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Milena de Oliveira
Pérsico Monteiro1 Fatores associados à ocorrência de sífilis
Maria Conceição
O. Costa2
Graciete Oliveira
em adolescentes do sexo masculino,
Vieira3
Carlos Alberto Lima feminino e gestantes de um Centro de
Referência Municipal/CRM - DST/HIV/
da Silva4
> RESUMO
Objetivo: O presente estudo teve como objetivo investigar fatores associados à sífilis entre adolescentes na faixa de idade
entre 11 e 18 anos, de ambos os sexos e gestantes, cadastrados no Centro de Testagem e Aconselhamento/CTA do Centro
de Referência Municipal/CRM de Feira de Santana, Bahia/Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo observacional tipo coorte
transversal, desenvolvido a partir da revisão de 33.665 registros de atendimento no Sistema de Informação do CTA, no
período de 2003 a 2012. Foram avaliadas 3.482 fichas de registros de pacientes com resultado reagente de Pesquisa do
Laboratório de Doença Venérea (Venereal Disease Research Laboratory-VDRL) e investigada a associação com características
sociodemográficas e clínico-comportamentais. Resultados: Entre 2003 e 2012, a prevalência de sífilis foi de 0,86%, sendo
de 1,95% (13) para o sexo masculino, 1,18% (14) para o feminino e 0,18% entre as gestantes adolescentes. Conclusão: No
grupo das mulheres não gestantes, observou-se coinfecção HIV-sífilis, além de associação entre o uso de drogas e álcool com
a ocorrência de sífilis. Em mulheres não gestantes foi verificada associação entre sífilis e o uso de drogas/álcool e coinfecção
HIV. Esses achados sinalizam para a necessidade de medidas de prevenção da infecção da sífilis, sobretudo nas situações de
vulnerabilidade, como o uso de drogas e HIV.
> PALAVRAS-CHAVE
Sífilis, gestantes, fatores de risco, adolescente.
1
Mestrado na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) – Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-UEFS). Psicóloga
Supervisora do Centro de Referência Municipal de DST/ HIV/AIDS. Feira de Santana, BA, Brasil.
2
Pós-doutorado na Université du Québec à Montréal (UQAM)/Canadá. Professora Titular do Departamento de Saúde (UEFS). Coordenadora
do NNEPA - UEFS e Professora do PPGSC - UEFS. Feira de Santana, BA, Brasil.
3
Doutorado na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professora Titular do Departamento de Saúde (UEFS). Coordenadora do Núcleo de
Pesquisa e Extensão em Saúde (NUPES) e Professora do PPGSC - UEFS. Feira de Santana, BA, Brasil.
4
Pós-doutorado na UFBA (ISC) - Salvador, BA. Professor Adjunto do Departamento de Saúde (UEFS) e Coordenador do Comitê de Ética em
Pesquisa da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB). Feira de Santana, BA, Brasil.
Milena de Oliveira Pérsico Monteiro (milapersico@hotmail.com)- Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Av.
Transnordestina, S/N, Bairro Novo Horizonte. Feira de Santana, BA. CEP: 44036-900.
Recebido em 03/06/2015 – Aprovado em 09/07/2015
Adolescência & Saúde Adolesc. Saude, Rio de Janeiro, v. 12, n. 3, p. 21-32, jul/set 2015
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REFERÊNCIA MUNICIPAL DST/HIV/AIDS DE FEIRA DE SANTANA, BAHIA
> ABSTRACT
Objective: This study aimed to investigate factors associated with syphilis among teenagers in the age group between 11-
18 years, of both sexes and pregnant women, registered in the Testing and Counseling Center / CTA Municipal Reference
Center/CRM Feira de Santana, Bahia / Brazil. Methods: This was an observational cross-sectional cohort study, developed
from the review of 33.665 records of service on the CTA Information System, for the period 2003 to 2012. 3.482 records
of patients with results from Venereal Disease Research Laboratory-VDRL reagent were evaluated and the association with
sociodemographic and clinical and behavioral characteristics were investigated. Results: Between 2003 and 2012, the
prevalence of syphilis was 0.86% and 1.95% (13) for males, 1.18% (14) for females and 0.18% among adolescent pregnant
women. Conclusion: In the group of non-pregnant women, it was observed HIV-syphilis coinfection, besides association
between the use of drugs and alcohol. In non-pregnant women the association between syphilis the use of drugs/alcohol
and HIV coinfection was observed. These findings point to the need for measures to prevent syphilis infection, especially in
vulnerable situations, such as drug use and HIV.
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REFERÊNCIA MUNICIPAL DST/HIV/AIDS DE FEIRA DE SANTANA, BAHIA
precocemente a relação sexual, como prova da não pardo), ocupação (estudante ou outras) e
masculinidade. Por outro lado, as mulheres são zona de residência (rural ou urbana); 2- clíni-
mais responsabilizadas pela definição do com- cas: presença de outras DST nos 12 meses que
portamento sexual. Entretanto, confiam no par- antecederam à realização do exame e soropo-
ceiro e apresentam desvantagens na negocia- sitividade para HIV; 3- comportamentais:motivo
ção, quanto ao uso do preservativo nas relações da procura do serviço (prevenção e exposição a
sexuais, com aumento de risco de gravidez e de riscos ou suspeita de DST/AIDS); uso de drogas
DST, a exemplo da sífilis10. (maconha, cocaína aspirada, cocaína injetável,
Alguns estudos demonstram que a inci- crack, heroína, anfetamina), uso de álcool; tipo
dência da sífilis continua crescente, apesar das de exposição à sífilis (relação sexual ou outros,
estratégias de promoção e prevenção à saúde5. como transfusão de sangue, compartilhamento
Portanto, faz-se necessário o levantamento de de seringas; transmissão vertical, transmissão
indicadores nessa temática e conhecimento dos ocupacional e sem relato de risco biológico);
seus determinantes em populações específicas, multiplicidade de parceiros; uso de preservativo
de modo a direcionar medidas de intervenção. nos últimos 12 meses e na última relação sexual
O objetivo do atual estudo foi investigar os fa- que antecedeu à realização do exame, com par-
tores associados à ocorrência de sífilis em ado- ceiro fixo e/ou eventual e motivos para não usar
lescentes de ambos os sexos e gestantes cadas- preservativo (fatores pessoais, fatores relaciona-
trados no Centro de Referência Municipal DST/ dos ao parceiro e fatores externos). Como fato-
HIV/AIDS (CRM DST/HIV/AIDS) de Feira de San- res pessoais, consideraram-se algumas opções
tana, na Bahia, no período de 2003 a 2012. para o não uso do preservativo: não acredita
na eficácia do condom; não sabe usar; não dis-
punha no momento; confia no parceiro; estava
> MÉTODOS sob efeito de drogas/álcool; não acreditava na
possibilidade de contaminação; não acreditava
Trata-se de um estudo de coorte trans- na hipótese de soropositividade; não tinha in-
versal, desenvolvido com dados secundários formação; não tem condições financeiras para
oriundos do Sistema de Informação do Cen- aquisição do condom; relação sexual não pro-
tro de Testagem e Aconselhamento (SI-CTA) gramada; desejo de ter filho; disfunção sexual
do Centro de Referência Municipal de Feira de ou alergia ao produto. Foram classificados como
Santana/Bahia. Os sujeitos da pesquisa foram fatores relacionados ao parceiro, para não uso
adolescentes entre 11 e 18 anos, de ambos os do preservativo: parceiro não aceita; não conse-
sexos, e gestantes da mesma faixa de idade, que gue negociar ou negociou não usar. O tamanho
realizaram testagem para sífilis, no período de do preservativo e a violência sexual foram consi-
2003 a 2012. A faixa etária escolhida obedeceu à derados como fatores externos.
preconização do Ministério da Saúde (MS) e do Os dados foram analisados com a ajuda do
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para pacote estatístico Statistical Package for the
a adolescência. A sífilis foi definida conforme os Social Sciences (SPSS), versão 9.0 for Windows,
resultados do Venereal Disease Research Laborato- 1999. Inicialmente, foram descritas e compara-
ries (VDRL), sendo considerados como positivos das as características dos adolescentes do sexo
apenas os que apresentaram doença ativa, com masculino e feminino, bem como do grupo de
exclusão da análise das cicatrizes sorológicas. As mulheres gestantes com as não gestantes. A
demais variáveis foram classificadas em: 1-socio- seguir, foi realizada análise bivariada das carac-
demográficas: estado civil (casado/união estável terísticas associadas ao VDRL, segundo o sexo
ou solteiro), escolaridade (< 8 anos de estudo e gravidez. As diferenças de proporções foram
ou ≥ 8 anos de estudo), cor da pele (pardo ou testadas quanto à significância estatística, por
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Tabela 1. Análise bivariada das características sociodemográficas de adolescentes de ambos os sexos e gestantes, associadas ao diagnóstico de sífilis. Centro de
Testagem e Aconselhamento/CTA, Feira de Santana (Bahia), 2003 a 2012.
FEMININO
Monteiro et al.
MASCULINO GESTANTES
(não gestantes)
Solteiro 574 89,8 10 83,3 906 81,1 12 85,7 596 37,8 1 33,3
Escolaridade
< 8 anos 303 47,9 8 66,7 0,16 539 47,7 10 71,4 0,06 887 56,5 1 33,3 0,40
≥ 8 anos 330 52,1 4 33,3 591 52,3 4 28,6 682 43,5 2 66,7
Cor da pele¹
Pardo (a) 108 21,3 2 16,7 0,51 214 22,9 1 7,1 0,13 232 20,8 1 33,3 0,50
Não pardo (a) 400 78,7 10 83,3 722 77,1 13 92,3 886 79,2 2 66,7
Ocupação
Estudante 422 75,4 9 75 0,60 880 81,9 12 92,3 0,3 1013 71,2 1 33,3 0,20
Opção não pardo refere-se a: amarelo, indígena, branco e ignorado.² sem ocupação bem definida.
25
n % n % n % n % n % n %
Fatores pessoais 220 84,6 6 85,7 0,81 117 57,9 4 100 0,24 65 68,4 - - -
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FATORES ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE SÍFILIS EM ADOLESCENTES
Fatores relacionados ao
28 10,8 1 14,3 41 20,3 - - 23 24,2 - -
parceiro
FONTE: SI-CTA Feira de Santana.*Teste qui-quadrado (c2) de Pearson para as categorias das variáveis do estudo e status sorológicos; **p<0,05 (estatisticamente significante). ¹corresponde a: prevenção ou
encaminhamentos do pré-natal. ²maconha, cocaína aspirada, cocaína injetável, crack, heroína, anfetamina e outras drogas. ³transfusão de sangue, compartilhando seringas/agulhas, transmissão vertical,
ocupacional, não relata risco biológico, outros, não informado.
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to ao sexo masculino, os motivos para não usar -se maior proporção da doença, com o avançar
preservativo foram: a falta desse no momento da idade, como pode ser verificado através da
do ato sexual, ou por não estar convencido dos prevalência de 1,50%, encontrada em pesquisa
seus benefícios. Esses dados sugerem a submis- realizada com gestantes adolescentes e jovens
são do gênero feminino e a falta do empodera- adultas, no período de 2004 a 2008, em Feira
mento da mulher para negociação do uso do de Santana. Esse resultado corrobora as estima-
preservativo e, consequentemente, maior expo- tivas do Ministério da Saúde que apontam pre-
sição às situações de risco de infecção. valência de sífilis de 1,60% em parturientes de
Quanto ao uso de drogas e álcool, segundo diversas faixas etárias.
o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Segundo estudos desta entidade, em 2014,
(CEBRID) o uso de substâncias psicoativas (SPA) houve um aumento nas testagens para sífilis em
se inicia na adolescência, entre 12 e 14 anos, gestantes entre os anos de 2011 e 2013 e, con-
com maior prevalência para o sexo masculino, sequentemente, redução da prevalência da sífilis
sejam as drogas lícitas ou ilícitas16. Entretanto, gestacional daquelas que receberam cuidados
estudos enfatizam o aumento do consumo de pré-natais. No entanto, pesquisa realizada em
drogas pelas mulheres, com maior exposição às 2012, que estimou a incidência de sífilis congê-
relações sexuais casuais e desprotegidas17,18. nita e identificou sua relação com a cobertura
No que tange a comorbidade HIV-sífilis, da Estratégia de Saúde da Família, sugeriu que,
pela presente pesquisa, foi verificada a presen- apesar do aumento das coberturas de pré-natal,
ça de coinfecção em 100% dos homens (n= 13) ainda se observa uma baixa efetividade dessas
e em 78,6% (n= 11) entre mulheres não ges- ações para a prevenção da sífilis congênita²0.
tantes; entretanto, apenas no último grupo, foi Esse dado se torna mais preocupante quando se
verificada associação significante com o VDRL refere à prevenção de sífilis congênita em ges-
positivo (p= 0,000). Estudos sobre coinfecção tantes adolescentes.
demonstraram ser a sífilis a principal DST asso- Estudos verificaram que a ocorrência de sí-
ciada ao HIV, sendo que o tratamento pode ser filis na gestação é maior em primigestas meno-
complexo, diante do alto comprometimento do res de 14 anos de idade, com baixa escolarida-
sistema imunológico. Ademais, a infecção pelo de e que não utilizam preservativo nas relações
HIV pode levar ao estágio terciário da sífilis, com sexuais durante a gravidez. Pesquisa realizada
graves sequelas, como também abrevia o tem- no Rio de Janeiro, no período de 1999 e 2000,
po entre o aparecimento das formas primária e mostrou que as abordagens realizadas durante o
secundária. Em alguns casos, pode-se encontrar pré-natal obtiveram baixo impacto quanto à re-
indivíduos com superposição desses quadros19. dução da infecção em gestantes, o que permite
Apesar de esta pesquisa não ter observado a perpetuação do ciclo materno-fetal da sífilis²0.
significância estatística entre o grupo de gestan- Apesar de as mulheres adolescentes repre-
tes adolescentes e a ocorrência de sífilis, faz-se sentarem a principal clientela do CTA, em com-
necessário, neste momento, discutir alguns as- paração aos homens adolescentes, observou-
pectos sobre a sífilis na gestação e a sífilis congê- -se que, tanto os homens como as mulheres
nita, tendo em vista a magnitude dessa proble- não gestantes procuraram o Sistema de Saúde
mática para a saúde pública. No atual estudo, o por motivos de exposição a situações de risco,
grupo de gestantes adolescentes mostrou pre- ou por apresentarem sintomas relacionados às
valência de 0,18%. Pesquisa semelhante, reali- DSTs/AIDS. No caso das gestantes, a procura
zada em Belo Horizonte, no período de 1999 a pelo setor deve-se aos encaminhamentos de ro-
2000, demonstrou baixa prevalência da infec- tina do pré-natal, como medida de prevenção às
ção (0,17% IC 1,2-2,2) em gestantes entre 15 e infecções, considerando que o Programa DST/
19 anos. Todavia, estudos indicam que registra- HIV/AIDS de Feira de Santana constitui a refe-
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rência do SUS para a realização de triagem soro- tes, mesmo em se tratando de um subgrupo da
lógica para HIV e sífilis. mesma faixa etária, pois os fatores associados
Conclui-se que os fatores associados à infec- à sífilis, relacionados às características clínico-
ção por sífilis se comportaram de modo diverso, -comportamentais, se apresentaram de modo
quando se avaliou adolescentes de ambos os se- diferente no grupo de mulheres não gestantes.
xos e gestantes adolescentes. No grupo de ado- A baixa adesão ao uso do preservativo nas
lescentes não gestantes foi verificada a presença relações sexuais, especialmente entre as mulhe-
de coinfecção HIV-sífilis, além de associação en- res, pode estar relacionada às desigualdades de
tre o uso de drogas e álcool com o VDRL positi- gênero para a negociação do uso do preservati-
vo. Já entre os homens e as mulheres gestantes vo com parceiro fixo ou eventual. Diante do ris-
adolescentes não foram encontrados fatores pre- co de ocorrência de sífilis, torna-se fundamental
ditivos para sífilis. É necessário destacar que as a sensibilização dos adolescentes para mudança
medidas de prevenção e intervenção devem ser de atitude, com incentivo à autoproteção.
compatíveis com as especificidades de cada gru- Na operacionalização de políticas públicas
po, pois a variabilidade de comportamento está multissetoriais direcionadas aos adolescentes, é
associada a diferentes riscos de adoecer. preciso considerar as singularidades e especi-
É importante enfatizar a escassez de estu- ficidades deste grupo, que apresenta compor-
dos na adolescência, sendo que a maioria das tamento diferenciado, no que diz respeito aos
pesquisas inclui a faixa de adultos e jovens, ou aspectos psicossociais, sexuais e reprodutivos.
a população geral. Mesmo considerando a rele- Ao considerar os níveis de complexidade que
vância de estudos que avaliam a frequência de envolvem essa faixa de idade, faz-se necessário
um evento em grupos populacionais específicos, avançar na organização dos serviços, de modo
para a definição de uma linha de base de me- a possibilitar a participação dos adolescentes
didas de prevenção, intervenção e controle dos nas instituições de saúde, ampliando sua aces-
agravos, é preciso considerar as limitações desta sibilidade às ações preventivas, além de garan-
pesquisa que, por se tratar de estudo transver- tir uma assistência de qualidade nas dimensões
sal, não permite estabelecer nexo causal entre as preconizadas pelo SUS.
características estudadas. Neste sentido, é preciso implementar ações
de educação em saúde nas escolas e comunida-
des, em parceria com as instâncias educacionais,
> CONSIDERAÇÕES FINAIS judiciais e organizações não governamentais
(ONG), podendo os serviços de saúde funcionar
Os resultados desta pesquisa evidenciaram como um relevante canal de interlocução dos
que as situações de vulnerabilidade são diferen- adolescentes.
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