também
podem ser dirigidas para o interior: a pessoa pode mudar algo em si mesma, em vez de
mudar o ambiente. Exemplos seriam a modificação do nível de aspiração, descoberta de
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fontes alternativas de gratificação e aprendizagem de novas habilidades. O grau de


habilidade com que os indivíduos empregam essas estratégias depende de sua faixa de
experiências e capacidade para o autocontrole, (Jacobson, 1968).

Se o indivíduo acredita que não há nada que possa alterar uma situação, a tendência é
contar com o coping com enfoque sobre o alívio das emoções associadas com a
situação stressante, que direcciona os seus esforço para regular ou aliviar o impacto
emocional da situação stressante.

Teoria de superação de Bandura

Para Malan (1981), Teoria de superação de Albert Bandura procurou estudar os factores
motivacionais do comportamento da aprendizagem social - enfatiza uma visão sobre a
pessoa como ser activo e que utiliza processos cognitivos para representar eventos,
prever o futuro, escolher entre diferentes rumos de acção e comunicar-se com os outros.

Rejeitando a visão de que as pessoas são motivadas por forcas interiores (impulsos)
quanto a visão de que elas são bombardeadas por estímulos ambientais, sugere que o
comportamento humano pode ser explicado por uma interacção – Determinismo
Recíproco.

Desenvolve dois conceitos principais o auto-reforçamento e auto-eficácia.

Auto-reforçamento é a compreensão de que as pessoas possuem padrões internos para


avaliar o seu próprio comportamento e o dos outros. Esses padrões representam metas
para atingirmos e as bases para esperar reforço de outras pessoas e de nós mesmos.

Auto-eficácia identifica-se com a expectativa, com o sentimento do sujeito, em relação


à sua capacidade e competência para lidar com a vida e alcançar o que deseja e aspira,
através do seu esforço pessoal.

Bandura, propõe um conceito de auto-eficácia que inclui dois pilares: a expectativa da


eficácia que é a convicção do sujeito na sua capacidade de adoptar um comportamento
específico, para produzir um resultado desejado, e a expectativa de resultado que é a
convicção do sujeito que acredita que se exibir um determinado comportamento, obterá
um resultado concreto desejado (Malan, 1981).
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A superação de obstáculos, o feedback, as crenças e os julgamentos de auto-eficácia


estão estreitamente ligados ao interesse que um individuo demonstra por uma tarefa e o
que ele pode desempenhar nela.

2.1.6.Integração das teorias das crises no contexto de saúde/doença, no


desenvolvimento social e na inserção comunitária

Para As teorias da crise no contexto de saúde/doença, esta teoria é um dos pioneiro de


saúde mental para a assistência para a população desenvolver uma estrutura conceitue
de referência construída em torno do conceito de uma crise da vida. No sentido, visando
atender os individuo no momento de crise, no serviço de emergência como parte mais
importante da organização que visa no desenvolvimento das técnicas de intervenção em
crise, durante a política de incentivo à criação e instalação de serviços comunitários
(unidades de emergência, ambulatórios e centros de saúde mental), visando à assistência
ao doente mental fora do hospital psiquiátrico, além da promoção e manutenção da
saúde e doenças mental da comunidade como um todo.

Na concepção inicial o desenvolvimento social e na inserção comunitária a teoria da


crise constitui-se fundamento amplo para uso em atendimento preventivo comunitário e
que se pautava numa percepção centrada em dois níveis; numa visão abrangente dos
factores contínuos ambientais que moldam o desenvolvimento do estilo geral de vida do
indivíduo e numa perspectiva circunscrita das crises recorrentes, associadas com
mudanças repentinas nas estruturas de conduta do ser humano. Sendo que os dois níveis
acentuam mais as influências ambientais do que os factores de idiossincrasia que
determinam as diferenças individuais.

2.1.7.Integração da teoria da sobrecarga no contexto de saúde/doença, no


desenvolvimento social e na inserção comunitária

Segundo Martins & Saidemberg (1983), A teoria da sobrecarga no contexto de


saúde/doença observou que muitas pessoas sofriam de doenças físicas e reclamavam de
sintomas comuns. A partir de investigações científicas em laboratórios, com animais,
definiu que é o estresse como o resultado é específico de qualquer demanda sobre o
corpo, seja de efeito mental ou somático, e "estressor", como todo agente ou demanda
que evoca reacção de estresse, seja de natureza física, mental ou emocional. Seley pode
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observar que o estresse produzia reacções de defesa e adaptação com ao agente


estressor, descrevendo a Síndrome Geral de Adaptação.

E não so, esta teoria observa que o indivíduo consegue identificar e conscientizar quais
são os estímulos estressores e para que esteja preparado para enfrentá-los. O
enfrentamento dos estímulos estressores proporciona adaptação do indivíduo às
situações adversas, reduz a tensão e restaura o equilíbrio com menor dano
psicossomático.

A teoria de Bandura reconhece a importância do pensamento e o estresse. Afirma que o


meio social em que vivemos faz parte de nossa vida e contribuiu de maneira
significativa para o desenvolvimento humano. A família, a escola, a comunidade são
grupos sociais aos quais somos inseridos em determinadas fases do desenvolvimento e
que contribuem para a mitigação do stresse.

2.1.8.Integração da teoria da superação no contexto de saúde/doença, no


desenvolvimento social e na inserção comunitária

Na visão de Mastal & Hammond (1980), Integração da teoria da superação no contexto


de saúde/doença, tem por o objectivo da técnica em si é incentivar o paciente a
identificar os problemas, tanto os problemas que ele enfrentou na semana que ainda lhe
causam sofrimento e os que ele prevê para as semanas seguintes e coloca-los em pautas,
nesta técnica psicólogo deve incentivar o paciente a imaginar possíveis soluções para
seus problemas, tem ainda como objectivo a criação de alternativas, fazendo com que
todas as soluções possíveis estejam disponíveis.

O desenvolvimento social e na inserção comunitária a teoria da superação

Para Roy (1980), Afirma que, para o individuo conseguir superar uma estresse recorre
ao coping como maneiras de enfrentamento do estresse, onde coping refere-se às
maneiras que o indivíduo procura na tentativa de mudar as circunstâncias ou as
interpretações das circunstâncias para torná-las menos ameaçadoras.

Quando o coping é eficaz, o indivíduo adapta-se à situação e o estresse é reduzido.


Infelizmente, os esforços para gerenciar o estresse nem sempre ajudam o indivíduo a
adaptar-se. Um gerenciamento não realista pode implicar em pensamentos e
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comportamentos que intensificam ou prolongam o sofrimento. Pode também produzir


resultados frustrantes.

Lazarus e Suzan Folkman (1984) As estratégias para a solução de problemas incluem


defini-los, gerar soluções alternativas, pesá-las em termos de custos e benefícios,
seleccionar entre elas e implementar a alternativa seleccionada. As estratégias
focalizadas no problema também podem ser dirigidas para o interior: a pessoa pode
mudar algo em si mesma, em vez de mudar o ambiente.
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Capitulo III: Conclusão

Fim do trabalho, concluísse que a de tudo o que fica dito sobre a abordagem terapêutica
das reacções emocionais a situação de doença somática grave gostaríamos de fazer
ressaltar alguns aspectos sobre o tipo de relação terapêutica a estabelecer. trata-se de
uma crise importante na vida do indivíduo, acompanhada de angústia e depressão
frequentemente muito intensas, em que é fundamental a criação de um espaço em que o
paciente possa verbalizar esse sofrimento e sentir que ele é reconhecido pelo terapeuta,
assim como encontrar novas formas possíveis de lidar com ele. ora este tipo de relação
exige, dada a sua especificidade, uma formação pessoal e um treino com supervisão em
psicoterapia dinâmica, preferencialmente analítica.

vimos já quais são as raízes das psicoterapias breves e a sua ligação a psicanálise desde
os primeiros trabalhos de Freud. elas permitem nos nossos dias aliviar muito do
sofrimento e do invalidíssimo psicogénico ligados a doença somática grave, com um
mínimo de custos em termos orçamentais e aproveitando tantas vezes o período de
internamento num hospital geral, exactamente na altura em que a doença foi
diagnosticada. a nossa experiência tem-nos mostrado por tudo isto a importância que
adquire actualmente a existência de departamentos de psiquiatria de ligação nos
hospitais gerais integrando psiquiatras treinados nesta área, de tal modo que as situações
de crise sejam avaliadas no início permitindo uma abordagem precoce e com mais
possibilidades de êxito.
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Referências Bibliográficas

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ERIKSON, E.H. Infancia y sociedade. 2. ed. Buenos Aires, Hormé, 1966.

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Davis, 1984.

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Am. J. Public. Health, Washington. 1968.

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1979.

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SAIDEMBERG, S. Psiquiatria e saúde mental. São Paulo, Autores Associados, 1983.

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ROY, S.C. Adaptation: a conceptual framework for nursing practice. 2. ed. New York,
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