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Geografia e História

Prepare-se bem e conquiste sua vaga!

Intensivo para
Geografia
e História

Edicão
ATUALIZADA você alcançar a
nota máxima
2021

29
Questões
caem nas provas

para praticar
Temas que mais

Geografia Humana História Geral História do Brasil


Demografia, Iluminismo, Período Pré-Colonial,
Urbanização, Revolução Francesa e Imperial e Republicano
Transportes e Revolução Industrial
Agropecuária

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Sumário

Geografia Física 3 Geografia Econômica 19 História Geral 24


Geopolítica 19 Pré-História 25
Cartografia 3
Revolução Industrial 19 Antiguidade 25
Relevo 4
Globalização 20 Idade Média 27
Clima 5
Blocos econômicos 21 Idade Moderna 29
Meio Ambiente 6
Países emergentes 21 Idade Contemporânea 32
Vegetação 6
Tigres Asiáticos 21
Hidrografia 7
Petróleo 22
Fontes de energia 8
Geografia multidisciplinar 22
História do Brasil 35
Período Pré-colonial 35
Desastres de barragens 23
Período Colonial 35
Geografia do Brasil 9
Período Imperial 37
Geografia Humana 13
Período Republicano 38
Demografia 13
População X Natureza 14
Urbanização 14 Como cai no Enem 42
Transportes 15
Agricultura 16 Gabarito 50
Agropecuária 17
Industrialização 17
Crise Hídrica 18

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Fabio Goulart Maldonado

Geografia Física
Aborda os elementos que
compõem a Terra como relevo,
clima, vegetação e hidrografia

Cartografia
Preocupa-se em interpretar e analisar os mapas geográficos
em suas diversas origens (representação gráfica, fotografias
aéreas ou sensoriamento remoto por satélite) e abordagens:
relevo, vegetação, clima, hidrografia, temáticos (demográfico,
extrativismo, histórico, econômico, político, etc). Saiba ler, inter-
pretar e se localizar nos mapas.

Coordenadas Geográficas

É a estrutura de linhas imaginárias, traçadas paralelamente


entre si nos sentidos norte-sul e leste-oeste - pelo qual se loca-
liza tudo nos mapas. É o endereço para cada ponto do mundo.
A Linha do Equador divide a Terra horizontalmente (parale-
los ou latitude): parte de cima onde fica o polo norte e de baixo
o polo sul. Já o Meridiano de Greenwich (acordado como ponto
central em 1884) divide verticalmente (meridianos ou longitu-
de): parte à esquerda sendo oeste e à direita o leste. Essas duas

Apostilas ENEM Ed.03 | *HRJUD¿DH+LVWyULD 7.908.182.028.320 Enem | Geografia e História 3


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linhas são o marco inicial da contagem das latitu- Agentes internos: criadores do relevo.
des e das longitudes medidas em graus de -90º Tectonismo (movimento das placas tectôni-
até 90º (latitude) e -180º até 180º (longitude). cas), abalos sísmicos (tremor de terra) e vul-
canismo (magma que modela a superfície).
Agentes externos: modeladores do re-
levo (normalmente desgastando ou movi-
mentando partículas com o tempo). Ventos,
chuvas, neve, mudança de temperatura (in-
temperismo), seres vivos.

Erosão

É o processo de desgaste, transporte e


sedimentação das rochas e, principalmen-
Imagem
te, dos solos. Ela pode ocorrer por processos
Relevo naturais, mais lentos e de menor impacto, e
pela ação do homem (antrópicos), com ero-
É como as formas se apresentam na su- sões aceleradas.
perfície da Terra. Agentes internos e externos Atualmente o homem é o principal res-
influenciam seu estado. Entre as principais ponsável pela modificação do relevo com o
formas apresentadas pelo relevo terrestre, uso ou degradação de diversas formas como
temos os tipos a seguir: desmatamentos, queimadas, urbanização,
Montanhas: tem altitude maior (não de- impermeabilização do solo, drenagem de
finida) que seu relevo vizinho, de inclinação estradas, exploração mineral e agrícola, etc.
acentuada e com sobreposição de relevos. Como essa erosão é mais severa e acelerada,
Uma sequência de montanhas é definida torna-se tema preferido para as questões de
como cordilheira. exames por causar vários problemas socio-
ambientais abordadas de diversas maneiras
Planalto: superfície irregular, com altitude
como enchentes, morte ou migração de es-
acima de 300 metros e produto de erosão. pécies da flora e fauna, redução da biodiver-
Planície: área plana, formada pelo acú- sidade entre outros. O tema aponta o estudo
mulo recente de sedimentos. de meios de preservação ecológica (sempre
Depressão: com inclinação suave, entre em pauta) como reflorestamento, preserva-
100 e 500 metros de altitude, mais plana ção do solo, técnicas menos agressivas de
que o planalto e formada por processo de agricultura, curvas de nível, etc.
erosão. Pluvial: desgaste pela ação das chuvas,
onde o solo é menos protegido pela vege-
tação. É subdividida conforme o efeito e im-
Solo pacto: splash (impacto das gotas de chuva),
laminar (escoamento superficial da chuva),
O solo é formado basicamente pelo des- sulcos (escoamento intenso da chuva), ra-
gaste/decomposição (físico e químico) e mo- vinas (escoamento severo da chuva, criando
vimentação das rochas Dentre os principais cavidades em área de decline).
agentes temos a seguir: Fluvial: desgaste pela ação do leito dos
rios nas enchentes, principalmente quando a
vegetação ao redor é removida.

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Por gravidade: desgaste das rochas em damentais: o movimento de rotação da Terra
áreas montanhosas e com declive acentuado. (gira em torno de si mesma) e a forma esféri-
Eólica: desgaste pela ação dos ventos, es- ca em que os raios solares incidem de formas
culpindo as rochas. forte ou fraca.
Marinha: desgaste pela ação da água das
A partir das zonas térmicas traçadas pela
ondas do mar.
Linha do Equador, Trópicos (de Câncer e de
Glacial: desgaste pela ação do gelo, tanto
da neve quanto das geleiras. Capricórnio) e Círculos Polares podemos pre-
Antrópica: desgaste pela ação do homem. estabelecer a existência de elevadas, baixas
Dois problemas do solo são bastante ex- e médias temperaturas dispersas em toda
plorados nos exames chamando a atenção extensão do planeta.
para a sustentabilidade do planeta, entenda-
-os: Imagem
Salinização: processo que normalmen-
te ocorre em áreas de clima árido e semiári-
do com altos índices de evaporação e poucas
chuvas anuais. É o acúmulo excessivo de sais
minerais na superfície e na estrutura interior
do solo utilizado para o plantio. Causa a perda
da fertilidade e intensifica o processo de de-
sertificação. Pode ser causado pelo homem
com métodos incorretos de irrigação.
Desertificação: ocorre nas zonas áridas,
Círculo Polar Ártico
semiáridas e subúmidas secas. É o processo
de degradação total da terra. Pode ter origem Trópico de Câncer
natural (variações climáticas), mas na grande Linha do Equador
maioria, origina-se das atividades humanas Trópico de Capricórnio
como desmatamento, uso intenso do solo Círculo Polar Antártico
(agricultura, pecuária e mineração) e práticas
inadequadas de irrigação. O fenômeno afeta Com essas linhas imaginárias definimos as
mais de 60.000 km2 de terras/ano em mais zonas térmicas (tropical/intertropical, tem-
de 110 países, prejudicando a vida de mais de peradas e polares) e as características dos cli-
250 milhões de pessoas. No Brasil, por exis- mas de todo o planeta.
tir clima semiárido, cerca de 13% do território
é vulnerável à desertificação. Atinge a região
Imagem
Nordeste, o cerrado tocantinense, o norte de
Mato Grosso e os pampas gaúchos.

Clima
É como se comporta a temperatura e umi-
dade na Terra tendo em sua variação a junção
de vários fatores: localização (latitude, longi- Desértico: muito quente durante o dia
tude e altitude), relevo, massas de ar, pressão (30°C) e muito frio durante a noite (15°C). Chu-
atmosférica e correntes marítimas. vas são raras e a umidade do ar é muito baixa
Para entender o clima dois fatores são fun- (15%).

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Mediterrâneo: verões quentes (25°C) e in- Efeito estufa: do total de raios solares que
vernos brandos (0~15°C). Chuvas no inverno e atingem o planeta, quase 50% ficam retidos
verão seco, com médias anuais de 500 a 1.000 na atmosfera. Outros 50% alcançam a super-
mm. fície terrestre, aquecendo e irradiando calor.
Equatorial: próximo à linha do Equador, É uma camada de gases (principalmente o
quente e úmido o ano todo, temperatura dióxido de carbono-CO2) que funciona como
anual perto de 25°C e chuvas acima de 2.000 uma capa protetora controlando o fluxo de
mm anual. raios retidos e liberados. Esse é um evento
Semiárido: quente durante o dia (25°C). natural. O problema ocorre com o aumento
Chuvas escassas com média anual de 300 de emissão de gases (CO2) através da queima
mm. Umidade do ar baixa (40%). de combustíveis fósseis (veículos automoto-
Tropical: entre os trópicos de Câncer e Ca- res, queimadas de florestas, pastagens e la-
pricórnio, quente com variações de umida- vouras) que ficam retidos na atmosfera im-
de, podendo ser tropical seco (mais seco) ou pedindo que o calor absorvido escape para o
tropical úmido (mais chuvoso). Temperatura espaço. Altera o equilíbrio térmico natural da
anual de 20°C e chuvas de 1.000 a 2.000 mm proteção causando o aquecimento global.
distribuídas durante o ano, com maior con- Aquecimento global: aumento da tem-
centração no verão. peratura média da Terra nos últimos anos re-
Subtropical: quente e frio com estações lacionadas, na maioria das teses, às práticas
definidas, verão quente (20~25°C) e inver- humanas realizadas de maneira não susten-
no rigoroso (0~10°C). Chuvas de 1.000 mm a tável. Problema climático gerado pela degra-
1.500 mm ao longo do ano. dação do meio natural, poluição, queimadas,
Temperado: invernos frios (-5°C) e verões desmatamento e intensificado, principalmen-
amenos (15°C). Chuvas com médias anuais de te, pelo efeito estufa anteriormente descrito.
1.000 a 2.000 mm. Pode causar degelo nas calotas polares, ele-
Frio de montanha ou de altitude: frio du- vação do nível dos oceanos, maior ocorrência
rante o ano (0°C e abaixo), com neve em altitudes de secas em períodos mais prolongados pre-
elevadas. Chuvas médias anuais de 1.500 mm. judicando o fornecimento de água potável e,
Polar: temperaturas abaixo de 0°C com consequentemente, os seres vivos e sua saú-
umidade do ar muito alta. Neve o ano todo. de além de anomalias climáticas como o El
Niño, entre outras ocorrências.
Meio Ambiente
Vegetação
Os problemas ambientais ganham desta-
que na temática dos exames (interdisciplina- O planeta Terra apresenta diversos tipos
res com Biologia e Química) pela grande pre- de vegetações, que variam de acordo com o
ocupação global no futuro de nossa espécie relevo diretamente ligadas ao clima que fa-
e preservação do meio ambiente natural. A vorecem os tipos a seguir. Além de influen-
busca de uma forma equilibrada do convívio ciar a composição climática, contribuem di-
homem versus ambiente traz os temas reci- retamente no solo, fertilizando naturalmente
clagem, recursos naturais não-renováveis, (folhas, galhos e frutos) pela decomposição
biodiesel, etc. Esteja atualizado com esses transformando matéria orgânica em nutrien-
assuntos, principalmente com suas causas e tes e ajudando a impedir a erosão através de
consequências: suas raízes.

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Para o frio de montanha: vegetação de
Imagem montanha comum em pontos elevados, pou-
co diversificada.
Para o clima mediterrâneo: vegetação
mediterrânea composta por árvores de pe-
queno porte como oliveiras e sobreiros.

Hidrografia
Ramo que estuda as águas abrangendo
Tundra e vegetação de montanha rios, mares, oceanos, lagos, geleiras, água do
Floresta temperada ou de coníferas subsolo e da atmosfera. A grande concentra-
Pradarias ção de água é dos oceanos e mares (mais de
Vegetação mediterrânea 97%) sendo que pouco mais de 2% são águas
Semideserto e estepe continentais.
Deserto O que se aborda nos exames é a relação
Savana entre potencial e aproveitamento (energia,
Floresta equatorial ou tropical irrigação e transporte) ligada ao impacto am-
Calota glacial biental.
Logicamente, as regiões tropicais com área
Para o clima árido e semiárido: caatinga
sedimentar e grandes bacias hidrográficas de
(espécie de cacto), plantas que apresentam
relevo irregular são vistas como áreas estra-
espinhos para diminuir a perda de umidade.
tégicas para produzir e fornecer: energia (hi-
Para o clima tropical, subtropical e equa-
drelétricas), irrigação (aproveitamento em
torial: florestas tropicais e equatoriais que áreas secas) e transporte beneficiando os pa-
apresentam muitas folhas verdes e enorme íses que os possuem.
variedade de árvores que emitem grandes
percentuais de umidade para a atmosfera Imagem
como a Floresta Amazônica.
Para o clima tropical semiúmido: cerra-
do ou savana, plantas rasteiras e árvores com
caule torto que sobrevivem no período de
seca.
Para o clima temperado: estepe, campos
ou pradarias, vegetação gramínea e arbustos
de pequeno porte que nascem onde há pou- As águas continentais transportam sedi-
ca umidade formando um tapete que cobre o mentos de processos erosivos, ação do des-
solo; florestas temperadas como árvores de gaste das rochas pela água, fenômeno natural
carvalho. que origina o assoreamento (acúmulo de se-
Para o clima polar: tundra (extremo nor- dimentos) nas áreas de relevo mais baixo. En-
te), vegetação de capim e junco; florestas de tretanto, alterar o meio ambiente através da
coníferas, com árvores de folhas em forma de retirada de mata ciliar (nas margens dos rios),
agulha como o pinheiro para não acumular solo impermeabilizado, exploração (minera-
neve. ção e agricultura), construção de barragens e

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metrópoles é um tipo de intervenção do ho-
mem que intensifica erosões gerando pro-
Fontes de energia
blemas como enchentes, água contaminada
É de fundamental importância na atuali-
e destruição de ecossistemas prejudicando a
dade o estudo de substâncias que são subme-
flora, fauna e até mesmo a própria humani-
tidas a um processo de transformação para
dade. Observe as localidades e dimensões: proporcionar ao homem energia para ilumi-
nar, aquecer, locomover, etc.
Rio/País Extensão Foz A humanidade se torna cada vez mais
dependente de energia sendo divididas em
Amazonas Oceano renováveis e não renováveis. A maioria da
6.868 km
Brasil Atlântico
energia é produzida pela queima de combus-
Nilo Mar tíveis fósseis que alimentam o funcionamen-
6.671 km to de máquinas (automotivas) que poluem a
Egito Mediterrâneo
atmosfera com a liberação de gases tóxicos
Xi-Jiang causando problemas ambientais. A busca de
5.800 km Mar da China
China fontes alternativas é necessária para a sobre-
Mississippi- vivência e é assunto que domina a maioria dos
5.620 km Golfo do México exames na temática que "o petróleo ainda é o
Missouri - EUA
combustível mais usado do planeta".
Obi Energias não renováveis: usam recursos
5.410 km Golfo de Obi
Federação Russa naturais que se esgotam como queima de
combustíveis fósseis (carvão, gás natural, pe-
tróleo) e energia nuclear (urânio). Seu impacto
Oceano / Mar Área (km²)
polui o meio ambiente
Oceano Pacífico 179.700.000 Energias renováveis: fontes limpas capa-
zes de se renovar durante muito tempo como
Oceano Atlântico 106.100.000 energia solar, energia eólica (ventos), energia
das marés (correntes marítimas), biomassa
Mar Glacial Ártico 14.090.000
(matéria orgânica), hídrica (das águas), entre
Mar do Caribe 2.754.000 outras, são encontradas na natureza e geram
menos impactos ambientais.
Mar Mediterrâneo 2.505.000

Bacia Local Área (km²)

Bacia Amazônica Brasil 7.050.000

Bacia do Congo Zaire 3.690.000

Bacia do Mississippi EUA 3.328.000

Bacia do Rio da Prata Brasil 3.140.000

Bacia do Obi Russia 2.975.000

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Geografia do Brasil
Características da geografia física do quinto
maior país do mundo em termos territoriais

O Brasil, localizado na América do Sul é Equador até um pouco abaixo do Trópico de


um dos maiores países com 8.514.876 km² de Capricórnio com os climas Equatorial (quen-
área (só perde para Rússia, Canadá, China e te e úmido na Amazônia), Tropical (quente e
Estados Unidos) constituída por 26 Estados e semiúmido com estação chuvosa no verão e
o Distrito Federal. Possui, portanto, uma di- seca no inverno na maior parte do país), Se-
versificada gama de relevo, clima, vegetação mi-Árido (chuvas irregulares e mal distribuí-
e hidrografia. Vejamos um pouco mais. das no sertão do nordeste), Subtropical (mais
quente no verão, mais frio no inverno com
O relevo brasileiro chuvas o ano todo na região Sul e Sudeste) e
Litorâneo (úmido desde o Rio Grande do Nor-
O solo brasileiro tem formação muito antiga te até São Paulo).
e está situado sobre uma grande placa tectôni-
ca (dobramentos modernos) tendo assim, fraco
impacto com colisões entre placas (tectonis-
mo). Seu desenho resulta de vários ciclos cli-
máticos e caracteriza-se por baixas altitudes.
Imagem

Equatorial
Tropical
Semi-Árido
Subtropical
Litorâneo
Tropical de Altitude

Planaltos Não podemos deixar de mencionar as


Depressões massas de ar que mais influenciam o clima
Planícies brasileiro como a Massa Equatorial Atlânti-
ca (quente e úmida), Massa Tropical Atlânti-
O clima brasileiro ca (quente e úmida) e a Massa Polar Atlântica
que incide na subdivisão do clima Tropical ge-
Devido à grande extensão do território rando o Tropical de Altitude em que, devido
brasileiro, temos as variações entre a Linha do à ação dessa última nas partes mais elevadas

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(entre 800 e 1000 metros de altitude), intensi- vores típicas relativamente baixas e de casca
fica o verão e o inverno. grossa além do tapete formado por gramíne-
as e arbustos cobriam originalmente 25% do
A vegetação brasileira território brasileiro que perde espaço para a
agricultura e pecuária.
Tem uma vegetação bastante rica e diver- Mata Atlântica: a floresta latifoliada tro-
sificada podendo ser dividida em: pical com rica biodiversidade foi a mais de-
vastada nos últimos anos pela a extração
Imagem de madeira, poluição e plantio de cana-de-
-açúcar. Restam apenas 7% de sua cobertu-
ra original e mais de 70% da população vive
nesta região.
Pantanal: ecossistemas com a maior
área alagada do planeta com rica biodiver-
sidade. Também há interferência do homem
com destruição com a implantação de pas-
Floresta tagens artificiais e a exploração das áreas
Amazônica de mata.
Caatinga Pampas: vegetação rasteira e de peque-
Cerrado nos arbustos, distantes uns dos outros que
Mata Atlântica se estendem na região sul como um tapete
Pampa verde por mais de 200.000 km², formando os
Pantanal Pampas Gaúchos. A erosão se dá nesta área
pela má utilização do solo pela agricultura e
Floresta Amazônica: floresta equatorial pecuária muitas vezes tendo como consequ-
em sua grande maioria. Em função de sua ência a desertificação.
biodiversidade e importância, foi apelidada de Em menor dimensão com relação às ou-
o "pulmão do mundo". O ecossistema é frágil tras vegetações do Brasil, ainda temos a
e a floresta vive de seu próprio ciclo com am- Mata dos Cocais com menos de 3% da área
biente úmido e chuvas abundantes. É cortado total do país produzindo babaçu (principal
pela maior bacia hidrográfica do mundo, o Rio atividade econômica), carnaúba, oiticica
Amazonas. Em contraste com tanta rique- e buriti nos estados do Maranhão, Piauí e
za da fauna e flora, as estatísticas mostram norte do Tocantins; Mata das Araucárias ou
que mais de 12% da área original da Floresta Mata dos Pinhais uma floresta subtropical
Amazônica já foram destruídos pelo desma- onde predomina a Araucária (árvore total-
tamento ilegal. Problema que pode provoca, mente aproveitável) encontrada na região
em pouco tempo, um desequilíbrio no ecos- do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
sistema. Sul; Vegetação litorânea distribuída na ex-
Caatinga: com enorme biodiversidade, co- tensa costa do Brasil - cerca de 8.000 km
bre solos relativamente férteis com plantas - possui uma grande diversidade de pai-
espinhosas e com pouco nutrientes. Contrasta sagens, como dunas, ilhas, recifes, costões
com o colorido das flores emergentes no pe- rochosos, baías, estuários, brejos e falésias
ríodo das chuvas. predominando os mangues como extrati-
Cerrado: composto basicamente por ár- vismo.

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A hidrografia brasileira Entende-se como bacia hidrográfica um
Imagem conjunto de um rio principal, seus afluentes e
subafluentes que drenam as águas de deter-
minado território.
Bacia do Amazonas: maior bacia do
mundo, abrangendo países vizinhos (Bolívia,
Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana
Francesa e Suriname) com o rio Amazonas
como principal. Abrange área de 7.050.000
km², nascendo no Peru e entrando no Bra-
sil como rio Solimões. Quando encontra o
Bacia do: rio Negro (Manaus) fica conhecido como rio
Amazonas Amazonas.
Amapá Bacia do Amapá: agrupamento de diver-
Nordeste sos rios que se destacam pela sua importân-
Tocantins cia econômica: Araguari, Oiapoque, Pedreira,
São Francisco Gurijuba, Cassiporé, Vila Nova, Matapi, Ma-
Leste racapú entre outros.
Sudeste Bacia do Nordeste: agrupamento de di-
Uruguai versos rios como: Acaraú, Jaguaribe, Piranhas,
Paraná Potengi, Capibaribe, Una, Pajeú, Turiaçu, Pin-
daré, Grajaú, Itapecuru, Mearim e Parnaíba.
O Brasil tem um dos maiores complexos Apresentam papel importante no transporte
hidrográficos do mundo destacando assim de produtos agrícolas.
um gigantesco potencial hídrico. Rios com Bacia do Tocantins: maior bacia hidrográ-
grandes extensões, larguras e profundidades. fica inteiramente no Brasil, englobando o rio
Possui 8% de toda a água doce da superfície Tocantins (Goiás) e o rio Araguaia (Mato Gros-
da Terra e a maior bacia fluvial mundial: a ba- so). Abriga a usina de Tucuruí (Pará) para a ex-
cia Amazônica. tração de ferro e alumínio.
Embora pouco explorados, os rios de Bacia do São Francisco: de grande impor-
planalto são os que apresentam rupturas tância política, econômica e social para a re-
de declive, vales encaixados, entre outras gião nordeste, tem como principal o rio São
características que propiciam geração de Francisco - navegável por grande extensão -
energia elétrica. Como esses rios de solo que abastece a região metropolitana de Belo
muito acidentado e irregular - com muitas Horizonte.
quedas-d'água em sua extensão - dificul- Bacia do Leste: agrupamento de diversos
tam a navegabilidade, chamam a atenção rios: Pardo, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, Va-
de todo o planeta para o aproveitamento za-Barris, Itapicuru, das Contas, Paraguaçu,
hídrico. Os principais rios são o São Francis- entre outros.
co e o Paraná. Bacia do Sudeste: agrupamento de rios:
Os rios de planície - com poucos declives - Jacuí, Itajaí e Ribeira do Iguape, entre ou-
são mais utilizados para a navegação fluvial tros. Possuem importância regional com
e pesca. Os principais rios são o Amazonas e o transporte, abastecimento e geração de
o Paraguai. energia.

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Bacia do Uruguai: o principal rio, Uru- de cozinha, indústrias e usinas termoelétri-
guai, divide os estados de Santa Catarina cas.
e Rio Grande do Sul além de fronteira en- Energia nuclear: pouco usada no país de-
tre Brasil e Argentina e Argentina e Uruguai. vido a pressão do risco de contaminação tan-
Apresenta grande potencial hidrelétrico e to de vazamentos como do lixo tóxico: Angra I
uma das maiores relações energia/km² do (desativada), Angra II (Rio de Janeiro).
mundo. Energias renováveis: fontes limpas al-
Bacia do Paraná: industrializada e urbani- ternativas para a geração de energia que po-
zada, nessa bacia está quase um terço da po- luem pouco e aproveitam o grande potencial
pulação brasileira além da maior hidrelétrica do relevo, clima e vegetação nativa típica
do mundo: usina de Itaipu (Paraná). Abrange e abundante. Longe de se tornar principal,
as metrópoles populacionais de São Paulo, pode ser captada da energia eólica, energia
Campinas e Curitiba. O rio Paraná é o mais solar e biomassa, que usa lixo orgânico, re-
importante com os afluentes e formadores: síduos agrícolas, óleo vegetal e bagaço de
rio Grande, Paranaíba, Tietê, Paranapanema, cana. Beneficia o desenvolvimento natural e
Iguaçu, entre outros. o meio-ambiente.
Bacia do Paraguai: sua navegabilidade Nióbio: novidade dos últimos anos, o nió-
tem importância para integrar países do Mer- bio é um metal que, misturado ao aço ou fer-
cosul com o transporte de carga entre Brasil, ro, torna a liga metálica mais forte e maleá-
Paraguai e Argentina. vel, bom para a indústria de base (siderúrgico,
metalúrgico, petroquímico e de cimento) e de
Fontes de Energia do Brasil ponta (informática, telecomunicações, far-
macêutico, biotecnologia, produtos eletrôni-
Petróleo: ainda é a principal fonte de cos, aeroespacial). O Brasil possui 98,2% de
energia usada em veículos automotores e reservas desse metal mas ainda não arqui-
em usinas termoelétricas (gasolina, diesel e tetou como explorá-lo de forma adequada.
querosene), o que fomenta a preferência das Equivalente, em valor, à duas vezes o petró-
questões em exames para os assuntos liga- leo do pré-sal, pode ser a chave para o Brasil
dos à exploração, degradação e equilíbrio da se desenvolver e virar uma potência global.
natureza. Entretanto enfrenta a concorrência dos me-
Hidrelétrica: apesar do imenso potencial tais vanádio e titânio que cumprem basica-
hídrico, o Brasil usa apenas 25% deste na cap- mente a mesma função e são encontrados
tação de energia elétrica sendo a produção da em outros países. Outro ponto à desenvolver
maior usina (Itaipu, a segunda maior do mun- é fabricar produtos derivados do nióbio ao in-
do), dividida com o Paraguai. vés de apenas vender o metal em sua forma
Carvão mineral: de baixa qualidade, ali- bruta. O mesmo caso acontece com o silício
menta as indústrias siderúrgicas, mas é com- em que o Brasil (maior produtor) exporta na
plementado com importação de carvão mine- forma bruta e não pura (99,5%) não atingin-
ral de alta qualidade que produz poucas cinzas. do o real valor de venda exigido pelo merca-
Biocombustíveis: são renováveis com ori- do internacional (99,9%), ou seja, vendemos
gem vegetal como a cana-de-açúcar (para o matéria-prima e compramos produtos pron-
etanol, álcool). tos. Para desenvolver a exploração do nióbio,
Gás natural: derivado do petróleo, mas o Brasil precisa aprender o que fazer com ele
em menor escala e utilização, usado em gás e começar a fazer produtos mais sofisticados.

12 EdiCase Publicações
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Geografia Humana
Corresponde ao estudo das relações do homem
com o meio físico, modificando o meio ambiente

O homem é um agente transformador da é o número de pessoas que habitam um es-


Terra. Apesar de muito discutido - e principal- paço ou território. É levado em consideração
mente abordado nos exames - é responsável para compreensão de seu ciclo: natalidade,
por diversos problemas atuais que tanto ou- mortalidade, migração, nível médio de renda,
vimos falar (atualidades). Essas transforma- distribuição, entre outros fatores.
ções pelo homem acontecem em razão das A população mundial atingiu, em 2019,
necessidades sociais. Influenciam a econo- 7,7 bilhões de habitantes segundo pesquisa
mia, o fluxo de migração, o meio-ambiente, do Fundo de População das Nações Unidas
as indústrias, a tecnologia, o turismo, a agro- (FNUAP). A distribuição da população é desi-
pecuária, os conflitos no campo, as atividades gual nos continentes e países, veja as tabe-
sociais, políticas e culturais, enfim todas as las:
relações humanas com o globo terrestre. Ve-
jamos como relacionar isso. África 1,111 bilhão de habitantes
América 953,7 milhões de habitantes
Demografia Ásia 4,427 bilhões de habitantes
Área do conhecimento que estuda o com- Europa 749,6 milhões de habitantes
portamento e transformações da população
Oceania 40 milhões de habitantes
através da pesquisa e estatística. A população

Enem | Geografia e História 13


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Diário, quando feitos por movimentos do tipo
1° China (Ásia) 1.357.380.000
cidades-dormitório, urbano-rural, recreação
2° Índia (Ásia) 1.252.139.596 e turismo.

3° Estados Unidos 316.128.839


População X Natureza
4° Indonésia (Ásia): 249.865.631

5° Brasil (América): 202.409.273 A partir dos anos 60, houve um elevado


crescimento demográfico que retomou as
6° Paquistão (Ásia): 182.142.594 ideias de Thomas Malthus, um economista
inglês que relacionou o crescimento demo-
7° Bangladesh (Ásia): 156.594.962
gráfico e a produção de alimentos. Adap-
8° Nigéria (África): 173.615.345 tado à situação da época, ficou conhecida
como Teoria Neomalthusiana. Para Malthus,
9° Rússia (Europa): 143.499.861
a população iria crescer tanto que seria im-
10° Japão (Ásia): 127.338.621 possível produzir alimentos suficientes para
alimentá-la. Propunha uma política de con-
trole de natalidade para que houvesse um
De acordo com pesquisas demográficas, a equilíbrio entre natureza e população. Tal te-
oria, mais tarde, contribuiria para as políticas
tendência é de redução de crescimento, algo
efetivas de "planejamento familiar" evitando
em torno de mais 80 milhões de habitantes
outros males como a pobreza e o desemprego.
a cada ano (0,2% ao ano). Entretanto, o de-
senvolvimento tecnológico ligado à medicina,
cuidados com a saúde, saneamento básico, Urbanização
entre outros, têm aumentado a expectativa
de vida. Significa a aglomeração populacional nas
Sobre as migrações (movimentos da popu- cidades em virtude dos pólos industriais, cir-
lação) veja os principais conceitos. culação de mercadorias, pessoas e os fluxos
Imigração: entrada de população. de capitais gerando uma série de implica-
Emigração: saída de população. ções.
Crescimento horizontal: diferença entre A urbanização torna a paisagem tipica-
imigrações e emigrações. mente marcada pelos prédios, pavimentação,
Crescimento Vegetativo: diferença en- obras estruturais e iluminação, acompanha-
tre as taxas de natalidade (nascimentos) e de da por uma série de problemas sociais e am-
mortalidade (mortes). bientais como falta de saneamento básico,
Transição demográfica: passagem de uma enchentes, violência, favelização, falta de in-
situação de alta taxa de natalidade e mortali- fraestrutura, poluição de várias modalidades,
dade para uma situação de estabilidade. degradação ambiental, sistema de transporte
Migrações pendulares: são sazonais ineficiente, aumento da informalidade etc.
quando acontecem em determinado período Segundo a ONU, atualmente a popula-
do ano por fatores naturais ou econômicos. ção urbana corresponde a 54%. Nos países
Chamados de transumância quando relacio- desenvolvidos (industrializados), essa média
nado aos pastoreios migratórios de acordo é de 77,7%, contra 46,5 % nos países subde-
com as necessidades de água e pastagens. senvolvidos. No Brasil, 84,72 % da população

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é urbana (dados do IBGE 2015) sendo a região Poluição das águas: grande quantidade de
sudeste mais urbanizada com 93% e a região lixo e esgoto jogada nos rios, afetando a saú-
nordeste mais rural com 73%. de da população. Contribuem para a poluição
a falta de coleta de lixo e tratamento de es-
Veja a urbanização por continente: goto adequado.
Ilha de calor: aumento da temperatura
em determinadas partes de uma cidade, pela
África 38% urbana
concentração de concreto (prédios, asfalto,
Ásia 39,8% urbana vidros).
Inversão térmica: a poluição do ar impede
América Latina 77,4% urbana
a troca normal de temperatura do ar na su-
América do Norte 80,7% urbana perfície: o ar frio e pesado fica em baixo (com
as partículas da poluição) e o ar quente e mais
Europa 72,2% urbana
leve fica em cima.
Oceania 70,8% urbana Efeito estufa: aumento da temperatura
no planeta em virtude dos gases poluentes
emitidos pelas cidades. É chamado de estufa,
As megalópoles superam 10 milhões de
pois o planeta mantém a temperatura aque-
habitantes em uma cidade:
cida.
Erosão: uso e ocupação irregular de áreas
Cidade (País) Habitantes como encostas, margens de rios, excesso de
Tóquio (Japão) 35,2 milhões peso das edificações, compactação do solo,
etc.
Cantão (China) 25,4 milhões Chuva ácida: os gases poluentes reagem
Seul (Coreia do Sul) 25,2 milhões com a água da umidade do ar, ocasionando
chuvas com componentes ácidos e prejudi-
Xangai (China) 24,9 milhões cando plantações, edificações, automóveis e
o ser humano.
Delhi (Índia) 23,5 milhões
Enchentes e desmoronamento: chuvas
Mumbai (Índia) 23,2 milhões que não têm para onde escoar causando en-
chentes e desmoronamentos, destruindo e
Cidade do México (México) 23,0 milhões
matando em razão da urbanização.
Nova Iorque (EUA) 22,0 milhões Falta de áreas verdes: áreas urbanas des-
providas de matas causando o aumento da
São Paulo (Brasil) 21,0 milhões
temperatura e poluição do ar.
Manila (Filipinas) 20,4 milhões Poluição visual e sonora: propagandas
excessivas e o barulho alto dos grandes cen-
Dos problemas das metrópoles, citamos: tros (indústria, comércio e veículos).
Poluição do ar: causada pela emissão de
gases poluentes no ar, principalmente o mo- Transportes
nóxido de carbono (CO), dióxido de carbono
(CO2) e dióxido de enxofre (SO2) prejudicial à Possuem três elementos:
saúde e ao meio ambiente. Produção pelas in- Infraestrutura: malha de transporte ro-
dústrias e veículos automotores. doviário, férreo, aéreo, fluvial, tubular.

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Veículos: automóveis, bicicletas, ônibus, Revolução Verde: foi uma evolução bio-
trens e aeronaves, que utilizam essa malha. tecnológica no meio rural (década de 60) para
Operações: formas como os veículos utili- aumentar a oferta de alimentos a fim de com-
zam a rede, como leis, diretrizes, códigos, de bater a fome. Não conseguiu eliminar o pro-
fim comercial, particular, etc. blema da fome e provocou uma aceleração
Nos centros urbanos, o transporte de pes- da desigualdade fundiária, pequenas (tradi-
soas divide-se em dois grupos: transporte pú- cionais) e grandes (modernas) propriedades
blico (para qualquer pessoa) e o privado (par- rurais.
ticular). Agrossistemas Alternativos: forma de
Os meios de transporte ainda podem ser produção ecologicamente correta (produtos
divididos em: orgânicos, sem agrotóxico) para amenizar os
Terrestre: carros, ônibus, trem, etc. problemas sociais e ambientais. Não há adi-
Aquático: navios, canoa, barcos, etc. ção de substâncias químicas, mas o produto
Aéreos: aviões, helicópteros, etc. final (saudável) é pequeno em quantidade (se
Tubular: gasoduto, oleoduto, etc. comparado com a população) e fica pouco
acessível devido ao alto preço.
Para a harmonia do Homem com o Meio
Brasil Ambiente, uma prática está muito atual para
1º Rodoviário 61,82% conservar os recursos naturais e fornecer
produtos saudáveis: a agricultura sustentá-
2º Ferroviário 19,46% vel.
3º Aquaviário 13,83% Diferente do que se pratica desde o pri-
meiro plantio pelo homem (poluição, quei-
4º Dutoviário 4,58%
mada, destruição), a sustentável é idealizada
5º Aéreo 0,31% em diversos círculos intelectuais, científicos e
políticos sofrendo pressão global para ser im-
plantada na sociedade como um todo, consi-
derando que a agricultura permanece sendo a
Agricultura atividade humana que mais relaciona a socie-
dade com a natureza.
Agricultura tradicional: cultivo de de-
terminada cultura sem utilização de defen- Poluição Química
sivos agrícolas, sementes não selecionadas,
sem correção do solo, com técnicas rudi- É provocada por dois tipos de poluentes:
mentares como arado de tração animal. Com biodegradáveis (detergentes, inseticidas,
essas características a produção é baixa. fertilizantes) e persistentes (DDT-Dicloro-
Agricultura moderna: cultivo intensivo em -Difenil-Tricloroetano, mercúrio) que causam
pouco espaço cultivado. Com modernas téc- sérios problemas a partir da contaminação.
nicas e máquinas (tratores e colheitadeiras), A contaminação acontece quando os fer-
correção do solo (química), sementes selecio- tilizantes e os agrotóxicos são transportados
nadas (transgênicos), fertilizantes, estudo do pelas águas da chuva. Parte penetra no solo,
tempo para executar o plantio na época certa. que atinge o lençol freático e contamina o
Com essas características garantem alta pro- aquífero; outra parte é levada até os manan-
dutividade. ciais, como córregos, rios e lagos. Com a con-

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taminação, toda a cadeia é afetada, inclusive com menos colesterol. No caso dos vegetais,
o homem que utiliza a água que ficou sujeita à a intenção é obter uma quantidade maior de
poluição pela produção agrícola. nutrientes e, ao mesmo tempo, mais resisten-
te a pragas.
Agropecuária A polêmica dos transgênicos continua atu-
al uma vez que trata de alimentos destinados
a humanos. Apesar de aparentemente não
Pecuária tradicional: criação de gado sem
oferecer nenhum tipo de risco, pode ocasionar
preocupação com a genética, com a saúde
sérias complicações, pois pouco se conhece
animal, com a qualidade das pastagens, os sobre esse assunto. Não se sabe que conse-
animais são criados soltos em grandes áreas quências podem ocorrer caso haja rejeição de
sem receber maiores cuidados e com baixa um organismo que recebe um gene estranho.
produtividade.
Pecuária moderna: é a criação a partir de
cuidados com a genética, analisando as van- Industrialização
tagens da criação de uma determinada raça,
utilização de medicamentos, além de acom- A industrialização é um dos principais fa-
panhamento de um veterinário. Nesse siste- tores transformadores do meio ambiente.
ma de criação a área pastoril é de pastagens Provoca efeitos no movimento populacional,
de qualidade e com elevado índice de produ- geração de metrópoles, interfere no interesse
de produtos, entre outros. É a transformação
tividade.
de matérias-primas em produtos por meio do
Na agropecuária é onde a contaminação
trabalho e uso de máquinas, sinônimo de mo-
química é mais evidente em razão da utiliza-
dernidade e evolução. São divididas em três
ção de insumos agrícolas como fertilizantes,
tipos básicos de indústrias:
inseticidas e herbicidas com objetivo de al-
Indústrias de base: que fabricam os bens
cançar uma produção de melhor qualidade
de consumo (duráveis - não perecíveis - e não
e assim obter melhores lucros e aceitação no
duráveis - perecíveis), consumidos por pesso-
mercado.
as ou por outras indústrias para a fabricação
de mercadorias mais específicas. Exemplo:
Transgênicos máquinas industriais, alumínio, ferro, petró-
leo, alguns extrativismos, etc.
São organismos geneticamente modifica- Indústrias de bens duráveis: que fabricam
dos para produzir plantas que são adaptadas os produtos de extensa vida útil: eletroeletrô-
a climas, solos e outros elementos diferentes nicos, automóveis, etc.
dos naturalmente encontrados. Indústrias de bens não duráveis: que pro-
Para favorecer a rentabilidade na agricul- duzem mercadorias perecíveis, de rápido con-
tura, o desenvolvimento de pesquisas e estu- sumo: alimentos em geral, vestuário, etc.
dos recombina genes (preservando a essência Com o crescimento das indústrias ocor-
através da engenharia genética) e insere ge- re uma mudança no poder socioeconômico
nes de outros organismos. O objetivo é fazer de uma cidade, que passa a se modernizar e
um produto capaz de obter aspectos mais consequentemente evoluir em todos os sen-
rústicos e de extrema produtividade. tidos com o aumento de pessoas residindo em
Propicia a versatilidade de produtos dife- um mesmo local (crescimento populacional),
renciados como, por exemplo, carne suína procurando por mais espaço (transforman-

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do a paisagem com a urbanização), gerando mais roupa, mais indústria, mais tudo (que
maior procura pela atividade comercial (lojas) também necessita de água: hidrelétricas,
e serviços (profissionais qualificados), que se agricultura, pecuária, indústrias). Só a in-
expandem e produzem mais empregos. dústria e a agropecuária consomem 90% da
água do mundo.
O aquecimento global intensifica a chu-
G8+5 até Rio+20 va em algumas regiões e castiga outras com
longos períodos de seca. As geleiras derre-
Muito se discute sobre os problemas mun- tem, o nível dos oceanos sobe e o mundo in-
diais sobre todos os aspectos. Em 2007, acon- teiro aquece. No Brasil, a seca atinge quase
teceu uma reunião entre as oito principais
10 milhões de pessoas. São 3,6 bilhões de re-
potências econômicas (EUA, Canadá, Japão,
ais em perdas de lavouras e mais de 16% do
França, Itália, Alemanha, Reino Unido e Rús-
sia) e as cinco principais economias chamadas gado nordestino morto pela seca. O governo
emergentes (Brasil, México, Índia, África do Sul teve de intensificar os programas de assistên-
e China) para discutir acerca do aquecimento cia técnica e social, como o financiamento da
global, na qual ficou confirmado que todas as produção agropecuária, venda subsidiada de
alterações são causadas pelo homem. Embo- milho e distribuição do Bolsa Estiagem, (auxí-
ra o intuito seja sempre de estabelecer coope- lio financeiro para famílias de agricultores em
ração entre as economias para o desenvolvi- municípios em emergência).
mento sustentável (no Brasil: Eco-92, Rio+10,
Com o panorama de chuvas abaixo da mé-
Rio+20), pouco foi feito até agora.
dia, os reservatórios que abastecem as gran-
des cidades chegaram a níveis críticos, como
Crise Hídrica em São Paulo. Uma das alternativas estuda-
das são os aquíferos (reservas de águas sub-
Em nosso planeta azul, mais de 97% da terrâneas) como o Guarani, que ocupa uma
água é salgada (oceanos e mares). Do restan- área de 1,2 milhão de km² (70% sob o Brasil).
te, apenas 0,4% está na superfície territorial Água doce suficiente para abastecer a popu-
(água doce). Com esses dados não é difícil lação brasileira por 2,5 mil anos, mas, como
perceber que a preservação deste bem está implica em alto investimento do governo, a
em alta. Mudanças climáticas, contaminação opção mais imediata para a falta de planeja-
das fontes, o mau gerenciamento dos recur- mento é o racionamento e rodízio do forneci-
sos hídricos e o crescimento demográfico são mento de água à população.
os principais vilões para a crise dos próximos Nos útlimos quatro anos, a crise hídrica
anos. mudou o comportamento da população, das
Temos 132 mil km3 de água que pode ser indústrias e do comércio em relação ao consu-
realmente usada e esse número não mudou mo de água tratada que reduziu em 15%. En-
muito desde a origem do planeta. O que mu- tre as medidas para driblar a escasses de água
dou foi a quantidade de humanos: a popula- estão: mecanismos de reuso de água para
ção cresceu. Em 1950, a população era de 2,5 limpesa, vasos sanitários, irrigação; sistemas
bilhões. A estimativa da ONU é que em 2050, de captação de água da chuva; dispositivos
sejamos 9,3 bilhões. reguladores, sensores e válvulas de torneira.
Não pense só na água para consumo. Jun- A boa notícia é que a adoção de bons hábitos
to com o aumento populacional, aumenta para o uso racional de água geralmente são
a demanda por mais energia, mais comida, mantidos, mesmo quando não existe crise.

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Geografia Econômica
Analisa a lógica da produção e distribuição das
atividades econômicas sobre o espaço e o meio

É o ramo do conhecimento que procura princípios da geopolítica, pois envolveu uma


explicar a influência de manifestações pro- grande disputa ideológica e territorial entre
dutivas sobre o espaço geográfico (pelo ho- União Soviética e Estados Unidos, desta-
mem) e as interferências que o meio realiza cando a importância do Estado nas deci-
sobre elas. O meio urbano e o meio rural são sões estratégicas e definição de valores e
produzidos pelas práticas humanas relacio- padrões sociais. Após essa época as maiores
nadas, quase sempre, às condutas finan- discussões agora são o combate ao terroris-
ceiras e tecnológicas que irão desencadear mo, a questão nuclear, as constantes rede-
impacto sobre o planeta. finições de fronteiras nos países africanos e
do Oriente Médio, o crescimento econômico
Geopolítica chinês, a formação dos blocos econômicos,
os conflitos internacionais e os problemas
socioambientais.
Não se pode falar em economia sem fa-
lar em política. O conceito de geopolítica foi
desenvolvido a partir da segunda metade Revolução Industrial
do século XIX pela redefinição de fronteiras
na Europa e do expansionismo das nações A evolução no modo de produzir merca-
europeias (imperialismo ou neocolonialis- dorias, principalmente do setor industrial,
mo). A Guerra Fria expressou muitos dos acelerou o desenvolvimento do sistema ca-

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pitalista que originou o que chamamos de ção com os impactos ambientais demarcou
Revolução Industrial, em três momentos: uma fase inédita: a busca de fontes limpas de
Primeira Revolução Industrial: final do energia, uma resposta aos problemas am-
século XVIII e início do XIX, Inglaterra. Logo bientais.
depois outros países como França, Bélgica,
Holanda, Rússia, Alemanha e Estados Unidos
em um novo modelo de produção industrial
Globalização
em que se descobriu a utilização do carvão É o processo de internacionalização e
como fonte de energia: máquina a vapor e a ampliação da capacidade produtiva. Rela-
locomotiva. Modernizaram o setor de trans- ciona-se diretamente com novas tecnolo-
porte (matéria-prima, pessoas e distribuição gias, economia e capitalismo.
de mercadorias) dando enorme alavancada Em muitos casos, produtos industriali-
às indústrias, aumentando a produtividade e zados têm seus processos produtivos des-
o êxodo rural formando grandes centros ur- centralizados em várias partes do mundo.
banos com bairros de classe trabalhadora. É o caso das multinacionais que procuram
Segunda Revolução Industrial: a partir a melhor relação benéfica (para a empresa)
de 1870, com maior exploração do uso da de diminuição dos custos (mão de obra mais
energia elétrica e do petróleo em motores barata nos países subdesenvolvidos), siste-
à explosão. Aceleraram o ritmo industrial na ma capitalista (relação lucro x trabalho não
fabricação de produtos em escalas cada vez pago), reduzindo assim o preço final. Exem-
maiores com o marco da criação da lâm- plo das indústrias automobilísticas que
pada (1879 com sistemas de iluminação), o fragmentam a produção em muitas regiões
telégrafo (comunicação), métodos mais rá- em que as várias partes de um carro são
pidos de produção de ferro, aço e alumínio produzidas em diferentes lugares do mundo
(ferrovias e automóveis) que aceleraram o para obter maiores vantagens e a máxima
desenvolvimento do capitalismo. geração de lucro.
Terceira Revolução Industrial: meados Notadamente é a era da informação pela
do século XX, revolução técnico-científi- diminuição das distâncias e do tempo, gra-
ca-informacional. Avanço da informática, ças ao avanço da comunicação (principal-
química, robótica, genética voltadas para o mente a internet), permitindo a transmissão
mercado. Ainda atual, desenvolve os meios de notícias e conhecimentos em tempo real
de comunicação e transporte, diminuindo pelo mundo. Formou Blocos Econômicos e
distâncias acelerando a globalização e suas as organizações mundiais, unindo a eco-
consequências: avanço da Ciência e Tecno- nomia de vários países (Alca, Nafta, União
logia, consolidação do capitalista financeiro, Europeia, Mercosul, Tigres Asiáticos, OMC,
expansão das multinacionais, descentrali- OEA, OPEP). Difundiu o conhecimento da
zação industrial, flexibilização do trabalho língua inglesa (segunda língua obrigatória
(toyotismo: produção por demanda) e ter- no aprendizado mundial) e atua constante-
ceirização da economia. mente em avanços científicos e do saber.
Podemos concluir que as transformações Nas desvantagens da Globalização po-
tecnológicas transformam não só as indús- demos citar a desigualdade generaliza-
trias e os meios de produção, mas também da beneficiando, quase sempre, os lugares
o próprio espaço geográfico e as relações economicamente mais desenvolvidos que
humanas. Nas últimas décadas, a preocupa- conseguem se expandir facilmente en-

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quanto que os menos desenvolvidos ficam mercado comum, de união política e mo-
marginalizadas, a centralização das gran- netária. Relaciona-se com o Brasil desde
des empresas que passam a controlar o 1992 com uma política de cooperação, com
mercado mundial (multinacionais), redução investimento no mais importante país do
dos salários médios, crises econômicas es- Mercosul.
peculativas e a questão ambiental com ex-
ploração acelerada dos recursos naturais.
Países emergentes
Blocos econômicos Correspondem às economias do mundo
subdesenvolvido que apresentam melhorias
São classificados conforme o nível de sociais e perspectivas de crescimento. São os
proximidade e a qualidade da integração países em desenvolvimento, uma espécie de
entre seus países-membros. Aspecto mais “subgrupo” dentro dos países subdesenvol-
característico do mundo globalizado e da vidos. Apresentam economias de industria-
atual ordem mundial. Possuem distintos e lização recente, pela entrada de indústrias
diferentes objetivos econômicos: estrangeiras vindas quase sempre de países
Zona de preferências tarifárias: inte- desenvolvidos em busca de mão de obra ba-
gração entre os países adotando apenas rata e outras vantagens.
algumas tarifas para alguns produtos, tor- Esses países mencionados tem uma es-
nando-os mais baratos em relação aos paí- cala produtiva diversificada, além de altas
ses não participantes. taxas de urbanização e progressiva terceiri-
Zona de livre comércio: eliminação ou zação de suas economias que geram os de-
diminuição das tarifas alfandegárias dos safios do acelerado crescimento, promoven-
produtos comercializados entre os países- do a desigualdade social.
-membros.
União Aduaneira: zona de livre comércio
América
com Tarifa Externa Comum (TEC), que taxa Brasil, Argentina e México
Latina
produtos de países não membros tornando-
-os mais caros e menos procurados. Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong,
Mercado Comum: bloco econômico com Ásia Cingapura, Tailândia e Indonésia,
um avançado nível de integração econômi- Índia
ca, envolvendo a livre circulação de produ- África África do Sul
tos, pessoas, bens, capital e trabalho, tor-
nando as fronteiras entre os seus membros
quase que inexistentes. Tigres Asiáticos
União Política e Monetária: mercado
comum que ampliou seu nível de integra- Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e
ção, englobando o campo monetário. Ado- Taiwan ficaram conhecidos como os Tigres
ta-se uma moeda comum que substitui as Asiáticos na década de 1970, pela alta indus-
moedas locais ou passa a valer comercial- trialização e administração agressiva com
mente em todos os países-membros. modelo industrial voltada para a exporta-
A União Europeia é hoje considerada o ção através das indústrias transnacionais
mais importante bloco econômico em ra- com forte apoio do governo, que propor-
zão do seu avançado nível de integração de cionou infraestrutura (transporte, comuni-

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cações e energia), financiou instalações in- -se, além de fonte de renda, certo tipo de
dustriais e política de incentivos (isenção de poder político para os países que detém
impostos e doação de terrenos) investiu em esse bem não renovável.
educação e qualificação profissional. No Brasil, o petróleo está mais presente
Seguindo o sucesso dos Tigres Asiáticos, no litoral onde uma espécie de bolsão acu-
os países vizinhos, Indonésia, Vietnã, Malá- mula hidrocarbonetos como petróleo e gás
sia, Tailândia e Filipinas também iniciaram metano, localizado logo abaixo da “camada
seu processo de industrialização e passa- de sal” em regiões de bacias sedimentares.
ram a fazer parte da rede de negócios das Recentemente descoberta, a “camada pré-
empresas de países desenvolvidos, mas -sal” está entre os litorais do Espírito Santo
com mão de obra menos qualificada, po- e Santa Catarina em uma extensão de cerca
rém, muito barata. Produzem mercadorias de 800 quilômetros abrangendo a região de
sob encomenda, criadas e planejadas em três bacias sedimentares: do Espírito Santo,
outros países do mundo: indústrias têxteis, Campos e Santos.
de calçados, de alimentos, de brinquedos e A demanda petrolífera é uma das princi-
produtos eletrônicos. pais causas de conflitos e guerras no mun-
do. No Brasil, a descoberta do pré-sal re-
Petróleo presenta a autossuficiência em relação ao
petróleo, pois o país sempre o importou. Até
2035, a estimativa é que o Brasil deixará de
Principal fonte energética da atualidade,
importar e se tornará exportador, fazendo
essa substância oleosa de coloração preta
com que o Brasil seja o maior produtor de
é formada pela decomposição da matéria
petróleo da América do Sul.
orgânica (resto de animais e vegetais), que
O petróleo está mais presente em nos-
ficou durante milhões de anos submetida a
sa vida do que pensamos. Hoje é empre-
altas temperaturas, pressão da terra, pouca
gado para produzir cosméticos (80% com
oxigenação, entre outros fatores, forman-
óleos, perfumes e ceras), borracha sintéti-
do as jazidas de petróleo nas bacias sedi-
ca (substitui o látex em artigos esportivos,
mentares em camadas abaixo da superfície,
tênis e pneus), remédios (contêm benzeno:
normalmente oceânicas. Para extrair o pre-
analgésicos e homeopáticos), produtos de
cioso óleo, perfura-se o solo - em diversas
limpeza (base para esses produtos), asfal-
profundidades - e, através das plataformas
to (derivado semi-sólido de petróleo), te-
petrolíferas, são armazenadas e transpor-
cidos sintéticos (náilon, acrílico, spandex e
tadas (oleodutos ou navios petroleiros) às
poliéster), comida (corantes, flavorizantes e
refinarias: estruturas para processar o pe-
conservantes) e plástico (inclusive o isopor,
tróleo e obter uma grande variedade de
composto sintético).
derivados como gasolina, óleo diesel, gás
liquefeito, querosene, solventes, lubrifican-
tes, tintas, parafinas, etc. Para reduzir os Geografia multidisciplinar
custos com deslocamento do produtor ao
consumidor, a maioria das refinarias se lo- Os professores gostam de questões mul-
caliza próximas das cidades mais industria- tidisciplinares, relacionando fenômenos fí-
lizadas e dos centros mais populosos. sicos, bióticos, socioeconômicos, bem como
Representa cerca de 35% do total de os impactos ambientais. Considere que a
consumo de energia do mundo tornando- geografia estuda a Terra como um "sistema"

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e adora as questões ambientais. Isso implica mente pela imigração de refugiados de ou-
que sempre abordará as ações que a huma- tros países com problemas para o Brasil é
nidade faz e como impactam na sociedade a Migração. Saber os motivos e como são
e no meio ambiente. Exemplo: problemas recebidos ou conseguem sobreviver são in-
ambientais decorrentes de nossos padrões dispensáveis. Acontecem nos mais variados
de consumo (dejetos industriais, aumento contextos e no mundo todo.
de lixo não orgânico etc).
Desastres de barragens
Em novembro de 2015, rompeu a barragem
de Fundão, na cidade de Mariana - MG, dei-
xando 19 mortos, milhares de desabrigados e
destruindo completamente três distritos.
Pouco tempo depois, em janeiro de 2019,
roumpeu a barragem Córrego do Feijão, em
Brumadinho - MG, fazendo centenas de ví-
É importante sabermos o modo de pro-
timas no Rio de Janeiro e chamando atenção
dução agropecuária ou exploração da terra
para o problema combinando infiltração, li-
como mineração (conceitos fundamentais
quefação, erosão e fiscalização.
como latifúndio, minifúndio, cultivos perma-
A maioria das barragens do Brasil foram
nentes, sistemas intensivos e extensivos, mo-
construídas na década de 1950, pelo método
nocultura, policultura, extração de petróleo e
chamado de "montante". Estruturas em que a
minérios etc) para refletirmos sobre a quali-
barragem vai crescendo "para dentro": após a
dade dos produtos que chegam a nossa mesa. edificação de um primeiro dique para represar
Entenda bem as fases do capitalismo pois o material, o segundo é erguido em parte so-
geralmente é relacionado a temas como a in- bre a estrutura do primeiro e em parte sobre o
dústria, o comércio e até mesmo abordagens que já está depositado na barragem, e assim
históricas como os efeitos da Guerra Fria, in- por diante. No método "jusante", considera-
fluência na economia e no poder de países do mais seguro, os diques são empilhados no
como Estados Unidos e antiga União Soviética sentido contrário: avançam sobre o terreno, e
assim como a urbanização que aborda os pro- não sobre os rejeitos que já estão depositados.
blemas das cidades (crescimento desordena- Quanto maior o acúmulo de água, mais
do, transporte, habitação e desemprego). En- instável fica a estrutura. "O que é pastoso vira
tenda as relações comerciais entre diferentes líquido" (liquefação) e maior a probabilidade
países ou regiões, e, claro, aos impactos na de ruptura da conteção somado às vibrações
economia mundial e a atual formação de blo- do terreno. Além disso o entubamento para
cos econômicos, a globalização da economia drenagem de água muitas vezes entopem
e os efeitos de escolas de pensamento. Não pela característica heterogênea da lama, ora
basta apenas estudar os aspectos globais, é mais densas, ora mais líquidas.
muito importante pensar em como se efetua Agência Nacional de Águas (ANA), listou pro-
a economia em nosso país (balança comercial blemas em 54 das 104 barragens que fiscaliza
do Brasil, exportações e parcerias com outras com seus 6 funcionários para o país e não inclui
partes do mundo). as barragens de rejeito de minério, responsabili-
Outro tópico sempre atual, principal- dade da Agência Nacional de Mineração.

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História Geral
Acontecimentos que mostram a trajetória do
homem no mundo com o passar do tempo

A ciência que estuda as ações dos huma- aplicado em calendários - normalmente ba-
nos no tempo e espaço ajuda a compreender seados no ciclo solar. Tempo histórico é rela-
as transformações que ocorreram e quais in- cionado às mudanças que ocorrem na socie-
fluências ou reflexos causaram em nossa dade, independente do tempo cronológico.
atualidade. Estudar o passado é uma busca A linha do tempo a seguir traz os principais
para o entendimento do presente. acontecimentos de história geral em ordem
O tempo é usado para situar os fatos e cronológica enfatizando períodos em que
contextualizá-los. Tempo cronológico é são divididos.

Pré-história Tempos históricos


a.C. Jesus d.C.

3500 476 1453 1789

Pré-História Antiguidade Idade Média Idade Moderna Idade Contemporânea


Paleolítico Oriental: Bárbaros Mercantilismo Napoleão
Neolítico Egípcios Igreja Católica Expansão Marítima Independência da
Idade dos Metais Mesopotâmicos Império dos América América Espanhola
Escrita

Revolução
Constantinopla
de Roma

Francesa

Hebreus Francos Renascimento União Alemanha


Queda

Queda de

Fenícios Islamismo Reforma e Itália


Persas Império Bizantino Protestante Socialismo
Clássica: Feudalismo Absolutismo Imperialismo
Gregos Cruzadas Iluminismo 1ª Guerra Mundial
Romanos Independência EUA Revolução Russa
Revolução Francesa 2ª Guerra Mundial
Revolução Industrial Guerra Fria
Capitalismo

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Pré-História maduras, ferramentas e outros objetos che-
gando ao aprimoramento com o ferro.

Corresponde ao período de cerca de 3,6


a 4 milhões de anos - datas ainda em dis- Antiguidade
cussão - finalizando com o surgimento da
escrita. Antiguidade uu História Antiga é o perí-
Origem do homem: de debate entre a re- odo que compreende a invenção da escrita
ligião (Criacionismo da igreja, onde o ser hu- (4 mil a.C.) até a queda do Império Romano
mano foi criado por um ser divino) e a ciência (476 d.C.). Tão grande trecho da história in-
(Evolucionismo de Charles Darwin, onde o clui a formação de muitas civilizações im-
ser humano evoluiu de outras espécies ani- portantes. Começamos pela Antiguidade
mais), a história concentra-se na ideia de Oriental do Crescente Fértil.
evolução humana e não sobre a incógnita e
crença de sua origem.
Imagem
Paleolítico: primeiro período (idade da
Pedra Lascada) - de 4 milhões a 10 mil anos -
em que os humanos eram nômades (se des-
locavam em busca de alimentos) e caçavam
com utensílios de lascas de pedras (cortan-
tes). Abrigavam-se em cabanas rusticas de
galhos e folhas ou cavernas, reproduzindo
cenas do cotidiano com pinturas nas paredes
(arte rupestre). Egípcios: localizados no nordeste da
Neolítico: segundo período (idade da Pe- África, desenvolveram-se às margens do
dra Polida) - de 10 mil anos a 5 mil anos - os rio Nilo. As enchentes desse rio proporcio-
humanos passaram a ser sedentários (mo- navam terras férteis propícias para a agri-
ravam em um só lugar formando aldeias e cultura (algodão, linho, trigo) e pesca. O
comunidades) e desenvolveram a agricul- excedente de produção era comercializa-
tura e a criação de animais. A descoberta do nos desertos até o Mar Mediterrâneo.
do fogo teve importante papel nessa época Quando não havia mais trabalho, os cam-
para aquecer-se do frio, afastar animais sel- poneses trabalhavam para o faraó - sobe-
vagens, iluminar, cozinhar alimentos, cozer o rano sagrado - em obras públicas, canais de
barro (cerâmica) e fundir metais. O conjunto irrigação e templos. O faraó exercia poder
dessas mudanças culturais, sociais, econô- político-religioso, tudo girava em torno da
micas e políticas foi denominado Revolução religião (politeísta) que acreditava na vida
Agrícola. após a morte, resultando em megaconstru-
Idade dos Metais: terceiro período - de 6 ções de pirâmides e outros templos em que
mil a 4 mil a.C. - os humanos deram os pri- o faraó (mumificado) e seus ricos pertences
meiros passos para a metalurgia, inicialmen- eram confinados para a outra parte da vida
te com o cobre (martelado a frio), depois fun- (pós-morte). A civilização deixou importan-
dindo (fogo) e moldado (fôrmas de cerâmica te legado: na escrita, na ciência (aritmética,
e pedra) a liga de cobre e estanho (bronze). astronomia, medicina e química) e nas artes
Desencadeou a fabricação de espadas, ar- (arquitetura, escultura e pintura).

Enem | Geografia e História 25


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Mesopotâmicos: uma estreita faixa de
terra entre os rios Tigre e Eufrates formou
as civilizações mesopotâmicas: sumérios, Imagem
babilônios, hititas, assírios, caldeus. Tam-
bém politeístas, eram divididos em várias
cidades-estado com governos próprios e
seu próprio rei religioso que protegia e regia
a economia através da agricultura e comér-
cio. Desenvolveram a irrigação, tecelagem,
fabricação de armas, joias entre outros.
Hebreus: também chamados de israeli- Gregos: chamados de helenos em seu
tas ou judeus, habitavam as margens do rio território (Hélade), posteriormente de gre-
Jordão. Monoteístas (judaísmo: Jeová), dei- gos (na Grécia) pelos romanos. Preocupa-
xaram registros que influenciaram o atu- vam-se com o ser humano desenvolvendo
al cristianismo e o islamismo. Essa região a filosofia, democracia e valorizando a his-
(Canaã, Israel ou Palestina) foi liderada por tória. Entre 2 mil e 900 a.C. (Pré-Homérico)
Patriarcas (Abraão, Moisés), Juízes (Josué) e aqueus, jônios, eólios e dórios povoaram a
Reis (Saul, Davi, Salomão) terminando inva- Grécia formando as civilizações micênica e
dida por diversos povos (Assírios, Babilônios, minóica. Entre 900 e 700 a.C., o período do
Romanos). Os conflitos nessa região (Terra poeta Homérico narra Ilíada (guerra Gré-
Santa onde nasceu Jesus) se estendem até cia e Tróia) e Odisseia (retorno de Ulisses)
hoje. marcando fase em que as grandes famílias
Fenícios: por volta de 3 mil a.C., na cos- eram a base. Surgindo as cidades-estado ou
ta oriental do Mar Mediterrâneo - principal
rota comercial - desenvolveram a navega- pólis (Atenas, Esparta, Tebas, Corinto) com
ção, construção naval, astronomia, produ- organização social e política próprias, gera-
ção têxtil e metalurgia. Politeístas, eram ram desenvolvimento estratégico, religioso
governados por um rei, mas era dividido em e comercial. No período Arcaico, entre 700 e
cidades-estado independentes (Biblos, Tiro,
Sídon). 500 a.C., o aumento populacional e o poder
Persas: atingiram seus maiores domínios na mão da aristocracia fez a política passar
em 550 a.C. com a fundação do Império Per- por várias transições até surgir a democra-
sa por Ciro que agrupou a Ásia Menor e toda cia. Surgiram então os Legisladores ate-
a Mesopotâmia; Cambises que conquistou o nienses - Drácon e Sólon - que criaram leis
Egito; Dario I que dominou a Ásia e parte da para limitar poderes resultando no apogeu
Europa. Acabaram derrotados em 330 a.C. da democracia com Péricles. Considerando
por Alexandre, o Grande. Desenvolveram cidadãos (menos crianças, escravos, mu-
reforma administrativa: a grande extensão lheres e estrangeiros) limitada parte da po-
foi dividida em Satrápias e os povos eram pulação (grupos de elite), podiam votar em
obrigados a pagar impostos garantindo o leis ou assuntos de forma direta (e não re-
desenvolvimento da economia baseada no presentativa como hoje). No período Clássi-
comércio das cidades englobadas. Zoroas- co, entre 500 e 338 a.C., Atenas se tornou a
tro marcou a religião criando um dualismo cidade-estado mais importante: venceu os
religioso entre o bem (Ormuz) e o mal (Ari- persas (Guerras Médicas), valorizava o ho-
mã). mem completo (físico, intelecto e artístico)
Na Antiguidade Clássica temos: e reuniu outras cidades formando a Liga de

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Delos. Esparta não concordava com a lide- râneo nas Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.)
rança e reuniu outras cidades formando a e concentrou grande número de escravos
Liga do Peloponeso. O caráter de formação gerando desequilíbrio econômico e social.
espartano era militar: valorizava o homem Lutas políticas se sucederam até o governo
de Triunviratos (três governadores: Crasso,
com perfeição física, coragem e disciplina
Pompeu e Júlio César). Quando Crasso mor-
para ganhar guerras. Com a Guerra do Pe-
reu, Pompeu e César disputaram o poder e
loponeso (contra Liga Delos), Esparta saiu este último tornou-se ditador perpétuo de
vitoriosa e a Grécia continuou com lutas in- Roma, diminuindo o poder do senado. César
ternas facilitando para o rei da Macedônia assassinado, o 2º Triunvirato (Lépido, Otávio
(Felipe) conquistar tudo e seu filho (Alexan- e Marco Antônio) seguiu com disputas. Lépi-
dre Magno, o Grande) estender o império do afastado, Otávio vence Marco Antônio e
até a Índia. Tamanha conquista serviu para foi proclamado imperador de Roma. Neste
difundir a cultura grega para todo o oriente, período Imperial, 27 a.C. a 476 d.C. dividiu-
-se em Alto Império (Augusto, Calígula,
entre 338 e 30 a.C., conhecido como período
Nero, Tito, Marco Aurélio, Cômodus) em que
Helenístico.
os cristãos foram duramente perseguidos
por recusarem o culto aos deuses oficiais
e ao imperador. Constantino deu liberda-
Imagem de de culto aos cristãos (Édito de Milão) e
Teodósio proibiu cultos pagãos tornando o
cristianismo oficial em Roma. No Baixo Im-
pério (declínio), foi dividido em Ocidental
(Roma) e Oriental (Constantinopla). Com os
altos gastos militares em manter a extensa
divisa, altos impostos, corrupção, falta no
fornecimento de escravos (fim das guerras
de expansão) entre outros fatores fizeram
com que os povos bárbaros (não romanos)
migrassem para Roma (Ocidental) e der-
Romanos: entre 753 e 509 a.C., Roma foi rubasse o Império. Romanos deixaram rica
dominada pelos etruscos e marcada pela herança na literatura, arquitetura, escultu-
Monarquia e política do Pão e Circo: dis- ra, direito e atividade militar para a huma-
traiam o povo com comida e diversão. Os reis
nidade.
construíam templos, esgotos e drenavam
pântanos. A sociedade dividia-se entre pa-
trícios (proprietários de terras), plebeus (po- Idade Média
pulação de agricultores, artesãos, pastores
e comerciantes) e escravos (os mais fortes: Ou História Medieval é o período de qua-
gladiadores). Entre 509 e 25 a.C. o período se 1000 anos que compreende a queda do
Republicano foi governado por dois côn- Império Romano Ocidental (476 d.C.) até a
sules auxiliados por senadores. Os patrícios queda de Constantinopla (1453 d.C.). Esse
continuavam comandando as instituições e
período - embora denominado de Idade das
a luta com os plebeus por quase dois sécu-
Trevas pelo medo geral e baixo desenvol-
los resultou em leis: das Doze Tábuas (di-
reitos e deveres dos plebeus) e da Canuléia vimento cultural (doenças, pobreza, violên-
(casamento entre patrícios e plebeus com cia, poder da igreja) - foi importante pelas
cargos políticos). Roma conquistou toda invenções, desenvolvimento agrário e re-
península itálica, disputou o Mar Mediter- nascimento comercial.

Enem | Geografia e História 27


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Bárbaros: não romanos que viviam além Islamismo: religião monoteísta fundada
do império romano e não falavam latim pelo profeta Maomé em 610 d.C., que reuniu
eram também chamados povos germânicos seus ensinamentos no Alcorão, tornando-se
que viviam em torno do rio Reno (Germâ- muito difundido entre as tribos árabes que
nia). No início, romanos e bárbaros viviam viviam desde a Ásia até a África. Orar cinco
vezes ao dia, jejuar, fazer caridade, ir à Meca
pacificamente (até se casavam) durante
(cidade santa dos muçulmanos) ao menos
três séculos. Com a invasão e destruição de uma vez na vida e fazer a guerra santa (con-
Roma (Império Romano Ocidental) passa- tra os infiéis de todo o mundo) são alguns dos
ram a criar reinos independentes no territó- preceitos que o adepto deve seguir. Os tem-
rio romano entre os séculos V e VI (anglos, plos são chamados de Mesquita. A expansão
saxões, lombardos, suevos, burgúndios, ocorreu após a morte de Maomé (632 d.C.)
vândalos, ostrogodos, visigodos, francos). onde os califas (chefes político-religiosos
Igreja Católica: teve grande poder du- considerados sucessores de Maomé) coor-
rante essa época, possuía dois terços da denavam ataques aos povos politeístas im-
plantando a nova religião islâmica. O império
terra na Europa. Dirigida pelos papas e bis-
islâmico durou quase duzentos anos graças à
pos, formavam enormes feudos através
religião e à língua árabe. Declinou a partir do
de mosteiros e abadias que mais pareciam século VIII com a retomada cristã, desenten-
uma cidade com importante papel religioso: dimentos políticos com o governo central,
converter o povo germânico ao cristianis- ambição e rivalidade dos califas e conquista
mo; econômico: desenvolvimento agríco- dos turcos no Oriente Médio.
la; cultural: conservação do conhecimento Império Bizantino: após a crise no Oci-
(bibliotecas). Depois das Cruzadas, a igreja dente (Roma), a parte Oriental (Constanti-
enfraquecida buscou formas violentas de nopla - hoje Istambul na Turquia) e seu im-
reagir e dominar por meio da Inquisição: um perador Constantino manteve viva a cultura
e as tradições romanas durante muito tem-
tribunal religioso que julgava e condenava
po: Império Bizantino ou Império Romano do
os hereges (que tinham dogmas ou costu- Oriente. Tinha seu caráter urbano (estável e
mes estranhos ao catolicismo, heresia) a rico) fabricando artigos de luxo, construindo
queimarem em fogueiras. imponentes edifícios públicos e estabilizan-
Império dos Francos: reinado de grande do sua moeda (ouro bizantino). A sociedade
duração e forte ligação com a igreja católi- era uma hierarquia: imperador, nobreza (as-
ca, instituído em 496 d.C. com o rei cristão sessores do rei), aristocracia (comerciantes,
Clóvis. Foi dividido em duas dinastias (Me- banqueiros, grandes proprietários de terra),
rovíngia e Carolíngia) em que Carlos Martel servos (ligados à terra onde nasciam) e es-
cravos. Fortemente dirigida pelo cristianis-
(Merovíngio) venceu os árabes na Batalha
mo - herdado de Roma - exercia atividades
de Poitiers impedindo a invasão muçulmana
(rituais) em tudo na vida dos bizantinos:
na Europa e Carlos Magno (Carolíngio) sen- festejos, arquitetura, atividades cotidianas,
do o mais famoso rei franco que conquistou pinturas e esculturas, etc. O império teve
terras na Europa Ocidental e Oriental. Divi- seu auge com Justiniano, entre 527 e 565
diu as regiões em condados administrados
d.C. reconquistando a maior parte da antiga
pelos condes e fiscalizados pelos missi do-
parte Ocidental (Roma). Após sua morte co-
minici. Essa situação provocou a ruralização
da Europa e a concentração de poder nas meçou o declínio com a alta dos impostos,
mãos dos senhores da terra, posteriormen- invasões árabes até ser tomado pelo sultão
te, determinante para o surgimento do Feu- Maomé II em 1453 conquistando Constanti-
dalismo. nopla e marcando o fim da Idade Média.

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ríodo entre 1453 (século XV, queda de Cons-
tantinopla) até 1789 (Século XVIII, Revolução
Francesa). Esse período foi marcado como
uma época de transição em que o comér-
cio foi priorizado e, aos poucos, substituindo
o modo de produção feudal (troca agrária)
pelo capitalismo (dinheiro). Profundas trans-
formações sociais e culturais também ocor-
reram nessa época: crenças, formas de tra-
balho, grupos sociais, formas de poder, visão
Feudalismo: sistema político-social-eco- do mundo.
nômico em que um proprietário de grande Mercantilismo: conjunto de práticas
extensão de terra (senhor feudal ou susera- econômicas pelo rei absolutista, buscando
no) concedia parte de suas terras a um nobre desenvolvimento através do acúmulo de
riquezas. Conquistar novas terras (colônias)
(vassalo) estabelecendo um vínculo de prote-
era sinônimo de riqueza, assim como acu-
ção e servidão. Abaixo dos vassalos estavam
mular metais preciosos como ouro e prata
os camponeses (servos) que trabalhavam na (metalismo) além de manter a balança co-
unidade de produção (feudo) recebendo em mercial favorável (importação e exporta-
troca moradia e proteção. Formou-se assim ção) através do controle de impostos e de
a sociedade com papéis definidos: clero - re- taxas alfandegárias (intervenção do estado
zar e assegurar salvação; nobreza - lutar para e protecionismo).
defender a população; camponeses - tra- Expansão marítima: a partir do século
balhar para sustentar a todos. Bom lembrar XV um dos fatores que levaram o Ocidente a
que nesta época 90% da população vivia no lançar suas embarcações no tenebroso oce-
ano Atlântico foi a conquista de novas terras
campo e a igreja católica detinha dois terços
(colônias): base do mercantilismo europeu.
das terras medievais. O declínio do feudalis- A busca por especiarias caras (cravo, canela,
mo ocorreu com o renascimento comercial e pimenta-do-reino) era cada vez mais cons-
urbano (Baixa Idade Média) motivado princi- tante e ajudou no avanço de alguns inven-
palmente pelas Cruzadas. tos como a bússola, a caravela e o astrolá-
Cruzadas: foram movimentos militares bio. Portugal e Espanha foram pioneiros nas
da Europa para livrar a Terra Santa e Jerusa- navegações pelo Atlântico sendo que am-
lém das mãos dos muçulmanos. Cerca de 200 bos chegaram na América (Novo Mundo):
anos com oito cruzadas, os voluntários usa- 1492 - Cristóvão Colombo (Espanha) e 1500
- Pedro Álvares Cabral (Portugal).
vam o artifício da guerra religiosa para fugir
América: na disputa entre Portugal, Es-
da pobreza, buscar aventuras, trabalho ou
panha, França e Inglaterra por novas ter-
fortuna que não havia em suas terras. Ape- ras, todos chegaram à América formando
sar de não cumprir seu objetivo, provocou in- colônias: na América do Norte, França, Es-
tensas mudanças como a reabertura do Mar panha e Inglaterra; na América do Sul, Por-
Mediterrâneo à navegação, ressurgimento do tugal e Espanha. Estipulados os limites pelo
comércio europeu e a crise do feudalismo. Tradado de Tordesilhas (1494), a colônia de
povoamento (norte) tinha o trabalho livre,
policultura (clima temperado e mercado
Idade Moderna interno) e liberdade econômica para se de-
senvolver. Na colônia de exploração (sul)
Ou Tempos Modernos, compreende o pe- havia o trabalho escravo negro, monocul-

Enem | Geografia e História 29


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tura (clima subtropical e mercado externo) e Contra-Reforma com o Concílio de Trento
dependência da metrópole. Na América do (livros proibidos), o Tribunal da Inquisição
Norte (hoje, EUA) houve ainda a divisão das (prática de tortura e morte aos hereges) e a
Treze Colônias pelo Pacto Colonial (norte, Companhia de Jesus (jesuítas convertendo
centro e sul) sendo que a parte sul foi colô- outros povos).
nia de exploração. Eram administradas pelo Absolutismo: prática política europeia a
centro político da Inglaterra. partir do século XV com poder total na mão
Renascimento: movimento cultural de dos reis. Após a Idade Média existia uma só
resgate ao pensamento greco-romano por língua e moeda beneficiando burgueses e
considerar um conhecimento mais amplo reis no comércio. As monarquias nacionais
da vida. Foi marcado pelo humanismo ou (países) praticavam o mercantilismo bus-
antropocentrismo (homem como centro cando desenvolvimento econômico através
das atenções), hedonismo (prazer), indivi- do acúmulo de riquezas. O marketing políti-
dualismo (liberdade do indivíduo) e racio- co se difundia por meio dos teóricos pensa-
nalismo (experimentação e observação da dores (Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes,
natureza). Essas características iam contra Jean Bodin, Jacques Bossuet) que conven-
os valores medievais que geralmente eram ciam o povo (entre outras ideias) de que o
baseados na fé de algum deus negando os poder do rei era de origem divina, sendo as-
desejos humanos. Destacaram-se na litera- sim pecado desobedecê-lo.
tura e filosofia: Erasmo de Roterdã, Michel Iluminismo: movimento intelectual do
de Montaigne, William Shakespeare, Miguel século XVII na Europa que defendia o uso
de Cervantes e Nicolau Maquiavel. Na pin- da razão para promover mudanças. O An-
tura destacaram-se Leonardo da Vinci, Mi- tigo Regime, com sua sociedade estamen-
chelângelo e Botticelli. A Itália foi o berço do tal (1º - Clero, 2º - Nobreza, 3º - Burguesia,
Renascimento devido à herança direta do camponeses e operários) em que somente
Império Romano e forte desenvolvimento os dois primeiros tinham privilégios e direi-
econômico que financiava os artistas (me- tos políticos era criticado pelos iluministas
cenato ou patrocínio) durante os séculos XV que tinham o pensamento de "duvidar e
e XVI. refletir". John Locke, Montesquieu, Voltaire,
Reforma Protestante: movimento cris- Rousseau e Diderot defendiam o liberalismo
tão do século XVI (Alemanha) que propunha (contra o absolutismo) com a igualdade de
uma reforma no catolicismo, abalado pelas todos, limitação do poder, liberdade de ex-
transformações econômicas e culturais. Os pressão, livre mercado, ideias republicanas,
abusos e luxo da igreja que pregava ideias constitucionais e direito ao voto. O iluminis-
contrárias à que praticava (pecado do lucro, mo influenciou a Revolução Francesa, Inde-
venda de indulgências/perdões) prejudica- pendência dos Estados Unidos e a Inconfi-
vam especialmente a burguesia, que esta- dência Mineira no Brasil.
va em ascensão. Esse conjunto instalou as Independência dos EUA: colonizada pe-
reformas Luterana (Alemanha, Martinho los puritanos ingleses ao norte, em minoria,
Lutero, contra a venda de indulgências em esta elite era antenada com o que ocorria
nome do Papa), Calvinista (Suíça, João Cal- na Europa (iluminismo) e inspiraram refor-
vino encorajava o trabalho e o lucro como mas entre os colonos. A disputa de terras
sinais divinos e salvação da alma. Hugue- entre Norte (colônia de povoamento) e Sul
notes, na França; puritanos na Inglaterra e (colônia de exploração) gerou a Guerra dos
presbiterianos, na Escócia) e Anglicana (In- Sete Anos (Inglaterra e França) em que a
glaterra, rei Henrique VII brigou com o papa Inglaterra vitoriosa aumentou os impostos
e separou a igreja da Inglaterra de Roma (através de leis) desagradando os colonos
causando a migração dos puritanos para a que passaram a lutar por sua independên-
América). Para combater os protestantes: cia, concluída em 4 de julho por Thomas

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Jefferson. George Washington foi o coman- Entretanto girondinos retomaram o controle
dante (com apoio militar da França e Espa- da revolução e em 1794 Robespierre foi para
nha) da tropa contra os ingleses decidindo a guilhotina. Em 1975 foi criado o Diretório
a vitória dos colonos. Formou-se então os com cinco membros de poder executivo e a
Estados Unidos da América com republica- França imersa em corrupção, fome, ataques
nos (autonomia para os estados) e federa- internos e externos. A burguesia articulou
listas (poder central) em que se equilibrou manobra para um jovem general, influente e
as tendências com a Constituição de 1787 poderoso, governar a França: Napoleão Bo-
estabelecendo os três poderes (Executivo, naparte.
Legislativo e Judiciário, do iluminismo) e a
autonomia regional. George Washington se
tornou o primeiro presidente (federalista) e
todo esse movimento inspirou a Revolução
Francesa na Europa, independência das co-
lônias espanholas e do Brasil.
Revolução Francesa: conjunto de eventos
que alterou a política, economia e sociedade
da França de 1789 a 1799. Regida pelos pen-
samentos iluministas, rompeu com o Antigo
Regime iniciando a Idade Contemporânea
com reformas em vários outros países e a in- Revolução Industrial: conjunto de mu-
dependência das colônias. Luís XV convocou danças tecnológicas com forte impacto na
a Assembleia dos Estados Gerais para tentar economia e nas relações de trabalho e pro-
fazer o clero e a nobreza pagar impostos. dução. Implantou o sistema capitalista. A
Sem conseguir o concílio, a burguesia exigiu expansão do comércio, acúmulo de capital
a criação de uma constituição movimentan- (burguesia), crescimento do mercado consu-
do o povo para a Tomada da Bastilha (prisão midor exigiu novos produtos e desencadeou
política da monarquia). Com a Assembleia interesses por novas descobertas (ciência
Nacional Constituinte (1789) criou-se uma tecnológica). A produção passou da fase
constituição que aboliu o regime feudal, a artesanal (uma pessoa) para a manufatura
sociedade estamental e separou igreja e Es- (várias pessoas) e mais tarde para a meca-
tado. A burguesia se dividia em girondinos nização (máquinas) no decorrer da história.
(alta burguesia) e jacobinos (pequena e mé- A 1ª Revolução Industrial (Inglaterra, 1750)
dia burguesia) que logo tiveram o controle foi marcada pelo uso do carvão, do ferro
da França. O fato de girondinos sentarem à e da máquina a vapor estreitando frontei-
direita e os jacobinos à esquerda nas assem- ras com as ferrovias e instalando indústrias
bleias originou os termos políticos "de es- em outros países como Estados Unidos, Ja-
querda" e "de direita". Convenção Nacional pão, França, Alemanha, Bélgica e outros (2ª
era o nome das assembleias para decretar Revolução Industrial), desta vez com o aço
o fim da monarquia e promover mudanças e derivados do petróleo (química). O surgi-
como abolição dos escravos, ensino primário mento das fábricas foi um verdadeiro sím-
e obrigatório, entre outras. A luta de interes- bolo onde substituiu o trabalhador artesanal
ses entre alta e média burguesia desenca- e aumentou o tamanho da produção princi-
deou o Terror em que a violência em "elimi- palmente metalurgia e têxtil. Houve então a
nar opositores" matou aproximadamente 45 evolução nos meios de transporte e comu-
mil pessoas com perseguições, julgamentos nicação, maior divisão do trabalho, concen-
e execuções (assassinatos e guilhotina). Luís tração de população urbana (êxodo rural),
XV e esposa foram para a guilhotina em 1793 novas classes sociais (burguesia industrial e
(liderança jacobina com o líder Robespierre). proletariado/trabalhadores) além da expan-

Enem | Geografia e História 31


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são do colonialismo em busca de matéria- rubou o Diretório que o elegeu, criou o Ban-
-prima e novos mercados consumidores pelo co da França, censurou a imprensa, estreitou
mundo. Com o proletariado cada vez mais relações com a igreja católica, instituiu o Có-
numeroso, refletiu em excessiva mão-de- digo Civil Napoleônico com direitos de casa-
-obra disponível, baixos salários, péssimas mento civil, à liberdade individual e igualda-
condições com muitas horas trabalhadas e
de perante a lei. Entretanto, proibiu greves e
desemprego acarretando em movimentos
operários e sindicalistas dessa desigualdade paralisações sindicais. Na fase Império, Na-
e vários pensamentos opositores ao libe- poleão se tornou imperador da França (1804
ralismo econômico. O Ludismo e Cartismo a 1815) e conquistou grande parte da Europa
surgiram na Inglaterra contra os avanços da e levantou monumentos de exaltação como
máquina e o direito do voto. Perderam força o Arco do Triunfo. Quando invadiu a Ingla-
com os sindicatos e suas greves. O Anarquis- terra em 1805 foi derrotado pela marinha
mo defendia qualquer forma de autoridade, (superior) e decretou o Bloqueio Continental
forma do capitalismo, propriedade privada que ordenava a todos os países a fecharem
e do Estado. O Socialismo (Científico) apa-
seus portos para os produtos industriais in-
receu na Alemanha no século XIX com Karl
gleses para enfraquecer a economia. Por-
Marx. Ao contrário do Socialismo Utópico
não se preocupavam em imaginar a socie- tugal desobedeceu ao bloqueio e, temendo
dade ideal. A ideia era de que o capitalismo ser atacado, o rei D. João VI e família fugiram
seria substituído pelo socialismo (à medida para o Brasil. A Rússia também desobedeceu
que os trabalhadores percebessem a explo- ao bloqueio e foi invadida em 1812, entre-
ração) e este seria uma etapa intermediária tanto com o forte inverno e a estratégia de
para o comunismo: a sociedade não estaria terra arrasada (sem água e mantimentos) o
mais dividida em classes com uma completa exército napoleônico foi derrotado levando
igualdade entre os humanos. Influenciaram o imperador (entre outros conflitos) a abdi-
a Revolução Russa.
car do trono em 1814 sendo exilado na ilha
Capitalismo: sistema sócioeconômico que
surgiu com o fim do Feudalismo em que os de Elba (Itália). Napoleão surpreendeu os ini-
meios de produção e o capital (dinheiro) são migos fugindo da ilha (1815) e conseguiu re-
de propriedade privada (donos, burgueses). tomar o poder no Governo dos 100 dias em
Os trabalhadores (proletariado ou população) que foi definitivamente derrotado na Bata-
vendem sua força de trabalho em troca de sa- lha de Waterloo (ingleses e prussianos). Com
lários, sistema esse, usado até hoje. o Congresso de Viena (Áustria, 1815) foram
devolvidos os territórios conquistados pela
França e restauradas as monarquias criando
Idade Contemporânea o exército da Santa Aliança para impedir ma-
nifestações contra o Antigo Regime.
É o período atual de nossa história desde Independência da América Espanhola:
a Revolução Francesa que se abrange para desde a colonização as práticas de explo-
nosso período com reflexos muito presen- ração faziam surgir ideias de independên-
tes como o capitalismo e as disputas das cia política (junto ao iluminismo). Os criollos
eram uma elite (filhos de espanhóis nascidos
grandes potências por territórios, matérias-
na América) que tinham esse ideal da Revo-
-primas e mercados consumidores. lução Francesa para assumir o governo. Fo-
Napoleão: com a indicação dos burgue- ram organizados a Nova Espanha, Nova Gra-
ses, a França foi governada por Napoleão em nada, Peru e Rio da Prata (vice-reinos) além
três fases: Consulado (1799 a 1804) onde der- das capitanias gerais: Guatemala, Cuba, Ve-

32 EdiCase Publicações
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nezuela e Chile. Tiveram independência no cer as indústrias pós Revolução Francesa além
começo do século XIX, porém, com carac- de novos mercados consumidores e mão-de-
terísticas diferentes. No México (Nova Espa- -obra barata, as potências (Inglaterra, Fran-
nha), a independência da Espanha veio pelo ça, Bélgica, Alemanha, Itália, Rússia e Japão)
criollo Agustin Iturbide (1821) defendendo a recorreram à África e Ásia. O Neocolonialismo
elite burguesa. Na América Central, as colô- com a Missão Civilizadora em que a vanta-
nias seguiram o exemplo mexicano e a Con- gem econômica era: os povos mais evoluídos
federação das Províncias Unidas da América (ricos) exploravam os menos evoluídos (po-
Central desmembrou em 1838: Nicarágua, bres). A disputa pelas terras na África foi um
Guatemala, Honduras, El Salvador e Costa dos motivos da 1ª Guerra Mundial.
Rica; em 1844, independência da República 1ª Guerra Mundial: entre 1914 e 1918, vá-
Dominicana. O Haiti foi o primeiro em 1804 rias causas levaram à guerra entre a Tríplice
(primeira república negra). Na América do Sul Aliança (Áustria-Hungria, Alemanha e Itá-
ocorreu através de movimentos de San Mar- lia) e a Tríplice Entente (Rússia, Inglaterra e
tin e Simón Bolivar. San Martin participou da França). O clima de tensão da ultranaciona-
independência Chile, Peru e Argentina. Simón lidade (após tantas invasões e separações), a
Bolívar contribuiu para a independência da corrida armamentista (fabricação de armas),
Colômbia, Venezuela e Equador. o imperialismo e seus interesses em territó-
União Alemanha e Itália: esses dois ti- rios entre outros. Na 1ª etapa (1914) grandes
nham seus territórios divididos em várias exércitos ganhavam e eram derrotados mos-
monarquias e precisava criar estados fortes trando equilíbrio entre as forças. Na 2ª etapa
com a unificação dos territórios com interes- (1915 e 1916) o equilíbrio resultou em guerra
se econômico pelos burgueses. A Itália ainda de trincheiras, disputados palmo a palmo até
sofria com dominação da Áustria e guerreou que a Itália rompeu com a Alemanha e foi
com o apoio da França (Napoleão) saindo para o lado da França e Inglaterra. Na 3ª eta-
vitoriosa. Aos poucos, várias regiões foram pa (1917 e 1918) a Rússia saiu da guerra devido
se unificando (ao norte, Piemonte) tornando à instalação do regime socialista pela Revo-
Roma a capital (1870). A igreja teve grandes lução Russa e os Estados Unidos entrou para
perdas, domínio e influência sendo indeni- a Tríplice Entente. Derrotadas, a Áustria-
zada por Benito Mussolini com a Praça de -Hungria e Alemanha assinaram o armistício
São Pedro em 1929 (Vaticano, em Roma). A ou acordo pelo fim da guerra. Pelo Tratado
Alemanha tinha a confederação Germânica de Versalhes a Alemanha foi responsabiliza-
(estados) e a reunificação foi liderada pela da e teve que ceder territórios além de pagar
Prússia que tentou reunir uma associação indenização aos vencedores. Enquanto isso
econômica sendo negada pela Áustria. Prús- EUA lucrava com os juros de empréstimos
sia vence a Áustria em guerra conquistando aos países devastados tornando-se a nova
os territórios do norte. Para os territórios do potência mundial.
sul, teve que guerrear com a França. Na cha- Revolução Russa: revolução que insta-
mada guerra franco-prussiana, os franceses lou o socialismo (científico) de Karl Marx em
foram derrotados e Guilherme I (rei da Prús- 1917. Antes dessa data a Rússia era governada
sia) foi o imperador da Alemanha (império por um imperador (Czar) e tinha a sociedade
alemão ou Reich). Pelo Tratado de Frankfurt, predominante agrícola numa pirâmide: fa-
a França teve que devolver a província de Al- mília imperial, governantes, clero, militares,
sácia-Lorena (rica em ferro e carvão) que foi burgueses, camponeses e operários. Como a
um dos motivos da 1ª Guerra Mundial. maioria vivia em condições de pobreza, o des-
Imperialismo: movimento de expansão contentamento se agravou com a entrada na
territorial, cultural e econômico das nações 1ª Guerra Mundial aumentando a crise econô-
europeias a partir do século XIX. Estimulada mica contra o imperialismo. O czar Nicolau II
pela busca de matérias-primas para abaste- saiu do governo para a guerra e acabou ab-

Enem | Geografia e História 33


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dicando. Sob protestos, surgiram os partidos a bomba atômica de Hiroxima e Nagasaki
democráticos, os mencheviques e bolche- fez o Japão assinar sua rendição. Alemanha
viques sendo este último responsável pelas já havia se rendido e Hitler cometeu suicídio.
ideias de confiscar grandes propriedades de Essa guerra mostrou duas novas potências
terra e do controle operário das fábricas. Com (quebrando a superioridade europeia): EUA
liderança de Lenin, uma série de mudanças e Japão; acabou com o imperialismo e mar-
ocorreu implantando, aos poucos, o mode- cou início da era atômica. A Organização das
lo do regime socialista. Formou a União das Nações Unidas (ONU) foi criada para resolver
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Com conflitos.
a morte de Lenin, Stalin e Trotski disputaram Guerra Fria: terminada a 2ª Guerra, o mun-
o poder. Stalin queria fortalecer o socialismo do se dividiu em torno da União Soviética (so-
para depois exportá-lo. Trotski achava que cialismo ou comunismo) e Estados Unidos
o socialismo não poderia viver isolado, tinha (capitalista). A Guerra Fria foi uma disputa si-
que ocorrer em todo o mundo. Stalin ganhou lenciosa (fria), pois não houve conflito direto
a disputa e governou como uma ditadura im- entre as potências. Novamente EUA financia
placável e transformou a União Soviética em a reconstrução da Europa (capitalista, com
uma potência industrial, usava a violência o Plano Marshall) para conter o avanço do
para forçar a coletivização da terra. socialismo e alianças políticas foram criadas
2ª Guerra Mundial: ocorreu de 1939 a 1945 dos dois lados: OTAN (capitalista) e COMECON
quando o Tratado de Versalhes (1ª Guerra (socialista). Ambas com espionagem: CIA (ca-
Mundial) incomodava muito povo alemão. pitalista) e KGB (socialista). A própria Alema-
Hitler e seu movimento nazista idealizava a nha ficou dividida pelo muro de Berlin entre
conquista de novos territórios através de um o capitalismo e socialismo. Para demonstrar
plano de expansão. Com a Áustria anexada poderio, as duas potências desenvolveram
(1938), o estopim veio em setembro de 1939 armamentos (corrida armamentista) e tec-
quando invadiu a Polônia. Inglaterra e França, nologia (corrida espacial). A Guerra da Coreia
aliadas da Polônia declararam guerra à Ale- e do Vietnã, novamente de socialismo contra
manha. Instalada a 2ª Guerra Mundial, a Itália capitalismo, só aumentou no mundo os pro-
e o Japão que tinham fortes ligações impe- testos contra guerras. A partir de 1950, movi-
rialistas se uniram na guerra. Inglaterra per- mentos sociais jovens defendiam a liberdade e
deu o apoio da França quando invadida pelos igualdade ocorrendo o mesmo na defesa dos
nazistas e os Estados Unidos entrou quando direitos iguais entre brancos e negros. O socia-
a base americana de Pearl Harbor foi atacada lismo entrou em crise e o muro de Berlim foi
(1941). Hitler rompeu o pacto de não-agres- derrubado em 1989 marcando o reflexo dessa
são à União Soviética, formando assim o Eixo crise. União Soviética acelerou o fim do socia-
(Alemanha, Itália e Japão) contra os Aliados lismo com reformas econômicas (perestroika)
(Inglaterra, Estados Unidos e União Soviéti- e acordos com EUA. Em 1991 o socialismo (e a
ca). Em pouco tempo a Alemanha conquistou Guerra Fria) chegou ao fim tornando vitorioso
Bélgica, Holanda, Noruega, Dinamarca e, em o capitalismo.
1940, a França. Não teve sucesso ao atacar a
Inglaterra, portanto concentrou-se na União
Soviética. No oceano Pacífico as batalhas en-
volviam Japão e Estados Unidos em ataques
aéreos e porta-aviões nas inúmeras ilhas.
Após três batalhas (Stalingrado na União So-
viética, El Alamein no Egito e Midway no pací-
fico) mostrarem que os exércitos do Eixo não
eram indestrutíveis, em 1944 (Dia D) os Aliados
dominaram totalmente a Europa. Já em 1945,

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História do Brasil
Aspectos da descoberta e acontecimentos que
marcaram o desenvolvimento de nosso país

Com o fim da Idade Média e o início dos portuguesa. Inicialmente denominada Terra


Tempos Modernos, o panorama na Europa era de Vera Cruz, depois Santa Cruz e, finalmente,
de expansão comercial e de descobrimentos Brasil, a nova terra foi explorada a princípio
marítimos. em função da extração do pau-brasil, ma-
deira de cor vermelha usada em tinturarias
Período Pré-colonial na Europa, da extração pelos povos índígenas
que aqui viviam.
Povos indígenas: a descoberta do Brasil,
em 22 de abril de 1500, pela esquadra coman- Período Colonial
dada por Pedro Álvares Cabral, com destino às
Índias, integra o ciclo da expansão marítima Administração: a colônia estava subor-

1500 1530 1822 1889

Pré-Colonial Colonial Imperial Republicano


Povos indígenas Capitanias Hereditárias Primeiro Reinado República Veha
Extração de Governo Geral Período Regencial Era Vargas
pau-brasil Ciclo do Açúcar Segundo Reinado Período Democrático
Descobrimento

Independência

da República
Tordesilhas

Proclamação
Colonização
Tratado de

Invasões estrangeiras Ditadura Militar


Início da

do Brasil

Escravidão Africana Nova República


do Brasil

Expansão territorial Anos mais recentes


Ciclo do ouro
Vinda da Família Real

Enem | Geografia e História 35


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dinada à metrópole portuguesa, que, para (muitos morriam). Vendidos como animais,
mais facilmente ocupá-la, adotou, em 1534, trabalhavam exaustivamente nas lavouras
o sistema de capitanias hereditárias. Con- ou em outras funções chegando a sobreviver
sistia na doação de terras pelo rei de Portu- por no máximo dez anos devido às condições
gal a particulares, que se comprometiam a de maus tratos e má-alimentação. Muitos
explorá-las e povoá-las. Apenas duas capi- tentavam fugir ou se rebelar e formavam co-
tanias prosperaram: São Vicente e Pernam- munidades chamadas quilombos.
buco. As capitanias hereditárias somente Expansão territorial: durante o século
foram extintas em meados do século 18. 16, foram organizadas algumas entradas
Ciclo do Açúcar: a partir de 1530, tem iní- (expedições armadas ao interior), de cará-
cio a colonização efetiva, com a expedição ter oficial, em busca de metais preciosos. No
de Martim Afonso de Sousa, cujos efeitos século seguinte, expedições particulares,
foram o melhor reconhecimento da terra, conhecidas como bandeiras, partiram espe-
cialmente de São Paulo, com três objetivos:
a introdução do cultivo da cana-de-açúcar
a busca de índios para escravizar; a locali-
e a criação dos primeiros engenhos, insta-
zação de agrupamentos de negros fugidos
lados na recém-fundada cidade de São Vi-
(quilombos), para destruí-los; e a procura
cente, no litoral de São Paulo, que no século
de metais preciosos. As bandeiras de caça
16 chegou a ter treze engenhos de açúcar.
ao índio (Antônio Raposo Tavares, Sebastião
A economia açucareira, entretanto, vai se
e Manuel Preto) atingiram as margens do rio
concentrar no Nordeste, principalmente
Paraguai, onde arrasaram as missões jesu-
em Pernambuco. Estava baseada no siste-
íticas (reduções, os padres eram os únicos
ma plantation: latifúndio-monocultura- responsáveis pela educação brasileira nes-
-escravidão. A cana-de-açúcar, no Nordes- sa época). Em 1695, depois de quase um sé-
te, era cultivada e beneficiada em grandes culo de resistência, foi destruído Palmares,
propriedades, que empregavam mão-de- o mais célebre quilombo do Brasil, em que
-obra dos negros africanos trazidos como o mais famoso escravo foragido (Zumbi) foi
escravos, e destinava-se à exportação pe- morto por tropas comandadas pelo bandei-
los senhores de engenho. rante Domingos Jorge Velho.
Invasões estrangeiras: na prosperida- Ciclo do ouro: do final do século 17 as
de da cana-de-açúcar, o Brasil foi alvo de primeiras descobertas de jazidas auríferas
várias incursões estrangeiras, sobretudo de no interior do território, nas chamadas Mi-
franceses, ingleses e holandeses. Os france- nas Gerais (Antônio Dias Adorno, Manuel de
ses chegaram a fundar, em 1555, uma colô- Borba Gato), em Goiás (Bartolomeu Bueno
nia, a França Antártica, na ilha de Villegaig- da Silva, o Anhangüera) e Mato Grosso (Pas-
non, na baía de Guanabara. Somente foram coal Moreira Cabral), onde foram estabele-
expulsos em 1567, em combate do qual par- cidas vilas e povoações. Mais tarde, foram
ticipou Estácio de Sá, fundador da cidade do encontrados diamantes em Minas Gerais.
Rio de Janeiro (1565). Mais tarde, entre 1612 e O ciclo da mineração dinamizou a socieda-
1615, novamente os franceses tentaram es- de pois a riqueza proveniente do ouro não
tabelecer uma colônia no Brasil, desta vez ficava concentrada nas mãos de um único
no Maranhão, chamada França Equinocial. grupo social. Muitos escravos conquistaram
Os holandeses (nas Antilhas) logo supera- o direito à liberdade (carta de alforria) com-
ram o Brasil na produção e exportação de prando-a com lucros dos minérios. Um dos
açúcar pondo fim ao ciclo e abrindo cami- mais célebres bandeirantes foi Fernão Dias
nho ao ciclo do ouro. Pais, o caçador de esmeraldas. Como as ri-
Escravidão Africana: os portugueses tra- quezas passaram a se concentrar na região
ziam os negros da Angola. Moçambique, Con- sudeste, Rio de Janeiro e São Paulo ganha-
go e Guiné em péssimas condições de viagem ram importante destaque.

36 EdiCase Publicações
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cer uma república na Bahia e o fim da escravi-
Imagem dão. 1808 - Transferência da Corte portuguesa
para o Rio de Janeiro e abertura dos portos às
nações amigas. 1817 - Revolução Pernambu-
cana: proclamação da República e organiza-
ção de um govemo independente.

Período Imperial
A partir de 1821, com a volta do rei e da corte
para Portugal, o Brasil passou a ser governa-
do pelo príncipe regente D. Pedro. Atendendo
principalmente aos interesses dos grandes
Vinda da Família Real: em 1808, ocorreu a proprietários rurais, contrários à política das
chamada “inversão brasileira”, isto é, o Brasil Cortes portuguesas, que desejavam recoloni-
tornou-se a sede da monarquia portuguesa, zar o Brasil, bem como pretendendo libertar-
com a transferência da família real e da cor- -se da tutela da metrópole, que visava dimi-
te para Salvador e, mais tarde, Rio de Janeiro, nuir-lhe a autoridade, D. Pedro proclamou a
fugindo da invasão napoleônica na península independência do Brasil, em 7 de setembro
ibérica. Ainda na Bahia, o príncipe regente D. de 1822, às margens do riacho do Ipiranga, na
João VI assinou o tratado de abertura dos por- província de São Paulo. Destaque para o papel
tos brasileiros ao comércio das nações ami- de José Bonifácio de Andrada e Silva, à frente
gas, beneficiando principalmente a Inglater-
do chamado Ministério da Independência, na
ra. Terminava assim o monopólio português
sobre o comércio com o Brasil e tinha início articulação do movimento separatista.
o livre-cambismo, que perduraria até 1846,
quando foi estabelecido o protecionismo. Imagem
Eventos importantes: 1534 - Criação das
capitanias hereditárias, que dividem a co-
lônia em 14 faixas de terra. 1548 - Capitania
da Bahia transformada em capitania da Co-
roa e capital da colônia. Criação do govemo-
-geral. 1630-1654 - Invasão holandesa em
Pernambuco. 1684 - Revolta dos Beckman,
no Maranhão. 1695 - Morte do líder negro
Zumbi. 1708-1709 - Guerra dos Emboabas:
conflito pela posse das minas de ouro. 1710-
1712 - Guerra dos Mascates: conflito ocorrido
quando da separação do Recife e Olinda. 1759
- Extinção das capitanias hereditárias, por or-
dem do marquês de Pombal. 1789 - Inconfi-
dência Mineira: movimento separatista pela
independência de Minas Gerais (e o Brasil de
Portugal). 1792 - Tiradentes, líder da Inconnfi-
dência Mineira, é enforcado e esquartejado no Primeiro Reinado: aclamado imperador
Rio de Janeiro. 1798 - Conjuração Baiana (Re- do Brasil, D. Pedro I tratou de dar ao país uma
volta dos Alfaiates): tentativa de se estabele- constituição, outorgada em 1824. No início do

Enem | Geografia e História 37


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seu reinado, ocorreu a chamada “guerra da Mauá, entre os quais se destaca a construção
independência”, contra as guarnições por- da primeira estrada de ferro brasileira. Ocor-
tuguesas sediadas principalmente na Bahia. reu um primeiro surto de industrialização no
Em 1824, em Pernambuco, a confederação do país. A base social do império era a escravidão.
Equador, movimento revoltoso de caráter re- Desde o período colonial, os negros escravos
publicano e separatista, questionava a exces- constituíam a principal, e quase exclusiva,
siva centralização do poder político nas mãos mão-de-obra no Brasil. As restrições ao tráfi-
do imperador, mas foi derubado. Em 1828, co negreiro começaram por volta de 1830, por
depois da guerra contra as Províncias Unidas pressões da Inglaterra, então em plena revo-
do Rio da Prata (Guerra da Cisplatina), o Brasil lução industrial. Finalmente, em 1888, após
reconheceu a independência do Uruguai. intensa campanha abolicionista, a chamada
Período Regencial: em 1831, o reinado de Lei Áurea declarava extinta a escravidão no
D. Pedro II (então com 5 anos) teve início com país. Nesse período, houve uma grande imi-
um período regencial, que durou até 1840, gração para o Brasil, sobretudo de alemães e
pois não podia governar até ter completado
italianos fazendo crescer a industrialização.
18 anos. Durante as regências, ocorreram in-
tensas lutas políticas em várias partes do país, Eventos importantes: 1822 - 7 de setem-
quase sempre provocadas pelos choques en- bro, proclamação da Independência do Brasil.
tre os interesses regionais e a concentração 12 de outubro - Dom Pedro é aclamado impe-
do poder no Sudeste (Rio de Janeiro). A mais rador e, em dezembro, coroado com o título
importante foi a guerra dos farrapos ou revo- de dom Pedro I. Inicia-se o Primeiro Reinado.
lução farroupilha, movimento republicano e 1825-1828 - Guerra da Cisplatina: indepen-
separatista ocorrido no Rio Grande do Sul, em dência do Uruguai. 1831 - Abdicação de dom
1835, e que só terminou em 1845. Além dessa, Pedro I e partida para o exílio. 1835-1840 -
ocorreram revoltas na Bahia (Sabinada), no
Rebelião no Pará: a Cabanagem. 1835-1845
Maranhão (Balaiada) e no Pará (Cabanagem).
- Bento Gonçalves lidera a Revolução Farrou-
Segundo Reinado: diante de inúmeras re-
pilha, no Rio Grande do Sul. 1837-1838 - A Sa-
voltas, houve o golpe de maioridade em 1840,
binada eclode na Bahia. 1838-1841 - Revolta
quando foi proclamado D. Pedro II imperador
da Balaiada, no Maranhão. 1840 - Golpe da
(tinha cerca de catorze anos). D. Pedro II co-
Maioridade: o príncipe dom Pedro assume o
meçou com intensas campanhas militares, a
trono, com apenas 14 anos. 1848-1850 - Re-
cargo do general Luís Alves de Lima e Silva
volta Praieira: a última revolta armada do
(futuro duque de Caxias), com a finalidade de
Segundo Reinado (Pernambuco). 1850 - Lei
estabelecer calmaria às revoltas provinciais. A
Eusébio de Queirós: extinção do tráfico de es-
partir daí, a política interna do império brasi-
cravos. 1851-1852 - Guerra contra Oribe e Ro-
leiro viveu uma fase de relativa estabilidade,
sas (Guerra do Prata). 1864-1870 - Guerra do
até 1870. A base da economia era a agricultura
Paraguai. 1871 - Lei do Ventre Livre. 1885 - Lei
cafeeira, desenvolvida a partir de 1830, no Su-
Saraiva-Cotegipe (Lei dos Sexagenários). 1888
deste, inicialmente nos morros como o da Ti-
- 13 de maio, assinada a Lei Áurea, extinguindo
juca e a seguir no vale do Paraíba fluminense
a escravidão no Brasil.
(província do Rio de Janeiro), avançando para
São Paulo (vale do Paraíba e oeste paulista).
Até 1930, o ciclo do café constituiu o principal Período Republicano
gerador da riqueza brasileira. A partir da dé-
cada de 1850, graças aos empreendimentos A partir de 1870, a monarquia brasileira en-
de Irineu Evangelista de Sousa, o barão de frentou sucessivas crises (religiosa, militar e da

38 EdiCase Publicações
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abolição), que culminaram com o movimen- deflagração da revolução de 1930, que levou
to militar, liderado pelo marechal Deodoro da Getúlio Vargas ao poder.
Fonseca, que depôs o imperador proclaman- Era Vargas: sob a chefia de Getúlio Var-
do a república (15 de novembro de 1889). gas, foi instaurado um governo provisório
República Velha: estendeu-se de 1889 até que durou até 1934. Embora vitorioso sobre a
1930. Marechal Deodoro instalou um gover- revolução constitucionalista de 1932, ocor-
no provisório, que convocou uma assembleia rida em São Paulo, Vargas viu-se obrigado a
constituinte para elaborar a primeira consti- convocar uma assembleia constituinte, que
tuição republicana, promulgada em 1891. Os deu ao país uma nova constituição (1934),
governos do marechal Deodoro, e, depois, do de caráter liberal. Em 1935, a Aliança Nacio-
marechal Floriano Peixoto foram plenos de nal Libertadora (ANL) promoveu uma revol-
conflitos com o Legislativo e rebeliões, como ta militar, conhecida como intentona comu-
as duas revoltas da Armada. Com a eleição nista. Aproveitando-se de uma conjuntura
de Prudente de Morais, tem início a chamada favorável, Vargas deu um golpe de estado,
“política do café com leite”, segundo a qual em 1937, fechando o Congresso e estabele-
os presidentes da República seriam escolhi- cendo uma ditadura de cunho corporativo-
dos dentre os representantes dos estados -fascista, denominada Estado Novo, regida
mais ricos e populosos - São Paulo e Minas por uma carta outorgada, de caráter auto-
Gerais - prática que foi seguida, quase sem ritário. Vargas governou até 1945, quando
interrupções, até 1930. A economia agrário- foi deposto por novo golpe militar. Durante
-exportadora continuou dominante. O café seu governo, incentivou-se a industrializa-
representava a principal riqueza brasileira, e ção, inclusive com a fundação da Compa-
os fazendeiros paulistas constituíam a oligar- nhia Siderúrgica Nacional, foi estabelecida
quia mais poderosa (República Oligárquica). uma legislação trabalhista, reorganizou-se
As classes médias eram pouco expressivas e o aparelho administrativo do Estado, com
começava a existir um embrião de proleta- a criação de novos ministérios, e cuidou-se
riado. Por ocasião da primeira guerra mundial da previdência social, entre outros melho-
(1914-1918), ocorreu um surto de industriali- ramentos.
zação, em função da substituição de impor-
tações europeias por produtos fabricados no Imagem
Brasil.
A partir da década de 1920, o desconten-
tamento dos militares explodiu em uma série
de revoltas, destacando-se a marcha da co-
luna Prestes, entre 1924 e 1927, que percorreu
grande parte do Brasil. As oligarquias aliadas
do poder central também se mostravam in-
satisfeitas. Quando ocorreu a crise de 1929 −
iniciada com o crash da bolsa de Nova York −
com seus reflexos negativos sobre os preços
do café, a desorganização da economia, as di-
vergências político-eleitorais das oligarquias
dominantes e as aspirações de mudança de
amplos setores da sociedade provocaram a

Enem | Geografia e História 39


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Período Democrático: as eleições de 1945 Ditadura Militar: os governos militares
apontaram o general Eurico Gaspar Dutra preocuparam-se sobretudo com a segurança
como o novo presidente da República. Em seu nacional. Editaram vários atos institucionais e
governo, o Brasil ganhou uma nova constitui- complementares, promovendo modificações
ção, foi modernizada a estrada de rodagem no funcionamento do Congresso e tomando
entre o Rio de Janeiro e São Paulo (rodovia medidas de caráter econômico, financeiro e
Presidente Dutra) e começou o aproveitamen- político. Os partidos políticos tradicionais fo-
to hidrelétrico da cachoeira de Paulo Afonso. ram extintos, e criadas duas novas agremia-
Nesse período, firmaram-se os três grandes ções políticas, a Aliança Renovadora Nacional
partidos que tiveram importância na vida po- (Arena) e o Movimento Democrático Brasi-
lítica brasileira até a deflagração do movi- leiro (MDB).Com o crescimento da agitação
mento militar de 1964: o Partido Trabalhista estudantil e operária, foi editado o Ato Insti-
Brasileiro (PTB), o Partido Social Democrático tucional nº 5, que fechou o Congresso )proibia
(PSD) e a União Democrática Nacional (UDN). manifestações políticas e vetava o "habeas
O Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi pos- corpus"). O Ato Institucional nº 1 (1964) deu ao
to na ilegalidade e Getúlio cometeu suicídio. governo o poder de alterar a Constituição. Em
A eleição de Juscelino Kubitschek (PSD), inau- 1967, promulgou-se nova constituição, que
gurou a era do desenvolvimentismo. Durante estabeleceu um poder executivo forte. No
seu governo, orientado pelo Plano de Metas, campo do desenvolvimento econômico, as
construiu-se a nova capital (Brasília, 1960); atenções dos governantes e dos tecnocratas
foram abertas numerosas estradas, ligando voltaram-se prioritariamente para o comba-
a capital às diversas regiões do país (Belém- te à inflação, que atingira níveis alarmantes;
-Brasília); implantou-se a indústria automo- para a construção de obras de infra-estrutura,
bilística; e foi impulsionada a construção das sobretudo nas áreas de transportes - como a
grandes usinas hidrelétricas de Três Marias e rodovia Transamazônica e a ponte Rio-Niterói
Furnas. A sucessão presidencial coube a Jânio (oficialmente, ponte Presidente Costa e Silva)
Quadros, apoiado pela UDN, que, após sete - de comunicações - com a implantação do
meses de governo, renunciou. A subida de João sistema de comunicação por satélite - e de
Goulart ao poder contrariou as classes con- energia, com a construção da usina hidrelétri-
servadoras e altos chefes militares. No início ca de Itaipu - por meio de um convênio com
de seu governo, o Brasil viveu uma curta expe- o Paraguai - e com acordo da Alemanha para
riência parlamentarista, solução encontrada a construção de usinas nucleares. O governo
para dar posse a Goulart. Foi um período mar- Geisel iniciou um processo de abertura demo-
cado por greves e intensa agitação sindical. O crática, lenta e gradual, desembocando na
presidente terminou sendo deposto pelos mi- anistia política, que permitiu a volta ao país
litares, com apoio da classe média, em 1964. de numerosos exilados. Em seguida à anistia,
veio o fim do bipartidarismo, e foram criados
vários partidos políticos. No final da década de
1970, o movimento popular e sindical tomou
um novo alento, o que levaria, nos primeiros
anos da década seguinte, ao movimento das
“diretas já”, que, embora não fosse vitorioso,
permitiu em 1985 a eleição indireta pelo Con-
gresso de Tancredo Neves, do Partido do Mo-

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vimento Democrático Brasileiro (PMDB), para sileiro. O sucesso das medidas econômicas
a presidência da República. Com a morte de permitiu a eleição - em primeiro turno - do cria-
Tancredo, na véspera da posse, assumiu seu dor do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso,
vice-presidente, José Sarney. que conquistou a Presidência da República, e foi
presidente por dois mandatos, de 1995 a 2002.
Privatizou estatais e abriu a economia ao capi-
tal estrangeiro. Em outubro de 2002, Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) é eleito Presidente do Brasil e,
em outubro de 2006 é reeleito. Os dois primei-
ros anos do governo Lula foram marcados pela
busca da governabilidade e, os dois últimos, por
instabilidade política gerada por denúncias de
corrupção que atingiram os principais nomes
do governo e do Partido dos Trabalhadores.
Em outubro de 2010, Dilma Rousseff foi eleita
presidente do Brasil, cargo a ser ocupado pela
primeira vez na história do país por uma mu-
lher. Em 2014 Dilma é reeleita mas enfrentou
Nova República: o governo Sarney teve descontentamento da população e denúncias
como fato econômico mais importante a im- de corrupção generalizada. 2016 - Impeach-
plantação do Plano Cruzado, com vistas a ment de Dilma, o vice - Michel Temer - assume
combater a inflação pelo congelamento de a presidência com um período de instabilidade
preços e da troca da moeda. O fato políti- política, incerteza econômica e ausência de um
co marcante do período foi a eleição de uma planejamento e modificações estruturais para o
assembleia nacional constituinte, que em futuro do Brasil. Em 2018 é eleito Jair Bolsona-
1988 deu ao Brasil uma nova constituição. O ro, interrompendo 16 anos de PT no poder. Com
fracasso do plano econômico e a corrupção pouco tempo de campanha e com discurso po-
generalizada contribuíram para polarizar as lêmico de "defensor da Constituição, da demo-
preferências eleitorais em 1989 em torno das cracia e da liberdade", o atual presidente tem
candidaturas de Fernando Collor de Mello, como meta o combate à corrupção e retomar a
apoiado por poderosas forças políticas, e Luís economia do país com reformas liberais.
Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalha-
dores. A vitória de Fernando Collor provocou
uma euforia momentânea, logo dissipada
pelo fracasso dos sucessivos planos econômi-
cos e pelas denúncias de corrupção que atin-
giam figuras próximas ao presidente. Depois
de intensa movimentação popular, Collor foi
afastado do governo, em 1992, pelo processo
de impeachment, conduzido pelo Congres-
so Nacional. Itamar Franco, sucessor de Fer-
nando Collor, contou com apoio parlamen-
tar e popular. Seus objetivos principais eram
combater a inflação, retomar o crescimento
econômico e diminuir a pobreza do povo bra-

Enem | Geografia e História 41


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Como cai no Enem
01 - Enem 2019 Q78 Cad Azul 1SA R:B A - base da pirâmide etária.
B - alcance da fronteira de recursos.
Estima-se que no Brasil mais de 20% C - degradação da qualidade de vida.
da população tenha algum tipo de difi- D - sustentabilidade da matriz energética.
culdade de locomoção, seja por defici- E - exploração do trabalho humano.
ência física, motora, sensorial ou mesmo
por uma condição específica transitória. 03 - Enem 2019 Q58 Cad Azul 1SA R:E
Para que essa parcela da população exer-
ça plenamente o seu direito constitucional Imagem Mapa
de ir e vir, os sistemas de transporte têm
de apresentar características adequadas
de acessibilidade, dentro dos conceitos do
desenho universal.
IPEA. Políticas de melhoria das condições de acessibilidade do
transporte urbano no Brasil. Rio de Janeiro: Ipea, 2015.

No meio urbano, o atendimento da pro-


posta de inclusão social apresentada no texto
demanda um conjunto de intervenções técni-
cas que promovam o(a)
ATLAS GEOGRÁFICO. Rio de Janeiro: IBGE, 1986. Disponível em:
A - ocupação de áreas periféricas. www.ibge.gov.br.Acesso em: 16 ago. 2014 (adaptado).
B - democratização do espaço público.
C - alargamento da malha de rodovias. A partida final da Copa do Mundo de 2014
D - monitoramento de fluxos populacionais. aconteceu no dia 13 de julho, às 16 horas, na
E - expansão de sistemas de comunicação. cidade do Rio de Janeiro. Considerando o ho-
rário de verão em Berlim, de 1 hora, os teles-
pectadores alemães assistiram ao apito inicial
02 - Enem 2019 Q86 Cad Azul 1SA R:C
do juiz às

O progresso A - 11 horas.
B - 12 horas.
Eu queria não ver todo o verde da terra mor- C - 19 horas.
rendo D - 20 horas.
E das águas dos rios os peixes desaparecendo E - 21 horas.
Eu queria gritar que esse tal de ouro negro
Não passa de um negro veneno 04 - Enem 2019 Q63 Cad Azul 1SA R:C
E sabemos que por tudo isso vivemos bem
menos. TEXTO I
ROBERTO CARLOS; ERASMO CARLOS. Roberto Carlos.
Rio de Janeiro: CBS, 1976 (fragmento).
A adesão da Alemanha à Otan
O trecho da letra da canção avalia o uso de
combustíveis fósseis com base em sua poten- A adesão da Alemanha Ocidental à Orga-
cial contribuição para aumentar o(a) nização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)

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há 50 anos teve como pano de fundo o con- frio próximo ao solo não sobe porque é o mais
flito entre o Ocidente e o Leste da Europa e o denso, e o ar quente que lhe está por cima não
projeto da integração europeia. A adesão da desce porque é o menos denso. Nas grandes
República Federal da Alemanha foi um pas- cidades, esse fenômeno tende a se agravar,
so importante para a reconstrução do país uma vez que a expressiva concentração de
no pós-guerra e abriu o caminho para a Ale- indústrias e automóveis intensifica o lança-
manha desempenhar um papel relevante na mento de poluentes e material particulado
defesa da Europa Ocidental durante a Guerra na atmosfera, o que torna o ar mais impuro e,
Fria. por conseguinte, contribui para o aumento de
HAFTENDORN, H. A adesão da Alemanha à Otan: 50 anos depois. casos de irritação nos olhos e doenças respi-
Disponível em: www.nato.int. Acesso em: 5 out. 2015 (adaptado).
ratórias.
AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos.
TEXTO II Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996 (adaptado).

Agravado pela ação antrópica, o fenôme-


Otan discute medidas para deter os no atmosférico descrito no texto é o(a)
jihadistasno Iraque e na Síria
A - efeito estufa.
O regime de terror imposto pelos islamitas B - ilha de calor.
radicais no Oriente Médio alarma a Otan tanto C - inversão térmica.
ou mais que a Rússia, ainda que a estratégia D - ciclone tropical.
para detê-los ainda seja difusa. O avanço do E - chuva orográfica.
chamado Estado Islâmico, que instalou um
califado repressor em zonas do Iraque e da
06 - Enem 2019 Q77 Cad Azul 1SA R:D
Síria, comandou boa parte das reuniões bila-
terais que mantiveram os líderes da organiza-
O consumo da habitação, em especial
ção atlântica no País de Gales.
ABELLÁN, L. Otan discute medidas para deter os jihadistas no
aquela dotada de atributos especiais no es-
Iraque e na Síria. Disponível em: http://brasil.elpais.com. paço urbano, contribui para o entendimento
Acesso em: 5 out. 2015. do fenômeno, pois certas áreastornam-se al-
As diferentes estratégias da Otan, de- vos de operações comerciais de prestígio com
monstradas nos textos, são resultantes das a produção e/ou a renovação de construções,
transformações na diferente de outras porções da cidade, dota-
das de menor infraestrutura.
SANTOS, A. R. O consumo da habitação de luxo no
A - composição dos países-membros. espaço urbano parisiense. Confins, n. 23, 2015 (adaptado).
B - localização das bases militares.
C - conformação do cenário geopolítico. O conceito que define o processo descrito
D - distribuição de recursos naturais. denomina-se
E - destinação dos investimentos financeiros.
A - escala cartográfica.
05 - Enem 2019 Q84 Cad Azul 1SA R:C B - conurbação metropolitana.
C - território nacional.
Particularmente nos dias de inverno, pode D - especulação imobiliária.
ocorrer um rápido resfriamento do solo ou E - paisagem natural.
um rápido aquecimento das camadas atmos-
féricas superiores. O ar quente fica por cima 07 - Enem 2019 Q75 Cad Azul 1SA R:C
da camada de ar frio, passando a funcionar
como um bloqueio, o que impede a formação A estética relativamente estável do mo-
de correntes de ar (vento). Dessa forma, o ar dernismo fordista cedeu lugar a todo o fer-

Enem | Geografia e História 43


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mento, instabilidade e qualidades fugidias estudar em centros universitários fora do país,
de uma estética pós-moderna que celebra com a contrapartida de que, após a conclusão
a diferença, a efemeridade, o espetáculo, da faculdade, essas pessoas possam pagar ao
a moda e a mercadificação de formas cul- governo voltando e trabalhando no país de
turais. origem. Desburocratizar o exercício de certas
HARVEY, D. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre profissões e incentivar centros de excelência
as origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola, 2009.
também pode ajudar.
No contexto descrito, as transformações MALI, T. Disponível em: www.ufjf.br.
Acesso em: 10 out. 2015 (adaptado).
estéticas impactam a produção de bens por
meio da As medidas governamentais descritas bus-
cam conter a ocorrência do seguinte processo
A - promoção de empregos fabris, integrada demográfico:
às linhas de montagem.
B - ampliação dos custos de fabricação, im- A - Transferência de refugiados.
pulsionada pelo consumo. B - Deslocamento sazonal.
C - redução do tempo de vida dos produtos, C - Movimento pendular.
acompanhada da crescente inovação. D - Fuga de cérebros.
D - diminuição da importância da organização E - Fluxo de retorno.
logística, utilizada pelos fornecedores.
E - expansão de mercadorias estocadas, alia- 10 - Enem 2019 Q48 Cad Azul 1SA R:A
da a maiores custos de armazenamento.
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
08 - Enem 2019 Q76 Cad Azul 1SA R:E (IHGB) reuniu historiadores, romancistas, po-
etas, administradores públicos e políticos em
A cidade torno da investigação a respeito do caráter
brasileiro. Em certo sentido, a estrutura dessa
E a situação sempre mais ou menos, instituição, pelo menos como projeto, repro-
Sempre uns com mais e outros com menos. duzia o modelo centralizador imperial. Assim,
A cidade não para, a cidade só cresce enquanto na Corte localizava-se a sede, nas
O de cima sobe e o de baixo desce. províncias deveria haver os respectivos insti-
CHICO SCIENCE e Nação Zumbi. In: Da lama ao caos. tutos regionais. Estes, por sua vez, enviariam
Rio de Janeiro: Chaos; Sony Music, 1994 (fragmento).
documentos e relatos regionais para a capital.
A letra da canção do início dos anos 1990 DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma breve história do Brasil.
São Paulo: Planeta do Brasil, 2010 (adaptado).
destaca uma questão presente nos centros
urbanos brasileiros que se refere ao(à) De acordo com o texto, durante o reinado
de D. Pedro II, o referido instituto objetivava
A - déficit de transporte público.
B - estagnação do setor terciário. A - construir uma narrativa de nação.
C - controle das taxas de natalidade. B - debater as desigualdades sociais.
D - elevação dos índices de criminalidade. C - combater as injustiças coloniais.
E - desigualdade da distribuição de renda. D - defender a retórica do abolicionismo.
E - evidenciar uma diversidade étnica.
09 - Enem 2019 Q61 Cad Azul 1SA R:D
11 - Enem 2019 Q87 Cad Azul 1SA R:A
Uma ação tomada por alguns países que
pode funcionar é proporcionar bolsas de es- A topografia predominante no Planalto
tudo e empréstimos para aqueles que querem Central é a de uma região horizontal, chata,

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que me fez recordar muito do Planalto Central A preservação da cobertura vegetal inter-
da África do Sul: o mesmo horizonte circular, a fere no processo mencionado contribuindo
mesma vegetação baixa e rala, que permite à para a
vista varrer extensões infinitas.
WEIBEL, L. Capítulos de geografia tropical e do Brasil. A - decomposição do relevo.
Rio de Janeiro: IBGE, 1979.
B - redução da evapotranspiração.
Quais formações vegetais pertencem às C - contenção do processo de erosão.
paisagens apresentadas? D - desaceleração do intemperismo químico.
E - deposição de sedimentos no solo.
A - Os cerrados e as savanas.
B - Os garrigues e as pradarias. 14 - Enem 2019 Q57 Cad Azul 1SA R:A
C - As caatingas e os maquis.
D - As coníferas e as estepes. Imagem Mapa
E - As restingas e os chaparrais.

12 - Enem 2019 Q64 Cad Azul 1SA R:A

O meu pai era paulista


Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro
CHICO BUARQUE. Paratodos. 1993. Disponível em:
www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 29 jun. 2015 (fragmento).

A característica familiar descrita deriva do


seguinte aspecto demográfico:

A - Migração interna.
B - População relativa.
C - Expectativa de vida.
D - Taxa de mortalidade.
E - Índice de fecundidade.

13 - Enem 2019 Q88 Cad Azul 1SA R:C

As águas das precipitações atmosféricas


Disponível em: http://operamundi.uol.com.br.
sobre os continentes nas regiões não gela- Acesso em: 28 ago. 2014 (adaptado).
das podem tomar três caminhos: evapora-
ção imediata, infiltração ou escoamento. A As imagens representam fases de um con-
relação entre essas três possibilidades, as- flito geopolítico no qual as forças envolvidas
sim como das suas respectivas intensidades buscam
quando ocorrem em conjunto, o que é mais
frequente, depende de vários fatores, tais A - garantir a posse territorial.
como clima, morfologia do terreno, cobertura B - promover a conversão religiosa.
vegetal e constituição litológica. C - explorar as reservas petrolíferas.
LEINZ, V. Geologia geral. São Paulo: D - controlar os sítios arqueológicos.
Editora Nacional, 1989 (adaptado). E - monopolizar o comércio marítimo.

Enem | Geografia e História 45


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15 - Enem 2019 Q80 Cad Azul 1SA R:B 17 - Enem 2019 Q70 Cad Azul 1SA R:E

A população africana residente nesta pro- A Regência iria enfrentar uma série de
víncia, bem como a de todo o Império, com- rebeliões nas províncias, marcadas pela
põe-se de indivíduos de diferentes lugares da reação das elites locais contra o centralis-
África que variam em costumes e religiões; a mo monárquico levado a efeito pelos inte-
que aqui segue o maometismo, à qual per- resses dos setores ligados ao café da Corte,
tencemos, é uma população pequena, porém, como a Cabanagem, no Pará, a Balaiada,
distinta entre si, e notando a necessidade de no Maranhão, e a Sabinada, na Bahia. Mas,
sustentarmos nosso culto e fundados ainda de todas elas, a Revolução Farroupilha era
no artigo 5º da Constituição do Império, re- aquela que mais preocuparia, não só pela
queremos ao sr. chefe de polícia licença para sua longa duração como pela sua situação
exercermos o culto. fronteiriça da província do Rio Grande, tra-
REIS, J. J.; GOMES, F. S.; CARVALHO, M. J. M. O Alufá Rufino: dicionalmente a garantidora dos limites e
tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico negro (1822-1853).
São Paulo: Cia. das Letras, 2010 (adaptado).
dos interesses antes lusitanos e agora na-
cionais do Prata.
O pedido de um grupo de africanos de Re- PESAVENTO, S. J. Farrapos com a faca na bota.
cife ao chefe de polícia local tinha como obje- In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados.
Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013.
tivo, naquele contexto,
A característica regional que levou uma
A - criticar a doutrina oficial. das revoltas citadas a ser mais preocupante
B - professar uma fé alternativa. para o governo central era a
C - assegurar a cidadania política.
D - legalizar os terreiros de candomblé. A - autonomia bélica local.
E - eliminar algumas tradições culturais. B - coesão ideológica radical.
C - liderança política situacionista.
16 - Enem 2019 Q85 Cad Azul 1SA R:E D - produção econômica exportadora.
E - localização geográfica estratégica.
Tal como foi concebido, o desenvolvi-
mento da Amazônia pressupunha o desma- 18 - Enem 2019 Q69 Cad Azul 1SA R:C
tamento. Muitas forças foram envolvidas e
constituíram uma teia de múltiplos interes- Uns viam na abdicação uma verdadei-
ses: as instituições financeiras internacio- ra revolução, sonhando com um governo
nais, a tecnocracia militar e civil, as elites de conteúdo republicano; outros exigiam o
regionais e nacionais, as corporações trans- respeito à Constituição, esperando alcançar,
nacionais, os madeireiros, os colonos sem assim, a consolidação da Monarquia. Para
terra e os garimpeiros. alguns, somente uma Monarquia centrali-
SANTOS, L. G. Politizar as novas tecnologias: zada seria capaz de preservar a integrida-
o impacto sociotécnico da informação digital e genética. de territorial do Brasil; outros permaneciam
São Paulo: Editora 34, 2003 (adaptado).
ardorosos defensores de uma organização
O modo de exploração descrito opõe-se a federativa, à semelhança da jovem Repú-
um modelo de desenvolvimento que blica norte-americana. Havia aqueles que
imaginavam que somente um Poder Execu-
A - gera empregos formais. tivo forte seria capaz de garantir e preser-
B - possibilita lucros imediatos. var a ordem vigente; assim como havia os
C - maximiza atividades de extração. que eram favoráveis à atribuição de amplas
D - reitera a dependência econômica. prerrogativas à Câmara dos Deputados, por
E - promove a conservação de recursos. entenderem que somente ali estariam re-

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presentados os interesses das diversas pro- Art. 1º Ficam proibidas as aquisições de ter-
víncias e regiões do Império. ras devolutas por outro título que não seja o
MATTOS, I. R.; GONÇALVES, M. A. O Império da boa sociedade: de compra.
a consolidação do Estado imperial brasileiro.
Disponível em: www.planalto.gov.br.
São Paulo: Atual, 1991 (adaptado).
Acesso em: 8 ago. 2014 (adaptado).
O cenário descrito revela a seguinte carac- Considerando a conjuntura histórica, o or-
terística política do período regencial: denamento jurídico abordado resultou na

A - Instalação do regime parlamentar. A - mercantilização do trabalho livre.


B - Realização de consultas populares. B - retração das fronteiras agrícolas.
C - Indefinição das bases institucionais. C - demarcação dos territórios indígenas.
D - Limitação das instâncias legislativas. D - concentração da propriedade fundiária.
E - Radicalização das disputas eleitorais. E - expropriação das comunidades quilombo-
las.
19 - Enem 2019 Q83 Cad Azul 1SA R:B
21 - Enem 2019 Q59 Cad Azul 1SA R:A
Quando se trata de competência nas cons-
truções e nas artes, os atenienses acreditam A depressão que afetou a economia mun-
que poucos sejam capazes de dar conselhos. dial entre 1929 e 1934 se anunciou, ainda em
Quando, ao contrário, se trata de uma delibe- 1928, por uma queda generalizada nos pre-
ração política, toleram que qualquer um fale, ços agrícolas internacionais. Mas o fator mais
de outro modo não existiria a cidade. marcante foi a crise financeira detonada pela
BOBBIO, N. Teoria geral da política.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 (adaptado). quebra da Bolsa de Nova Iorque.
Disponível em: http://cpdoc.fgv.br.
De acordo com o texto, a atuação política Acesso em: 20 abr. 2015 (adaptado).
dos cidadãos atenienses na Antiguidade Clás- Perante o cenário econômico descrito, o
sica tinha como característica fundamental Estado brasileiro assume, a partir de 1930,
o(a) uma política de incentivo à
A - dedicação altruísta em ações coletivas. A - industrialização interna para substituir as
B - participação direta em fóruns decisórios. importações.
C - ativismo humanista em debates públicos. B - nacionalização de empresas estrangeiras
D - discurso formalista em espaços acadêmi- atingidas pela crise.
cos. C - venda de terras a preços acessíveis para os
E - representação igualitária em instâncias pequenos produtores.
parlamentares. D - entrada de imigrantes para trabalhar nas
indústrias de base recém-criadas.
20 - Enem 2019 Q62 Cad Azul 1SA R:D E - abertura de linhas de financiamento espe-
cial para empresas do setor terciário.
Lei n. 601, de 18 de setembro de 1850
22 - Enem 2019 Q60 Cad Azul 1SA R:B
D. Pedro II, por Graça de Deus e Unânime
Aclamação dos Povos, Imperador Constitu- Produto do fim da Guerra Fria, a Con-
cional e Defensor Perpétuo do Brasil: Faze- venção sobre a Proibição das Armas Quí-
mos saber, a todos os nossos súditos, que a micas (CPAQ) marcou um momento novo
Assembleia Geral decretou, e nós queremos a das relações internacionais no campo da
Lei seguinte: segurança. Aberta para assinaturas em Pa-

Enem | Geografia e História 47


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ris, em janeiro de 1993, após cerca de duas A - Definição volátil das taxas aduaneiras e
décadas de negociações na Conferência do cambiais.
Desarmamento em Genebra, a CPAQ en- B - Prestação regulada de serviços bancários
trou em vigor em abril de 1997. Ao abrir a I e financeiros.
Conferência dos Estados-Partes na CPAQ, C - Controle estrito do planejamento familiar
em Haia, o secretário-geral da ONU, Kofi e fluxo populacional.
Annan, descreveu o evento como um “mo- D - Renovação constante das normas jurídi-
mentoso ato de paz”. Disse: “O que vocês cas e marcos contratuais.
fizeram com sua livre vontade foi anunciar E - Oferta suficiente de infraestruturas logís-
a essa e a todas as futuras gerações que ticas e serviços especializados.
as armas químicas são instrumentos que
nenhum Estado com algum respeito por si 24 - Enem 2019 Q66 Cad Azul 1SA R:B
mesmo e nenhum povo com algum senso
de dignidade usaria em conflitos domésti- A ausência quase completa de fantas-
cos ou internacionais”. mas na Bíblia deve ter favorecido também a
BUSTANI, J. M. A Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas: vontade de rejeição dos fantasmas pela cul-
trajetória futura. Parcerias Estratégicas, n. 9, out. 2000.
tura cristã. Várias passagens dos Evangelhos
O que a Convenção representou para o ce- manifestam mesmo uma grande reticência
nário geopolítico mundial? com relação a um culto dos mortos: “Deixa os
mortos sepultar os mortos”, diz Jesus (Mt 8:21),
A - Esgotamento dos pactos bélicos multila- ou ainda: “Deus não é Deus dos mortos, mas
terais. dos vivos” (Mt 22:32). Por certo, numerosos
B - Restrição aos complexos industriais mili- mortos são ressuscitados por Jesus (e, mais
tares. tarde, por alguns de seus discípulos), mas tal
C - Enfraquecimento de blocos políticos re- milagre — o mais notório possível segundo
gionais. as classificações posteriores dos hagiógrafos
D - Cerceamento às agências de inteligência medievais — não é assimilável ao retorno de
estatal. um fantasma.Ele prefigura a própria ressur-
E - Desestabilização das empresas produto- reição do Cristo três dias depois de sua Paixão.
ras de munições. Antecipa também a ressurreição universal dos
mortos no fim dos tempos.
23 - Enem 2019 Q74 Cad Azul 1SA R:E SCHMITT, J.-C. Os vivos e os mortos na sociedade medieval.
São Paulo: Cia. das Letras, 1999.

Embora os centros de decisão permane- De acordo com o texto, a representação da


çam fortemente centralizados nas cidades morte ganhou novos significados nessa reli-
mundiais, as atividades produtivas podem ser gião para
desconcentradas, desde que haja conexões
fáceis entre as unidades produtivas e os cen- A - extinguir as formas de ritualismo funerá-
tros de gestão e exista a disponibilidade de rio.
trabalho qualificado e uma base técnica ade- B - evitar a expressão de antigas crenças po-
quada às operações industriais. liteístas.
EGLER, C. A. G. Questão regional e a gestão do território no Brasil. C - sacramentar a execução do exorcismo de
In: CASTRO, I. E.; CORRÊA, R. L.; GOMES, P. C. C. (Org.). infiéis.
Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.
D - enfraquecer a convicção na existência de
A mudança nas atividades produtivas a demônios.
que o texto faz referência é motivada pelo se- E - consagrar as práticas de contato mediúni-
guinte fator: co transcendental.

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25 - Enem 2019 Q54 Cad Azul 1SA R:E importantes fontes etnográficas, indepen-
dentemente de serem contemporâneas ao
Lembro, a propósito, uma cerimônia re- momento da conquista ou de terem sido re-
ligiosa a que assisti na noite de Santo An- digidas em período posterior. O fato de seus
tônio de 1975 quando presente a uma festa autores serem verdadeiros humanistas ou
em honra do padroeiro. Ia a coisa assim bo- pouco letrados não desvaloriza o conteúdo
nita e simples, até que, recitadas as cinco dessas crônicas.
dezenas de ave-marias e os seus padre- PORTUGAL, A. R. O ayllu andino nas crônicas quinhentistas: um
polígrafo na literatura brasileira do século XIX (1885-1897).São
-nossos, chegou a hora do remate com o Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.
canto da salverainha. O capelão começou
a entoar nesse instante hino à Virgem, em As fontes valorizadas no texto são rele-
latim “Salve Regina, mater misericordiae”, vantes para a reconstrução da história das
e, o que eu estranhei, foi seguido de pron- sociedades pré-colombianas porque
to sem qualquer hesitação pelos presen-
tes. Depois veio o espantoso para mim: a A - sintetizam os ensinamentos da catequese.
reza, também entoada, de toda a extensa B - enfatizam os esforços de colonização.
ladainha de Nossa Senhora igualmente em C - tipificam os sítios arqueológicos.
latim. Eu olhava e não acabava de crer: D - relativizam os registros oficiais.
aqueles caboclos que eu via mourejando E - substituem as narrativas orais.
de serventes nas obras do bairro estavam
agora ali acaipirando lindamente a poesia 27 - Enem 2019 Q50 Cad Azul 1SA R:E
medieval do responso.
BOSI, A. Dialética da colonização. São Paulo: Cia. das Letras, 1992. Uma privatização do espaço maior do
que aquela proporcionada pelo quarto
O estranhamento do autor diante da ceri- evidencia-se cada vez mais nos séculos
mônia relaciona-se ao encontro de tempora- XVII e XVIII. Como as ruelles [espaço entre
lidades que a cama e a parede], as alcovas são espa-
ços além do leito, longe da porta que dá
A - questionam ritos católicos. acesso à sala (ou à antecâmara, nas casas
B - evidenciam práticas ecumênicas. da elite). Thomas Jefferson, tecnólogo do
C - elitizam manifestações populares. estilo século XVIII, mandou construir uma
D - valorizam conhecimentos escolares. parede em torno de sua cama a fim de fe-
E - revelam permanências culturais. char completamente o pequeno cômodo
além do leito — cômodo no qual só ele po-
26 - Enem 2019 Q51 Cad Azul 1SA R:D dia entrar, descendo da cama do lado da
ruelle.
Os pesquisadores que trabalham com RANUM, O. Os refúgios da intimidade. In: CHARTIER, R. (Org.).
sociedades indígenas centram sua atenção História da vida privada: da Renascença ao Século das Luzes. São
Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).
em documentos do tipo jurídico-adminis-
trativo (visitas, testamentos, processos) ou A partir do século XVII, a história da casa,
em relações e informes e têm deixado em que foi se modificando para atender aos no-
segundo plano as crônicas. Quando as uti- vos hábitos dos indivíduos, provocou o(a)
lizam, dão maior importância àquelas que
foram escritas primeiro e que têm cará- A - ampliação dos recintos.
ter menos teórico e intelectualizado, por B - iluminação dos corredores.
acharem que estas podem oferecer infor- C - desvalorização da cozinha.
mações menos deformadas. Contrariamos D - embelezamento dos jardins.
esse posicionamento, pois as crônicas são E - especialização dos aposentos.

Enem | Geografia e História 49


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28 - Enem 2019 Q49 Cad Azul 1SA R:E 29 - Enem 2019 Q71 Cad Azul 1SA R:B

Para dar conta do movimento histórico do É amplamente conhecida a grande di-


processo de inserção dos povos indígenas em versidade gastronômica da espécie humana.
contextos urbanos, cuja memória reside na Frequentemente, essa diversidade é utilizada
fala dos seus sujeitos, foi necessário cons- para classificações depreciativas. Assim, no
truir um método de investigação, baseado na início do século, os americanos denominavam
História Oral, que desvelasse essas vivências os franceses de “comedores de rãs”. Os índios
ainda não estudadas pela historiografia, bem kaapor discriminam os timbiras chamando-os
como as conflitivas relações de fronteira daí pejorativamente de “comedores de cobra”. E
decorrentes. A partir da história oral foi pos- a palavra potiguara pode significar realmente
sível entender a dinâmica de deslocamento “comedores de camarão”. As pessoas não se
e inserção dos índios urbanos no contexto da chocam apenas porque as outras comem coi-
sociedade nacional, bem como perceber os sas variadas, mas também pela maneira que
entrelugares construídos por estes grupos ét- agem à mesa. Como utilizamos garfos, sur-
nicos na luta pela sobrevivência e no enfren- preendemo-nos com o uso dos palitos pelos
tamento da sua condição de invisibilidade. japoneses e das mãos por certos segmentos
MUSSI, P. L. V. Tronco velho ou ponta da rama? de nossa sociedade.
A mulher indígena terena nos entrelugares da fronteira urbana.
LARAIA, R. Cultura: um conceito antropológico.
Patrimônio e Memória, n. 1, 2008.
São Paulo: Jorge Zahar, 2001 (adaptado).
O uso desse método para compreender as O processo de estranhamento citado, com
condições dos povos indígenas nas áreas ur- base em um conjunto de representações que
banas brasileiras justifica-se por grupos ou indivíduos formam sobre outros,
tem como causa o(a)
A - focalizar a empregabilidade de indivíduos
carentes de especialização técnica. A - reconhecimento mútuo entre povos.
B - permitir o recenseamento de cidadãos au- B - etnocentrismo recorrente entre popula-
sentes das estatísticas oficiais. ções.
C - neutralizar as ideologias de observadores C - comportamento hostil em zonas de con-
imbuídos de viés acadêmico. flito.
D - promover o retorno de grupos apartados D - constatação de agressividade no estado
de suas nações de origem. de natureza.
E - registrar as trajetórias de sujeitos distantes E - transmutação de valores no contexto da
das práticas de escrita. modernidade.

Gabarito
1 B 2 C 3 E 4 C 5 C 6 D 7 C 8 E 9 D 10 A
11 A 12 A 13 C 14 A 15 B 16 E 17 E 18 C 19 B 20 D
21 A 22 B 23 E 24 B 25 E 26 D 27 E 28 E 29 B

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Edicão
ATUALIZADA
2021

Geografia e História
Português e Redação

• Sintaxe: frase, oração e período, sujeito e predicado, complemento verbal e nominal e


adjunto adnominal e adverbial.
• Pontuação: ponto, vírgula, dois pontos, ponto de interrogação, ponto de exclamação,
reticências, aspas, colchetes, parênteses, travessão e hífen.
• Redação: tipos de teses, coerência, título, argumentação e conclusão.
• Dúvidas Frequentes: uso dos porquês, mal ou mau, sob ou sobre, faz ou fazem, plural das
cores e muito mais.

Matemática e Biologia

• Corpo Humano: célula, tecidos e sistema digestivo.


• Problema e Resolução: regra de três, porcentagem, juros, análise combinatória e
probabilidade.
• Ciclo Biogeoquímico: ciclo da água, do oxigênio, do carbono, do nitrogênio e do cálcio.
• Fração: números racionais, simplificação, multiplicação, divisão, subtração e adição.
• Números e Definições: natural, inteiro, primo, fracionário, decimal, ordinal e misto.

Geografia e História

• Período Republicano: República Velha, Era Vargas, Período Democrático, Ditadura Militar e
Nova República.
• Período Colonial: Ciclo do Açúcar, Invasões Estrangeiras, Escravidão Africana e Expansão
Territorial.
• Geografia: Geopolítica Econômica, Revolução Industrial e Blocos Econômicos.
• Meio ambiente: clima árido, semiárido, tropical, subtropical, equatorial, temperado e polar.

Física e Química

• Eletromagnetismo: cargas elétricas, eletrização de Corpos e Lei de Coulomb.


• Leis de Newton: Princípio da Inércia, Princípio Fundamental da Dinâmica e Princípio da
Ação e Reação.
• Estados Físicos: fase gasosa, fase sólida, fusão, liquefação, solidificação e sublimação.
• Tabela Periódica: elemento químico, metais, gases nobres e carbono, ligações químicas,
regra do octeto, ligação covalente, ligação iônica e ligação metálica.

Teoria Prática
Resumos dos temas que Dezenas de questões
mais caem nas provas para você praticar
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