Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sobre a obra:
Sobre nós:
eLivros .love
Converted by ePubtoPDF
Publicado originalmente em inglês pela Penguin Books Ltd. Londres
TÍTULO ORIGINAL
Numbers don’t lie
PREPARAÇÃO
Mariana Moura
REVISÃO
Eduardo Carneiro
Iuri Pavan
DESIGN DE CAPA
Gabriela Pires
REVISÃO DE E-BOOK
Lara Freitas
GERAÇÃO DE E-BOOK
Érico Dorea
E-ISBN
978-65-5560-575-4
1a edição
@intrinseca
F editoraintrinseca
@intrinseca
@intrinseca
T
intrinsecaeditora
SUMÁRIO
[Avançar para o início do texto]
Folha de rosto
Créditos
Mídias sociais
Sumário
Introdução
Vaclav Smil
Winnipeg, 2020
PESSOAS:
OS HABITANTES DO
NOSSO MUNDO
O QUE ACONTECE QUANDO
TEMOS MENOS FILHOS?
Sputnik
O Great Western de Brunel: o navio com roda de pás e motor a vapor ainda
tinha aparelhamento para velas
Você pode ter pensado que 2014 foi um ano ruim para
viajar de avião. Houve 4 acidentes amplamente noticiados:
o ainda misterioso desaparecimento do voo 370 da Malaysia
Airlines em março; o voo 17 da mesma companhia abatido
sobre a Ucrânia em julho; o desastre do voo 5017 da Air
Algérie no Mali, também em julho; e, finalmente, o voo
QZ8501 da Air Asia, que caiu no mar de Java em dezembro.
Mas, segundo a Ascend, ramo de consultoria da
FlightGlobal que monitora acidentes aéreos, o ano de 2014,
na verdade, teve a menor taxa de acidentes da história:
uma queda a cada 2,38 milhões de voos. É verdade que a
Ascend não contabilizou o voo 17 da Malaysia Airlines que
foi abatido, pois se tratou de um ato de guerra, não um
acidente. Incluindo esse incidente, como a Organização
Internacional da Aviação Civil faz em suas estatísticas, a
taxa sobe para 3,0 — ainda muito mais baixa do que entre
2009 e 2011.
E os anos subsequentes foram ainda mais seguros: as
fatalidades diminuíram para 158 em 2015, 291 em 2016 e
apenas 50 em 2017. Houve uma inversão em 2018, com 10
acidentes fatais e 515 mortes (ainda menos que em 2014),
inclusive o Boeing 737 Max da Lion Air que caiu no mar nos
arredores de Jacarta em outubro. E em 2019, apesar do
desastre de outro Boeing 737 Max, dessa vez na Etiópia, o
total de fatalidades foi a metade do número registrado em
2018.
Em todo caso, é melhor personalizar o problema em
termos de risco por passageiro por hora de voo. Os dados
necessários estão no relatório anual de segurança da
Organização Internacional da Aviação Civil, que abrange
tanto jatos grandes quanto aviões menores.
Em 2017, o ano mais seguro na aviação comercial até o
momento, os voos internacionais e domésticos
transportaram 4,1 bilhões de pessoas e totalizaram 7,69
trilhões de passageiros-quilômetros, com apenas 50
fatalidades. Considerando o tempo médio de voo em cerca
de 2,2 horas, isso implica aproximadamente 9 bilhões de
passageiros-hora, e 5,6 x 10-9 fatalidades por pessoa por
hora no ar. Mas esse risco é baixo?
O padrão de medição mais óbvio é a mortalidade: a taxa
anual de mortes por mil pessoas. Em países ricos, essa taxa
varia entre 7 e 11; usarei 9 como média. Como o ano tem
8.760 horas, essa mortalidade média é rateada perfazendo-
se 0,000001 ou 1 x 10-6 mortes por pessoa por hora de vida.
Isso significa que o risco médio de morrer em um voo é de
apenas 5 por mil, sendo mil o risco de simplesmente estar
vivo. Os riscos de fumo são 100 vezes maiores, assim como
o de andar de carro. Em suma, voar nunca foi tão seguro.
Obviamente, a mortalidade por idade específica para
pessoas mais velhas é muito mais alta. Para indivíduos do
meu grupo etário (mais de 75 anos), é cerca de 35 por mil
ou 4 x 10-6 por hora (isso significa que, entre 1 milhão de
nós, 4 morrerão a cada hora). Em 2017, voei mais de 100
mil quilômetros, passando mais que 100 horas no ar em
jatos enormes de quatro grandes empresas aéreas cujos
últimos acidentes fatais foram, respectivamente, em 1983,
1993, 1997 e 2000. A cada hora no ar, a probabilidade do
meu falecimento não era sequer 1% mais alta do que teria
sido se eu tivesse ficado no chão.
É claro que tive meus momentos de pavor. O mais
recente foi em outubro de 2014, quando o Boeing 767 da Air
Canada em que eu estava entrou na zona de turbulência de
um megatufão que atingia o Japão.
Mas nunca esqueço que o que a gente tem mesmo que
evitar são quartos silenciosos de hospital. Embora a mais
recente avaliação de erros médicos preveníveis tenha
reduzido as anteriormente exageradas alegações desse
risco, as hospitalizações continuam associadas com
aumento de exposição a bactérias e vírus, elevando os
riscos de infecções hospitalares, particularmente entre os
mais idosos. Então, continue voando e evite hospitais!
O QUE É MAIS EFICIENTE EM
TERMOS DE ENERGIA: AVIÕES,
TRENS OU AUTOMÓVEIS?
Índia ou China
DRÈZE, J.; SEN, A. An Uncertain Glory: India and Its
Contradictions. Princeton, NJ: Princeton University Press,
2015.
NITI Aayog. Strategy for New India @ 75. Nov. 2018.
Disponível em:
<https://niti.gov.in/writereaddata/files/Strategy_for_New_I
ndia.pdf>. Acesso em: 9 ago. 2021.
Por que a indústria manufatureira continua importante
HARAGUCHI, N., CHENG, C. F. C., SMEETS, E. “The
Importance of Manufacturing in Economic Development:
Has This Changed?”. Inclusive and Sustainable
Development Working Paper Series WP1, 2016.
Disponível em: <unido.org/sites/default/files/2017-
02/.the_importance_of_manufacturing_in_economic_devel
opment_0.pdf>. Acesso em: 9 ago. 2021.
SMIL, V. Made in the USA: The Rise and Retreat of American
Manufacturing. Cambridge, MA: MIT Press, 2013.
Do fonógrafo ao streaming
MARCO, G. A. (org.). Encyclopedia of Recorded Sound in the
United States. Nova York: Garland Publishing, 1993.
MORRIS, E. Edison. Nova York: Random House, 2019.
Por que os carros elétricos (ainda) não são tão bons como
pensamos
DELOITTE. New Market. New Entrants. New Challenges:
Battery Electric Vehicles. 2019. Disponível em:
<www2.deloitte.com/content/dam/Deloitte/uk/Documents
/manufacturing/deloitte-uk-battery-electric-vehicles.pdf>.
Acesso em: 9 ago. 2021.
QIAO, Q. et al. “Comparative Study on Life Cycle CO2
Emissions from the Production of Electric and
Conventional Cars in China”. Energy Procedia, n. 105, pp.
3.584-95, 2017.
É seguro voar?
BOEING. Statistical Summary of Commercial Jet Airplane
Accidents: Worldwide Operations 1959–2017. Seattle, WA:
Boeing Commercial Airplanes, 2017. Disponível em:
<www.boeing.com/resources/boeingdotcom/company/abo
ut_bca/pdf/statsum.pdf>. Acesso em: 9 ago. 2021.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. State of
Global Aviation Safety. Montreal: ICAO, 2019. Disponível
em:
<www.icao.int/safety/Documents/ICAO_SR_2019_2908201
9.pdf>. Acesso em: 9 ago. 2021.
A alimentação no Japão
CWIERTKA, K. J. Modern Japanese Cuisine: Food, Power and
National Identity. Londres: Reaktion Books, 2006.
SMIL, V. e KOBAYASHI, K. Japan’s Dietary Transition and Its
Impacts. Cambridge, MA: MIT Press, 2012.
Laticínios: as contratendências
AMERICAN FARM BUREAU FEDERATION. “Trends in Beverage
Milk Consumption”. Market Intel, 19 dez. 2017. Disponível
em: <www.fb.org/market-intel/trends-in-beverage-milk-
consumption>. Acesso em: 9 ago. 2021.
WATSON, R. R., COLLIER, R. J. e PREEDY, V. R. (orgs.).
Nutrients in Dairy and Their Implications for Health and
Disease. Londres: Academic Press, 2017.
A morte de elefantes
PAUL G. ALLEN PROJECT. The Great Elephant Census Report
2016. Vulcan Inc., 2016. Disponível em:
<www.greatelephantcensus.com/final-report>. Acesso
em: 9 ago. 2021.
PINNOCK, D. e BELL, C. The Last Elephants. Londres:
Penguin Random House, 2019.
Fatos concretos
COURLAND, R. Concrete Planet: The Strange and Fascinating
Story of the World’s Most Common Man-Made Material.
Amherst, NY: Prometheus Books, 2011.
SMIL, V. Making the Modern World: Materials and
Dematerialization. Chichester, West Sussex: John Wiley
and Sons, 2014.
O que é pior para o meio ambiente: o carro ou o telefone?
ANDERS, S. G. e ANDERSEN, O. “Life Cycle Assessments of
Consumer Electronics — Are They Consistent?”.
International Journal of Life Cycle Assessment, n. 15, jul.
2010, pp. 827-36.
QIAO, Q. et al. “Comparative Study on Life Cycle CO2
Emissions from the Production of Electric and
Conventional Cars in China”. Energy Procedia, n. 105,
2017, pp. 3.584-95.
Tropeçando no carbono
JACKSON, R. B. et al. Global Energy Growth Is Outpacing
Decarbonization. Relatório especial para a Cúpula de
Ação sobre o Clima das Nações Unidas, set. 2019.
Camberra: Global Carbon Project, 2019. Disponível em:
<www.globalcarbonproject.org/global/pdf/GCP_2019_Glob
al%20energy%20growth%20outpace%20decarbonization_
UN%20Climate%20Summit_HR.pdf>. Acesso em: 9 ago.
2021.
SMIL, V. Energy Transitions: Global and National
Perspectives. Santa Barbara, CA: Praeger, 2017.
AGRADECIMENTOS
Publicações originais
Índia ou China
India as No.1 (2017)
Do fonógrafo ao streaming
February 1878: The First Phonograph (2018)
Por que os carros elétricos (ainda) não são tão bons como
pensamos
Electric Vehicles: Not So Fast (2017)
A morte de elefantes
The Deaths of Elephants (2015)
Fatos concretos
Concrete Facts (2020)
Tropeçando no carbono
The Carbon Century (2019)
NOTAS
1. Desde a Eurostat e a Agência Internacional de Energia
Atômica até a Organização das Nações Unidas, com seus
relatórios Perspectivas Mundiais de População, e a
Organização Mundial da Saúde.