Você está na página 1de 27

SAUDE DA COMUNIDADE VIII

MORTALIDADE MATERNA

Oradores Docente:
Isabel dos Anjos C. H. A Dr. Mussagy MD
Geraldo Paulo Iava Dra Nina BundarengoMD
Osvaldo Joaquim
INTRODUÇÃO

 As Metas de Desenvolvimento do Milénio são


relativas à mortalidade materna e infantil.

Reduzir em três quartos a taxa de mortalidade


materna, entre 1990 e 2005
Alcançar, até 2015, o acesso universal à saúde
reprodutiva.
CONCEITO

 “A morte de uma mulher durante a gravidez, parto, ou seis


semanas após o parto” (OMS 1990)
 Morte de uma mulher durante a gravidez ou dentro de um
período de 42 dias após o parto.
CONCEITO 2

• Morte materna não obstétrica é a resultante de


causas incidentais ou acidentais não
relacionadas à gravidez e seu manejo. Estes
óbitos não são incluídos no cálculo da razão de
mortalidade materna.
EX: acidentes de transporte, etc.
Mortalidade de Mulheres em Idade Fértil
Internacionalmente, corresponde aos óbitos de
mulheres na faixa de 1 5 a 49 anos de idade.
No Brasil, a faixa etária analisada é de 10 a 49
anos.
TAXA DE MORTALIDADE MATERNA

 TMM = Nº total de mortes maternas por 100.000


nados vivos (num local e período).
Nº total de mortes maternas (num período)
TMM = ------------------------------------------------------- x 100.000
Nº total de nados vivos > 1.000. (no mesmo período)
PERFIL EPIDEIOLOGICO

• São aceites 20 mortes maternas para 100 mil nascidos vivos.


• Mais de meio milhao de mulheres morem por causa da
gravidez ou ao parto na sua maioria por falta de
atendimento medico.
• Estas mortes são mais acentuadas em paises em via da
desenvolvimento.
• O risco alto para jovens no sexo femenino entre 15 a 19
anos sendo 2 vezes maior em relacao de 20 a 24 anos.
• Cerca de 46 milhoes de abortos praticados anualmente no
mundo metade ocorrem em condicoes inseguras
PERFIL EPIDEIOLOGIA
• A maioria das mortes maternas devem-se a causas preveníveis ou
possíveis de tartar;
• 73% entre 2003 e 2009 foram devidas a causas obstétricas
directas, e mortes devidas a causas indirectas responderam por
27,5%8.
• Mais de metade de todas as mortes maternas pelo mundo inteiro
devem-se a hemorragias, desordens hipertensivas e sepsis.
• 27,1% resulta de hemorragias depois do parto.
• Desordens hipertensivas relacionadas à gravidez respondem por
14% de mortes maternas,
• infecções relacionadas ao parto respondem por 10,7%.
• As outras causas da morte materna são o aborto 7,9%, embolia
3,2%
• 9,6% malária, o VIH e trauma
Principais causas de Morte
Materna directa em Mocambique
 Hemorragia intra-parto e pós-parto
 Sépsis puerperal
 Eclâmpsia
 Rotura uterina
 Trabalho de parto arrastado
 Complicações devidas ao aborto séptico
CAUSAS DE MORTE MATERNA

1. Factores Médicos
2. Factores ligados aos Serviços de
Saúde
3. Factores Reprodutivos
4. Factores Socio-económicos
FACTORES MÉDICOS

Directas
Resultantes de complicações da gravidez,
parto ou puerpério
 Resultantes de intervenções, omissões ou
tratamento incorrecto ou de uma cadeia de
eventos resultantes de qualquer deles
(Hemorragia, Eclámpsia, Sépsis, GEU, DPP,
etc.)
FACTORES MÉDICOS

Indirectas
Mortes resultantes do agravamento
pela gravidez ou parto, de algumas
condições preexistentes ou
intercorrentes (SIDA, Malária, Hepatite,
Doença cardíaca, etc.)
FACTORES DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Tratamento deficiente das complicações


Falta de medicamentos, material e pessoal
treinado
Falta de acesso aos cuidados de saúde
Falta de ou deficientes cuidados pré-natais
 Falta de cuidados de saúde primários
FACTORES REPRODUTIVOS

Idade materna
Mulheres jovens
Mulheres com idade ≥ 35 anos
Paridade > 4
Gravidez indesejada/não planificada
(relacionadas a alta frequência de abortos
ilegais e suas complicações)
Aborto clandestino
FACTORES SOCIO-ECONÓMICOS
Pobreza global
Condição da mulher
Nutrição inadequada,
Comportamento reprodutivo inadequado,
Fraco acesso e utilização dos serviços de
saúde
Maior vulnerabilidade a práticas
tradicionais nocivas
FACTORES SOCIO-ECONÓMICOS

 Demora na Decisão para Procurar Assistência


(Dentro da família ou comunidade)
 Alto Índice Inaceitável de Analfabetismo
 Ignorância sobre complicações relacionadas à
gravidez e falta de planeamento do parto
 Crenças e práticas tradicionais prejudiciais
 Demora em chegar à US
 Demora em receber assistência na US
Níveis de Demora

Primeira demora
 Atraso no reconhecimento dos sinais de
perigo e decisão de procurar os cuidados de
saúde pela mulher e família
Níveis de Demora (cont)
Causas
 Analfabetismo ou baixa escolaridade;
 Pobreza - limita a capacidade de procura dos serviços
de saúde
 Factores culturais – recusa em levar a doente à
unidade sanitária;
 Falta ou reduzida frequência da consulta pré-natal;
 Más interpretações sobre as causas ou factores (feitiço
ou curandeirismo) que conduzem à morte da mulher;
 Falta de conhecimento sobre as causas ou do problema
que esteve na base da morte;
 Demora na tomada de decisão de ir à unidade sanitária
Níveis de Demora (cont)
Segunda demora
 Atraso em atingir a unidade sanitária
influenciado pelos seguintes factores
Causas
 Falta de disponibilidade de transporte para
chegar à unidade sanitária, inclusive
ambulância;
 Longas distâncias traduzidas pelo longo tempo
(vários dias);
Níveis de Demora (cont)

Terceira demora
 Atraso em receber o tratamento apropriado
influenciado pelos seguintes factores
Níveis de Demora (cont)
Causas
 Demora no atendimento a nível da unidade
sanitária;
 Atraso na recepção de cuidados adequados;
 Serviços inadequados;
 Tratamento inadequado;
 Falta de condições cirúrgicas;
 Incompetência do pessoal;
 Pessoal ausente (médico, enfermeira e técnico de
cirurgia);
 Má condução do caso;
 Falta de pessoal qualificado.
Impacto da mortalidade materna

• tem implicacoes no seio da familia e grade perda na


comunidade com repercursoes a longo prasso. As crianca são
as que sofrem mais com cerca 5% e com cerca 20% menor de
5 anos
Plano de acção
• Este, deve basear-se nos factores que
determinam a ocorrência desta, isto é, olhar
para os derminantes da mulher dentro de
sua familia, da familia na sociedade e ainda
olhar determinantes da comunidade em
geral.
Acção para a mulher:
• Melhorar o nivel acâdemico e de informação das
mulheres e seus parceiros, começando por:
• -Incentivar a alfabetização destas mulheres.
• -Incentivar a continuidade dos estudos.
• -Desenvolvimento de actividades rentáveis,
• -Insentivar a mulher a melhorar a sua
alimentação.
• -Controlar doenças cronicas como HTA, Diabetes
melitos .
• -Tratar adequadamente as infeções,
• -Ensina-las os sinais de alarme da gravidez.
Acção para a família
• Incentivar o desenvolver de actividades que
aumentem a renda familiar. ocupar os
membros adultos com actividades que sejam
rentaveis ou/e de formação.
• Melhorar alimentação familiar,
• Insentiva-las a optar pelo planeamento
familiar
• Tratamento da mulher, com dignidade e
respeito.
• Educação de todos os membros adultos sobre
as vantagens der aderir os cuidados de saúde.
Acção para comunidade

• Centros de alfabetização.
• Hospitais bem equipados.
• Formação de parteiras para casos de
escaccez de mêdicos.
• Tornar facil o acesso os serviços de saúde as
mulheres,
• Propor ao gorveno a impor disciplina que
retrate expecificamente de saude reprodutia
CONCLUSAO
• As cinco principais causas de mortes maternas em
Moçambique são a rotura uterina, a hemorragia pós-
parto, a pré-eclámpsia severa/eclámpsia, o HIV/SIDA e
a sepsis puerpueral.
• Os factores que contribuem para as mortes das mães
em Moçambique incluem a falta de uso dos serviços
pré-natais; de partos institucionais e serviços pós-natais;
a dificuldade de acesso aos serviços de saúde
• As acções para reduzir cada vez mais as mortes
maternas em
Moçambique deveriam incluir a elevação do número de
mulheres que usam as unidades sanitárias existentes
para as consultas pré-natais, partos e pós-parto e os
serviços de planeamento familiar para espaçar ou limitar
os nascimentos.
REFERENCIAS
• Revisao de literaturas: Saúde Materna em Moçambique por Isbel nhatave julho 2006
revista Nweti;
• INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA
Inquérito Nacional sobre Causas de Mortalidade, 2007/8
Relatorio preliminar.
• UNICEF, Organização Munidal da Saúde. Cumprindo a Agenda da Saúde para a
Mulher e a
Criança, Relatório de 2014. 2014.
• Comissão Económica das Nações Unidas para África. Relatório sobre os ODM de
2013:
• Avaliação do Progresso de África rumo aos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
2013.
• Nações Unidas. Relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio de 2014.
2014.
• Organização Munidal da Saúde. Declaração de Abuja: Dez Anos de Implementação
• Carlos Antonio Barbos, Jorge de Rezend filho, Obstetricia fundamental, 11a ed,
Guanabara Koogan, São Paolo.2010

Você também pode gostar