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SIMBORA MINHA GENTE!!!

ACABOU o SOSSEGO!

É hora de PENSAR no FUTURO...


Força na peruca ...
SEJAM BEM VINDOS A
MAIS UM SEMESTRE
LETIVO!!!
BOOOM DIAAA!!!

*Aula inaugural;
*Apresentação da disciplina /plano de ensino e
atividades programáticas.
- Dinâmica de Socialização com a turma;
- Contextualização geral sobre a saúde da mulher
GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
ECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
S UNIVERSITÁRIO DE DIAMANTINO “FRANCISCO
CÂMPUS UNIVERSITÁRIO FERREIRA
FRANCISCO FERREIRAMENDES”
MENDES
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM
CURSO DE ENFERMAGEM

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A
SAÚDE DA MULHER

Docente: Enfª. Ma. Silkiane M Capeleto


silkiane.capeleto@unemat.br

Diamantino – MT
2024/1
Unidade I – Aspectos Gerais e Introdutórios da
Assistência de Enfermagem à Saúde da Mulher

Fonte: imagens do google


Questões e tendências atuais importantes na
saúde materna, neonatal e da mulher.

Imagens do google
• Vários conceitos sobre saúde da mulher, perpassando de concepções mais
restritas, que abordam apenas aspectos da anatomia e biologia do corpo
feminino, até concepções mais ampliadas, que interatuam com dimensões
dos direitos humanos e questões relacionadas à cidadania;

• As mulheres no Brasil representam aproximadamente cerca de 52% da


população.

• Desempenham diversos papeis na sociedade;

• Adoecem mais que os homens e são as que mais utilizam os


serviços de saúde (pública) – para si própria ou acompanhando filhos,
marido e familiares.

• Aumento da expectativa de vida entre as mulheres
• Independência para o mercado de trabalho – incorporação de
políticas de atenção a saúde reprodutiva. (métodos
contraceptivos/anticoncepcionais e planejamento familiar);
Escolhem a maternidade tardiamente e querem quantitativo
menor de filhos.

• Maior propensão à síndrome do Burnout e doenças psicossomáticas


(dupla jornada, acumulo de tarefas e responsabilidades);

Saúde das mulheres piorou em 2021, diz pesquisa global


Deidre McPhillipsda CNN
Pesquisa Global -
https://www.cnnbrasil.com.br/saude/saude-das-mulheres- VAMOS ACESSAR
piorou-em-2021-diz-pesquisa-global/
JUNTOS!
• A inserção do sexo feminino no mercado de trabalho, as atividades
domiciliares que exercem e o processo de envelhecimento da
população, bem como o aumento da expectativa de vida entre as
mulheres, apontam que há uma notável necessidade de se
implementar políticas públicas eficientes que contribuam para o
envelhecimento saudável e que promovam qualidade de vida para
este grupo populacional.

(https://www.apm.org.br)
Principais aspectos
epidemiológicos,
demográficos e
socioeconômico-
culturais relacionados
em saúde materna e
da mulher.
Pré-natal e parto Maternidade na adolescência

• tem o seu acesso limitado no Brasil por conta dos • ocorre entre jovens que estão na faixa dos 10 a 19
obstáculos socioeconômicos que dificultam o anos - maiores riscos de eclampsia, endometrite
processo. puerperal e infecções sistêmicas – bebes
• Prova disso é a diminuição em 30% no número de prematuros;
realizações do exame. Em 2014, os registros • relações sexuais de meninas entre 10 e 14 anos
totalizavam 632.832, caindo para 444.825 em têm uma forte tendência a não serem consentidas,
2021. Mulheres pretas e pardas somam 70% dos sendo que gravidez e abuso sexual, neste contexto,
casos de pré-natal inadequado – quando a gestante estão diretamente interligados.
não o faz, ou quando o inicia após o terceiro mês • abortos espontâneos ou provocados e a ocorrência
de gestação, ou quando realiza menos de três de natimortos não há dados disponíveis mas o MS
consultas. aponta que dos 29.268 óbitos fetais no Brasil,
• Conforme os dados da pasta, de 2014 a 2021, 14,3% foram de partos de meninas entre 10 e 19
foram documentados 22.974.531 nascidos vivos no anos.
território nacional – com média anual de 2,8 • A média anual de nascidos vivos de mães
milhões. Houve uma redução de 10,3% neste adolescentes, entre 2010 e 2021, foi de 500 mil,
número, indo de 2.979.259 em 2014 para totalizando 6 milhões – valor que corresponde a
2.672.046 em 2021. As cesarianas são 17,5% do total. O número de meninas entre 10 e
predominantes, totalizando 56,2% dos partos 14 anos que se tornaram mães é alarmante,
realizados entre 2014 e 2021. chegando a quase 300 mil nascidos. Contudo, tais
valores vêm diminuindo expressivamente, com
uma média de 17 mil nos anos de 2020 e 2021.
Mortalidade da Mulher Brasileira

• o número de mortes evitáveis entre mulheres, entre os anos de 2012 e 2021, passou de 69,5% para 77,4%,
representando que a morte de até 330 mil mulheres poderiam ter sido evitadas.

• Em 2012, as mortes evitáveis em mulheres de 5 a 74 anos totalizaram 74,1% e estiveram diretamente


relacionadas a doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Em 2021, o número caiu para 45,5%, mas ainda
se configurava como o grupo mais importante das causas evitáveis.

• Das 149 mil mortes evitáveis voltadas às DCNTs em 2021, 31% foram ocasionadas por neoplasias, 15,3% por
doenças isquêmicas do coração, 14,4% por doenças cerebrovasculares e 13,5% por diabetes mellitus.

• No que tange às doenças infecciosas, os casos estão relacionados a infecções respiratórias, como
pneumonia, influenza e Covid-19 (representando 39,1% das causas evitáveis em 2021), além da Aids, com
11,9%.

• No ano de 2021, 75.682 mulheres em idade fértil – correspondente ao período dos 10 aos 49 anos –
faleceram por mortes evitáveis, a maior parte por causas reduzíveis por imunização (37,9%). Em seguida,
está o grupo que faleceu por causas relacionadas às doenças crônicas não transmissíveis (33,7%); causas
externas, como acidentes e violências (14,8%); e à Covid-19 que, sozinha, foi responsável pela morte
evitável de 37,8% das mulheres.
Câncer de mama e de colo de útero

• são as neoplasias que mais matam mulheres no mundo inteiro - um dos mais graves problemas de saúde pública;

• Mundialmente, 2,3 milhões de mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama em 2020, o que totaliza 7,8
milhões nos últimos cinco anos. Também em 2020, 685 mil mortes por câncer de mama foram registradas em todo o
mundo, enquanto 28 mil mulheres perderam a vida por câncer de colo de útero na América Latina e no Caribe.

• De 2010 a 2021, 643.889 mortes prematuras (30 a 69 anos) de mulheres por câncer de mama foram registradas no
Brasil, de modo que a doença ocupa o 1º lugar no grupo mais frequente em mulheres, enquanto o câncer de colo de
útero está no 3º lugar.

• Para ambas as enfermidades, houve redução nas taxas de mortalidade entre 2019 e 2021 – podendo estar associada
à mortalidade por Covid-19.

• De 2010 a 2021, foi observado que os óbitos por câncer de mama e de colo de útero foram maiores entre mulheres
de 50 a 59 anos.

• São Paulo e Rio de Janeiro são as unidades federativas com os maiores percentuais de mortalidade por câncer de
mama, ao passo que Goiás, Amazonas, Amapá e Maranhão registraram as maiores taxas de óbitos por câncer de colo
de útero.
Fatores de risco e proteção para DCNTs

• Há uma redução na prevalência de fumantes para ambos os sexos entre os anos de 2006 e 2021, chegando a 6,7%
para as mulheres.

• O sexo feminino apresenta menor prevalência de consumo abusivo de bebidas alcoólicas em todos os anos de análise,
apesar de estar havendo uma tendência de aumento neste cenário, passando de 7,8% em 2006 para 12,7% em 2021.

• A maior prevalência de fumantes está na faixa etária de mulheres de 40 a 59 anos. O consumo de álcool, por sua vez,
está mais presente em mulheres de 18 a 24 anos.

• Em relação à obesidade, houve maior incremento para as mulheres, que passaram de 12,1% em 2006 para 22,6% em
2021.
• A prevalência nas práticas de atividades físicas foi menor entre as mulheres, variando de 22,2% em 2009 para 31,3%
em 2021.
• O MS. destaca que a prática regular de atividades físicas contribui para evitar doenças crônicas não transmissíveis,
além de ser uma importante ferramenta para aumentar a qualidade de vida.

• Necessidade de políticas, programas e serviços que incidam nos grupos expostos aos fatores de vulnerabilidade -
ações contemplam promoção de Saúde, além de campanhas de prevenção, tratamento e reabilitação, possibilitando o
acesso da população aos serviços integrais para, assim, promover uma vida mais saudável a todas as mulheres.
Evolução das políticas de atenção à saúde da
mulher
Do PAISM AO PNAISM
Política Nacional de atenção integral a saúde da
mulher (PNAISM).
• A Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher contempla a
população feminina acima de 10 anos, hoje estimada em 73.837.876
pessoas, distribuída nas seguintes faixas etárias:
• 10 a 14 anos – 8.091.022;
• 15 a 19 anos – 8.433.904;
• 20 a 29 anos – 16.524.472;
• 30 a 39 anos – 13.934.024;
• 40 a 49 anos – 11.420.987;
• 50 anos e mais – 15.505.461.

• As mulheres em idade reprodutiva, ou seja, de 10 a 49 anos, são


58.404.409 e representam 65% do total da população feminina,
conformando um segmento social importante para a elaboração das
políticas de saúde.
A humanização e a qualidade da atenção
são indissociáveis;

PNAISM
E humanização é muito mais do A qualidade da atenção exige
que tratar bem, com delicadeza ou mais do que a resolução de
de forma amigável problemas ou a disponibilidade
de recursos tecnológicos.
Objetivos Gerais da PNAISM

Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia
de direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção,
prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro.

Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por


causas evitáveis;

Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no SUS.


Objetivos Específicos e Estratégias da PNAISM

Promover, conjuntamente com o PN-DST/AIDS, a prevenção e o


controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo
Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, HIV/aids na população feminina:
(inclusive para as portadoras da HIV e outras DST/IST)
Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o
enfoque de gênero
Estimular a implantação e implementação da assistência
em planejamento familiar, para homens e mulheres,
adultos e adolescentes, no âmbito da atenção integral à Implantar e implementar a atenção à saúde da mulher no climatério
saúde:

Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e Promover a atenção à saúde da mulher na terceira idade
humanizada, incluindo a assistência ao abortamento em
condições inseguras, para mulheres e adolescentes:
Promover a atenção à saúde da mulher negra

Promover a atenção às mulheres e adolescentes em


situação de violência doméstica e sexual: Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina
Objetivos Específicos e Estratégias da PNAISM

Promover a atenção à saúde das trabalhadoras do campo e da cidade

Promover a atenção à saúde da mulher indígena

Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de prisão, incluindo a promoção das ações de
prevenção e controle de doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/aids nessa
população

Fortalecer a participação e o controle social na definição e implementação das políticas de atenção


integral à saúde das mulheres
ÁREAS ESTRATÉGICAS OU PROBLEMÁTICAS COMO PRIORIDADE

• TEMAS RELATIVOS A MORBIMORTALIDADE FEMININA


• 1- Mortalidade materna
• 2- Precariedade da atenção obstétrica
• 3- Abortamento em condições de risco
• 4- Precariedade da assistência em anticoncepção
• 5- IST, HIV/Aids
• 6- Doenças crônico degenerativas e câncer ginecológico

• TEMAS RELATIVOS À ATENÇÃO À SAÚDE NO CICLO VITAL


• 7- Saúde das mulheres adolescentes
• 8- Saúde das mulheres no climatério/menopausa
• 9- Saúde mental e gênero
• TEMAS RELATIVOS A MULHERES EM MINORIAS E/OU
VULNERABILIDADE
• 10- Saúde das mulheres lésbicas
• 11- Saúde das mulheres negras
• 12- Saúde das mulheres indígenas
• 13- Saúde das mulheres residentes e trabalhadoras na área rural
• 14 – Saúde da mulher em situação de prisão
• 15- Violência doméstica e sexual
• Existem críticas quanto à política vigente?
• O que vocês acham?

❑Incoerência entre o que se preconiza (integralidade) e o que se efetiva na


atenção à saúde das mulheres. Estudos apontam para falta de acesso e
violação de direitos fundamentais;

❑O enfoque de gênero embora claro na PNAISM ainda não se efetiva em todos


os âmbitos da atenção à saúde (promoção, prevenção, assistência e
reabilitação)

❑Exclusão de certos grupos de mulheres da sociedade em situação de


vulnerabilidade como as profissionais do sexo

❑ Fragilidade na proposição prática do que se preconiza no plano teórico e


deficiência quanto à divisão de responsabilidades entre os entes federativos
Eixos da PNAISM
Programas e políticas públicas de atenção a
saúde da mulher.
• Programa de Assistência Integral a Saúde da Mulher (PAISM) -1980-1984
• Programa Maternidade Segura -1980
• Maternidade segura (inicio/conferencia) – 1986 – 1987
• Lei do exercício profissional – 1986
• Criação do curso de doutorado em Enfermagem (USP, 1982)
• Constituição de 1988 – cadernos de atenção Básica, saúde sexual e saúde
reprodutiva
• Lei 9266/1966 – regulamenta o planejamento familiar
• Rede Nacional pela Humanização do Parto e Nascimento (ReHuNa – 1993)
• Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN – 2000
• Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)-
2004
• Política Nacional de Humanização no SUS (2004)
• Pacto pela Saúde – ênfase no controle de Câncer de colo uterino e
mama, redução da mortalidade materna- 2006
• Politica Nacional de Atenção Básica - 2011
• Criação da Rede Cegonha - 2011
• Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transexuais - Port. 2036 - 2011
• Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres -
2011
Atividade de fixação!!!

• Realizar a produção de um mapa mental/conceitual em uma cartolina


acerca das principais abordagens e pontos importantes sobre as
políticas públicas voltadas a atenção à mulher (1 grupo) e da PNAISM
(2 grupo).
• (utilizar o Cap I - Fernandes, Rosa Aurea Quintella; Narchi, Nádia Zanon (orgs.). Enfermagem e saúde
da mulher e Manual do Ministério da Saúde, indicado na referência ou artigos e bases de dados de
pesquisas);

Fonte: imagens do google


REFERENCIAS
• BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE, Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes – Brasília: Ministério da
Saúde, 2004. 82 p.: il. – (C. Projetos, Programas e Relatórios).Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_atencao_mulher.pdf

• BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde da Mulher.1. ed., 2. reimpr. Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2011. Disponível em:
< https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_atencao_mulher.pdf

• Fernandes, Rosa Aurea Quintella; Narchi, Nádia Zanon (orgs.). Enfermagem e saúde da mulher. 2ª ed. rev. e ampl. –
Barueri, SP: Manole, 2012. Disponível
em<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520451694/assignment/97bc52b9aec344cbb3b96d13
375a1d23.

• https://www.apm.org.br/ultimas-noticias/boletim-epidemiologico-analisa-a-saude-da-mulher-
brasileira/#:~:text=Morbimortalidade%20da%20mulher%20brasileira,-
Mortes%20evit%C3%A1veis%20s%C3%A3o&text=Segundo%20a%20an%C3%A1lise%2C%20o%20n%C3%BAmero,m
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