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Geografia

Evolução da população
Natalidade e fecundidade
A taxa de natalidade e o índice sintético de fecundidade apresentam valores baixos:
 Nos países desenvolvidos e alguns países em desenvolvimento.
 Maior uso de métodos contracetivos.
 Valorização profissional da mulher.
 Despesas elevadas com a educação dos filhos.
 Dificuldade em conciliar a vida profissional com a familiar.
 Maior proporção de população a viver em áreas urbanas.
A taxa de natalidade e o índice sintético de fecundidade apresentam valores altos:
 Nos países em desenvolvimento, sobretudo países da África Subsariana e da Ásia Ocidental, central e do Sul:
 Menor uso de métodos contracetivos.
 Fraca valorização social da mulher.
 Grande número de mulheres dedicadas à agricultura.
 Falta de sistemas de segurança social.
 Persistência de taxas de mortalidade infantil altas.
Índice sintético de fecundidade (ISF):
Número médio de filhos por mulher em idade fértil (15 a 49 anos).
Mortalidade
A taxa de mortalidade apresenta valores baixos:
 Maioria dos países do Norte de África, América Latina e Ásia Ocidental e do Sudeste.
 População é muito jovem.
 Progressos significativos nas condições de vida e nos cuidados de saúde.
A taxa de mortalidade apresenta valores intermédios:
 Vários países em desenvolvimento:
 População muito jovem.

 Melhoria das condições de vida e de saúde têm demorado mais a chegar a toda a população.
 Maioria dos países desenvolvidos - tende a subir.
 Maior proporção de idosos.
 Elevada esperança média de vida.

A taxa de mortalidade apresenta valores altos:


 Maioria dos países da África Subsariana e Afeganistão.
 Falta de água potável e saneamento básico.
 Subnutrição.
 Conflitos armados.
 Insuficiência de serviços de saúde.
 Grande incidência de doenças.
 Países da Europa de Leste (com Rússia asiática).
 Degradação das condições de vida e saúde.
 Saída de população ativa.
 Envelhecimento demográfico.

Esperança média de vida:


Número médio de anos que um indivíduo tem probabilidade de viver. Pode ser relativa à nascença, a um grupo etário
ou a uma dada idade.
As mulheres têm maior esperança média de vida pois:
 Estão menos expostas a acidentes de trabalho;
 Adotam menos comportamentos de risco (alcoolismo, condução perigosa, etc.);
 Têm maior cuidado com a alimentação e a saúde.
Taxa de mortalidade infantil:
Número de óbitos de crianças com menos de 1 ano, por cada mil nados-vivos, num dado território e num dado
período, geralmente um ano.

A TMI depende muito da alimentação, das condições de vida e da assistência materno-infantil. Por isso, é mais alta
nos PED mais pobres, onde a subnutrição é mais frequente e a assistência médica mais insuficiente.
Índice de renovação de gerações
Valor mínimo do ISF que assegura a substituição de gerações (2,1).
Índice de dependência de idosos
Relação entre a população idosa e a população em idade ativa.
IDI = Idosos (65 e + anos) x100
Pop. (15-64 anos)
Índice de envelhecimento
IE = Nº pessoas com 65 ou + anos ×100
Nº pessoas 0 aos 14 anos
Estruturas Etárias
A estrutura etária da população consiste na composição de uma população por idades.
Grupos etários:
 Jovens: Menos de 15 anos
 Adultos: Dos 15 anos aos 64 anos
 Idosos: 65 ou mais anos
O estudo da estrutura etária de uma população obedece a certas regras:
 Agrupam-se as várias idades em classes etárias, distinguindo-se homens e mulheres;
 Classe etária – conjunto de indivíduos vivos nascidos num mesmo período de tempo (normalmente 5
anos).
 Classe Oca – classe etária cujo número de efetivos é inferior ao da classe seguinte.
As estruturas etárias da população são representadas através de sectogramas ou uma pirâmide etária.
Interpretação de uma pirâmide etária
1.º Descrever a proporção de cada grupo etário.
 Jovens – base – 0 aos 14 anos.
 Adultos –15 aos 64.
 Idosos – topo – acima dos 64 anos.
2.º Deduzir características demográficas.
 A partir da proporção de idosos, indicar se a esperança média de vida é alta ou baixa.
 A partir da proporção de jovens, inferir se a taxa de natalidade e o índice sintético de fecundidade são
baixos ou altos, tal como a sua evolução e respetiva tendência.
Tipos de pirâmides etárias

Crescente ou de pop. Jovem Decrescente ou de pop. Idosa


Desigualdades na estrutura etária
As desigualdades nos comportamentos demográficos originam diferenças significativas na estrutura etária da
população dos diferentes países e regiões.
Crescente ou de pop. Jovem
Base larga – grande proporção de jovens:
 Taxa de natalidade alta.
 Índice sintético de fecundidade alto – garante a substituição de gerações.
Topo estreito – pequena proporção de idosos:
 Esperança média de vida baixa.

Crescimento natural elevado

População jovem
Decrescente ou de pop. Idosa
Base estreita – menor proporção de jovens:
 Taxa de natalidade baixa.
 Índice sintético de fecundidade baixo – não garante a substituição de gerações.
Topo largo – grande proporção de idosos:
 Esperança média de vida alta.
Crescimento natural baixo ou mesmo negativo

População envelhecida

Principais desafios associados a estruturas etárias jovens:


Problemas
• Escassez de alimentos, subnutrição e fome.
• Insuficiência de serviços de saúde materno-infantil que eleva as taxas de mortalidade infantil.
• Serviços de saúde deficientes.
• Elevadas taxas de analfabetismo.
• Reduzido número de escolas.
• Crianças de rua e trabalho infantil.
• Desemprego elevado.
• Fraca qualidade de habitação e proliferação de bairros de lata.
Soluções
• Maiores investimentos na formação e qualificação da população jovem.
• Criar oportunidades de emprego locais.
• Melhorar os serviços de saúde.
• Planear e acompanhar a construção de habitações.
Principais desafios associados a estruturas etárias envelhecidas:
Problemas
• Aumento da despesa com a saúde e os serviços de apoios aos idosos, sobretudo, com as reformas.
• Diminuição da receita da Segurança Social – redução pop. Ativa.
• Desequilíbrio cada vez maior entre a despesa e a receita da Seg. Social
• Maior carga fiscal sobre a população ativa.
• Diminuição do espírito de inovação.
Soluções
• Perspetivar o envelhecimento da população como uma mais-valia.
• Promover a natalidade, pois o índice de renovação das gerações é inferior a 2,1 filhos por mulher.
Políticas Demográficas
Conjunto de medidas estratégicas adotadas pelo governo de um país para estimular ou diminuir a natalidade, na
tentativa de regular o crescimento natural da população.
Políticas Natalistas
As políticas natalistas são, atualmente, aplicadas nos países desenvolvidos, onde se verifica um crescimento natural
nulo ou negativo e um envelhecimento da população muito significativo.
Assim, são postas em prática medidas de incentivo à natalidade.
Medidas de incentivo à natalidade
 Aumento do abono familiar.
 Redução dos impostos para as famílias mais numerosas.
 Alargamento do período de licença de maternidade e de paternidade.
 Criação de um maior número de infantários e o alargamento da rede pública de educação pré-escolar.
 Redução mais significativa do horário de trabalho para a mãe em período de amamentação.
 Serviços médicos e materno-infantis gratuitos.
 Facilidades de crédito à habitação para as famílias mais numerosas.
 Campanhas de sensibilização para este problema.
 Proibição do aborto.
Políticas Antinatalistas
As políticas antinatalistas são, atualmente, aplicadas nos países em desenvolvimento, onde existe uma elevada
natalidade.
Para contrariar esta tendência, têm sido levadas a cabo medidas de inibição de dois tipos: informativas ou de
incentivo à diminuição da natalidade e outras repressivo-punitivas.
Medidas Informativas e de Incentivo
 Divulgação do planeamento familiar e dos diferentes métodos contracetivos;
 Distribuição gratuita de contracetivos.
 Campanhas de informação que promovem a ideia de que uma família com 1 ou 2 filhos pode ser mais feliz.
 Benefícios fiscais aos casais que tenham apenas 1 ou 2 filhos.
 Promoção social da mulher através da sua instrução e formação profissional.
 Apelo ao casamento tardio.
 Legalização da interrupção voluntária da gravidez (aborto).
Medidas Repressivo Punitivas
 Imposição do número limite de filhos.
 Esterilizações forçadas.
 Cortes nas regalias fiscais.
 Diminuição dos salários.
Diversidade Cultural

Globalização
Processo de interação e interdependência, a nível mundial, nos domínios económico, social e cultural, impulsionado
pelo desenvolvimento dos transportes e das TIC.
Multiculturalismo
Promove:
• Respeito pela diferença.
• Interesse por outras culturas.
• Partilha de saberes, técnicas e experiências.
• Enriquecimento humano, cultural e até económico das sociedades.
Pode gerar:
• Xenofobia.
• Racismo.
• Perseguições étnicas, religiosas, homofóbicas.
• Desigualdades de género.
• Terrorismo.
• Conflitos armados.
Racismo
Discriminação de povos ou pessoas, por certos grupos de indivíduos, com base na pigmentação da pele, que é
repudiada pela legislação da maioria dos países e regras das maiores organizações.
Xenofobia
Refere-se à desconfiança, aversão, antipatia por pessoas de outra nacionalidade ou etnia, que pode conduzir à
discriminação, exclusão agressão ou perseguição.

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