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Aula 03

SESACRE - História e Geografia do Acre


- 2022 (Pós-Edital)

Autor:
Sergio Henrique

23 de Julho de 2022

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Sergio Henrique
Aula 03

SUMÁRIO

00. Bate Papo Inicial .......................................................................................................... 4


1. Amazônia e Características Gerais: O Espaço Acreano .................................................... 5
2. Aspectos Geográficos e Ecológicos da Amazônia e do Acre ............................................ 7
3. Relevo, Vegetação e suas características ...................................................................... 10
3.1. Clima ......................................................................................................................................... 10
3.1.1. Tropical Equatorial................................................................................................................................................ 10

3.2. Solos ......................................................................................................................................... 12


4. Hidrografia: Bacia Amazônica e Principais Rios do Acre................................................ 15
4.1. Rios Principais ........................................................................................................................... 16
5. Formação Econômica do Acre ...................................................................................... 18
5.1. Exportações e Importações do Acre ......................................................................................... 18
5.1.1. Exportações: 21,9 milhões de reais ...................................................................................................................... 18
5.1.2. Importações: 1,1 milhão de reais ......................................................................................................................... 18

6. Processo de Anexação do Acre ao Brasil: Tratados e Limites ........................................ 21


7. O Território do Acre, Municípios e Populações do Acre: População e Localização ........ 24
7.1. Nova Configuração do Mapa ................................................................................................... 25
7.2. Microrregiões ........................................................................................................................... 28
7.2.1. A Microrregião de Brasiléia .................................................................................................................................. 28
7.2.2. A Microrregião de Rio Branco............................................................................................................................... 29
7.2.3. A Microrregião de Sena Madureira ...................................................................................................................... 30
7.2.4. A Microrregião de Cruzeiro do Sul........................................................................................................................ 30
7.2.5. A Microrregião de Tarauacá ................................................................................................................................. 31

7.3. Atuais Municípios ..................................................................................................................... 32


8. Fluxo Migratório, Extrativismo e Zoneamento Ecológico do Acre ................................. 32
9. Modos de Vida no Campo e na Cidade ......................................................................... 39
10. Pontos Turísticos do Acre ........................................................................................... 43
10.1. Gameleira ............................................................................................................................... 43
10.2. Novo Mercado Velho .............................................................................................................. 44
10.3. Palácio de Rio Branco ............................................................................................................. 44
10.4. Biblioteca Pública ................................................................................................................... 45

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10.5. Praça da Revolução Acreana.................................................................................................. 45


10.6. Passarela Joaquim Macedo .................................................................................................... 46
10.7. Parque da Maternidade ......................................................................................................... 46
10.8. Parque do Tucumã ................................................................................................................. 47
10.9. Parque São Francisco ............................................................................................................. 47
10.10. Parque Chico Mendes ........................................................................................................... 48
10.11. Parque Urbano Capitão Ciríaco ............................................................................................ 48
10.12. Horto Florestal ...................................................................................................................... 49
10.13. Sítio Histórico Quixadá ......................................................................................................... 50
10.14. Casa de Chico Mendes.......................................................................................................... 50
10.15. Seringal Cachoeira................................................................................................................ 51
10.16. Trilha Chico Mendes ............................................................................................................. 51
10.17. Catedral Nossa Senhora da Glória ....................................................................................... 52
10.18. Rio Croa ................................................................................................................................ 52
10.19. Parque Chandless ................................................................................................................. 53
10.20. Geoglifos............................................................................................................................... 54
10.21. Serra do Divisor .................................................................................................................... 54
10.22. Festival Yawa ........................................................................................................................ 55
10.23. Casa dos Povos da Floresta .................................................................................................. 55
10.24. Cine Teatro Recreio .............................................................................................................. 56
10.25. Memorial dos Autonomistas ................................................................................................ 57
11. Orientações de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar .............................................. 58
11.1. Amazônia e Características Gerais – O Espaço Acreano........................................................ 58
11.2. Aspectos Geográficos e Ecológicos da Amazônia e do Acre .................................................. 58
11.3. Relevo, Vegetação e suas características .............................................................................. 59
11.3.1. Clima ................................................................................................................................................................... 59
11.3.2. Solo ..................................................................................................................................................................... 60

11.4. Hidrografia: Bacia Amazônica e principais Rios do Acre ....................................................... 60


11.5. Formação Econômica do Acre ................................................................................................ 60
11.6. Processo de Anexação do Acre ao Brasil: Tratados e Limites ................................................ 61
11.7. O território do Acre, Municípios e populações do Acre: população e localização ................. 62
11.8. Nova configuração do Mapa .................................................................................................. 62

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11.9. Microrregiões ......................................................................................................................... 63


11.9.1. Atuais Municípios ............................................................................................................................................... 63

11.10. Fluxo Migratório, Extrativismo e Zoneamento Ecológico do Acre ....................................... 64


11.12. Modos de vida no Campo e na Cidade ................................................................................. 65
12. Questionário de Revisão ............................................................................................ 66
Questionário - Somente Perguntas ................................................................................................. 66
Questionário - Perguntas e Respostas ............................................................................................ 66
13. Exercícios ................................................................................................................... 74
14. Referências Bibliográficas ........................................................................................ 120
14.1. Referências Bibliográficas utilizadas nos comentários das questões .................................. 120
15. Considerações Finais ................................................................................................ 122

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00. BATE PAPO INICIAL


Olá amigo concurseiro. É com muito prazer que os recebo novamente para podermos discutir
um pouco de geografia e história do Acre e desvelarmos de forma objetiva os principais tópicos para
concursos. O curso passará por mudanças ao longo do tempo. Sempre estaremos em atualização.
Este curso foi totalmente orientado pelo nosso mestre, professor Sérgio Henrique. Eu os
acompanharei em todas as dúvidas no fórum e em alguns resumos e dicas de história, que ao longo
do curso publicarei. Contem comigo a todo o momento. Vamos começar então o nosso trabalho,
vamos lá.

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1. AMAZÔNIA E CARACTERÍSTICAS GERAIS: O ESPAÇO ACREANO


Dados gerais de acordo com o último censo do IBGE:

O território do estado foi incorporado durante o ciclo da borracha no início do século XX. É
um território muito pouco povoado e pouco populoso. Vamos explicar os aspectos humanos na
nossa aula 02. Primeiramente vamos situar o estado do Acre no tempo e no espaço e conhecer mais
das características do espaço natural acreano.
O nome Acre surgiu de “Aquiri”, que significa “rio dos jacarés” na língua nativa dos índios
Apurinãs, os habitantes originais da região, que é banhada pelo rio que empresta o nome ao Estado
(Rio Acre). Os exploradores da região transcreveram o nome do dialeto indígena, dando origem ao
nome Acre.
A bandeira atual foi instituída pela Lei nº 1.170 de 1995. Ela reproduz o desenho da primeira
bandeira do estado de 1899 (Estado Independente do Acre, ou República Independente do Acre,
antes de oficialmente ser anexado ao Brasil). Suas cores são iguais às nacionais, um emblema de sua
integração à nação e a estrela vermelha, a “estrela altaneira” simboliza os bravos seringueiros
mortos na “Revolução Acreana”, ou seja, nos confrontos entre as tropas bolivianas e os seringueiros
brasileiros, que penetraram no território da Bolívia, e conquistaram militarmente, o que foi
reconhecido pela Bolívia através do tratado de Petrópolis de 1903 (veremos este assunto na aula
01. Cai muito, presença certa no concurso).

A Bandeira do Estado do Acre é um dos símbolos oficiais do estado brasileiro do Acre.

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A História do Acre está diretamente ligada ao ciclo da borracha. O látex ainda é um dos
principais produtos produzidos no estado, na liderança junto da produção de castanhas. O território
tornou-se oficialmente um estado em 1962, durante o governo João Goulart. Foi anexado ao
território brasileiro em 1903, após confrontos entre os seringalistas e as tropas bolivianas. Numa
solução diplomática assinaram o tratado de Petrópolis, em que a Bolívia reconheceu a posse do
Brasil.
É o estado mais ocidental do país. No município de Mâncio Lima, temos o ponto extremo
ocidental do país, o rio Moa, localizado na Serra do Divisor, também a maior altitude das terras
baixas acreanas, na fronteira com o Peru. A serra também é conhecida como Serra da Contamana
ou do Moa.

O Acre está localizado no espaço natural amazônico. O espaço da floresta é de difícil


ocupação humana devido aos rigores do meio ambiente e pela carência de infraestrutura, como
estradas e ferrovias. O território acreano é o limite de nossas fronteiras com a Bolívia e o Peru.
Temos que diferenciar primeiramente o que é Amazônia legal e o bioma amazônico. A floresta
enquanto bioma é internacional, ou seja, está presente em 9 países. A Amazônia legal é a que está
nos limites da fronteira do Brasil. As fronteiras com o Peru e Bolívia são de difícil vigilância pois
estão em áreas de floresta fechada (o encontro da Amazônia boliviana, peruana e brasileira). No
Acre há radares do projeto SIVAM (sistema interno de vigilância amazônica) para vigiar as fronteiras
e combater desmatamento ilegal.

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2. ASPECTOS GEOGRÁFICOS E ECOLÓGICOS DA AMAZÔNIA E DO ACRE


A geomorfologia é a área da geografia que estuda as formas do relevo da superfície terrestre,
sua origem e seus processos de transformação.
O relevo da região possui uma grande diversidade de formas, com planícies, planaltos e
depressões. Entretanto, ele é na sua maioria, de baixa altitude, predominam as planícies e as
depressões.

✓ Planaltos - superfícies mais ou menos planas, nas quais os processos de erosão predominam
e superam os de sedimentação. Situam-se normalmente acima de 200 metros, podendo
ultrapassar os 2 mil metros de altitude. Podem estar assentados em estruturas cristalinas ou
em estruturas sedimentares.
✓ Planícies - superfícies pouco acidentadas, mais ou menos planas, geralmente situadas a
poucos metros do nível do mar, embora possam ocorrer em altitudes maiores. Nessas áreas,
os processos de deposição de sedimentos superam os processos de erosão. Por serem
formados pelo acumulo contínuo de sedimentos, as planícies são formas de relevo
relativamente recentes.
✓ Depressão - relevo aplainado, rebaixado em relação ao seu entorno; nele predominam
processos erosivos.

A classificação do relevo brasileiro mais sistematizada foi feita pelo geógrafo Jurandyr
Ross. É nessa classificação que nos basearemos para compreender o relevo amazônico. A
seguir, veja o mapa que classifica o relevo brasileiro. Mas não se desespere, vamos estudar
apenas a região amazônica:

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Repare que no mapa há uma linha vermelha A-B. Ela representa um perfil topográfico
representado na figura abaixo:

No extremo norte estão presentes alguns pequenos planaltos, os Planaltos Residuais Norte-
Amazônicos (representados pelo número 5), também chamado de Planalto das Guianas. Pequenos
somente em extensão, pois aqui, no ponto mais setentrional do país, encontram-se os picos mais
altos do Brasil, como o Pico da Neblina (2.995 metros) e o Pico 31 de Março (2.974 metros). Esse
compartimento do relevo tem origem muito antiga, relacionada a movimentos tectônicos que o
soergueram. Desde então, vem sofrendo constante processo erosivo.
A Depressão Marginal Norte-Amazônica (representada pelo número 13) está localizada
entre os Planaltos Residuais Norte-Amazônicos, ao norte, e a Depressão da Amazônia Ocidental e o
Planalto da Amazônia Oriental, ao sul. Sua altitude oscila entre 200 e 300 metros.
Já a Depressão da Amazônia Ocidental (representada pelo número 12) limita-se com as
depressões Norte-Amazônica e Sul-Amazônica, sendo cortada, assim como o Planalto da Amazônia
Oriental, pela Planície do Rio Amazonas. Possui terrenos baixos, com altitudes inferiores a 200
metros, com topos planos sustentados principalmente por rochas sedimentares.
No centro dessa grande região, está a grandiosa Planície do rio Amazonas, que com seu
grande volume de água está constantemente erodindo o relevo da planície, formando as planícies
fluviais, caracterizadas por uma grande deposição de sedimentos provenientes dos rios e das áreas
mais altas.
O número 1 representa o Planalto da Amazônia Oriental, que é cortado ao meio pela Planície
do rio Amazonas. Estende-se de Manaus até o oceano Atlântico e constitui os limites norte e sul da
Bacia Amazônica. Esse planalto apresenta altitudes bem menores do que o Planalto da Amazônia
Oriental, com uma altitude média de 400 metros, recoberto por mata densa, onde se desenvolvem
árvores como a seringueira e o cacaueiro. Apresenta topos arredondados, onde se encontram alguns
morros residuais de topo plano.
No sul da região, afloram mais alguns planaltos, os Planaltos Residuais Sul-Amazônicos. Parte
dessa formação está no estado de Rondônia, junto com o os Planaltos e Chapada dos Parecis
(representado pelo número 4).

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A Planície do rio Araguaia (representada pelo número 24) também faz parte da região, pois
além de abranger o estado do Tocantins, o Araguaia é um afluente do Amazonas. É uma região plana,
com altitudes de até 200 metros, constituída por sedimentos recentes. A vegetação predominante
é de cerrados abertos e campos limpos.
Com 87% de floresta nativa, o Acre concentra 22 Unidades de Conservação (UCs) e 36 Terras
Indígenas reconhecidas – 47,9% do território protegido por lei.
Do total de UCs, três são de proteção integral: Estação Ecológica do Rio Acre, Parque Nacional
da Serra do Divisor – geridas pelo governo federal –, e Parque Estadual do Chandless (segundo maior
da Região Norte), gerenciado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
As outras 19 são de uso sustentável, ou seja, admitem a presença de moradores, que
compartilham da conservação da natureza com o uso racional dos recursos.
A formação de latifúndios em áreas do interior da Amazônia começou apenas no final da
década de 1950, a partir da expansão territorial de fazendeiros do sul do país. Estes se interessavam
em obter lucros futuros com a revenda das terras, na época muito baratas, ou com a exploração do
potencial econômico quando se abrissem vias de comunicação, tornando-as mais acessíveis. Só
depois, na década de 1960, é que este movimento de ocupação do interior amazônico pelos grandes
proprietários de terras foi impulsionado por meio de políticas governamentais específicas,
notadamente os incentivos fiscais concedidos a projetos agropecuários pela Superintendência do
Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam, criada em 1966. Por trás da política militar de integração
nacional, havia de fato a grande expansão territorial do capital rumo à Amazônia. Em duas décadas,
o capital privado foi atraído com programas de crédito e incentivos fiscais para estabelecer extensas
propriedades no sul do Pará principalmente, mas também em Rondônia, no norte do Mato Grosso
e no Acre. Os projetos agropecuários financiados pelo governo militar representaram o primeiro
movimento de um processo contínuo de formação de extensos domínios privados no interior da
Amazônia, trazendo graves consequências sociais e ambientais para a região. A expansão da
fronteira capitalista tinha como base a destruição da cobertura vegetal. A floresta representava
"desocupação", "vazio demográfico" e subdesenvolvimento. A expressão legal desta concepção
durante os anos de 1970 era a concessão de títulos sobre seis hectares para cada hectare de floresta
desmatada. Com isso, instalou-se um amplo processo de substituição ecológica, baseado no
desmatamento e na formação de pastagens cultivadas.

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3. RELEVO, VEGETAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS

Planície estreita ao norte, e depressão no restante do território, com baixos planaltos residuais, como na serra da Contamana, fronteira com o
Peru. Imagens Embrapa.

O relevo do Acre é predominantemente baixo, antigo e profundamente desgastado. As terras


baixas do acre são predominantemente depressões e planícies. A principal depressão é a
Amazônica, onde está o rio Acre, Planície Amazônica e Planalto rebaixado da Amazônia ocidental
(oeste), onde está o ponto mais alto do estado, a Serra do Divisor, com 609 m, perto da fronteira
como o Peru. A região é um parque: O parque nacional da serra do Divisor. Este é considerado o
ponto mais ocidental do Brasil.
A vegetação é constituída por extensas áreas da Floresta Amazônica com trechos mais
abertos, nos locais sujeitos às inundações, e mata fechada e com árvores altas na chamada terra
firme. É um dos estados brasileiros com maior área contínua de floresta intacta, tendo 31,51% de
seu território destinados a áreas de preservação ambiental ou reservas indígenas.
Em seu relevo predominam as formas desgastadas da depressão da Amazônia Ocidental e
algumas áreas da planície Amazônica. A oeste, na serra da Contamana, encontram-se as maiores
altitudes do estado, situadas 600 m acima do nível do mar.

3.1. CLIMA

3.1.1. Tropical Equatorial

É o clima típico da região amazônica, na região norte. Caracteriza-se principalmente por:


✓ Muito quente (altas médias térmicas, latitudes próximas ao equador).

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✓ Muito úmido.
✓ Amplitude térmica (variação) muito baixa, quase desprezível.
✓ Chuvas abundantes o ano todo.
✓ No inverno atua na Amazônia a MPA (massa polar atlântica) provocando a friagem.

A Massa Polar atlântica atua durante o inverno e no Acre (e na Amazônia em geral) provoca
o fenômeno da friagem: por poucos dias há uma queda acentuada da temperatura, que em alguns
locais pode cair à 10 em algumas localidades.
O clima equatorial acreano é do tipo úmido. Possui temperaturas bastante uniformes ao
longo do ano e estações que se distinguem pelas chuvas: Uma muito úmida e outra mais seca.

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3.2. SOLOS

O Estado do Acre apresenta uma grande diversidade de solos, em virtude de seu material de
origem ser oriundo de rochas sedimentares com influência andina. A análise dos sedimentos e dos
solos representa um dos métodos que auxiliam na reconstrução do meio ambiente e das condições
paleoclimáticas, facilitando sua compreensão e pode propiciar o uso mais adequado dos recursos
naturais.
Os solos com argila de atividade alta (Ta) ocorrem principalmente na região central do Estado
e apresentam como classes dominantes os Cambissolos vérticos e Argissolos. Na região no baixo
vale do rio laco, predominam os Luvissolos e Vertissolos. De um modo geral esses solos ocorrem em
altitudes próximas a 170m, em colinas suaves com baixo grau de dissecação. Nessa região, os solos
ocorrem sob Florestas Abertas de Bambu e de Palmeira.
Os solos são em geral eutróficos, o que imprimem à região certa potencialidade agro-pastoril.
No entanto, apresentam restrições em virtude do relevo regional, suave ondulado e ondulado, o que
facilita a erosão, e pela drenagem interna semi-impedida (moderada a imperfeitamente drenada),
em razão dos sedimentos argilosos e sitiosos com pouca permeabilidade.
Hipotetiza-se que o regime hídrico dos solos (pedoclima), exerça uma forte influência no tipo
de vegetação (Floresta aberta de bambu e palmeiras), na dificuldade de conservação das estradas
(material plástico e pegajoso) e no próprio uso pelos agricultores (no período chuvoso o solo torna-
se “pesado”, encharcado; e no período seco, torna-se excessivamente endurecido).
No Estado, o fator climático, expresso por temperaturas elevadas (média 32%) e altas
precipitações (2200 mm) praticamente durante todo o ano, permite que os solos sejam
desenvolvidos sob ação de intenso intemperismo químico e lixiviação que, em associação com o tipo
de material geológico e o tempo, originam solos de feições físicas e químicas peculiares.

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✓ Os Cambissolos são ricos quimicamente (eutróficos) e com argila de atividade alta (Ta) e muitos
com caráter vértico, ou seja, apresentam fendas no período seco e são solos difíceis de trafegar
durante a estação chuvosa. São solos normalmente rasos ou pouco profundos e apresentam
restrição de drenagem, principalmente em razão da presença de minerais de argila expansíveis
(argilas 2:1). Quando Eutróficos, geralmente apresentam altos teores de cálcio (Ca), magnésio
(Mg) e, surpreendentemente, alumínio (Al). Quando distróficos, apresentam baixos teores de
cálcio e magnésio, situação em que a saturação por alumínio, muitas das vezes, é superior a
50%, ou seja, apresentam restrições no tocante à fitotoxidez por alumínio.
✓ Plintossolos: solos sujeitos ao excesso de água (encharcamento) temporário, em alternância
com período seco. Apresenta a matriz com cores cinza e pontuações vermelhas (horizonte
plíntico) iniciando em profundidades menores que 40 cm a partir da superfície do solo.
✓ Gleissolos: São permanentemente ou periodicamente saturados por água. Caracterizam-se
pela forte gleização (cores acinzentadas), em decorrência do regime de umidade que favorece
as condições redutoras do solo. Geralmente apresentam argilas de alta atividade e elevados
teores de alumínio trocável. Não apresentam grandes problemas de fertilidade.
✓ Latossolos: Em geral localizados em ambientes de relevo plano a suave ondulado. São os solos
mais velhos da paisagem, apresentando uniformidade de cor, textura (proporção de areia, silte
e argila) e em geral distróficos (pobres quimicamente), profundos e bem drenados. Possuem
acidez elevada e baixos teores de cálcio, magnésio e potássio.
✓ Argissolos: Possuem como característica marcante o horizonte B24 textural (incremento
significativo de argila do horizonte A25 para o horizonte B) e baixa atividade da argila, muitos
deles com alta saturação por alumínio. Em muitos casos, são solos que apresentam drenagem
moderada e baixa ou média fertilidade natural, em razão do predomínio de minerais de argila
de baixa atividade. Por estarem muitas vezes associados às condições de relevo mais
movimentado, são também bastante suscetíveis à erosão.
✓ Neossolos: Os Neossolos Flúvicos são solos resultantes de depósitos recentes de origem fluvial
ou lacustre. Dada sua formação, apresentam uma sucessão de camadas estratificadas sem
relação pedogenética entre si. Geralmente ocorrem nas margens de rios e grande igarapés,
sendo que sua fertilidade está diretamente relacionada com a qualidade do sedimento
depositado. Os NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS possuem mais de 90% de areia em todo o perfil
e tem baixa fertilidade.
✓ Luvissolos: Apresentam argila de alta atividade, caráter eutrófico (V26 ≥ 50%), além da
presença de horizonte B textural. Estão normalmente associados a relevo mais movimentado
e a solos pouco profundos, conferindo-lhes relativo grau de suscetibilidade à erosão, o que,

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aliado ao fato de apresentarem drenagem deficiente, restringe seu uso agrícola, apesar da
elevada fertilidade natural.
✓ Vertissolos: São solos rasos, imperfeitamente drenados, com horizonte superficial do tipo A
moderado. As cores no horizonte A são brunadas. O escurecimento superficial se dá em razão
dos maiores teores de matéria orgânica. A consistência a seco é extremamente dura. A textura
geralmente é argila-siltosa e o horizonte C apresenta cores no mesmo matiz do horizonte A,
porém com cores mais acinzentadas. A estrutura é maciça, que se desfaz em pequenos a
médios blocos angulares e subangulares, o que evidencia o processo de expansão e contração.

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4. HIDROGRAFIA: BACIA AMAZÔNICA E PRINCIPAIS RIOS DO ACRE


Os rios da Bacia Hidrográfica Amazônia possuem seus
cursos no Acre em regiões de planícies e depressões. Esses
rios possuem uma pequena variação altimétrica e não
possuem em geral quedas d’agua, tornando-os
excelentemente navegáveis. Os rios de planície serpenteiam
formando trajetos como o que você pode observar. A esses
trajetos serpenteantes chamamos Meandros. Os trechos
retilíneos dos rios são chamados de estirões.
É muito importante identificar os principais rios
acreanos. São parte da bacia do rio Amazonas. O Principal rio
do estado é o Purus, um afluente sul do rio Amazonas. O Rio
Purus se encontra na região central do Estado.
O Rio Acre, é de grande importância, pois corta a capital Rio Branco, é um afluente do rio
Purus, portanto um subafluente amazônico. Ele se encontra no centro-sul do Estado.
O Rio Juruá é outro destaque, é o que se encontra mais a oeste do Estado do Acre, assim
como seus principais afluentes Moa, Juruá Mirim, Paraná dos Moura, Ouro Preto, pela margem
esquerda, o Valparaíso, Humaitá e Tejo, pela margem direita.
✓ Rios de planície totalmente navegáveis.
✓ Drenagem exorréica. Vão em direção ao Amazonas que corre para o mar.
✓ Abastecimento pluvial equatorial no Brasil.
O acesso à água tratada na região norte para a população ribeirinha é bastante precário. Há
muitas mortes provocadas pelo consumo de água contaminada e doenças e infeções são muito
comuns.

No Acre temos um rio subterrâneo e parte de um grande sistema aquífero da Amazônia.


✓ Em 2011 pesquisadores divulgaram a existência de um rio subterrâneo batizado de rio
Hanza – de 6000 km sob a bacia do Amazonas.
✓ O aquífero amazônico foi recentemente rebatizado pelos pesquisadores da UFPA de
SAGA (aquífero grande Amazônia) e possui três núcleos principais: Solimões, Amazonas
e Marajó.

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4.1. RIOS PRINCIPAIS

✓ Juruá, Tarauacá (afluente da margem direita do Juruá), Muru (desemboca no rio Tarauacá,
na cidade do mesmo nome). O Tarauacá também recebe o rio Envira. Em 2014 ocorreram
grandes enchentes no Tarauacá e Murú, que chegou a 10,6 m (seu limite de
transbordamento é 9,5 m e a de alerta 8,5).

Moradores tiveram que sair de casa de barcos devido às enchentes.

✓ Purus, Xapuri (desemboca no rio Acre), e Acre (afluente da margem direita do Purus). Os
rios Acre e Xapuri estão à leste do estado, no entorno de Rio Branco.

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✓ O rio Envira (no Sul o estado. É um rio binacional, ou seja, é de livre navegação pelo Peru e
Brasil. Este acordo foi estabelecido pelo tratado do Rio de Janeiro de 1909. Sua nascente é
peruana e é afluente do Tarauacá. No Brasil o Rio Envira está passa pelo Acre e Amazonas.

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5. FORMAÇÃO ECONÔMICA DO ACRE


Historicamente, a economia acreana baseia-se no extrativismo vegetal, sobretudo na
exploração da borracha, que foi responsável pelo povoamento da região. Atualmente, a madeira é
o principal produto de exportação do estado, que também é grande produtor de castanha-do-pará,
fruto do açaí e óleo da copaíba.
Os cultivos de mandioca, milho, arroz, feijão, frutas e cana-de-açúcar são a base da
agricultura. A indústria, por sua vez, atua nos seguintes segmentos: alimentício, madeireiro,
cerâmica, mobiliário e têxtil.
O Acre apresenta dois grandes polos econômicos: o vale do rio Juruá, que tem a cidade de
Cruzeiro do Sul como principal núcleo urbano; e o vale do rio Acre, que é mais industrializado, possui
maior grau de mecanização e modernização no campo, apresenta maior potencial nas atividades
agrícolas, grande produtor de borracha e alimentos (mandioca, arroz, milho, frutas, etc.), além de
abrigar a capital estadual, Rio Branco.

5.1. EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES DO ACRE

5.1.1. Exportações: 21,9 milhões de reais

✓ Madeira compensada e perfilada: 49%.


✓ Madeira serrada ou em folha: 27%.
✓ Frutas: 21%.
✓ Outros: 3%.

5.1.2. Importações: 1,1 milhão de reais

✓ Aviões: 35%.
✓ Peças para motor: 23%.
✓ Manivelas: 14%.
✓ Máquinas e equipamentos: 9%.
✓ Papel: 4%.
✓ Bronze: 4%.
✓ Outros: 11%.

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Gráfico 1 - Desempenho econômico mediano do Vale do Acre, 1996/1997 e 2005/2006,


Acre – Brasil.

Fonte: ASPF (2014). Elaboração Própria.


Obs.: Valores atualizados Fev/2015.
Resultados medianos; *Relatório ao período 1996/1997; BR - Renda Bruta; MBF - Margem Bruta
Familiar; VBCC - Bens de Consumo Comprados no Mercado: LDM - Linha de Dependência do Mercado; AC – Autoconsumo; NV - Nível de Vida.

Destacam-se no Estado, como atividades econômicas mais significativas, a exploração da


borracha e da madeira. Os ciclos da borracha no Brasil atraíram para o Estado do Acre, desde o
século passado, um contingente populacional formado principalmente por nordestinos. A queda do
preço do produto no mercado internacional fez com que muitos seringais fossem desativados e a
produção de borracha decresceu acentuadamente no Acre. O seringueiro passou então a diversificar
suas atividades, estando hoje as florestas acreanas permeadas de comunidades extrativistas. O
gerenciamento direto da floresta pela população que nela habita, tornando-se o agente responsável
por si e pelo que pode significar a preservação da floresta é o recomendável.
A Floresta Estadual do Antimary, que abrange 66.168 hectares, no centroleste do Estado, foi
escolhida como área de estudo de modelos de utilização da floresta tropical. A população local é
formada predominantemente por seringueiros, e as principais fontes de renda das famílias são a
exploração da castanha e da borracha. O Plano de Manejo de Uso Múltiplo da Floresta do Antimary
é financiado pela International Tropical Timber Organization (ITTO), com contrapartida do governo
brasileiro.
O ponto de partida para a interpretação das tipologias florestais foi o mapa confeccionado a
partir de imagens de satélite. Optou-se pela determinação de regiões de manejo, nas quais poderiam
ser agrupados mais de um estrato, desde que não houvesse grande diferenciação entre as espécies
potenciais. Definiram-se então três tipologias básicas: Floresta Densa; Floresta Densa de Várzea; e
Floresta Aberta com Bambu.
Segundo levantamento socioeconômico na Floresta do Antimary, estima-se uma produção
anual potencial de 200 toneladas de borracha natural e 44 toneladas de castanha do Brasil "in
natura". A borracha representa o produto mais importante da economia de extrativismo, havendo

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no Antimary um total de 544 estradas de seringa (114 árvores de seringueira em média por estrada)
nas colocações. A castanha do Brasil é o segundo produto do extrativismo da Floresta do Antimary,
sendo coletada no período da entre-safra da borracha, que ocorre de dezembro a fevereiro.
Das 1.244 espécies de plantas registradas, 674 foram designadas como tendo potencial de
uso pelo extrativismo. Estes usos estão divididos em categorias, entre as quais destacam-se: para a
nutrição humana (frutas de árvores, arbustos, palmeiras e cipós); para a construção civil, que inclui
aquelas espécies que os extrativistas usam na construção de suas casas (cumaru ferro, itauba etc.);
madeira para botes — espécies utilizadas na construção de canoa, (arapari, itaúba, maçaranduba
etc.); para fazer ferramentas para caça e pesca — incluem-se espécies adequadas a caniços e
armadilhas; para utensílios variados — incluem-se espécies adequadas para a fabricação de facas,
utensílios para a extração do látex etc.; remédios (como barba de paca, que é usada como
coagulante do sangue, para uso externo); lenha e carvão — várias espécies arbóreas são incluídas
nesta categoria, como ingá ferradura e o louro. As estradas de seringa estão sendo utilizadas como
limites para facilitar o processo de determinação da área a ser manejada. De acordo com as
condições de ocorrência de espécies comerciais, topografia, distância das margens, mão-de-obra
disponível e área total, foram determinados os compartimentos onde serão realizadas anualmente
as atividades do projeto.
O bambu é um dos produtos a ser explorado no Acre. Em todo o mundo, existem mais de mil
espécies de bambus herbáceos e gigantes, distribuídos em cerca de 50 gêneros. No Brasil, as
espécies de ocorrência da região amazônica recebem vulgarmente o nome de taboca ou taquarussu.
No Acre, como na Amazônia de maneira geral, o bambu nativo é pouco utilizado. Em certas regiões
é usado pelo seringueiro apenas como tigela para coleta do látex ou como ponte sobre pequenos
igarapés. Na biodiversidade das florestas acreanas, destaca-se, entre outras espécies, o bambu
nativo, encontrado em grande quantidade em todo o território do Acre.
O único Distrito Industrial existente no Estado, localiza-se no município de Rio Branco,
possuindo infra-estrutura básica de transportes coletivos, vias de acesso, energia elétrica e linhas
telefônicas, porém grande parte dos empreendimentos ali instalados encontram-se com suas
atividades paralisadas.

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6. PROCESSO DE ANEXAÇÃO DO ACRE AO BRASIL: TRATADOS E LIMITES


Depois de um período de calmaria, uma nova crise se instaurou no fim do século XIX, com a
retomada das reclamações lindeiras em relação ao Acre. O contexto nesse momento era de
migração em massa de brasileiros para a região, atraídos pelo ciclo da borracha. Ao mesmo tempo,
a Bolívia não estava disposta a ceder sua soberania sobre o território e encontrava apoio no Brasil.
As tensões entre uma situação de fato e outro de direito motivaram levantes no Acre, como a
declaração de independência feita por Gálvez e a posterior reinvindicação da anexação pelo Brasil.
Sem o apoio brasileiro, a revolta foi abafada pela Bolívia, mas a situação constante de insurgência
permanecia e revelou uma incapacidade do governo boliviano em instaurar sua soberania sobre a
região, o que o levou a conceder a exploração do território a um conglomerado anglo-americano.
Essa decisão não só gerou uma nova revolta como a reação do Brasil, que não aceitaria a concessão
do Acre a um grupo internacional.
Foi nesse momento que o Barão do Rio Branco entrou em cena e se concentrou, de início, em
tirar o Bolivian Syndicate das negociações. Para isso, a navegação dos rios da região foi bloqueada,
assim como foi paga uma indenização ao conglomerado. Com o aumento da tensão entre a Bolívia
e revoltosos, tropas do país foram enviadas ao Acre. O Brasil reagiu e também deslocou tropas para
a fronteira, o que pressionou a Bolívia a negociar. Em novembro de 1903, o Tratado de Petrópolis
encerraria o caso, mediante a compra do território acreano pelo Brasil.
Para chegar a um acordo exitoso com a Bolívia e, ao mesmo tempo, manter relações
amistosas com os Estados Unidos na política continental, seria necessário que o Brasil resolvesse a
questão da compensação ao Bolivian Syndicate, para que o grupo desistisse da ocupação do Acre.
Nas negociações que o Barão de Rothschild mediou com o conglomerado, ficava claro que,
com a revolta de Plácido de Castro e o bloqueio naval imposto pelo Brasil, a continuidade do Bolivian
Syndicate como empreendimento rentável estava substancialmente comprometida. O que faltava
decidir era quem arcaria com as compensações financeiras exigidas pelo consórcio para desistir dos
seus negócios no Acre.
Dilapidada territorialmente ao longo dos anos e com uma economia frágil, a Bolívia não tinha
condições de compensar financeiramente o Bolivian Syndicate. O Brasil, então, se viu na necessidade
de assumir a indenização e pagou ao grupo a quantia de cento e quatorze mil libras esterlinas,
incluídas as despesas da comissão de negociação. Assim, em fevereiro de 1903, o Bolivian Syndicate
desistiu formalmente do empreendimento no Acre.
Restavam agora as negociações com a Bolívia para a compra do território em disputa. O
processo teve dois momentos distintos, o primeiro em La Paz, onde foi estabelecido um modus
vivendi entre as partes, que resultaria no segundo momento das negociações, em Petrópolis, para o

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tratado que recebeu o nome dessa cidade brasileira e encerrou a disputa entre Brasil e Bolívia pelo
território acreano.
O protocolo celebrado em 21 de março de 1903, em La Paz, se compõe de oito artigos para
regular a situação caótica que havia sido instaurada com a crise acreana até que se obtivesse um
desfecho definitivo à questão. Os termos definidos foram os seguintes:
Artigo I - O Brasil ocuparia militarmente a região em litígio nos paralelos estabelecidos pela interpretação do
Barão do Rio Branco com relação ao Tratado de Ayacucho;
Artigo II - O comandante das tropas brasileiras estacionadas no território se encarregaria do policiamento local
e do monitoramento das fronteiras pré-definidas pelo artigo anterior;
Artigo III - O Brasil reconheceria os territórios ao sul do paralelo limítrofe estipulado como território boliviano,
conforme acordado no Tratado de Ayacucho, até a formulação de um no tratado, sendo que as forças militares
==1fee5a==

de ambos os países deveriam se deter no território para si estipulado;


Artigo IV - Os comandantes militares de ambos os lados se encarregariam de manter a ordem e evitar a eclosão
de qualquer conflito na região;
Artigo V - O Brasil assumiria a arrecadação fiscal das atividades extrativistas ao norte do paralelo de dez graus
e vinte minutos, cedendo cinquenta por cento dos ganhos à Bolívia; Artigo VI - A Bolívia se encarregaria de
comunicar às suas tropas que se detivessem e retrocedessem a qualquer posição da qual tivessem avançado;
Artigos VII e VIII - O Brasil e a Bolívia teria um prazo de quatro meses para regressar suas tropas para trás das
linhas estabelecidas no protocolo. Essas disposições tiveram êxito em pacificar o Acre e estabelecer as condições
para uma segunda rodada de negociações, realizadas em novembro de 1903, em Petrópolis. A delegação
brasileira foi chefiada por Rio Branco e contou ainda com os diplomatas Joaquim Francisco de Assis Brasil e Rui
Barbosa, que, apesar de ter sido contrário às posições de Rio Branco ao longo da disputa territorial com a Bolívia,
agregava confiabilidade ao tratado negociado.

No que se refere às questões práticas para a anexação do Acre, o documento estipulou:


Artigo I - O Acre seria anexado ao território brasileiro, por meio de algumas permutas de terras, esmiuçadas em
onze subdivisões técnicas;
Artigo II - A permuta de territórios teria caráter perpétuo, com as bases legais e de direito conforme a
competência soberana em cada espaço territorial estabelecido no artigo anterior;
Artigo III. Por não haver equivalência nas áreas dos territórios permutados entre as duas Nações, os Estados
Unidos do Brasil pagarão uma indenização de 2.000.000 (dois milhões de libras esterlinas), que a Republica da
Bolívia aceita com o proposito de aplicar principalmente na construção de caminhos de ferro ou em outras obras
tendentes a melhorar as comunicações e desenvolver o comércio entre os dois países. O pagamento será feito
em duas prestações de um milhão de libras cada uma: a primeira, dentro do prazo de três meses, contando da
troca das ratificações do presente Tratado e a segunda em 31 de março de 1905. (Tratado de Petrópolis, 17 de
novembro de 1903).
Artigo IV - A permuta territorial ficaria sujeita a processo arbitral para julgar qualquer transgressão dos acordos
firmados;
Artigo V - O Brasil e a Bolívia teriam um prazo de oito meses para definir um tratado sobre a navegação dos rios
da região, em que se garantiria o livre trânsito de ambos os países;

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Artigo VI - Os impostos devidos em trânsito na região respeitariam uma uniformidade;


Artigo VII: Os Estados Unidos do Brasil obrigam-se a construir em território brasileiro, por si ou por empresa
particular, uma ferrovia desde o porto de Santo Antônio, no rio Madeira, até Guajará-Mirim, no Mamoré, com
um ramal que passando por Vila Murtinho ou em outro ponto próximo (Estado de Mato Grosso) chegue até Villa
Bella (Bolívia), na confluência do Beni e do Mamoré. Desta ferrovia, que o Brasil se esforçará por construir no
prazo de quatro anos, usarão ambos os países com direito as mesmas franquias e tarifas. (Tratado de Petrópolis,
17 de novembro de 1903).
Artigo VIII - A conclusão da divisão territorial na região ficaria pendente da resolução das questões limítrofes
com o Peru.

Por esse último artigo, então, a divisão territorial só estaria concluída com a resolução dos
litígios com o Peru. Ressentido pelas perdas territoriais desde o fim da confederação formada com
a Bolívia no século XIX, o Peru reivindicava porções territoriais na região da nascente do rio Javari,
que geravam interpretações dúbias desde o Tratado de Ayacucho.

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7. O TERRITÓRIO DO ACRE, MUNICÍPIOS E POPULAÇÕES DO ACRE:


POPULAÇÃO E LOCALIZAÇÃO

Sua população é composta por vários imigrantes, entre eles destacam-se: nordestinos,
sulistas e paulistas. A população indígena totaliza 14.318 pessoas.
O crescimento demográfico acreano é de 2,8% ao ano, com densidade demográfica
caracterizada baixa, aproximadamente 4,4 habitantes por quilômetro quadrado. A maioria da

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população reside em áreas urbanas (72,6%), já os moradores das áreas rurais somam 27,4%. A
divisão populacional conforme o sexo é a seguinte: homens 50,2%, mulheres 49,8%.
Rio Branco, capital do Acre, é a cidade mais populosa do estado, totaliza 336.038 habitantes,
ou seja, quase metade do contingente populacional acreano. Outras cidades populosas são: Cruzeiro
do Sul (78.507), Sena Madureira (38.029), Tarauacá (35.590), Feijó (32.412), Brasileia (21.398).
Menos de 40% da população tem acesso a água tratada, o acesso a rede de esgoto também
é bastante restrito, beneficiando apenas 34,8% dos habitantes. A taxa de analfabetismo é de 15,4%
e a taxa de mortalidade infantil é de aproximadamente 28,9 óbitos a cada mil nascidos vivos,
refletida na expectativa de vida do acreano, que é de 71 anos. Todos esses fatores são responsáveis
pela média do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que, atualmente é de 0,751, fazendo com
que o Acre ocupe a 17° posição no ranking nacional, sendo o penúltimo entre os estados nortistas,
à frente apenas de Roraima.

7.1. NOVA CONFIGURAÇÃO DO MAPA

Mesmo após os tratados de Petrópolis (17/11/1903) e de Limites com o Peru (08/09/1909),


as fronteiras do Estado do Acre com os vizinhos brasileiros (Rondônia e Amazonas) ainda
continuaram indefinidas e sendo motivo para disputas políticas, a exemplo das vilas Extrema e Nova
Califórnia, bem como de diversas contendas jurídicas impetradas.
A linha divisória superior, denominada Cunha Gomes, que na definição inicial constituía-se de
uma reta, em 1940 sofreu a primeira alteração, proposta pelo órgão oficial que tratava das questões
geográficas (hoje IBGE), modificando o limite. Dessa forma, a linha, até então considerada geodésica,
ganhou modificações, transformando-se em poligonal, ou seja, apresentando uma pequena curva,
adentrando o Estado do Amazonas. Todavia, essa quebrada na linha original Cunha Gomes ainda
não foi suficiente para definir oficialmente os limites acreanos.
O Acre, juridicamente, buscou seus direitos de limites reivindicando as delimitações
propostas por Plácido de Castro, que determinava a linha divisória do Estado muito acima das
modificações de 1940.
Essa demarcação oficial tem como ponto de partida o extremo de Mâncio Lima com o Peru,
cabeceira do Rio Javary, percorrendo paralelamente a antiga linha Cunha Gomes, porém, formando
um pequeno ângulo rumo ao Amazonas, seguindo em linha reta até a Vila Guajará, onde é fixado o
primeiro ponto, marcando dessa forma, a primeira quebrada.
A partir daí, acentua-se a subida em linha reta até atingir a confluência do Rio Jurupary com
o Rio Envira, onde é fixado o segundo ponto geodésico e consequentemente a segunda quebrada.

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A partir daí, muda o curso para baixo, seguindo em linha reta até tocar na antiga linha Cunha Gomes,
na altura de Sena Madureira, e, após percorrer alguns quilômetros na linha tradicional, adentra o
território acreano, nas mediações do seringal Caquetá, município de Porto Acre, mas acarretando
perdas insignificantes das terras acreanas, em relação ao ganho obtido acima da linha divisória.
Essa proposição de limites reivindicada pelo Estado do Acre apresenta uma nova configuração
no formato do mapa acreano, onde a parte superior vai apresentar uma “corcunda” mais acentuada.
Para o Estado, essa demarcação representa um ganho territorial de 1,2 milhão de hectares. A decisão
que oficializou essa nova demarcação de limites foi publicada no Diário Oficial da União - Superior
Tribunal Federal, Ação Civil Ordinária, n. 415-2, de 21/02/1997 - e foi julgada, não cabendo mais
recurso, em 04/12/1996. O que está faltando então para que as autoridades acreanas tomem posse,
ocupem e oficializem definitivamente esse território, que foi delimitado por Plácido de Castro, como
sendo terras acreanas? Tendo inclusive que decretar oficialmente a mudança do nome da linha
divisória, de Cunha Gomes para Plácido de Castro, que foi quem a definiu.
Grande jurista e estudioso das questões fundiárias acreanas, o doutor Antônio Carbone, em
seu trabalho “Estruturas Fundiárias do Acre”, em 1999, chama a atenção para essa omissão
administrativa das autoridades acreanas em não terem se manifestado em relação à tomada de
posse e definição dos limites oficiais do Acre em relação aos Estados de Rondônia e Amazonas.
Na visão desse jurista, as fronteiras do Acre deveriam estender-se, inclusive, além dessa
proposição oficializada pelo STF. Ou seja, devido à homogeneidade social e cultural da região, a
situação de parte do vale do Rio Acre não pertencer ao Estado, a possibilidade de explorarmos da
cachoeira do Rio Ituxi como potencial hidrelétrico, existindo inclusive, estudos realizados pela
Eletronorte nesse sentido, entre outras razões. As fronteiras do Acre deveriam estender-se do
Igarapé Aroma, Rio Inauini, incluindo Boca do Acre até o Rio Arauá, conforme ilustração.
Essa reivindicação ressurge inclusive, em um momento oportuno, pois, o próprio Estado do
Amazonas está tomando nova configuração com a subdivisão do seu território em novos territórios
do Juruá, Alto Solimões e Rio Negro.

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7.2. MICRORREGIÕES

Definiu-se então em nível estadual duas mesorregiões geográficas: do Vale do Juruá e a do


Vale do Acre; e cinco microrregiões geográficas: de “Brasiléia”, de “Rio Branco” e de “Sena
Madureira” no Vale do Acre; de “Tarauacá” e de “Cruzeiro do Sul” no Vale do Juruá.
No plano da configuração espacial as mesorregiões do Vale do Acre e do Vale do Juruá
correspondiam aos territórios das antigas microrregiões homogêneas do Alto Purus e Alto Juruá
respectivamente. Todavia, as mudanças de denominações denotam especialmente a maior
diversificação na produção do estadual: não são mais as microrregiões homogêneas, baseadas na
hidrografia, que se dividem internamente o Estado, pois a complexidade do espaço produzido já dá
outra configuração regional. Isto justificou na divisão interna do Acre nas cinco microrregiões
geográficas referidas. As mudanças de escalas territoriais são denotadas pelas trocas internas nos
nomes dos “fatos geográficos” denominadores: alto-rio (elemento natural do curso do rio dá
dimensão geomorfológica de extensão trajeto fluvial) para vale (em que o elemento natural dá a
dimensão territorial de áreas de abrangências demanda pelo rio). Já não é o rio de maior expressão
a dominar a região, mas o território em que estrategicamente projetam os centros hegemônicos no
processo produtivo no Estado. Nisto, por exemplo, podemos compreender o porquê da
denominação da Mesorregião Geográfica Vale do Acre, quando o rio Acre é na verdade um afluente
do rio Purus. O conteúdo que expressa a região drenada pelo Rio Acre e ele em si próprio,
historicamente, conferiram-lhe a condição de um significado geopolítico que, na Amazônia, que
extrapola ao limites de sua rede hidrográfica (tanto que foi este Rio que deu o nome ao Estado e não
os rios principais: Purus e Juruá). Este significado, somente foi captado como identificador regional
dado ao plano das relações sócio-espaciais e territoriais aí estabelecidas.
No Acre, podemos dizer que com a identificação das microrregiões geográficas, tentou-se
apreender tais especificidades. Porém, as dificuldades operacionais fizeram que o processo social
produtor de especificidades, ainda não fosse apreendido em sua forma integral manifestada. Com
estes termos, do ponto de vista de operacionalização, os limites políticos dos territórios municipais,
ainda são as bases concretas para definir as microrregiões. Todavia, é inegável que isso já significou
um avanço na tentativa de captar as diversidades regionais acreanas.

7.2.1. A Microrregião de Brasiléia

Localizada no Sul do Estado, abrange os municípios de Brasiléia, Epitaciolância, Xapuri e Assis


Brasil. No tocante ao aglomerado urbano, Brasiléia junto com Epitaciolândia e a cidade boliviana de
Cobija, forma um “contínuo urbano” de aproximadamente setenta e cinco mil habitantes. No âmbito
macrorregional, caracteriza-se como a segunda área com maior expressividade da vida urbana na

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Amazônia-acreana. Isto reflete na tendência da firmação, aí, de um centro comercial em territórios


bi-nacionais, de que a cidade boliviana já é uma “zona de livre comércio”.
Todos os municípios são drenados pelo Rio Acre em trechos de seu médio e alto curso e, com
exceção de Xapuri, os demais são áreas de limites internacionais com as repúblicas da Bolívia e do
Peru. Sob o ponto de vista natural, caracteriza-se por floresta densa, onde sobressai uma flora
diversificada muita valiosa em espécies. Isto fez desses territórios, áreas densamente povoadas por
seringueiros, desde a ocupação inicial do Acre pela frente pioneira extrativista no final do século XIX.
Dado essa situação com o avanço da frente pioneira agropecuária recente, tornaram-se áreas de
intensos conflitos e luta pela terra. Isto reflete na realidade recente da questão agrária acreana com
a implantação grandes fazendas de criação bovina, áreas de colonização e áreas de unidades de
conservação de uso direto e indireto. Dentre as unidades de conservação de uso direto, a Reserva
Extrativista Chico Mendes é também uma expressão da luta dos trabalhadores extrativistas na
conquista de seu território de vivência. Aliado a isso a participação política e efetiva dos
trabalhadores em sindicatos rurais, cooperativas e associações, demonstra uma região bastante
suscetível a projetos alternativos de desenvolvimentos.

7.2.2. A Microrregião de Rio Branco

Abrange áreas centro-leste do Vale do Acre, sendo drenados por rios da Bacia Hidrográfica
do Purus (rio Acre e seus afluentes) e da Bacia Hidrográfica do Madeira (rio Abunã e seus afluentes).
Forma-se pelos municípios de Rio Branco, Porto Acre, Bujari, Capixaba, Senador Guiomard, Plácido
de Castro e Acrelândia. É a microrregião mais populosa; economicamente, a mais importante e é
também, localização da sede do poder político estadual em “Rio Branco” – a capital do Estado. Por
estas condições, centraliza a principal praça comercial e as poucas indústrias locais.
No conjunto, isto se materializa com uma enorme disparidade no padrão de desenvolvimento
econômico e nos serviços prestados, entre a capital e os municípios vizinhos. Ademais, é nesta região
que alguns municípios apresentam os maiores índices de áreas desmatadas (como Acrelândia com
27,73%, Plácido de Castro com 41,45% e Senador Guiomard com 51,41%, conforme dados da
Fundação de Tecnologia do Acre – FUNTAC em 1999, citado in: ACRE, 2000). Disto provém ser esta
região área de grande expansão das atividades agrícolas e pecuárias no Estado.
Partindo das situações constatadas, podemos afirmar que nesta microrregião, sob o ponto de
vista dos processos sociais que a reproduz, já há uma diferenciação regional consolidada
internamente. Se tivermos a regionalização como um processo de busca de eficiência aos programas
e políticas de desenvolvimento, é necessário iniciar esta discussão com vista a possibilidade de uma
divisão microrregional.

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Possivelmente, seja mais viável tratarmos da divisão nas “regionais de desenvolvimentos”.


Todavia, a isto retornaremos mais adiante.

7.2.3. A Microrregião de Sena Madureira

Situa em áreas centrais território acreano, sendo que suas terras estendem de norte a sul do
Estado, correspondendo aos municípios de Sena Madureira, Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus.
São drenados pelos rios Purus e seu afluente Iaco, que constituem nas principais vias de transportes
por extensas áreas da microrregião. Os municípios de Sena Madureira e Manoel Urbano, em sua
porção norte, é cortando pela BR364 (sentido leste/oeste), de onde partem diversas estradas vicinais
em áreas de colonização e fazendas de criação de gado bovino.
O predomínio majoritário de áreas florestais faz do trabalhador florestal – o seringueiro, um
sujeito social de grande expressão no ambiente rural, junto aos colonos, ribeirinhos e fazendeiros4
. Há também vários grupos indígenas que habitam áreas dos altos rios, sendo que a maioria já produz
numa economia de subsistência, baseada na agricultura e até na criação de poucos animais bovinos
(sem, contudo, ter deixado a caça e a pesca), os quais regionalmente são denominados de
“caboclos”.

Na Mesorregião Geográfica do Juruá temos:

7.2.4. A Microrregião de Cruzeiro do Sul

Corresponde a parte mais ocidental do Acre em que se localizam os municípios de Cruzeiro


do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo. Trata-se de uma área
fronteiriça com a República do Peru, na costa oeste, sendo que suas terras estendem de norte a sul
do Estado. São áreas drenadas pelo Rio Juruá e seus afluentes, destacando como principal o Rio Noa.
As características geomorfológicas irregulares demonstram um relevo que estende de
planícies às áreas serranas (na Serra do Divisor, que já é formação préandina). Aí a floresta é
dominante, sendo que os municípios com maiores percentuais de seus territórios desmatados são:
Rodrigues Alves com 7,30% e Cruzeiro do Sul com 4,21%. Com essas especificidades, teve-se em
áreas dessa microrregião a instalação do Parque Nacional da Serra do Divisor (Criado em 16/06/1986
pelo Decreto Federal n° 97 839) que é a maior Unidade de Conservação de Uso Indireto no Acre; e,
a Reserva Extrativista do Alto Juruá (RESEX Alto Juruá) que foi a segunda Unidade de Conservação
de Uso Direto criada no Estado, já na década de 1990. As áreas desmatadas correspondem a: antigas
localidades ribeirinhas, proximidades das cidades e vilas e margens das estradas existentes; aí se
localizam áreas de colonização e fazendas de criação de gado bovino. Dados essas características em
áreas florestais, a medida que se afasta dos núcleos urbanos, as figuras sociais que sobressai é a do

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seringueiro e colono ribeirinho, em antigos seringais e áreas da atual RESEX do Alto Juruá, e de
indígenas (extratores, coletores e agricultores de diversas nações), em áreas de reservas.
A cidade de Cruzeiro do Sul, com uma população pouco superior a quarenta mil habitantes (a
segunda cidade do Estado em população), exerce a condição de núcleo central em nível
microrregional, o que confere certa liderança sobre os demais municípios. Todavia, entendemos que
aí, dado a situações atuais, inclusive com a implantação de novos municípios (Rodrigues Alves, Porto
Walter e Mal. Thaumaturgo em 1991/92), a distância física e as características dos processos
produtivos a que submete cada lugar, já se fazem necessário rediscutir as possibilidades de outra
divisão microrregional, juntamente com a microrregião de Tarauacá.

7.2.5. A Microrregião de Tarauacá

Localiza-se em áreas centrais do Estado, em recorte territorial que se estende de norte a sul.
Corresponde aos municípios de Tarauacá, Jordão e Feijó em áreas drenadas pelos rios Tarauacá e
Envira respectivamente (afluentes do Juruá). Na parte norte dos territórios dos municípios de Feijó
e Tarauacá, a BR-364 faz a ligação por terra entre as duas cidades e de forma precária, dessas com
Rio Branco e Cruzeiro do Sul. São nesses trechos da Rodovia que se localiza as principais áreas de
colonização e fazendas de criação bovinas (o que também ocorre em áreas ribeirinhas, porém com
menor freqüência), mas com menos representação que noutras microrregiões. Nas áreas florestais
a população seringueira é predominante e, sejam em terras firmes (áreas centrais distantes dos rios)
ou ribeirinhas (às margens), aí praticam atividades diversas que vai desde a tradicional coleta
extrativa, até práticas de pequenas lavouras e de criação de gado bovino5 . Também a população
indígena é bastante numerosa em tribos que habitam áreas na divisa com a República do Peru. Aí,
domínio dos rios como via de acessibilidade é marcante, juntamente com a floresta que cobre, em
alguns casos, praticante quase a totalidade do território municipal, como é a situação de Jordão.
Jordão é a cidade mais isolada da microrregião, localizada no alto curso do Rio Tarauacá. No
plano de sua localização e das formas de produção social estabelecidas, vemos uma maior
proximidade com os municípios de Marechal Taumaturgo e Porto Walter, de que com os municípios
de Feijó e Tarauacá. Aí, com já mencionamos, vemos uma identidade regional que se forja.
São estes os pontos básicos possíveis de captar dessa configuração regional elaborada e
aplicada após 1989.
Praticamente, o emprego dessa regionalização em nível de direcionamento a aplicação de
políticas públicas de desenvolvimento pouco fora utilizado. Somente no final da década de 1990,
essa divisão regional seria base territorial mapeada, para a (re) nominação das microrregiões como
“regionais de desenvolvimento”, embora a concepção de região aí fosse diferente da concepção de
“região geográfica”. Esta “nova regionalização” se deu no plano da gestão territorial que a equipe

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que governa o Acre (no momento em que estamos produzindo esta análise), implantou para a
efetivação de suas ações políticas em territórios definidos.
Por final, com estes apontamentos visamos nos situarmos no conjunto da regionalização
acreana. Um estudo minucioso sobre cada microrregião terá condição de identificar certas nuanças
que não se pode captar numa leitura mais geral como esta; e, tampouco sob as bases conceituais
que nortearam as “regionais de desenvolvimento”. Isto é o suficiente para afirmarmos que, no Acre,
já se faz necessário avançar com propostas de regionalizações, mais coerentes e realistas, tanto do
ponto de vista das políticas administrativas defendidas, como da sociedade localizada e também das
concepções científicas e filosóficas que norteiam tais processos (o que por sinal, foram poucas
consideradas pela equipe responsável na definição das “regionais de desenvolvimento”).

7.3. ATUAIS MUNICÍPIOS


Posição Município População
1 Rio Branco 407 319
2 Cruzeiro do Sul 88 358
3 Sena Madureira 43 310
4 Tarauacá 41 976
5 Feijó 35 092
6 Senador Guiomard 24 808
7 Brasileia 24 274
8 Plácido de Castro 18 862
9 Xapuri 18 685
10 Mâncio Lima 18 528
11 Marechal Thaumaturgo 18 539
12 Rodrigues Alves 18 502
13 Porto Acre 18 176
14 Epitaciolândia 18 120
15 Acrelândia 16 304
16 Porto Walter 11 017
17 Bujari 10 079
18 Capixaba 9 947
19 Manoel Urbano 8 570
20 Jordão 8 140
21 Assis Brasil 6 393
22 Santa Rosa do Purus 5 952

8. FLUXO MIGRATÓRIO, EXTRATIVISMO E ZONEAMENTO ECOLÓGICO DO


ACRE
A territorialidade construída por índios, seringueiros, regatões, ribeirinhos e sulistas, a partir
de suas trajetórias, condiciona sua participação no processo de construção de uma identidade

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acreana. Cada um desses segmentos atua como sujeito social que busca a realização de um projeto
que possibilite a manutenção dos modos de vida que historicamente vem constituindo uma relação
tensa e conflituosa de uns com os outros e de todos com a natureza. As trajetórias históricas e
culturais experimentadas por tão diferentes atores sociais ao longo da formação da sociedade
acreana deram origem a uma realidade multifacetada que, mais do que uma síntese das diferenças,
realiza e atualiza a noção de uma identidade regional a partir de sua interação.
Essa contínua construção das identidades acreanas detém focos, sendo o principal deles a
relação cultural com a floresta. Esse imaginário florestal, portanto, torna-se uma das formas de
resistência e um dos elementos de contágio às demais frações territoriais existentes no Estado.
O reconhecimento das territorialidades e identidades desse atores sociais e a compreensão
de suas diferenças histórico-culturais constituem os elementos fundantes da concepção de um
Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre como instrumento de um modelo de desenvolvimento,
centrado na perspectiva da sustentabilidade e gestado a partir de sua própria história e configuração
social.
No Acre, o Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico tem assumido um papel
fundamental na construção do desenvolvimento sustentável. O Zoneamento Ecológico-Econômico
do Acre constitui-se num instrumento privilegiado de negociação entre o governo e a sociedade de
estratégias de gestão do território. O ZEE-Acre tem a atribuição de fornecer subsídios para orientar
as políticas públicas relacionadas ao planejamento, uso e ocupação do território, considerando as
potencialidades e limitações do meio físico, biótico e sócio-econômico, seguindo princípios do
desenvolvimento sustentável.
Dadas as especificidades culturais, ambientais, sociais e econômicas dos lugares, os
problemas, os potenciais e as oportunidades são distintos, e, assim, o padrão de desenvolvimento
sustentável não pode ser uniforme para toda a Amazônia. Uma característica positiva da busca de
um novo padrão sustentável da vida social é justamente valorizar a diferença, que se traduz em
vantagem competitiva do território para construção do desenvolvimento sócio-econômico e melhor
qualidade ambiental. Desse modo, o desenvolvimento sustentável configura-se como
desenvolvimento sustentável local e o ZEE deve ajustar-se, na Amazônia, em seus objetivos e
procedimentos, às realidades específicas dos Estados e ao projeto político de sua população. Nesse
sentido, uma das atribuições do ZEE é contribuir para a espacialização de políticas públicas, no
sentido de adaptá-las a realidades específicas do território.
As especificidades culturais e a reivindicação de participação das comunidades locais
salientam cada vez mais o papel das mesmas na construção de soluções locais para uma sociedade
sustentável. Por isso, o planejamento regional só poderá ter eficácia e efetividade se compartilhar
as decisões com os setores sociais tradicionalmente excluídos, a sociedade civil e o empresariado.
Ou seja, a implementação prática do zoneamento está relacionada à consolidação de um novo estilo

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de gestão das políticas públicas envolvendo processos de empoderamento, diálogo e negociação


entre o governo, a sociedade civil organizada e o setor privado.
Durante os anos 80, o ZEE surgiu como resposta de órgãos governamentais ao agravamento
de problemas sócio-ambientais na Amazônia, especialmente o desmatamento acelerado e conflitos
violentos sobre o acesso à terra e a outros recursos naturais, a exemplo do assassinato de Chico
Mendes, em Xapuri, em dezembro de 1988. Desde então, as experiências de zoneamento Ecológico-
Econômico promovidas pelo governo federal e governos estaduais na Amazônia tem gerado uma
série de debates, aprendizados e reformulações de estratégia. No caso do Acre, o ZEE, sem embargo
de colher ensinamento de experiências de outros espaços da Amazônia, teve como referência e
inspiração, a história, a cultura, o saber tradicional, o sonho, o projeto de desenvolvimento e vida
do seu povo, para criar um método inovador e um zoneamento que dá conta das características
peculiares da natureza e das sociedades locais.
No âmbito federal, a Comissão Coordenadora do Zoneamento Ecológico-Econômico do
Território Nacional, composta por 13 ministérios coordenados pelo Ministério do Meio Ambiente,
tem a atribuição de planejar, coordenar, acompanhar e avaliar a execução dos trabalhos de ZEE.
Uma das funções dessa comissão é articular-se com os governos estaduais, apoiando-os na execução
de suas iniciativas de zoneamento, buscando a compatibilização com os trabalhos do governo
federal. A comissão conta com a assessoria técnica de um Grupo de Trabalho Permanente para a
Execução do ZEE, denominado Consórcio ZEE Brasil (decreto de 28 de dezembro de 2001).
No Acre, o Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico foi criado pelo
governador Jorge Viana por meio do decreto estadual nº 503, de 6 de abril de 1999, segundo o qual
os trabalhos do ZEE devem ser conduzidos de acordo com os seguintes princípios:
✓ Participativo: os atores sociais devem intervir durante todas as fases dos trabalhos, desde a
concepção até a gestão, com vistas à construção de seus interesses próprios e coletivos,
para que o ZEE seja autêntico, legítimo e realizável.
✓ Equitativo: igualdade de oportunidade de desenvolvimento para todos os grupos sociais e
para as diferentes regiões do Estado.
✓ Sustentável: o uso dos recursos naturais e do meio ambiente deve ser equilibrado, buscando
a satisfação das necessidades presentes sem comprometer os recursos para as gerações
futuras.
✓ Holístico: abordagem interdisciplinar para integração de fatores e processos, considerando
a estrutura e a dinâmica ambiental e econômica, bem como os fatores histórico evolutivos
do patrimônio biológico e natural do Estado.
✓ Sistêmico: visão sistêmica que propicie a análise de causa e efeito, permitindo estabelecer
as relações de interdependência entre os subsistemas físico-biótico e socioeconômico.

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A elaboração do ZEE envolve a realização de estudos sobre sistemas ambientais, as


potencialidades e limitações para o uso sustentável dos recursos naturais, as relações entre a
sociedade e o meio ambiente e a identificação de cenários tendenciais e alternativos, de modo a
subsidiar negociações entre o governo, o setor privado e a sociedade civil sobre estratégias de gestão
territorial em bases sustentáveis.
A primeira fase do Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Acre
foi implementada no período de 1999-2000 (Acre, 2000). Essa fase compreendeu a elaboração de
diagnóstico abrangendo a extensão total do Estado, com a elaboração de produtos cartográficos
básicos na escala de 1:1.000.000. A maior parte dos trabalhos foi baseada em dados secundários,
aproveitando e sistematizando diversos estudos já realizados no Estado, o que possibilitou a
sistematização de informações que se encontravam dispersas, algumas há mais de dez anos. Entre
as inovações da primeira fase do ZEE/AC, cabe salientar:
✓ A adoção de metodologias que estimularam a participação de diversos grupos da sociedade
em todo o processo, inclusive numa fase preliminar de articulação política, envolvendo a
pactuação de diretrizes de desenvolvimento sustentável entre diversos setores do governo
e sociedade que nortearam a elaboração subsequente de estudos técnicos.
✓ A abordagem de temas frequentemente menosprezados entre outros programas de ZEE na
Amazônia, como aptidão agroflorestal, biodiversidade e serviços ambientais,
territorialidades de populações tradicionais, conflitos sócio-ambientais e potencialidades de
produtos florestais não-madeireiros.
Os produtos de diagnóstico e prognóstico da primeira fase do ZEE/AC foram apresentados à
CEZEE para análise e deliberação em novembro de 1999. Antes da reunião de plenária, foi realizada
uma série de seminários técnicos sobre temas específicos e oficinas com as câmaras setoriais da
CEZEE, no intuito de colher subsídios para a versão final dos produtos.
O extrativismo - ou a produção florestal não madeireira - com incremento de tecnologias,
exploração sustentável, capacitação das comunidades locais e definição de nichos de mercado
concilia a preservação da floresta com o desenvolvimento econômico, proporcionando uma vida
melhor para as populações humanas locais. A população rural depende do uso e manejo de espécies
florestais madeireiras e não madeireiras, que representam recursos importantes e ricos pela grande
utilidade que possuem. Além disso, favorecem oportunidades de emprego e geram renda às
comunidades locais.
No Estado do Acre, entre inúmeros produtos não madeireiros, a borracha e a castanha ocupam
posição de destaque na cadeia extrativista. Além desses, o governo do Estado vem trabalhando
espécies estratégicas com diferentes potenciais de mercado; para óleos e polpa: Carapa guianensis
(Andiroba), Copaifera sp (Copaíba), Astrocaryum murumuru (Murmuru) e Euterpe precatoria (Açaí);
na categoria sementes, espécies com potencial para artesanato e reflorestamento como

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Aspidosperma vargasii (Amarelão), Myroxylon balsamu (Bálsamo), Cedrela odorata (Cedro


Vermelho), Torresia acreana (Cerejeira), Dipteryx alata (Cumaru Ferro), Phytelephas macrocarpa
(Jarina), Hymenaea courbaril (Jatobá), Manilkara salzmannii (Massaranduba), Swietenia macrophylla
(Mogno), Tabebuia serratifolia (Pau d’Arco Amarelo), Ceiba pentandra (Samaúma) e Couratari
guianensis (Tauari).
Além dos clássicos borracha e castanha, outros produtos apresentam relevância no Estado em
termos de geração de renda para comunidades locais: açaí, murmuru, andiroba, copaíba e diferentes
espécies de sementes.
A seringueira é hoje uma importante matéria-prima, essencial para a manufatura de mais de
40.000 produtos com as mais diversas aplicações. O cultivo da seringueira é tido como a atividade
agrícola socioeconômica mais importante em muitos países em desenvolvimento, principalmente
do Sudeste Asiático. A borracha natural também é considerada, ao lado do aço e do petróleo, um
dos alicerces que sustentam o progresso da humanidade, sendo, por exemplo, um dos principais
produtos utilizados na indústria do transporte, de produtos hospitalares e bélicos.
O processo de fortalecimento da economia extrativista no Acre ocorreu a partir da integração
das políticas públicas, estadual e federal, no ano de 1999. O governo do Estado implantou um
Programa de Incentivo ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Borracha tendo como base a Lei
Chico Mendes, que assegurou preço à borracha nativa. Em 1999, quando o programa foi iniciado, o
valor do subsídio era de R$ 0,40 em quilo de borracha, passando para R$ 0,70 a partir de 2003. Em
consequência foram reativados os seringais e criadas novas organizações de seringueiros, tendo a
quantidade de borracha produzida aumentado, passando de 763 toneladas em 1999 para 2.245
toneladas em 2006.

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Outra importante iniciativa de agregação de valor à borracha é a industrialização de


preservativos a partir do látex nativo, parceria do governo do Estado e do governo federal com o
Instituto Nacional de Tecnologia, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e empresas privadas. A
previsão é de que a fábrica produza 95 milhões de preservativos, além de gerar 150 empregos
diretos e envolver mais de 550 famílias na coleta do látex em 24 seringais de Xapuri. Investimentos
vem sendo realizados com o objetivo de preparar os seringueiros. Foram construídas 320 unidades
de apoio nas colocações e dez pontos de recolhimento de látex para armazenamento da produção
dos seringais integrados aos projetos. Foram distribuídos 300 kits para produção de látex e
melhorados 300 km de varadouros. Atualmente, 200 seringueiros estão entregando o látex na
unidade de processamento da fábrica em Xapuri, alcançando um rendimento médio mensal de R$
350,00 por seringueiro e um incremento de 62% no preço da borracha pago ao produtor.
No Acre, a castanheira ocorre apenas nas regionais do Purus, Baixo Acre e Alto Acre, que
representam uma área de 77.609,50 Km2 (cerca de 50% da área do Estado). Wadt (2005) estimou
uma produção de 54.660,16 de sementes de castanha nas regionais do Baixo Acre, Alto Acre e Purus.
O extrativismo da castanha-do-brasil passa por uma fase de transformação, na qual se
buscam mudanças nas atividades tradicionais de coleta, armazenamento e processamento, com a
intenção de melhorar a qualidade final do produto e conseguir novos mercados, como o de produtos
certificados.
Uma das principais ações do governo que contribuiu para impulsionar o setor foi a destinação
de recursos para a compra antecipada da castanha-do-Brasil, capitalizando as cooperativas e
favorecendo a relação dos produtores.
Os principais países importadores de castanhado-brasil são Itália, Alemanha, Estados Unidos,
Reino Unido e Japão. Apesar das barreiras sanitárias estabelecidas por esses países, principalmente
a partir do ano de 2003, a produção total do Brasil neste ano foi de 24.894 t, com uma participação
da Região Norte de 98,66% desse total. O Estado do Acre é o segundo maior produtor do país, com
um volume produzido de 5.662 t.

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Quanto às sementes considera-se que todo o Estado apresenta potencial para sua
exploração. Em algumas áreas é possível encontrar todas as espécies citadas: Amarelão, Bálsamo
(R$ 40,00/ kg), Cedro (R$ 90,00/kg), Cerejeira (R$ 80,00/kg), Cumaru ferro (R$ 15,00/kg), Jarina (R$
2,50/kg), Jatobá (R$ 15,00/kg), Maçaranduba (R$ 15,00/ kg), Mogno (R$ 90,00/kg), Pau D’arco
Amarelo (R$ 120,00/kg), Samaúma (R$ 80,00/kg) e Tauari (R$ 30,00/kg). No entanto, é no Alto Acre
que há maior exploração de sementes florestais. Segundo dados cedidos pela Fundação de Ciência
e Tecnologia do Acre, a renda gerada por família em 2001, ano que foi comercializado sementes
florestais em maior quantidade, foi de R$ 798,70.
Entre as áreas potenciais para coleta de sementes, encontra-se a Resex Chico Mendes, a
Reserva Indígena Apurinã, Floresta Estadual do Antimary, Projeto de Assentamento Extrativista
(PAE) Porto Dias, PAE São Luiz do Remanso, áreas nas quais as comunidades receberam capacitação
e equipamentos através de projetos de apoio.
Os municípios do Vale do Rio Acre vêm comercializando sementes para a confecção de
artesanato para o comércio local, nacional (SP, RJ, BH, RS) e internacional (Itália, França, Estados
Unidos, Bélgica). As plantas mais utilizadas são as palmeiras Açaí (Euterpe precatoria Martius), Jarina
(Phytelephas macrocarpa Ruiz & Pav.), Paxiubão (Iriartea deltoidea Ruiz & Pav.), Tucumã
(Astrocaryum aculeatum G.F.W. Meyer), Patauá (Oenocarpus bataua Martius), Paxiubinha (Socratea
exorrhiza (Mart.) H. Wendland) Inajá (Maximiliana maripa (Aublet) Drude).

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Pode-se concluir que os produtos florestais não-madeireiros possibilitam a utilização da floresta


em pé, gerando renda, estimulando a conservação e respeitando tanto a paisagem quanto os
habitantes tradicionais. Todavia, para que esses produtos tenham capacidade de concorrência com
outros usos da terra, sua comercialização e viabilidade econômica de manejo deverão ser
fortalecidas por meio de políticas públicas e assistência técnica adequadas.
*ZEE – Zoneamento Ecológico-Econômico.

9. MODOS DE VIDA NO CAMPO E NA CIDADE


A análise da evolução e da distribuição da população acreana, no espaço territorial do Estado,
somente pode ser compreendida no contexto histórico do processo de ocupação econômica desse
espaço. Dois períodos, já analisados, foram marcantes na ocupação do território condicionando a
evolução e dinâmica recente da população. O primeiro, relacionado com a expansão da economia
da borracha, atraiu população expulsa em decorrência das graves secas que atingiram o Nordeste,
especificamente o Ceará. Esses fatos aconteceram na segunda metade dos anos de 1800. Novo fluxo

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migratório também foi registrado durante a Segunda Guerra Mundial, não tão expressivo quanto o
anterior. Período marcante na evolução populacional do Acre teve início nos anos de 1960, com as
políticas federais de ocupação da Amazônia e com a modernização da agricultura no sul do país, que
expulsou um contingente significativo do meio rural, muitos deles dirigindo-se para os estados da
Região Norte.
A análise da população, realizada no ZEE do Acre - Fase I, deixou evidente que no período de
estagnação na extração de látex a população acreana diminuiu. Entre 1920 e 1940, a população
passou de 92.370 para 79.768 pessoas, segundo dados dos Censos Demográficos do IBGE.
No período seguinte, entre 1940 e 1970, o contingente populacional chegou a 215.599
pessoas e o perfil demográfico do Acre se alterou, com o incremento no grau de urbanização, que
passou de 18,5% para 27,5%. O período entre 1970 e 2000 é marcado pelo acelerado crescimento
populacional do Acre, quando seu contingente mais do que dobrou. Outro fenômeno que se acentua
nesse período é a grande concentração da população do Acre no município de Rio Branco, capital
do Estado, cerca de 39%, em 1970.
Nessa Segunda Fase do ZEE do Acre, é importante atualizar os dados sobre população, na
medida em que constitui uma das principais variáveis a serem consideradas na formulação das
políticas públicas.
Para tanto, foram utilizados dados do IBGE para o ano de 2000 e estimativas para 2005. Em
2000, o total de pessoas chegava a 546.732. Segundo estimativa, entre 2000 e 2005, a população do
Acre aumentou em 112.210 pessoas e, assim, em 2005 detém um contingente de cerca de 669.736
pessoas.
Esse crescimento populacional decorre da conjugação das circunstâncias já mencionadas; no
entanto, algumas merecem ser salientadas, como as políticas federais de investimento em
infraestrutura e a de assentamentos da Reforma Agrária nos estados da Amazônia.
Em relação ao movimento de urbanização, em especial, igualmente merece ser lembrada a
evolução no próprio sistema produtivo do Acre, nas últimas décadas, marcado pelo dinamismo dos
setores terciário (comércio e serviços) e industrial, em comparação ao setor primário (em particular
das atividades agrícolas e extrativas).
Em tais circunstâncias, a população rural é atraída pela possibilidade de trabalho e de acesso
aos benefícios ofertados pelos serviços públicos nas cidades (saúde e educação, em particular), o
que resulta no avanço do movimento de urbanização e em graves problemas sociais urbanos, que
persistem até os dias atuais.
Nesse sentido, o Acre segue a tendência brasileira (e mundial) de concentração da população
nos centros urbanos, apesar de ser um dos estados brasileiros com menor grau de urbanização.

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Entre 1980 e 2000, o grau de urbanização do Acre se acentua, aproximando-se da média


nacional. Em 1980, o Brasil já apresentava um grau de urbanização de 67,59%, e o Acre de 44,90%.
Em 2000, o Brasil atinge um grau de urbanização de 68,19%, e o Acre de 66,4%.
O Acre difere da média brasileira em termos da taxa de crescimento médio anual da
população residente. O Brasil começa a reduzir essa taxa já no período de 1950/60, quando
apresentava uma taxa de 2,89%; cai para 1,93% entre 1980/91 e chega a 1,64%, entre 1991/2000.
O Estado do Acre mantém, ao longo desses períodos, uma taxa geométrica de crescimento anual em
torno de 3,0%; mesmo considerando as oscilações, cuja taxa mais baixa verifica-se entre 1980/1991,
igual a 3,01%, chega a 3,29% entre 1991/2000.

A propósito da evolução da população do Estado, deve-se considerar que o fluxo migratório


em direção ao Acre não tem sido significativo. Nos últimos anos, o Acre tem recebido e remetido o
equivalente a 10% da sua população total em movimentos migratórios, os quais são influenciados,
principalmente, pelas oportunidades de trabalho.

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Entre 1991 e 2000 o movimento migratório no Estado foi negativo. Em outras palavras,
ocorreram mais saídas do que entradas. Já com relação às pessoas que se estabelecem no Estado, o
quantitativo foi de pouco mais de 20 mil pessoas, ou o equivalente a 4% da população, em 2000.
Um aspecto particularmente significativo, em termos demográficos do Acre, está relacionado
com a grande concentração populacional, especialmente a urbana, em apenas um município. Em
1991, o município de Rio Branco, capital do Estado, detinha cerca de 47% da população total do
Estado, 65% da população urbana, e 18% da rural. Em 2000, essas participações reduziram um
pouco: no total, passou para 45%; na urbana para 61% e na rural para 14%.
Nesse contexto, é importante analisar a evolução da população tradicional. Os dados sobre
essas populações são levantados por categoria pela Secretaria Estadual de Saúde. Entre essas
categorias constam as populações residentes em seringais, colônias, assentamentos rurais, fazendas
e vilas/distritos. Em 1996, essa população perfazia um total de 186.112 pessoas; em 2006, esse
contingente foi reduzido para 180.155 pessoas, ou seja, menos 5.957 pessoas. Essa redução geral só
não foi maior porque a população dos assentamentos aumentou em cerca de 10.609 pessoas,
passando de 40.372 para 50.981 pessoas, no período observado.
A maior responsável pela redução observada foi a categoria de residente nos seringais (-
10.175 pessoas); em 1996 essa população perfazia um total de 84.038 e em 2006 ficou reduzida a
73.863 pessoas; a maioria dessa redução ocorreu na regional de Tarauacá/Envira (cerca de 60%), já
na regional do Juruá, verifica-se um aumento de aproximadamente 2.000 pessoas.
Outra redução significativa verificou-se na categoria colônia, em cerca de 3.300 pessoas. A
redução da população das fazendas foi de 1.203 pessoas, e das vilas/distritos foi de 1.556 pessoas,
no período analisado.
Apesar da redução da população extrativista e aumento da população assentada, entre 1996
e 2006, a população extrativista representa 41% do total da população tradicional do Acre, em 2006;
em segundo lugar fica a população dos assentamentos, 28%, seguida pela população das colônias,
22%.
A análise da distribuição das populações tradicionais, entre as regionais do Estado do Acre,
em 2006, revela que a regional do Baixo Acre concentra grande parte dessa população: cerca de 70%
da população dos seringais; 48% das colônias; 42% das fazendas; e 57% das vilas/sítios. A regional
do Juruá, também concentra parcela significativa da população tradicional: 40% das vilas/sítios; 36%
dos seringais; e 28% das colônias. Na regional de Tarauacá/Envira, localizam-se 28% da população
dos seringais e 23% das fazendas.
*ZEE – Zoneamento Ecológico-Econômico.

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10. PONTOS TURÍSTICOS DO ACRE


Na sequência estão reunidos os principais pontos turísticos da capital e do interior acreano,
da gastronomia às riquezas naturais.

10.1. GAMELEIRA

Localizada à margem direita do rio Acre está a Gameleira. No local é possível encontrar a
centenária árvore que deu nome ao local, símbolo de perseverança e resistência do povo acreano e
que serviu de referencial para a fundação da capital, no fim do século XIX. Atualmente, o espaço é
um grande calçadão, que hospeda pequenas lanchonetes, bancos para observação do manancial e
o mastro da bandeira acreana.

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10.2. NOVO MERCADO VELHO

Antigamente conhecido como Mercado Municipal, hoje o Novo Mercado Velho é um ponto
de encontro dos moradores e turistas que passam na capital acreana. Localizado na margem
esquerda do rio Acre, de frente para a passarela Joaquim Macedo e as pontes Juscelino Kubitschek
e Coronel Sebastião Dantas, o atrativo turístico conta com bares, restaurantes e lojas de artesanato,
entre outros.

10.3. PALÁCIO DE RIO BRANCO

Sede do governo do Acre, o Palácio Rio Branco foi construído, inicialmente, na década de
1920, com o projeto arquitetônico do alemão Alberto Massler. Inspirado nas edificações gregas, foi
inaugurado em 1930, porém, totalmente concluído no governo de José Guiomard Santos, em 1948.
Em 2008, na gestão do governador Binho Marques, foi oficialmente instituído o Museu Palácio Rio
Branco. No local, é possível contemplar o Obelisco dos Heróis da Revolução e a fonte da sagração.
Além disso, pode-se, ainda, conhecer diversas fases da história do povo acreano por meio de vídeos,
fotografias e depoimentos em áudio.

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10.4. BIBLIOTECA PÚBLICA

Localizada no Centro de Rio Branco, a Biblioteca Pública acreana foi inaugurada em 10 de


março de 1979 e totalmente restaurada em 2008, na gestão do então governador Binho Marques.
O espaço conta com um acervo de mais de 80 mil livros e recebe cerca de 7,5 mil pessoas
mensalmente. A biblioteca (que está passando por uma reforma desde o início de 2019), conta com
espaços de leitura, computadores com acesso livre à internet para pesquisa, área infantil, de
histórias em quadrinhos (HQ) e filmoteca.

10.5. PRAÇA DA REVOLUÇÃO ACREANA

É a principal e mais antiga praça da cidade. A construção do quartel da Polícia Militar e do


Presídio Ministro Vicente Rao (atual sede da Prefeitura de Rio Branco), durante o governo de Hugo
Carneiro (1926-1930), definiu os contornos da Praça Rodrigues Alves, que seria inaugurada, décadas
depois, pelo Governador Guiomard Santos. O lugar ganhou uma estátua do coronel Plácido do
Castro, comandante da Revolução Acreana, em 1964, passando a ser chamado de Praça Plácido de
Castro. Após uma reforma em 2006, a antiga praça ganhou ares de modernidade, exibindo piso de

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pedras portuguesas, mosaicos de granito, bancos em madeira, quiosques e um monumento de 12


metros em homenagem aos heróis anônimos da Revolução Acreana.

10.6. PASSARELA JOAQUIM MACEDO

Um dos principais cartões postais do Acre a obra simboliza as transformações urbanas pela
qual a cidade vem passando desde o início dos anos 2000. Usada exclusivamente por pedestres e
ciclistas, a ponte cruza o rio Acre unindo o centro da cidade ao bairro do Segundo Distrito. Possui
200 metros de extensão e 5,50 metros de largura.

10.7. PARQUE DA MATERNIDADE

Inaugurado em setembro de 2002, o Parque da Maternidade possui uma extensão de 6.000


metros, cruzando boa parte de Rio Branco. Ao longo do parque, há vias para carros, ciclovias, pista
de caminhadas e de skate, playgrounds, quadras de esporte, anfiteatros, praças, restaurantes e
lanchonetes.

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10.8. PARQUE DO TUCUMÃ

Com um estilo similar ao do Parque da Maternidade, o Parque Tucumã conta com cerca de
3.600 metros de extensão. O local possui pistas sinalizadas para veículos, ciclovias, calçadas para
pedestres, playground, quadras de esportes, praças namoradeiras e quiosques para lanches.

10.9. PARQUE SÃO FRANCISCO

O Parque São Francisco é um equipamento social com quase 12 mil metros quadrados e que
contempla ciclovia, pista de caminhada, academia ao ar livre, playground, mobiliário urbano com
bancos de concreto. O local encontra-se no interior de Área de Proteção Ambiental São Francisco e
está às margens do igarapé que leva o mesmo nome.

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10.10. PARQUE CHICO MENDES

Construído em 1996 pelo governo do Estado, o Parque Chico Mendes conta com uma área de
53 hectares, com trilhas, mini-zoológico, playground e espaço para piqueniques. Na entrada, há o
Memorial Chico Mendes, onde é mostrada a história da vida, luta e morte do líder seringueiro.

10.11. PARQUE URBANO CAPITÃO CIRÍACO

O local pertenceu ao Capitão Ciríaco Joaquim de Oliveira (1858-1938), um dos integrantes do


grupo que promoveu a Revolução Acreana, que aconteceu na passagem do século XIX para o XX.
Capitão Ciríaco lutou na guerra contra a Bolívia e depois disso recebeu de Plácido de Castro a terra
juntamente com a condecoração de capitão em 1911 e estabeleceu moradia na área de terra à beira
do Rio Acre e a sua família conseguiu manter até os anos 1990, época em que a Prefeitura de Rio
Branco comprou a área e transformou em parque. Considerado de grande valor histórico, foi
transformado, em agosto de 1994, em um espaço de proteção ambiental e cultural. Nos seus 4,6

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hectares possui vegetação nativa com frutíferas regionais e aproximadamente 600 seringueiras.
Dispõe de equipamentos de esporte e lazer, escolinha de artes e uma casa retratando arquitetura
da época, dedicada à memória da Revolução Acreana e do surgimento da cidade de Rio Branco.
Parcialmente revitalizado, o Parque Capitão Ciríaco oferece, além da visita acompanhada,
uma sala para a realização de oficinas e aulas de futebol, em parceria com uma escola. Além disso,
há aulas de capoeira.
O local possui três principais exposições ao ar livre: “Do Seringal à Cidade” é a que mostra, de
maneira ampla, a história do Acre desde a fundação; a mostra “Rio Acre, Histórias e Memórias de
Rio Branco” fala, por meio de painéis, o crescimento da população às margens do Rio Acre; e a
terceira exposição do local é a Igreja da Nossa Senhora da Seringueira, transferida para o parque
depois da minissérie “Amazônia - De Galvez a Chico Mendes”, da Rede Globo.

10.12. HORTO FLORESTAL

Instalado na década de 80 e revitalizado em 2008, o Horto Floresta conta com 17 hectares,


dispondo uma rica flora, com seringueiras, castanheiras, açaí, patoá, abacaba, buriti, mangueiras e
cedros, entre outros. Além disso, há também espaços para realização de atividades físicas, eventos
e trilhas ecológicas, açude com um deck, pista de caminhada, passarela sobre o açude e
equipamento de ginástica.

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10.13. SÍTIO HISTÓRICO QUIXADÁ

O Sítio Histórico do Quixadá foi construído, inicialmente, para a gravação da minissérie


“Amazônia: de Galvez a Chico Mendes”, produzida pela Rede Globo. Atualmente, o local funciona
como museu que guarda itens usados na trama, como roupas e objetos. Além disso, há também um
restaurante que serve comidas típicas do estado.

10.14. CASA DE CHICO MENDES

A Casa de Chico Mendes, em Xapuri, pertenceu ao líder seringueiro e traz consigo um grande
peso histórico, pois foi o local onde ele viveu boa parte de sua vida e onde foi morto por um tiro. A
residência é um imóvel simplório, que obedece a um sistema construtivo tradicional da região. O
espaço de 4 metros de largura segue o estilo caboclo em madeira, coberta de telha de barro. Lá,
encontram-se objetos pessoais, inclusive a cadeira onde Chico morreu na noite de 22 de dezembro
de 1988. A casa é tombada como patrimônio histórico cultural desde 2011.

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10.15. SERINGAL CACHOEIRA

Com opções de trilhas, arvorismo, hospedagem em chalé e contato muito próximo à natureza,
o Seringal Cachoeira é uma das opções mais procuradas por pessoas interessadas neste tipo de lazer.
Localizado em Xapuri, o espaço dispõe de três chalés, sendo um para casais e um familiar, belichário
feminino e masculino, além de restaurante e piscina. Para os aventureiros, há também arvorismo.

10.16. TRILHA CHICO MENDES

Chico Mendes está localizada na Reserva Extrativista que leva o mesmo nome, entre os
municípios de Assis Brasil, Brasileia e Xapuri. O primeiro ponto de parada para almoço é na Colocação
Paraguaçú. O local é apropriado para almoço, descanso em redes e lazer. Possui um salão com mesa
de sinuca rodeado por árvores. O trajeto ainda passa pelas colocações Revolta 01, Cariri, Boa Vista,
São Domingos, Paraíso, Alto Alegre e Zé Costa. A trilha conta com sinalizações direcional,
confirmatória, calmante e indutiva.

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10.17. CATEDRAL NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

Localizada no Centro de Cruzeiro do Sul, a Catedral Nossa Senhora da Glória é cartão postal
da cidade. Fundada em 1931, a igreja foi construída em forma circular, de tijolinhos cor de barro
escuro, ao estilo alemão.

10.18. RIO CROA

Conhecido pelas águas escuras, o Rio Croa é considerado um dos maiores pontos de
ecoturismo de Cruzeiro do Sul. A paisagem paradisíaca chama a atenção de milhares de turistas, já
que o local perdeu a característica de rio há cerca de 15 anos, e hoje, mais parece um lago. Com
fauna e flora riquíssima, a vitória-régia é uma das características do Croa, sendo possível encontrar
diversas por todo o rio. Além disso, ao longo dos quase três mil hectares, é fácil encontrar árvores
centenárias, como a samaúma e as seringueiras.

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10.19. PARQUE CHANDLESS

O Parque Chandless está localizado entre os municípios de Manoel Urbano, Sena Madureira
e Santa Rosa do Purus, e conta com uma das áreas mais ricas em biodiversidade, além de ter um
patrimônio genético com a presença de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. O espaço foi
criado por meio do decreto nº 10.670, que instituiu o parque como responsabilidade do Estado.
Segundo registros, há mais de 1.374 espécies de animais no local, em uma área que contempla 690
mil hectares, o que equivale a 4% de todo o território acreano. Em uma parceria entre as secretarias
de Turismo e Lazer (Setul) e Meio Ambiente (Sema), três plataformas de observação de aves estão
sendo construídas, possibilitando aos adeptos da atividade visão privilegiada do parque.

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10.20. GEOGLIFOS

Grandes figuras observadas no solo de áreas rurais acreanas, de origem desconhecida. Só


podem ser vistos a mais de 80 metros do chão, por meio de voo de balão ou avião. Os desenhos são
em diversos formatos geométricos.

10.21. SERRA DO DIVISOR

O Parque Nacional Serra do Divisor é de proteção integral à natureza e, atualmente, é


administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio). Localizado na
fronteira com o Peru, o parque é distribuído entre os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima,
Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Rodrigues Alves. Para visitação, há agências de viagem que
dispõem de pacotes. A unidade de conservação possui as cachoeiras do Formoso, do Ar-
Condicionado, do Amor, do Perdernal, do Buraco da Central e do Mirante. Todos os passeios devem
ser feitos com guias.

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10.22. FESTIVAL YAWA

Considerada umas das maiores festividades étnicas da Amazônia, o Festival do povo indígena
Yawanawá será realizado no segundo semestre do ano, na Aldeia Nova Esperança, que tem acesso
pelo Rio Gregório, em Tarauacá. Para chegar ao local, são quase 15 horas de viagem, por via terrestre
e fluvial.

10.23. CASA DOS POVOS DA FLORESTA

Inaugurada em 2003, a Casa dos Povos da Floresta imita uma maloca indígena e retrata a
história de ribeirinhos, seringueiros e índios. Está localizada dentro do Parque da Maternidade:
ponto turístico de Rio Branco, no Acre. Com o intuito de valorizar e guardar toda essa história é que
surgiu a proposta de criação da Casa, a fim de que cada vez mais os acreanos pudessem ter
conhecimento da sua história, orgulhando-se do seu passado, preservando para o futuro.
Além de ter uma exposição permanente do imaginário amazônico, com mitos e lendas
transmitidas oralmente por seringueiros, ribeirinhos e indígenas, de pai para filho, a Casa dos Povos
da Floresta também disponibiliza um acervo em vídeo e uma biblioteca sobre a história do Acre,
enfocando os povos tradicionais e a sociedade mais recente. Compõe também o aspecto tradicional
da Casa, uma exposição de artesanato indígena e regional. A arquitetura do espaço foi inspirada nos
grandes Kupixáuas (grandes casas indígenas). A pintura no piso de entrada é inspirada na pintura
corporal Yawanawá.
No local, o visitante pode ver réplicas dos personagens folclóricos que habitam o imaginário
dos povos da região e o artesanato típico de grupos que vivem há centenas de anos na região
amazônica. O local possui uma sala para exposição permanente da cultura acreana e outra que
abriga trabalhos de artistas locais. O acervo etnográfico e bibliográfico foi adquirido aos poucos e
por doações.

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Entre os objetos expostos, pode se conhecer o boto cor de rosa, o mapinguari gigante, a mãe
da mata, entre outros. Na parte de artesanato, vê-se utensílios domésticos, além de fotografias e
vídeos que contam a história dos índios e dos povos ribeirinhos e seringueiros. Essa população em
muito colaborou para a formação da identidade do acreano, estabelecendo referenciais de hábitos
cotidianos como os alimentares, o banho, o uso de redes e outros.

10.24. CINE TEATRO RECREIO

Com muita história para contar, o Cine Teatro Recreio é um dos espaços mais tradicionais dos
acreanos que já foi palco para diversas expressões artísticas. Localizado em um dos mais belos
cartões-postais do Acre, a Gameleira, esse espaço centenário da capital acreana ainda é lugar de
encontro e cultura e toda semana tem um filme diferente na tela.
O Cine Teatro Recreio sempre foi palco de manifestações artísticas como exibições de filmes
e apresentações de teatro, quando ainda era conhecido como Cine Ideal. Nos anos 1920, passou a
ser chamado de Cine Éden e só em 1948 ganhou uma nova fachada e foi batizado como lemos nos
dias de hoje.
O espaço fica em uma região da cidade atingida pelas enchentes e, por isso, esse patrimônio
cultural do Estado já passou por diversas restaurações. São 100 anos de história, totalmente ligadas
a arte, cultura e, sobretudo, ao cinema.
As características arquitetônicas da época foram mantidas, por dentro, a estrutura ainda é de
madeira e os detalhes remetem ao século passado. Na última reforma, em 2010, o cine ganhou um
novo espaço de alvenaria para que as enchentes não interrompam as atividades por tanto tempo.
O antigo projetor recepciona a todos e há de se destacar que o Cine Teatro Recreio ainda é
espaço de criação, formação artística e de exibição de produções. Na estrutura que foi conservada
é possível, por exemplo, participar de aulas de teatro. Os filmes passaram a ser exibidos em outro
espaço.

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A sala de cinema com mais de 120 lugares faz parte da nova estrutura, inaugurada em 2010.
Desde então, o espaço passou a exibir filmes alternativos, aqueles que não circulam nas salas oficiais
de todo o país. Nos últimos anos, em que o cine voltou a funcionar continuamente, centenas de
produções foram exibidas. O coordenador do projeto de exibição de filmes alternativos, Marcelo
Cordeiro, fala sobre a importância do cine: “A proposta é um filme por semana, por exemplo, na
semana que vem teremos outro filme, que também tem cenas filmadas no Acre. Temos desde
documentários, ficções, e todos os gêneros, comédia, drama e terror. Então, acho que temos um
espaço onde podemos ampliar os horizontes”.

10.25. MEMORIAL DOS AUTONOMISTAS

O Memorial dos Autonomistas é um espaço multicultural que conta a história do movimento


político responsável pela emancipação do Acre. O Memorial dos Autonomistas mostra, difunde e
preserva a história do Movimento Autonomista do Acre, o único estado do País que registra em sua
história uma revolução armada para se tornar território brasileiro: a Revolução Acreana, entre 1899
e 1903.
Localizado no centro da cidade e em um prédio histórico, próximo ao Palácio Rio Branco, o
Memorial é, na verdade, um espaço multicultural que abriga salão de exposições, galeria dos
governadores, o pequeno Theatro Hélio Melo, construído em memória do ex-seringueiro e artista
plástico Hélio Melo, e o Café Theatro. Ali também está o túmulo do ex-governador e líder do
movimento José Guiomard Santos e de sua esposa Lídia Hames.

(FULGÊNCIO, 2013; LIMA, 2018; CAMARGO, 2019; CONHECENDO MUSEUS, 2019).

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11. ORIENTAÇÕES DE ESTUDO (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR

11.1. AMAZÔNIA E CARACTERÍSTICAS GERAIS – O ESPAÇO ACREANO

✓ O nome Acre surgiu de “Aquiri”, que significa “rio dos jacarés” na língua nativa dos índios
Apurinãs, os habitantes originais da região, que é banhada pelo rio que empresta o nome ao
Estado (Rio Acre). Os exploradores da região transcreveram o nome do dialeto indígena, dando
origem ao nome Acre.
✓ A bandeira atual foi instituída pela Lei nº 1.170 de 1995. Ela reproduz o desenho da primeira
bandeira do estado de 1899 (Estado Independente do Acre, ou República Independente do
Acre, antes de oficialmente ser anexado ao Brasil).
✓ A História do Acre está diretamente ligada ao ciclo da borracha. O látex ainda é um dos
principais produtos produzidos no estado, na liderança junto da produção de castanhas. O
território tornou-se oficialmente um estado em 1962, durante o governo João Goulart. Foi
anexado ao território brasileiro em 1903, após confrontos entre os seringalistas e as tropas
bolivianas. Numa solução diplomática assinaram o tratado de Petrópolis, em que a Bolívia
reconheceu a posse do Brasil.

11.2. ASPECTOS GEOGRÁFICOS E ECOLÓGICOS DA AMAZÔNIA E DO ACRE

✓ No extremo norte estão presentes alguns pequenos planaltos, os Planaltos Residuais Norte-
Amazônicos (representados pelo número 5), também chamado de Planalto das Guianas.
Pequenos somente em extensão, pois aqui, no ponto mais setentrional do país, encontram-se
os picos mais altos do Brasil, como o Pico da Neblina (2.995 metros) e o Pico 31 de Março (2.974
metros).
✓ A Depressão Marginal Norte-Amazônica está localizada entre os Planaltos Residuais Norte-
Amazônicos, ao norte, e a Depressão da Amazônia Ocidental e o Planalto da Amazônia Oriental,
ao sul. Sua altitude oscila entre 200 e 300 metros.
✓ Já a Depressão da Amazônia Ocidental limita-se com as depressões Norte-Amazônica e Sul-
Amazônica, sendo cortada, assim como o Planalto da Amazônia Oriental, pela Planície do Rio
Amazonas.

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✓ No centro dessa grande região, está a grandiosa Planície do rio Amazonas, que com seu grande
volume de água está constantemente erodindo o relevo da planície.
✓ Planalto da Amazônia Oriental: que é cortado ao meio pela Planície do rio Amazonas. Estende-
se de Manaus até o oceano Atlântico e constitui os limites norte e sul da Bacia Amazônica.
✓ No sul da região, afloram mais alguns planaltos, os Planaltos Residuais Sul-Amazônicos. Parte
dessa formação está no estado de Rondônia, junto com o os Planaltos e Chapada dos Parecis.
✓ A Planície do rio Araguaia também faz parte da região, pois além de abranger o estado do
Tocantins, o Araguaia é um afluente do Amazonas.
✓ Com 87% de floresta nativa, o Acre concentra 22 Unidades de Conservação (UCs) e 36 Terras
Indígenas reconhecidas – 47,9% do território protegido por lei.
✓ Em duas décadas, o capital privado foi atraído com programas de crédito e incentivos fiscais
para estabelecer extensas propriedades no sul do Pará principalmente, mas também em
Rondônia, no norte do Mato Grosso e no Acre. Os projetos agropecuários financiados pelo
governo militar representaram o primeiro movimento de um processo contínuo de formação
de extensos domínios privados no interior da Amazônia, trazendo graves consequências sociais
e ambientais para a região. A expansão da fronteira capitalista tinha como base a destruição
da cobertura vegetal.

11.3. RELEVO, VEGETAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS

✓ O relevo do Acre é predominantemente baixo, antigo e profundamente desgastado. As terras


baixas do acre são predominantemente depressões e planícies. A principal depressão é a
Amazônica, onde está o rio Acre, Planície Amazônica e Planalto rebaixado da Amazônia
ocidental (oeste), onde está o ponto mais alto do estado, a Serra do Divisor, com 609 m, perto
da fronteira como o Peru.
✓ Em seu relevo predominam as formas desgastadas da depressão da Amazônia Ocidental e
algumas áreas da planície Amazônica. A oeste, na serra da Contamana, encontram-se as
maiores altitudes do estado, situadas 600 m acima do nível do mar.

11.3.1. Clima

✓ O clima no Acre é típico da região amazônica: muito quente, muito úmido, com chuvas
abundantes o ano todo.
✓ A Massa Polar atlântica atua durante o inverno e no Acre (e na Amazônia em geral) provoca o
fenômeno da friagem: por poucos dias há uma queda acentuada da temperatura, que em
alguns locais pode cair à 10 em algumas localidades.

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11.3.2. Solo

✓ O Estado do Acre apresenta uma grande diversidade de solos, em virtude de seu material de
origem ser oriundo de rochas sedimentares com influência andina. A análise dos sedimentos e
dos solos representa um dos métodos que auxiliam na reconstrução do meio ambiente e das
condições paleoclimáticas, facilitando sua compreensão e pode propiciar o uso mais adequado
dos recursos naturais.
✓ Os solos são em geral eutróficos, o que imprimem à região certa potencialidade agro-pastoril.
✓ Os tipos de solo presentes no Acre são: Cambissolos, Plintossolos, Gleissolos, Latossolos,
Argissolos, Neossolos, Luvissolos, Vertissolos.

11.4. HIDROGRAFIA: BACIA AMAZÔNICA E PRINCIPAIS RIOS DO ACRE

✓ Os rios da Bacia Hidrográfica Amazônia possuem seus cursos no Acre em regiões de planícies e
depressões. Esses rios possuem uma pequena variação altimétrica e não possuem em geral
quedas d’agua, tornando-os excelentemente navegáveis. Os rios de planície serpenteiam
formando trajetos como o que você pode observar. A esses trajetos serpenteantes chamamos
Meandros. Os trechos retilíneos dos rios são chamados de estirões.
✓ O Rio Acre, é de grande importância, pois corta a capital Rio Branco, é um afluente do rio Purus,
portanto um subafluente amazônico. Ele se encontra no centro-sul do Estado.
✓ O Rio Juruá é outro destaque, é o que se encontra mais a oeste do Estado do Acre, assim como
seus principais afluentes Moa, Juruá Mirim, Paraná dos Moura, Ouro Preto, pela margem
esquerda, o Valparaíso, Humaitá e Tejo, pela margem direita.
✓ Os rios principais são: Juruá, Tarauacá, Muru, Purus, Xapuri, Acre e Envira.

11.5. FORMAÇÃO ECONÔMICA DO ACRE

✓ Historicamente, a economia acreana baseia-se no extrativismo vegetal, sobretudo na


exploração da borracha, que foi responsável pelo povoamento da região. Atualmente, a
madeira é o principal produto de exportação do estado, que também é grande produtor de
castanha-do-pará, fruto do açaí e óleo da copaíba.
✓ Os cultivos de mandioca, milho, arroz, feijão, frutas e cana-de-açúcar são a base da agricultura.
A indústria, por sua vez, atua nos seguintes segmentos: alimentício, madeireiro, cerâmica,
mobiliário e têxtil.
✓ Destacam-se no Estado, como atividades econômicas mais significativas, a exploração da
borracha e da madeira. Os ciclos da borracha no Brasil atraíram para o Estado do Acre, desde
o século passado, um contingente populacional formado principalmente por nordestinos. A

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queda do preço do produto no mercado internacional fez com que muitos seringais fossem
desativados e a produção de borracha decresceu acentuadamente no Acre.
✓ Segundo levantamento socioeconômico na Floresta do Antimary, estima-se uma produção
anual potencial de 200 toneladas de borracha natural e 44 toneladas de castanha do Brasil "in
natura". A borracha representa o produto mais importante da economia de extrativismo,
havendo no Antimary um total de 544 estradas de seringa (114 árvores de seringueira em
média por estrada) nas colocações.
✓ O bambu é um dos produtos a ser explorado no Acre. Em todo o mundo, existem mais de mil
espécies de bambus herbáceos e gigantes, distribuídos em cerca de 50 gêneros. No Brasil, as
espécies de ocorrência da região amazônica recebem vulgarmente o nome de taboca ou
taquarussu.

11.6. PROCESSO DE ANEXAÇÃO DO ACRE AO BRASIL: TRATADOS E LIMITES

✓ Depois de um período de calmaria, uma nova crise se instaurou no fim do século XIX, com a
retomada das reclamações lindeiras em relação ao Acre. O contexto nesse momento era de
migração em massa de brasileiros para a região, atraídos pelo ciclo da borracha. Ao mesmo
tempo, a Bolívia não estava disposta a ceder sua soberania sobre o território e encontrava
apoio no Brasil.
✓ Nas negociações que o Barão de Rothschild mediou com o conglomerado, ficava claro que, com
a revolta de Plácido de Castro e o bloqueio naval imposto pelo Brasil, a continuidade do Bolivian
Syndicate como empreendimento rentável estava substancialmente comprometida. O que
faltava decidir era quem arcaria com as compensações financeiras exigidas pelo consórcio para
desistir dos seus negócios no Acre.
✓ Restavam agora as negociações com a Bolívia para a compra do território em disputa. O
processo teve dois momentos distintos, o primeiro em La Paz, onde foi estabelecido um modus
vivendi entre as partes, que resultaria no segundo momento das negociações, em Petrópolis,
para o tratado que recebeu o nome dessa cidade brasileira e encerrou a disputa entre Brasil e
Bolívia pelo território acreano.
✓ O protocolo celebrado em 21 de março de 1903, em La Paz, se compõe de oito artigos para
regular a situação caótica que havia sido instaurada com a crise acreana até que se obtivesse
um desfecho definitivo à questão.
✓ O Acre seria anexado ao território brasileiro, por meio de algumas permutas de terras,
esmiuçadas em onze subdivisões técnicas.
✓ A permuta de territórios teria caráter perpétuo, com as bases legais e de direito conforme a
competência soberana em cada espaço territorial estabelecido no artigo anterior.
✓ O Brasil e a Bolívia teriam um prazo de oito meses para definir um tratado sobre a navegação
dos rios da região, em que se garantiria o livre trânsito de ambos os países.

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✓ A conclusão da divisão territorial na região ficaria pendente da resolução das questões


limítrofes com o Peru.

11.7. O TERRITÓRIO DO ACRE, MUNICÍPIOS E POPULAÇÕES DO ACRE: POPULAÇÃO E


LOCALIZAÇÃO

✓ Sua população é composta por vários imigrantes, entre eles destacam-se: nordestinos, sulistas
e paulistas. A população indígena totaliza 14.318 pessoas.
✓ A população total do Estado do Acre é de 732 793 habitantes, segundo Censo de 2010.
✓ O crescimento demográfico acreano é de 2,8% ao ano, com densidade demográfica
caracterizada baixa, aproximadamente 4,4 habitantes por quilômetro quadrado. A maioria da
população reside em áreas urbanas (72,6%), já os moradores das áreas rurais somam 27,4%. A
divisão populacional conforme o sexo é a seguinte: homens 50,2%, mulheres 49,8%.
✓ A taxa de analfabetismo é de 15,4% e a taxa de mortalidade infantil é de aproximadamente
28,9 óbitos a cada mil nascidos vivos, refletida na expectativa de vida do acreano, que é de 71
anos. Todos esses fatores são responsáveis pela média do Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH), que, atualmente é de 0,751, fazendo com que o Acre ocupe a 17° posição no ranking
nacional, sendo o penúltimo entre os estados nortistas, à frente apenas de Roraima.

11.8. NOVA CONFIGURAÇÃO DO MAPA

✓ Mesmo após os tratados de Petrópolis (17/11/1903) e de Limites com o Peru (08/09/1909), as


fronteiras do Estado do Acre com os vizinhos brasileiros (Rondônia e Amazonas) ainda
continuaram indefinidas e sendo motivo para disputas políticas, a exemplo das vilas Extrema e
Nova Califórnia, bem como de diversas contendas jurídicas impetradas.
✓ O Acre, juridicamente, buscou seus direitos de limites reivindicando as delimitações propostas
por Plácido de Castro, que determinava a linha divisória do Estado muito acima das
modificações de 1940.
✓ Essa demarcação oficial tem como ponto de partida o extremo de Mâncio Lima com o Peru,
cabeceira do Rio Javary, percorrendo paralelamente a antiga linha Cunha Gomes, porém,
formando um pequeno ângulo rumo ao Amazonas, seguindo em linha reta até a Vila Guajará,
onde é fixado o primeiro ponto, marcando dessa forma, a primeira quebrada.
✓ A partir daí, acentua-se a subida em linha reta até atingir a confluência do Rio Jurupary com o
Rio Envira, onde é fixado o segundo ponto geodésico e consequentemente a segunda
quebrada. A partir daí, muda o curso para baixo, seguindo em linha reta até tocar na antiga
linha Cunha Gomes, na altura de Sena Madureira, e, após percorrer alguns quilômetros na linha
tradicional, adentra o território acreano, nas mediações do seringal Caquetá, município de

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Porto Acre, mas acarretando perdas insignificantes das terras acreanas, em relação ao ganho
obtido acima da linha divisória.

11.9. MICRORREGIÕES

✓ Definiu-se então em nível estadual duas mesorregiões geográficas: do Vale do Juruá e a do Vale
do Acre; e cinco microrregiões geográficas: de “Brasiléia”, de “Rio Branco” e de “Sena
Madureira” no Vale do Acre; de “Tarauacá” e de “Cruzeiro do Sul” no Vale do Juruá.
✓ Microrregião da Brasiléia: Localizada no Sul do Estado, abrange os municípios de Brasiléia,
Epitaciolância, Xapuri e Assis Brasil. No tocante ao aglomerado urbano, Brasiléia junto com
Epitaciolândia e a cidade boliviana de Cobija, forma um “contínuo urbano” de
aproximadamente setenta e cinco mil habitantes.
✓ Microrregião de Rio Branco: Abrange áreas centro-leste do Vale do Acre, sendo drenados por
rios da Bacia Hidrográfica do Purus (rio Acre e seus afluentes) e da Bacia Hidrográfica do
Madeira (rio Abunã e seus afluentes). Forma-se pelos municípios de Rio Branco, Porto Acre,
Bujari, Capixaba, Senador Guiomard, Plácido de Castro e Acrelândia.
✓ Microrregião de Sena Madureira: Situa em áreas centrais território acreano, sendo que suas
terras estendem de norte a sul do Estado, correspondendo aos municípios de Sena Madureira,
Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus. São drenados pelos rios Purus e seu afluente Iaco, que
constituem nas principais vias de transportes por extensas áreas da microrregião.
✓ Microrregião de Cruzeiro do Sul: Corresponde a parte mais ocidental do Acre em que se
localizam os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Walter e
Marechal Thaumaturgo. Trata-se de uma área fronteiriça com a República do Peru, na costa
oeste, sendo que suas terras estendem de norte a sul do Estado. São áreas drenadas pelo Rio
Juruá e seus afluentes, destacando como principal o Rio Noa.
✓ Microrregião de Tarauacá: Localiza-se em áreas centrais do Estado, em recorte territorial que
se estende de norte a sul. Corresponde aos municípios de Tarauacá, Jordão e Feijó em áreas
drenadas pelos rios Tarauacá e Envira respectivamente (afluentes do Juruá). Na parte norte
dos territórios dos municípios de Feijó e Tarauacá, a BR-364 faz a ligação por terra entre as
duas cidades e de forma precária, dessas com Rio Branco e Cruzeiro do Sul.

11.9.1. Atuais Municípios

✓ São eles: Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Tarauacá, Feijó, Senador Guimard,
Brasiléia, Plácido de Castro, Xapuri, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Rodrigues Alves,
Porto Acre, Epitaciolândia, Acrelândia, Porto Walter, Bujari, Capixaba, Manuel Urbano, Jordão,
Assis Brasil e Santa Rosa dos Purus.

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11.10. FLUXO MIGRATÓRIO, EXTRATIVISMO E ZONEAMENTO ECOLÓGICO DO ACRE

✓ A territorialidade construída por índios, seringueiros, regatões, ribeirinhos e sulistas, a partir


de suas trajetórias, condiciona sua participação no processo de construção de uma identidade
acreana.
✓ Essa contínua construção das identidades acreanas detém focos, sendo o principal deles a
relação cultural com a floresta. Esse imaginário florestal, portanto, torna-se uma das formas
de resistência e um dos elementos de contágio às demais frações territoriais existentes no
Estado.
✓ No Acre, o Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico tem assumido um papel
fundamental na construção do desenvolvimento sustentável. O Zoneamento Ecológico-
Econômico do Acre constitui-se num instrumento privilegiado de negociação entre o governo
e a sociedade de estratégias de gestão do território.
✓ Dadas as especificidades culturais, ambientais, sociais e econômicas dos lugares, os problemas,
os potenciais e as oportunidades são distintos, e, assim, o padrão de desenvolvimento
sustentável não pode ser uniforme para toda a Amazônia.
✓ Durante os anos 80, o ZEE surgiu como resposta de órgãos governamentais ao agravamento de
problemas sócio-ambientais na Amazônia, especialmente o desmatamento acelerado e
conflitos violentos sobre o acesso à terra e a outros recursos naturais, a exemplo do assassinato
de Chico Mendes, em Xapuri, em dezembro de 1988.
✓ No Acre, o Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico foi criado pelo governador
Jorge Viana por meio do decreto estadual nº 503, de 6 de abril de 1999.
✓ A elaboração do ZEE envolve a realização de estudos sobre sistemas ambientais, as
potencialidades e limitações para o uso sustentável dos recursos naturais, as relações entre a
sociedade e o meio ambiente e a identificação de cenários tendenciais e alternativos, de modo
a subsidiar negociações entre o governo, o setor privado e a sociedade civil sobre estratégias
de gestão territorial em bases sustentáveis.
✓ O extrativismo - ou a produção florestal não madeireira - com incremento de tecnologias,
exploração sustentável, capacitação das comunidades locais e definição de nichos de mercado
concilia a preservação da floresta com o desenvolvimento econômico, proporcionando uma
vida melhor para as populações humanas locais.
✓ Além dos clássicos borracha e castanha, outros produtos apresentam relevância no Estado em
termos de geração de renda para comunidades locais: açaí, murmuru, andiroba, copaíba e
diferentes espécies de sementes.
✓ A seringueira é hoje uma importante matéria-prima, essencial para a manufatura de mais de
40.000 produtos com as mais diversas aplicações.
✓ No Acre, a castanheira ocorre apenas nas regionais do Purus, Baixo Acre e Alto Acre, que
representam uma área de 77.609,50 Km2 (cerca de 50% da área do Estado). Wadt (2005)

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estimou uma produção de 54.660,16 de sementes de castanha nas regionais do Baixo Acre,
Alto Acre e Purus.
✓ Pode-se concluir que os produtos florestais não-madeireiros possibilitam a utilização da
floresta em pé, gerando renda, estimulando a conservação e respeitando tanto a paisagem
quanto os habitantes tradicionais.

11.12. MODOS DE VIDA NO CAMPO E NA CIDADE

✓ A análise da população, realizada no ZEE do Acre - Fase I, deixou evidente que no período de
estagnação na extração de látex a população acreana diminuiu. Entre 1920 e 1940, a população
passou de 92.370 para 79.768 pessoas, segundo dados dos Censos Demográficos do IBGE.
✓ Em relação ao movimento de urbanização, em especial, igualmente merece ser lembrada a
evolução no próprio sistema produtivo do Acre, nas últimas décadas, marcado pelo dinamismo
dos setores terciário (comércio e serviços) e industrial, em comparação ao setor primário (em
particular das atividades agrícolas e extrativas).
✓ Nesse sentido, o Acre segue a tendência brasileira (e mundial) de concentração da população
nos centros urbanos, apesar de ser um dos estados brasileiros com menor grau de urbanização.
✓ A propósito da evolução da população do Estado, deve-se considerar que o fluxo migratório
em direção ao Acre não tem sido significativo. Nos últimos anos, o Acre tem recebido e
remetido o equivalente a 10% da sua população total em movimentos migratórios, os quais
são influenciados, principalmente, pelas oportunidades de trabalho.
✓ Outra redução significativa verificou-se na categoria colônia, em cerca de 3.300 pessoas. A
redução da população das fazendas foi de 1.203 pessoas, e das vilas/distritos foi de 1.556
pessoas, no período analisado.
✓ Apesar da redução da população extrativista e aumento da população assentada, entre 1996 e
2006, a população extrativista representa 41% do total da população tradicional do Acre, em
2006; em segundo lugar fica a população dos assentamentos, 28%, seguida pela população das
colônias, 22%.

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12. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO

QUESTIONÁRIO - SOMENTE PERGUNTAS

1) Cite algumas características do Estado do Acre.


2) Quais os tipos de relevo temos na região do Estado do Acre? Como são caracterizados?
3) Como é o relevo do Acre?
4) Cite características do clima na região do Acre.
5) Como é o solo na região do Acre?
6) Quais são os nomes dos principais solos do Estado do Acre?
7) Cite os rios principais do Estado do Acre e suas características.
8) Quais são os principais produtos responsáveis pela economia no Estado do Acre?
9) Como se compôs o protocolo celebrado em 1903, em La Paz, para tentar resolver a crise
acreana?
10) O que o documento dizia a respeito das questões práticas relativas à anexação do Acre?
11) Cite dados importantes sobre a população do Estado do Acre.
12) Como se deu a mudança nas fronteiras do Acre?
13) Enuncie as microrregiões do Estado do Acre com algumas de suas características.
14) Como é caracterizado o Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico do
Estado do Acre.
15) Coloque de forma sucinta alguns aspectos do extrativismo no Acre.
16) Como foi a mudança nas formas de vida da população acreana?

QUESTIONÁRIO - PERGUNTAS E RESPOSTAS

1) Cite algumas características do Estado do Acre.


A História do Acre está diretamente ligada ao ciclo da borracha. O látex ainda é um dos
principais produtos produzidos no estado, na liderança junto da produção de castanhas. O

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Aula 03 –03Geografia do Acre

território tornou-se oficialmente um estado em 1962, durante o governo João Goulart. Foi
anexado ao território brasileiro em 1903, após confrontos entre os seringalistas e as tropas
bolivianas. Numa solução diplomática assinaram o tratado de Petrópolis, em que a Bolívia
reconheceu a posse do Brasil. É o estado mais ocidental do país. No município de Mâncio Lima,
temos o ponto extremo ocidental do país, o rio Moa, localizado na Serra do Divisor, também a
maior altitude das terras baixas acreanas, na fronteira com o Peru. A serra também é
conhecida como Serra da Contamana ou do Moa. O Acre está localizado no espaço natural
amazônico. O espaço da floresta é de difícil ocupação humana devido aos rigores do meio
ambiente e pela carência de infraestrutura, como estradas e ferrovias. O território acreano é
o limite de nossas fronteiras com a Bolívia e o Peru.
2) Quais os tipos de relevo temos na região do Estado do Acre? Como são caracterizados?
No extremo norte estão presentes alguns pequenos planaltos, os Planaltos Residuais Norte-
Amazônicos, também chamado de Planalto das Guianas. Pequenos somente em extensão, pois
aqui, no ponto mais setentrional do país, encontram-se os picos mais altos do Brasil, como o
Pico da Neblina (2.995 metros) e o Pico 31 de Março (2.974 metros). Esse compartimento do
relevo tem origem muito antiga, relacionada a movimentos tectônicos que o soergueram. A
Depressão Marginal Norte-Amazônica está localizada entre os Planaltos Residuais Norte-
Amazônicos, ao norte, e a Depressão da Amazônia Ocidental e o Planalto da Amazônia Oriental,
ao sul. Sua altitude oscila entre 200 e 300 metros. Já a Depressão da Amazônia Ocidental limita-
se com as depressões Norte-Amazônica e Sul-Amazônica, sendo cortada, assim como o
Planalto da Amazônia Oriental, pela Planície do Rio Amazonas. Possui terrenos baixos, com
altitudes inferiores a 200 metros, com topos planos sustentados principalmente por rochas
sedimentares. No centro dessa grande região, está a grandiosa Planície do rio Amazonas, que
com seu grande volume de água está constantemente erodindo o relevo da planície, formando
as planícies fluviais, caracterizadas por uma grande deposição de sedimentos provenientes dos
rios e das áreas mais altas. O Planalto da Amazônia Oriental, que é cortado ao meio pela
Planície do rio Amazonas. Estende-se de Manaus até o oceano Atlântico e constitui os limites
norte e sul da Bacia Amazônica. No sul da região, afloram mais alguns planaltos, os Planaltos
Residuais Sul-Amazônicos. Parte dessa formação está no estado de Rondônia, junto com o os
Planaltos e Chapada dos Parecis. A Planície do rio Araguaia também faz parte da região, pois
além de abranger o estado do Tocantins, o Araguaia é um afluente do Amazonas. É uma região
plana, com altitudes de até 200 metros, constituída por sedimentos recentes. A vegetação
predominante é de cerrados abertos e campos limpos.
3) Como é o relevo do Acre?
O relevo do Acre é predominantemente baixo, antigo e profundamente desgastado. As terras
baixas do acre são predominantemente depressões e planícies. A principal depressão é a
Amazônica, onde está o rio Acre, Planície Amazônica e Planalto rebaixado da Amazônia
ocidental (oeste), onde está o ponto mais alto do estado, a Serra do Divisor, com 609 m, perto
da fronteira como o Peru. A região é um parque: O parque nacional da serra do Divisor. Este é
considerado o ponto mais ocidental do Brasil. Em seu relevo predominam as formas
desgastadas da depressão da Amazônia Ocidental e algumas áreas da planície Amazônica. A
oeste, na serra da Contamana, encontram-se as maiores altitudes do estado, situadas 600 m
acima do nível do mar.

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4) Cite características do clima na região do Acre.


É muito quente, muito úmido, e possui chuvas abundantes o ano todo. A Massa Polar atlântica
atua durante o inverno e no Acre (e na Amazônia em geral) provoca o fenômeno da friagem:
por poucos dias há uma queda acentuada da temperatura, que em alguns locais pode cair à 10
em algumas localidades.
5) Como é o solo na região do Acre?
Os solos com argila de atividade alta (Ta) ocorrem principalmente na região central do Estado
e apresentam como classes dominantes os Cambissolos vérticos e Argissolos. Na região no
baixo vale do rio laco, predominam os Luvissolos e Vertissolos. De um modo geral esses solos
ocorrem em altitudes próximas a 170m, em colinas suaves com baixo grau de dissecação. Nessa
região os solos ocorrem sob Florestas Abertas de Bambu e de Palmeira. Os solos são em geral
eutróficos, o que imprimem à região certa potencialidade agro-pastoril. No entanto,
apresentam restrições em virtude do relevo regional, suave ondulado e ondulado, o que facilita
a erosão, e pela drenagem interna semi-impedida (moderada a imperfeitamente drenada), em
razão dos sedimentos argilosos e sitiosos com pouca permeabilidade.
6) Quais são os nomes dos principais solos do Estado do Acre?
São eles: Cambissolos, Plintossolos, Gleissolos, Latossolos, Argissolos, Neossolos, Luvissolos,
Vertissolos.
7) Cite os rios principais do Estado do Acre e suas características.
Juruá, Tarauacá (afluente da margem direita do Juruá), Muru (desemboca no rio Tarauacá, na
cidade do mesmo nome). O Tarauacá também recebe o rio Envira. Em 2014 ocorreram grandes
enchentes no Tarauacá e Murú, que chegou a 10,6 m (seu limite de transbordamento é 9,5 m
e a de alerta 8,5). Purus, Xapuri (desemboca no rio Acre), e Acre (afluente da margem direita
do Purus). Os rios Acre e Xapuri estão à leste do estado, no entorno de Rio Branco. O rio Envira
(no Sul o estado. É um rio binacional, ou seja, é de livre navegação pelo Peru e Brasil. Este
acordo foi estabelecido pelo tratado do Rio de Janeiro de 1909. Sua nascente é peruana e é
afluente do Tarauacá. No Brasil o Rio Envira está passa pelo Acre e Amazonas.
8) Quais são os principais produtos responsáveis pela economia no Estado do Acre?
Historicamente, a economia acreana baseia-se no extrativismo vegetal, sobretudo na
exploração da borracha, que foi responsável pelo povoamento da região. Atualmente, a
madeira é o principal produto de exportação do estado, que também é grande produtor de
castanha-do-pará, fruto do açaí e óleo da copaíba. Os cultivos de mandioca, milho, arroz, feijão,
frutas e cana-de-açúcar são a base da agricultura. A indústria, por sua vez, atua nos seguintes
segmentos: alimentício, madeireiro, cerâmica, mobiliário e têxtil. O Acre apresenta dois
grandes polos econômicos: o vale do rio Juruá, que tem a cidade de Cruzeiro do Sul como
principal núcleo urbano; e o vale do rio Acre, que é mais industrializado, possui maior grau de
mecanização e modernização no campo, apresenta maior potencial nas atividades agrícolas,
grande produtor de borracha e alimentos (mandioca, arroz, milho, frutas, etc.), além de abrigar
a capital estadual, Rio Branco.

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9) Como se compôs o protocolo celebrado em 1903, em La Paz, para tentar resolver a crise
acreana?
Os termos definidos foram os seguintes:
Artigo I - O Brasil ocuparia militarmente a região em litígio nos paralelos estabelecidos pela
interpretação do Barão do Rio Branco com relação ao Tratado de Ayacucho;
Artigo II - O comandante das tropas brasileiras estacionadas no território se encarregaria do
policiamento local e do monitoramento das fronteiras pré-definidas pelo artigo anterior;
Artigo III - O Brasil reconheceria os territórios ao sul do paralelo limítrofe estipulado como
território boliviano, conforme acordado no Tratado de Ayacucho, até a formulação de um no
tratado, sendo que as forças militares de ambos os países deveriam se deter no território para
si estipulado;
Artigo IV - Os comandantes militares de ambos os lados se encarregariam de manter a ordem
e evitar a eclosão de qualquer conflito na região;
Artigo V - O Brasil assumiria a arrecadação fiscal das atividades extrativistas ao norte do
paralelo de dez graus e vinte minutos, cedendo cinquenta por cento dos ganhos à Bolívia;
Artigo VI - A Bolívia se encarregaria de comunicar às suas tropas que se detivessem e
retrocedessem a qualquer posição da qual tivessem avançado;
Artigos VII e VIII - O Brasil e a Bolívia teriam um prazo de quatro meses para regressar suas
tropas para trás das linhas estabelecidas no protocolo. Essas disposições tiveram êxito em
pacificar o Acre e estabelecer as condições para uma segunda rodada de negociações,
realizadas em novembro de 1903, em Petrópolis. A delegação brasileira foi chefiada por Rio
Branco e contou ainda com os diplomatas Joaquim Francisco de Assis Brasil e Rui Barbosa, que,
apesar de ter sido contrário às posições de Rio Branco ao longo da disputa territorial com a
Bolívia, agregava confiabilidade ao tratado negociado.
10) O que o documento dizia a respeito das questões práticas relativas à anexação do Acre?
No que se refere às questões práticas para a anexação do Acre, o documento estipulou:
Artigo I - O Acre seria anexado ao território brasileiro, por meio de algumas permutas de terras,
esmiuçadas em onze subdivisões técnicas;
Artigo II - A permuta de territórios teria caráter perpétuo, com as bases legais e de direito
conforme a competência soberana em cada espaço territorial estabelecido no artigo anterior;
Artigo III. Por não haver equivalência nas áreas dos territórios permutados entre as duas
Nações, os Estados Unidos do Brasil pagarão uma indenização de 2.000.000 (dois milhões de
libras esterlinas), que a Republica da Bolívia aceita com o proposito de aplicar principalmente
na construção de caminhos de ferro ou em outras obras tendentes a melhorar as comunicações
e desenvolver o comércio entre os dois países. O pagamento será feito em duas prestações de
um milhão de libras cada uma: a primeira, dentro do prazo de três meses, contando da troca
das ratificações do presente Tratado e a segunda em 31 de março de 1905. (Tratado de
Petrópolis, 17 de novembro de 1903).

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Artigo IV - A permuta territorial ficaria sujeita a processo arbitral para julgar qualquer
transgressão dos acordos firmados;
Artigo V - O Brasil e a Bolívia teriam um prazo de oito meses para definir um tratado sobre a
navegação dos rios da região, em que se garantiria o livre trânsito de ambos os países;
Artigo VI - Os impostos devidos em trânsito na região respeitariam uma uniformidade;
Artigo VII: Os Estados Unidos do Brasil obrigam-se a construir em território brasileiro, por si ou
por empresa particular, uma ferrovia desde o porto de Santo Antônio, no rio Madeira, até
Guajará-Mirim, no Mamoré, com um ramal que passando por Vila Murtinho ou em outro ponto
próximo (Estado de Mato Grosso) chegue até Villa Bella (Bolívia), na confluência do Beni e do
Mamoré. Desta ferrovia, que o Brasil se esforçará por construir no prazo de quatro anos, usarão
ambos os países com direito as mesmas franquias e tarifas. (Tratado de Petrópolis, 17 de
novembro de 1903).
Artigo VIII - A conclusão da divisão territorial na região ficaria pendente da resolução das
questões limítrofes com o Peru.
11) Cite dados importantes sobre a população do Estado do Acre.
Sua população é de 732 793 habitantes, segundo Censo de 2010. Sua população é composta
por vários imigrantes, entre eles destacam-se: nordestinos, sulistas e paulistas. A população
indígena totaliza 14.318 pessoas. O crescimento demográfico acreano é de 2,8% ao ano, com
densidade demográfica caracterizada baixa, aproximadamente 4,4 habitantes por quilômetro
quadrado. A maioria da população reside em áreas urbanas (72,6%), já os moradores das áreas
rurais somam 27,4%. A divisão populacional conforme o sexo é a seguinte: homens 50,2%,
mulheres 49,8%. Menos de 40% da população tem acesso a água tratada, o acesso a rede de
esgoto também é bastante restrito, beneficiando apenas 34,8% dos habitantes. A taxa de
analfabetismo é de 15,4% e a taxa de mortalidade infantil é de aproximadamente 28,9 óbitos
a cada mil nascidos vivos, refletida na expectativa de vida do acreano, que é de 71 anos. Todos
esses fatores são responsáveis pela média do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que,
atualmente é de 0,751, fazendo com que o Acre ocupe a 17° posição no ranking nacional, sendo
o penúltimo entre os estados nortistas, à frente apenas de Roraima.
12) Como se deu a mudança nas fronteiras do Acre?
Mesmo após os tratados de Petrópolis (17/11/1903) e de Limites com o Peru (08/09/1909), as
fronteiras do Estado do Acre com os vizinhos brasileiros (Rondônia e Amazonas) ainda
continuaram indefinidas e sendo motivo para disputas políticas, a exemplo das vilas Extrema e
Nova Califórnia, bem como de diversas contendas jurídicas impetradas. A linha divisória
superior, denominada Cunha Gomes, que na definição inicial constituía-se de uma reta, em
1940 sofreu a primeira alteração, proposta pelo órgão oficial que tratava das questões
geográficas (hoje IBGE), modificando o limite. Dessa forma, a linha, até então considerada
geodésica, ganhou modificações, transformando-se em poligonal, ou seja, apresentando uma
pequena curva, adentrando o Estado do Amazonas. Todavia, essa quebrada na linha original
Cunha Gomes ainda não foi suficiente para definir oficialmente os limites acreanos. Essa
demarcação oficial tem como ponto de partida o extremo de Mâncio Lima com o Peru,
cabeceira do Rio Javary, percorrendo paralelamente a antiga linha Cunha Gomes, porém,

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formando um pequeno ângulo rumo ao Amazonas, seguindo em linha reta até a Vila Guajará,
onde é fixado o primeiro ponto, marcando dessa forma, a primeira quebrada. A partir daí,
acentua-se a subida em linha reta até atingir a confluência do Rio Jurupary com o Rio Envira,
onde é fixado o segundo ponto geodésico e conseqüentemente a segunda quebrada. A partir
daí, muda o curso para baixo, seguindo em linha reta até tocar na antiga linha Cunha Gomes,
na altura de Sena Madureira, e, após percorrer alguns quilômetros na linha tradicional, adentra
o território acreano, nas mediações do seringal Caquetá, município de Porto Acre, mas
acarretando perdas insignificantes das terras acreanas, em relação ao ganho obtido acima da
linha divisória.
13) Enuncie as microrregiões do Estado do Acre como algumas de suas características.
A Microrregião de Brasiléia: Localizada no Sul do Estado, abrange os municípios de Brasiléia,
Epitaciolância, Xapuri e Assis Brasil. No tocante ao aglomerado urbano, Brasiléia junto com
Epitaciolândia e a cidade boliviana de Cobija, forma um “contínuo urbano” de
aproximadamente setenta e cinco mil habitantes.
A Microrregião de Rio Branco: Abrange áreas centro-leste do Vale do Acre, sendo drenados por
rios da Bacia Hidrográfica do Purus (rio Acre e seus afluentes) e da Bacia Hidrográfica do
Madeira (rio Abunã e seus afluentes). Forma-se pelos municípios de Rio Branco, Porto Acre,
Bujari, Capixaba, Senador Guiomard, Plácido de Castro e Acrelândia.
A Microrregião de Sena Madureira: Situa em áreas centrais território acreano, sendo que suas
terras estendem de norte a sul do Estado, correspondendo aos municípios de Sena Madureira,
Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus. São drenados pelos rios Purus e seu afluente Iaco, que
constituem nas principais vias de transportes por extensas áreas da microrregião.
A Microrregião de Cruzeiro do Sul: Corresponde a parte mais ocidental do Acre em que se
localizam os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Walter e
Marechal Thaumaturgo. Trata-se de uma área fronteiriça com a República do Peru, na costa
oeste, sendo que suas terras estendem de norte a sul do Estado. São áreas drenadas pelo Rio
Juruá e seus afluentes, destacando como principal o Rio Noa.
A Microrregião de Tarauacá: Localiza-se em áreas centrais do Estado, em recorte territorial que
se estende de norte a sul. Corresponde aos municípios de Tarauacá, Jordão e Feijó em áreas
drenadas pelos rios Tarauacá e Envira respectivamente (afluentes do Juruá). Na parte norte
dos territórios dos municípios de Feijó e Tarauacá, a BR-364 faz a ligação por terra entre as
duas cidades e de forma precária, dessas com Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
14) Como é caracterizado o Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico do
Estado do Acre.
No Acre, o Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico tem assumido um papel
fundamental na construção do desenvolvimento sustentável. O Zoneamento Ecológico-
Econômico do Acre constitui-se num instrumento privilegiado de negociação entre o governo
e a sociedade de estratégias de gestão do território. O ZEE-Acre tem a atribuição de fornecer
subsídios para orientar as políticas públicas relacionadas ao planejamento, uso e ocupação do
território, considerando as potencialidades e limitações do meio físico, biótico e
socioeconômico, seguindo princípios do desenvolvimento sustentável. Dadas as

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especificidades culturais, ambientais, sociais e econômicas dos lugares, os problemas, os


potenciais e as oportunidades são distintos, e, assim, o padrão de desenvolvimento sustentável
não pode ser uniforme para toda a Amazônia. Uma característica positiva da busca de um novo
padrão sustentável da vida social é justamente valorizar a diferença, que se traduz em
vantagem competitiva do território para construção do desenvolvimento socioeconômico e
melhor qualidade ambiental. Desse modo, o desenvolvimento sustentável configura-se como
desenvolvimento sustentável local e o ZEE deve ajustar-se, na Amazônia, em seus objetivos e
procedimentos, às realidades específicas dos Estados e ao projeto político de sua população.
Nesse sentido, uma das atribuições do ZEE é contribuir para a espacialização de políticas
públicas, no sentido de adaptá-las a realidades específicas do território.
15) Coloque de forma sucinta alguns aspectos do extrativismo no Acre.
O extrativismo - ou a produção florestal não madeireira - com incremento de tecnologias,
exploração sustentável, capacitação das comunidades locais e definição de nichos de mercado
concilia a preservação da floresta com o desenvolvimento econômico, proporcionando uma
vida melhor para as populações humanas locais. A população rural depende do uso e manejo
de espécies florestais madeireiras e não madeireiras, que representam recursos importantes e
ricos pela grande utilidade que possuem. Além disso, favorecem oportunidades de emprego e
geram renda às comunidades locais. No Estado do Acre, entre inúmeros produtos não
madeireiros, a borracha e a castanha ocupam posição de destaque na cadeia extrativista. Além
desses, o governo do Estado vem trabalhando espécies estratégicas com diferentes potenciais
de mercado; para óleos e polpa: Carapa guianensis (Andiroba), Copaifera sp (Copaíba),
Astrocaryum murumuru (Murmuru) e Euterpe precatoria (Açaí); na categoria sementes,
espécies com potencial para artesanato e reflorestamento como Aspidosperma vargasii
(Amarelão), Myroxylon balsamu (Bálsamo), Cedrela odorata (Cedro Vermelho), Torresia
acreana (Cerejeira), Dipteryx alata (Cumaru Ferro), Phytelephas macrocarpa (Jarina),
Hymenaea courbaril (Jatobá), Manilkara salzmannii (Massaranduba), Swietenia macrophylla
(Mogno), Tabebuia serratifolia (Pau d’Arco Amarelo), Ceiba pentandra (Samaúma) e Couratari
guianensis (Tauari). Além dos clássicos borracha e castanha, outros produtos apresentam
relevância no Estado em termos de geração de renda para comunidades locais: açaí, murmuru,
andiroba, copaíba e diferentes espécies de sementes.
16) Como foi a mudança nas formas de vida da população acreana?
Em relação ao movimento de urbanização, em especial, igualmente merece ser lembrada a
evolução no próprio sistema produtivo do Acre, nas últimas décadas, marcado pelo dinamismo
dos setores terciário (comércio e serviços) e industrial, em comparação ao setor primário (em
particular das atividades agrícolas e extrativas). Em tais circunstâncias, a população rural é
atraída pela possibilidade de trabalho e de acesso aos benefícios ofertados pelos serviços
públicos nas cidades (saúde e educação, em particular), o que resulta no avanço do movimento
de urbanização e em graves problemas sociais urbanos, que persistem até os dias atuais. Nesse
sentido, o Acre segue a tendência brasileira (e mundial) de concentração da população nos
centros urbanos, apesar de ser um dos estados brasileiros com menor grau de urbanização.
Outra redução significativa verificou-se na categoria colônia, em cerca de 3.300 pessoas. A
redução da população das fazendas foi de 1.203 pessoas, e das vilas/distritos foi de 1.556
pessoas, no período analisado. Apesar da redução da população extrativista e aumento da

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população assentada, entre 1996 e 2006, a população extrativista representa 41% do total da
população tradicional do Acre, em 2006; em segundo lugar fica a população dos
assentamentos, 28%, seguida pela população das colônias, 22%. A análise da distribuição das
populações tradicionais, entre as regionais do Estado do Acre, em 2006, revela que a regional
do Baixo Acre concentra grande parte dessa população: cerca de 70% da população dos
seringais; 48% das colônias; 42% das fazendas; e 57% das vilas/sítios. A regional do Juruá,
também concentra parcela significativa da população tradicional: 40% das vilas/sítios; 36% dos
seringais; e 28% das colônias. Na regional de Tarauacá/Envira, localizam-se 28% da população
dos seringais e 23% das fazendas.

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13. EXERCÍCIOS

1. (IBADE - 2019 - SEE-AC - Professor - Língua Portuguesa)


O município de Rio Branco, capital do estado, é o que possui a população mais numerosa do
Acre. A grande maioria dos municípios não atinge a marca dos 30 mil habitantes. Entre os
municípios a seguir, o único que, segundo o Censo do IBGE de 2010 e suas projeções para 2018,
passaram da marca de 30 mil habitantes e:
A) Sena Madureira.
B) Assis Brasil.
C) Xapuri
D) Capixaba
E) Plácido de Castro
Comentários
A alternativa A está correta, pois sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 45
177 habitantes, gerando uma densidade demográfica de 1,60 hab/km².
A alternativa B está incorreta, pois Assis Brasil é um município brasileiro do estado do Acre. Sua
população, estimada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 7.417
habitantes e sua área é de 4.974,175 km².
A alternativa C está incorreta, pois Xapuri é um município brasileiro localizado no interior do estado
do Acre. Situa-se na microrregião de Brasileia, mesorregião do Vale do Acre, com população total de
19 048 habitantes.
A alternativa D está incorreta, pois Capixaba é um município brasileiro localizado no interior do
estado do Acre, especificamente no sudeste deste. Sua população é de 11 136 habitantes e sua área
é de 1713,412 km² (5,4 hab./km²).
A alternativa E está incorreta, pois Sua população em 2017 era estimada pelo IBGE em 18 510
habitantes. Sua área é de cerca de 2 047 km², o que resulta numa densidade demográfica de 8,4
hab./km².
(IBGE, 2020; WIKIPÉDIA, 2020).
Gabarito: A
2. (IBADE - 2019 - SEE-AC - Professor - Língua Portuguesa)
Quando são citadas características naturais da região Amazônica e do Acre, inúmeras são as
possibilidades nos quesitos: clima, relevo, hidrografia, vegetação, entre outros: uma das

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características da região onde localiza-se o estado do Acre é de baixa(s): A) amplitude térmica


anual comparada ao restante do Brasil.
B) biodiversidade das espécies, sendo um ecossistema pobre.
C) irrigação, pois não existem grandes bacias hidrográficas.
D) pluviosidade ao longo de todos os doze meses do ano.
E) temperaturas ao longo de todos os meses do ano.
Comentários
A alternativa A está correta, pois o clima que predomina no Acre é o amazônico equatorial, que
corresponde a uma elevada temperatura e uma grande concentração de umidade, condições ideais
para proliferação da biodiversidade, além de possuir amplitude térmica baixa.
A alternativa B está incorreta, pois o Acre é um dos menores Estados brasileiros e um dos mais
isolados, por outro lado possui em seu território uma imensa riqueza natural e enorme
biodiversidade, ou seja, um ecossistema muito rico.
A alternativa C está incorreta, pois a rede hidrográfica é um importante meio de transporte no Acre,
uma vez que a maioria dos núcleos urbanos se encontra às margens de rios.
As bacias hidrográficas que compõe a rede hidrográfica do Estado do Acre são: Bacia do Acre-Purus
e Bacia do Juruá.
A alternativa D está incorreta, pois a estação chuvosa desenvolve a partir de novembro e vai até
abril, nesse período ocorre uma grande incidência de chuvas periódicas e abundantes. A umidade
relativa do ar gira entorno de 80 e 90%, percentual elevado em relação aos outros lugares brasileiros,
e os índices pluviométricos são de 1.600 a 2.750 mm ao ano.
A alternativa E está incorreta, pois quanto à temperatura, essa pode variar entre 24,5ºC e 32ºC,
nesse território há duas estações bem definidas, uma possui característica de grande incidência de
precipitação, ou seja, estação chuvosa. Enquanto que a outra corresponde aos períodos de
estiagem. A estação seca ocorre a partir do mês de maio até outubro, é nesse período que ocorre
uma diminuição na temperatura, desencadeada pela influência de uma frente polar impulsionada
por uma massa de ar polar atlântica.
(CNPTIA, 2020; ESCOLA, 2020).
Gabarito: A

3. (FUNRIO - 2017 - SESAU-RO - Enfermeiro)


A história da construção da ferrovia Madeira-Mamoré passa pela questão do Acre (1899-1902),
que ocasionou a assinatura de um importante tratado em 1903. Esse tratado define a compra
da Região do Acre por 2 milhões de libras esterlinas e viabiliza a construção da Estrada de Ferro
Madeira-Mamoré por parte do governo brasileiro, então vivamente interessado na exploração
da borracha do Acre e do noroeste boliviano.
Esse documento é conhecido como Tratado de:

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A) Madri.
B) Petrópolis.
C) Paris.
D) São Paulo.
E) Manaus.
Comentários
A alternativa B é a resposta correta, uma vez que o Tratado de Petrópolis foi um acordo diplomático
entre o governo brasileiro e boliviano, firmado em 17 de novembro de 1903 na cidade de Petrópolis,
Rio de Janeiro, o qual anexou o território do Acre ao Brasil, pertencente à Bolívia desde 1750. Por
esse instrumento, ficou acordado que a Bolívia receberia compensações territoriais em vários
pontos da fronteira com o Brasil. O governo brasileiro se comprometeria a construir a Estrada de
ferro Madeira-Mamoré, e preservaria a liberdade de trânsito pela ferrovia e pelos rios até o oceano
Atlântico, facilitando o escoamento das exportações bolivianas. Como não havia equivalência entre
as áreas permutadas, estabeleceu-se, ainda, uma indenização de dois milhões de libras esterlinas, a
ser paga pelo Brasil em duas parcelas. A Bolívia cederia a parte meridional do Acre,
reconhecidamente boliviana, mas povoada por brasileiros, e desistiria da reclamação da outra parte
do território mais ao norte, também ocupada só por brasileiros.
(LIMA E ALVES, 2005).
Gabarito: B
4. (FUNCAB - 2016 - CREA-AC - Analista de Sistema)
O Acre está localizado no bioma denominado Amazônia. Notoriamente, a Amazônia possui
uma enorme extensão territorial com grandes semelhanças e também com diferenças. Entre
as alternativas a seguir, assinale a que pode ser apresentada como uma das características da
Floresta Amazônica.
A) Clima com baixíssimo índice pluviométrico.
B) Vegetação herbácea com predomínio de coníferas.
C) Possui a maior amplitude térmica entre os biomas do Brasil.
D) Os animais de grande porte formam a maior biodiversidade.
E) Divisão entre áreas de inundação, como várzea, igapó e terra firme.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois o clima da Amazônia é equatorial, caracterizado por elevadas
temperaturas e grande índice pluviométrico.
A alternativa B é incorreta, pois a vegetação da Amazônia é densa e formada por árvores de grande
porte.
A alternativa C é incorreta, pois o Sertão, bioma característico da região do interior do país, é o que
possui maior amplitude térmica, entre 25° a 30°.

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A alternativa D é incorreta, pois a floresta amazônica que abriga inúmeras espécies de animais, dos
quais destacamos os de médio porte: anta, preguiça, sagui-de-bigode, suçuarana, arara-vermelha,
tucano, morcego,
A alternativa E está correta, pois o relevo amazônico é formado de planície de inundação (várzeas),
planalto amazônico e escudos cristalinos. Na maioria dos casos, não apresenta altitudes acima de
200 metros.
(IBGE, 2020; MATÉRIA, 2020).
Gabarito: E

5. (FGV - 2016 - Prefeitura de Paulínia - SP - Engenheiro Agrônomo)


Com relação à logística de abastecimento de combustíveis apresentada no mapa, assinale V
para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Os dutos que interligam a Refinaria de Paulínia (REPLAN) à capital federal foram construídos
na década de 1990, com o objetivo principal de abastecer diretamente a região Centro-Oeste
de derivados do petróleo.
( ) A rede de dutos que interliga Paulínia ao Planalto Central resultou do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) e foi um marco no abastecimento de gás natural,
favorecendo a instalação de indústrias que dependem do uso deste insumo energético.
( ) O poliduto Paulínia-Brasília integra uma cadeia logística de transporte multimodal capaz de
levar petróleo, derivados e insumos industriais para o interior de São Paulo, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Rondônia, Acre, Minas Gerais, Goiás, Brasília e Tocantins.
As afirmativas são, respectivamente,
A) F, V e F.
B) F, V e V.
C) V, F e V.
D) V, V e F.
E) F, F e V.
Comentários
A alternativa C está correta, pois a sequência das preposições é V, F e V.
A localização da refinaria foi escolhida estrategicamente pela Petrobras para a sua construção, pois
Paulínia está a 118 km da capital São Paulo, o que, além de permitir melhor escoamento da
produção, confere grandes facilidades logísticas, com acesso às principais vias de transporte
rodoviário, ferroviário e terminais aéreos do estado de São Paulo.
Já no ano de 1942, a empresa Cia. Química Rhodia Brasileira se instala na cidade, fato determinado
pela 2a Guerra Mundial que obrigou o nosso país a um surto de desenvolvimento industrial. Desse
modo, foi necessário o aumento da produção de álcool no país. A indústria francesa comprou a
fazenda São Francisco e ampliou a produção de cana de açúcar na região ao instalar uma usina de

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Aula 03 –03Geografia do Acre

destilação de álcool. Em 30 de novembro de 1944, pelo decreto lei 14.334, a Vila de José Paulino,
passou a Distrito de Paz, integrando ainda o Município de Campinas.
Apenas em 28 de fevereiro de 1964, pelo decreto lei 8.092, Paulínia teve a sua emancipação política,
passando a Município. De acordo com o decreto lei federal 1105, em 1970, passou a ser considerada
área de interesse da segurança nacional, por causa da REPLAN, Refinaria do Planalto. A partir daí,
desenvolve-se um meio de transportar petróleo para o interior do país, como Minas Gerais e Mato
Grosso.
(IBGE, 2020).
Gabarito: C

6. (FUNCAB - 2016 - CREA-AC - Analista de Sistema)


O estado do Acre é dividido geograficamente em cinco microrregiões. Existem diferenças entre
a quantidade de pessoas, a extensão territorial bem como nos aspectos sociais e econômicos.
Entre as alternativas a seguir, a que apresenta a maior extensão territorial é a seguinte
microrregião:
A) Brasileia.
B) Tarauacá.
C) Rio Branco.
D) Cruzeiro do Sul.
E) Sena Madureira.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois a microrregião de Brasileia tem aproximadamente 15.800 km².
A alternativa B é a resposta certa, uma vez que a área total da microrregião de Tarauacá tem
aproximadamente 45.185 km², na soma total dos municípios de Feijó, Jordão e Tarauacá.
A alternativa C é incorreta, pois a microrregião de Rio Branco tem aproximadamente 22.456 km².
A alternativa D é incorreta, pois a microrregião de Cruzeiro do Sul tem aproximadamente 29.781
km².
A alternativa E é incorreta, pois a microrregião de Sena Madureira tem aproximadamente 40.646
km².
A ordem correta da maior microrregião do Acre para a menor, é a seguinte:
[1] Microrregião de Tarauacá; [2] Microrregião de Sena Madureira; [3] Microrregião de Cruzeiro do
Sul; [4] Microrregião de Rio Branco; e [5] Microrregião de Brasileia.
(IBGE, 2020).
Gabarito: B

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7. (FUNCAB - 2016 - CREA-AC - Analista de Sistema)


As capitais dos estados brasileiros são, normalmente, os municípios mais populosos. O Censo
demográfico do IBGE, realizado a cada dez anos, confirmou tal característica para o estado do
Acre. Dessa maneira, Rio Branco, possui, numericamente, a população dentro do seguinte
intervalo:
A) inferior a 90 mil habitantes.
B) entre 98 mil e 100 mil habitantes.
C) entre 105 mil e 210 mil habitantes.
D) entre 215 mil e 300 mil habitantes.
E) superior aos 315 mil habitantes.
Comentários
A alternativa E é a resposta certa. A população total do município de Rio Branco, segundo os dados
do IBGE no último censo, em 2010, era de 336.038 pessoas. Atualmente, a população estima em
2019 foi registrada pelo IBGE com 407.319 pessoas.
As demais alternativas são incorretas, pois não correspondem aos números do IBGE.
(IBGE, 2020).
Gabarito: E
8. (FGV - 2015 - TJ-RO - Administrador)
“Tratado de permuta de territórios e outras compensações entre o Brasil e a Bolívia assinado
na cidade de Petrópolis em 17 de novembro de 1903, aprovado pelo Congresso Nacional em
12 de fevereiro de 1904, sancionado pelo presidente Rodrigues Alves em decreto de 18 de
fevereiro, com troca mútua de ratificações em 10 de março, pelo qual se estabeleceram os
limites entre Brasil e Bolívia e a incorporação definitiva do Acre ao território nacional."
(Disponível em http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/p...)

O tratado descrito no texto e a principal razão para sua sanção por parte do governo brasileiro
são, respectivamente:
A) Tratado de Madri - expansão do território nacional;
B) Tratado de Petrópolis - interesse em explorar as seringueiras no território anexado;
C) Tratado de Ayacucho - riquezas minerais descobertas no território acreano;
D) Tratado de Petrópolis - alto valor indenizatório a ser pago pelo governo boliviano;
E) Tratado de Ayacucho - construção da ferrovia Madeira-Mamoré.
Comentários
A alternativa A é incorreta, de tal modo que o Tratado de Madrid foi um tratado firmado na capital
espanhola entre os reis João V de Portugal e Fernando VI de Espanha, em 13 de Janeiro de 1750,
para definir os limites entre as respectivas colônias sul-americanas, pondo fim assim às disputas.

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A alternativa B é a resposta certa. O Tratado de Petrópolis foi resultado de extensa negociação entre
os governos do Brasil e da Bolívia, motivada pelo litígio envolvendo as terras do Acre, questão que
teve grande repercussão pública na virada do século XIX para o século XX. O governo brasileiro
também se comprometia a construir a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré para dar trânsito às trocas
comerciais bolivianas pelo rio Amazonas, no acordo o governo brasileiro obrigou-se a pagar à Bolívia
a quantia de 2 milhões de libras esterlinas (cerca de um bilhão de reais a preços atuais, conforme
estimativas de 2018) para indenizar Bolivian Syndicate, um consórcio de investidores
estadunidenses, pela rescisão do contrato de arrendamento, firmado em 1901 com o governo
boliviano. Esse contrato foi motivado pela incapacidade do governo da Bolívia ocupar o atual
território do Acre ante à crescente invasão do seu território por brasileiros.
As alternativas C e E são falsas, pois o Tratado de Ayacucho, também denominado de Tratado da
Amizade, foi assinado entre Brasil e Bolívia no dia 27 de março e selado em 23 de novembro de 1867,
na cidade boliviana de La Paz. Assinaram o tratado o então presidente boliviano, General Mariano
Melgarejo e o Imperador brasileiro, Dom Pedro II. O tratado faz parte de uma série de acordos de
ordem geopolítica e militar relacionados à demarcação territorial das regiões pertencentes ao atual
Estado brasileiro. Esse Tratado foi utilizado para justificar o poderio boliviano na região do atual
Estado do Acre, gerando um conflito denominado de Revolução Acreana (1899), sendo substituído
mais tarde pelo Tratado de Petrópolis.
A alternativa D é falsa, pois no Tratado de Petrópolis o alto valor indenizatório foi pago pelo governo
brasileiro e não o boliviano.
(FGV-CPDOC; MOURA, 2009; FERNANDES, 2015).
Gabarito: B
9. (FUNCAB - 2014 - SEE-AC - Professor de Ciência Humanas)
Segundo o Atlas Geográfico Escolar do IBGE, o Estado do Acre possui, em grande parte do seu
território, o clima equatorial úmido. O fator climático fundamental para a formação do referido
clima no Acre é:
A) latitude
B) orogênese
C) pluviosidade
D) posição longitudinal
E) pressão atmosférica
Comentários
A alternativa A está correta, pois o clima equatorial ou clima de floresta tropical, é um tipo de clima
tropical encontrado geralmente (mas nem sempre) ao longo da linha do Equador. As regiões com
este clima caracterizam tipicamente florestas tropicais, e é denotado pelo grupo Af na classificação
climática de Köppen-Geiger. O clima equatorial é tipicamente quente e úmido.
A alternativa B é incorreta, pois Orogênese é a formação ou o rejuvenescimento de montanhas
ou cordilheiras causada pela deformação compressiva de região mais ou menos extensas

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de litosfera continental. Daí resulta uma camada mais expessa da crosta terrestre, e os materiais
envolvidos sofrem diversas deformações tectônicas, como dobras, falhas geológicas, e também o
derrame do manto.
A alternativa C é incorreta, pois A pluviosidade é um componente muito importante na composição
do clima de uma região. Ela tem grande influência nas temperaturas e índices de umidade do ar das
regiões.
A alternativa D é incorreta, pois o clima tem comportamento diversificado e depende de fatores,
como: altitude, massa do ar, maritimidade e latitude.
A alternativa E é incorreta, pois Pressão atmosférica ou pressão barométrica é a força exercida, por
unidade de área, pela coluna de ar atmosférico acima de nós.
(WIKIPÉDIA, 2020).
Gabarito: A
10. (FUNCAB - 2013 - SESACRE - Fisioterapeuta)
Abrange áreas do centro-leste do vale do Acre, sendo drenadas por rios da bacia hidrográfica
do Purus (rio Acre e seus afluentes) e da bacia hidrográfica do Madeira (rio Abunã e seus
afluentes). É a microrregião mais populosa; economicamente, a mais importante. Por estas
condições, centraliza a principal praça comercial e as poucas indústrias locais. Ademais, é nesta
região que alguns municípios apresentam os maiores índices de áreas desmatadas. Disto
provém ser esta região área de grande expansão das atividades agrícolas e pecuárias no Estado.
(SILVA, Silvio Simione da. Das “Microrregiões Geográficas” às “Regionais de
Desenvolvimentos”: regionalização das terras acreanas e as possibilidades de novos
rearranjos no princípio do século XX.NERA-FCT/UNESP, 2005).

A microrregião acima descrita é:


A) Brasileia.
B) Tarauacá.
C) Rio Branco.
D) Cruzeiro do Sul.
E) Sena Madureira.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois Brasiléia é um município brasileiro localizado no sul
do estado do Acre. Sua população, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) em 2018, era de 25 848 habitantes. Sua área é de 3916,507 km² (com uma
densidade de 5,46 h/km²). Localizado a 237 km ao sul de Rio Branco, na fronteira com a Bolívia, tem
limites com os municípios de Epitaciolândia, Assis Brasil, Sena Madureira e Xapuri.
A alternativa B é incorreta, pois Tarauacá é um município brasileiro localizado no noroeste
do estado do Acre. Está distante 400 km da capital do estado, Rio Branco.

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A alternativa C está correta, pois Rio Branco é um município brasileiro, capital do estado do Acre,
na Região Norte do país e principal centro financeiro, corporativo e mercantil do estado. Distante
3 030 quilômetros de Brasília, capital federal, localiza-se às margens do Rio Acre.
A alternativa D é incorreta, pois Cruzeiro do Sul é um município brasileiro localizado no interior
do estado do Acre. Conhecida como Capital do Juruá, é o mais importante polo turístico e
econômico do interior do Acre. Cruzeiro do Sul é cercada de construções e monumentos que
simbolizam e guardam a história do Acre.
A alternativa E é incorreta, pois Sena Madureira é um município brasileiro do estado do Acre, sendo
o terceiro município mais populoso do referido estado, ficando atrás apenas da capital Rio Branco e
da cidade de Cruzeiro do Sul. Foi o primeiro município da Regional Purus, situa-se às margens do rio
Laco, tendo como principais afluentes os rios Macauã e Caeté.
(IBGE, 2020).
Gabarito: C
11. (FUNCAB - 2013 - SEE-AC - Professor de Ensino Fundamental)
Uma das maiores preocupações das grandes nações é a preservação ambiental e o uso
responsável da natureza para a construção do espaço social. São várias as tentativas de aliar
essas duas demandas. Uma delas, presente no Estado do Acre, foi a criação de Reservas
Extrativistas. Assinale aquela que NÃO representa uma Reserva Extrativista no Acre:
A) Alto Juruá.
B) Cazumbá-Iracema.
C) Chico Mendes
D) Riozinho da Liberdade.
E) Wilson Pinheiro.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois A Reserva Extrativista do Alto Juruá é uma unidade de
conservação federal do Brasil categorizada como reserva extrativista e criada por Decreto
Presidencial em 23 de janeiro de 1990 numa área de 506.186 hectares no estado do Acre.
A alternativa B é incorreta, pois A Reserva Extrativista do Cazumbá-Iracema é uma unidade de
conservação federal do Brasil categorizada como reserva extrativista e criada por Decreto
Presidencial em 19 de setembro de 2002 numa área de 750.794 hectares no estado do Acre. A
alternativa C é incorreta, pois A Reserva Extrativista Chico Mendes é uma unidade de
conservação federal do Brasil categorizada como reserva extrativista e criada por Decreto
Presidencial em 12 de março de 1990 numa área de 970.570 hectares no estado do Acre.
A alternativa D é incorreta, pois A Reserva Extrativista Riozinho da Liberdade é uma unidade de
conservação federal do Brasil categorizada como reserva extrativista e criada por decreto
presidencial em 17 de fevereiro de 2005, numa área de 325.026 hectares. Está localizada em área
dos municípios de Cruzeiro do Sul, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Tarauacá, no estado
do Acre, e Ipixuna, no estado do Amazonas.

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A alternativa E está correta, pois Wilson de Souza Pinheiro (1933-1980) foi seringueiro, presidente
do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia, no Acre, e membro da Comissão Municipal
Provisória do Partido dos Trabalhadores naquele município.
(IBGE, 2020).
Gabarito: E
12. (FUNCAB - 2013 - SEE-AC - Professor de Ensino Fundamental)
O seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988, defendia a integridade da floresta
amazônica e a regularização da situação fundiária das populações remanescentes do ciclo da
borracha em pleno momento de disputas pela posse de terras que haviam tomado as décadas
de 1970 e 1980 no Acre. Essas disputas ocorreram, entre outros motivos, pela iniciativa de
conversão da floresta em grandes projetos empresariais de:
A) produção apicultora
B) exploração de ouro
C) complexos industriais
D) exploração da ranicultura
E) produção pecuária
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois no estado do Acre nunca houve uma concentração do trabalho
apicultor.
A alternativa B está incorreta, pois nas décadas de 1970 e 1980 não havia mais a exploração intensa
do ouro.
A alternativa C está incorreta, pois os complexos industrias só vieram a surgir após a década de 1980.
A alternativa D está incorreta, pois no Brasil, até hoje, o estado do Acre nunca esteve na lista
daqueles em que criou rãs para o consumo humano.
A alternativa E está correta, pois quando a política militar, na década de 1970, foi consagrada a
fomentadora de conflitos por terra no estado do Acre, a produção de borracha foi substituída pela
intensificação pecuária, aumentando a especulação fundiária.
(IBGE, 2020).
Gabarito: E
13. (IBFC - 2013 - SEAP-DF - Professor - Geografia)
O território do Brasil já passou por diversas divisões regionais. A primeira proposta de
regionalização foi realizada no início do século XX e depois dela outras propostas surgiram,
tentando adaptar a divisão regional às características econômicas, culturais, físicas e sociais
dos estados. Sobre essa temática, julgue os itens a seguir:
I. Com as mudanças da Constituição de 1988, ficou definida a divisão brasileira que permanece
até os dias atuais. O estado do Tocantins foi criado a partir da divisão de Goiás e incorporado

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à região Norte; Roraima, Amapá e Rondônia tomaram-se estados autônomos; Fernando de


Noronha deixou de ser federal e foi incorporado a Pernambuco.
II. A primeira proposta de divisão regional do Brasil surgiu em 1913, para ser utilizada no ensino
de geografia. Os critérios utilizados para esse processo foram apenas aspectos físicos - clima,
vegetação e relevo. Dividia o país em três regiões: Setentrional, Norte Oriental, Meridional.
III. Em 1940, o IBGE elaborou uma nova proposta de divisão para o país que, além dos aspectos
físicos, levou em consideração aspectos socioeconômicos. A região Norte era composta pelos
estados de Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e o território do Acre. Goiás e Mato Grosso
formavam com Minas Gerais a região Centro. Bahia, Sergipe e Espírito Santo formavam a região
Leste. O Nordeste era composto por Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e
Alagoas. Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro pertenciam à
região Sul.
IV. Conforme a divisão regional de 1945, o Brasil possuía sete regiões: Norte, Nordeste
Ocidental, Nordeste Oriental, Centro- Oeste, Leste Setentrional, Leste Meridional e Sul. Na
porção norte do Amazonas foi criado o território de Rio Branco, atual estado de Roraima; no
norte do Pará foi criado o estado do Amapá. Mato Grosso perdeu uma porção a noroeste
(batizado como território de Guaporé) e outra ao sul (chamado território de Ponta Porá). No
Sul, Paraná e Santa Catariana foram cortados a oeste e o território de Iguaçu foi criado.
É correto o que se afirma em:
A) I, II, III e IV
B) II, III, IV, apenas.
C) I, IV, apenas.
D) I, III, IV, apenas.
Comentários
A alternativa D está correta, pois as afirmativas I, III, IV são verdadeiras.
A regionalização atual é de 1970, adaptada em 1990, em virtude das alterações da Constituição de
1988. Com as mudanças realizadas, ficou definida a divisão brasileira que permanece até os dias
atuais.
Em 1940, uma nova forma de dividir o Brasil foi elaborada pelo IBGE, levando em consideração os
aspectos socioeconômicos. Assim, região Norte era composta pelos estados de Amazonas, Pará,
Maranhão, Piauí e o território do Acre. Goiás e Mato Grosso formavam com Minas Gerais a região
Centro. Bahia, Sergipe e Espírito Santo formavam a região Leste. O Nordeste era composto por
Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do
Sul, São Paulo e Rio de Janeiro pertenciam à região Sul.
Já em 1945, o país realmente era dividido em sete regiões: Norte, Nordeste Ocidental, Nordeste
Oriental, Centro-Oeste, Leste Setentrional, Leste Meridional e Sul.
(EDUCAÇÃO, 2020; IBGE, 2020).
Gabarito: D

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14. (FUNCAB - 2013 - SESACRE - Técnico em Enfermagem)


Entre os municípios a seguir, o que possui limites com o município de Rio Branco é:
A) Feijó.
B) Bujari.
C) Acrelândia.
D) Epitaciolândia.
E) Manoel Urbano.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois Feijó é um município brasileiro no estado do Acre. Sua
população, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era
de 34 675 habitantes em 2018, sendo o quinto município mais populoso do estado.
A alternativa B está correta, pois Bujari é um município brasileiro, localizado no nordeste
do estado do Acre. Limita ao norte com o Amazonas, ao sul com o município de Rio Branco, a leste
com o município de Porto Acre e a oeste com o município de Sena Madureira.
A alternativa C está incorreta, pois Acrelândia é um município brasileiro do interior
do estado do Acre, que não faz limite com Rio Branco.
A alternativa D está incorreta, pois Epitaciolândia é um município brasileiro do interior
do estado do Acre, que não faz limite com Rio Branco.
A alternativa E está incorreta, pois Manoel Urbano é um município brasileiro localizado no interior
do estado do Acre, que também não faz limite com Rio Branco.
(IBGE, 2020).
Gabarito: B
15. (FUNCAB - 2013 - SESACRE - Técnico em Enfermagem)
O zoneamento ecológico-econômico promovido no Acre (ZEE – Fase II) permitiu avançar nos
estudos sobre o meio biótico acreano e contribuiu para melhor conhecimento da
biodiversidade no Estado.
A despeito da exuberante biodiversidade local, os domínios fitoecológicos estão divididos
principalmente em duas grandes regiões, predominantes e nas quais coexiste grande
diversidade de formações vegetais.
Entre os domínios fitoecológicos a seguir, o que predomina territorialmente no estado do Acre
é:
A) campinas do amazonas.
B) florestas ombrófilas.
C) savanas estépicas.
D) matas halófitas.

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E) campinaranas.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois no Estado do Acre as campinas da Amazônia se caracterizam como
domínio inexpressivo.
A alternativa B está correta, uma vez que entre os domínios fitoecológicos do Acre predomina
notadamente a Floresta Ombrófila Densa Submontana, a Floresta Ombrófila Densa Montana e a
Floresta Ombrófila Aberta Submontana. O termo Floresta Ombrófila é usado para o ecossistema
antes denominado de Floresta Pluvial. Caracteriza-se pela vegetação de folhas largas e perenes e
por chuvas abundantes e frequentes. A região de Floresta Ombrófila Densa corresponde à Floresta
Pluvial Tropical, com árvores de porte entre 20 e 50 metros, em áreas de clima praticamente sem
período seco (ombrotérmico) e temperaturas médias entre 22º e 23º. Já a Floresta Ombrófila Aberta
também se situa na faixa de clima ombrotérmico, porém podendo apresentar um curto período
seco, entre 2 a 3 meses. A Floresta Ombrófila Aberta apresenta características que até recentemente
a enquadravam como tipologia vegetal de transição, entre a floresta amazônica e as florestas das
áreas extra-amazônicas. No Estado do Acre, as variações altimétricas são aliadas às diferenças
fitoecológicas e separadas em formações, como aluvial, terras baixas, montana e submontana.
A alternativa C é incorreta, pois entre os domínios fitoecológicos do Acre, as savanas estépicas não
são caracterizadas com predominância. Em todo caso, há o temor de que o desmatamento
descaracterize a floresta, a transformando em uma savana ou cerrado.
A alternativa D é incorreta, pois denominam-se halófitas as plantas que, sendo essencialmente
terrestres, estão adaptadas a viverem no mar ou próximo dele, sendo tolerantes à salinidade.
Portanto, não há possibilidade de matas halófitas no Acre, pois o estado não é coberto pelo mar.
A alternativa E é incorreta, pois no Estado do Acre a campinarana se caracteriza como uma pequena
disjunção que adentra o Amazonas. Vale sublinhar, para não ficar dúvidas, que as campinaranas se
parecem mais com as florestas do que com as campinas, fisionomicamente e floristicamente.
(IBGE, 2005).
Gabarito: B
16. (FUNCAB - 2013 - SESACRE - Técnico em Enfermagem)
“[...]Os anos 1970 e 1980 desenharam outro contexto para o Acre com a vinda dos chamados
“paulistas”. Essa identidade foi atribuída de forma genérica a grandes empresários sulistas e
migrantes rurais que vieram para o Acre com objetivo de especular com a compra de grandes
seringais.”
(Zoneamento-Ecológico Econômico do Acre – Fase II – Documento Síntese – 2003-2006
Governo doAcre)

A chegada dos “paulistas” no Acre, em meados da década de 1970 do século XX, gerou,
principalmente:
A) a criação da cidade de Rio Branco que se transformaria em pouco tempo na capital do
Estado.

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Aula 03 –03Geografia do Acre

B) o desenvolvimento de grandes empresas que exportavam, via hidrovias, produtos comalto


valor agregado.
C) a organização política que resultou na transformação do Território do Acre para a categoria
de Estado.
D) o Tratado acreano que cedia a região sul-ocidental para os migrantes produzirem cana-de-
açúcar e milho.
E) a expropriação de muitos seringueiros que, desempregados, foram para o entorno das
cidades acreanas.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois o povoamento da região de Rio Branco se deu no fim do século XIX,
com a chegada de nordestinos. O desenvolvimento do município ocorreu durante um grande
período dado pelo Ciclo da Borracha. Nesta época ocorreu ainda uma miscigenação da população,
com traços do branco nordestino com índios Kulinaã, sendo que houve também influência de povos
vindos de outras regiões do mundo, como turcos, portugueses, libaneses e outros.
A alternativa B também é incorreta, uma vez que o projeto visou o pioneirismo agropecuário.
A alternativa C também é incorreta, pois a Lei que elevou o Território Federal do Acre à categoria de
Estado foi assinada pelo presidente João Goulart em 1962.
A alternativa D também é incorreta, de modo que o Tratado de Petrópolis, que representa uma
importante data cívica para os acreanos, dada sua importância nos acordos e regularização dos
limites das terras acreanas, permitiu a anexação de apenas 42 mil quilômetros quadrados,
correspondente ao Acre Meridional, para o território brasileiro, ao passo que o Tratado de Limites
entre o Brasil e o Peru (08/09/1909) permitiu a regularização e anexação de 111.149,9 quilômetros
quadrados. Ou seja, em se tratando de fato histórico que trouxe grande contribuição para a
conquista das terras que hoje constituem o Estado do Acre, o Tratado de Limites com o Peru, que
atualmente sequer é lembrado pelas autoridades e acreanos em geral como data histórica,
igualmente deveria ser reverenciado.
A alternativa E está correta, de tal modo que a chegada dos paulistas ou também chamados sulistas
inovou com a vinda altamente concentradora de renda, tendo por contraponto a voz imperativa de
expulsão dos seringueiros, aqueles que estavam na terra, gerando sérios conflitos e mortes. Grande
parte dessas terras compradas por meio de mapas, ou por sobrevôo determinou a nova economia e
os novos mandantes. Saem os ricos seringalistas e as casas aviadoras e entram os poderosos
agropecuaristas, como projeto desenvolvimentista do Regime Militar. Com efeito, desse
desenvolvimento excludente gerou-se um bolsão de miséria nas cidades, acrescentou-se a
marginalidade, a prostituição, o desemprego e outras mazelas.
(UFAC; SOUZA, 2001; NOGUEIRA, 2015).
Gabarito: E

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17. (FUNCAB - 2013 - SESACRE - Técnico em Enfermagem)


O setor agrícola possui importância significativa na estrutura socioeconômica do Estado do
Acre. Entre as lavouras permanentes a seguir, a que possuiu a maior área colhida em 2012 no
Acre segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi:
A) maracujá.
B) tangerina.
C) café.
D) algodão.
E) pimenta-do-reino.
Comentários
A alternativa C é a resposta correta, uma vez que a maior área colhida em 2012 no Acre segundo
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi das lavouras permanentes de café,
com 1.283 hectares.
Já o maracujá teve 104 hectares de área colhida em 2012;
A tangerina teve 177 hectares de área colhida em 2012;
E o algodão e a pimenta-do-reino não tiveram números apresentados pelo IBGE em 2012
(IBGE, 2012).
Gabarito: C
18. (FUNCAB - 2013 - SESACRE - Técnico em Enfermagem)
“[...] A negociação que se abriu [...] entre o Brasil e a Bolívia permitiu a solução consagrada pelo
Tratado de Petrópolis, que dispunha a incorporação ao Brasil de 190.000 km² de territórios de
população brasileira, a cessão à Bolívia de pouco mais de 3.000 km², o pagamento de 2 mi lhões
de l ibras (hoje correspondentes a quase 180 milhões de dólares) a título de compensação pela
permuta desigual [...]”
(RICUPERO, Rubens. Rio Branco: o Brasil no mundo. Rio de Janeiro: Contraponto – Petrobrás,
2000, p. 31).

Com o Tratado de Petrópolis, além das negociações a que o texto se refere, o Brasil assumiu
coma Bolívia o compromisso de:
A) construir a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
B) gerar energia elétrica para as províncias bolivianas.
C) proteger as reservas indígenas contra a expansão agrícola.
D) criar unidades de conservação em 30% do território acreano.
E) liberar a aquisição de terras brasileiras por empresas bolivianas.

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Aula 03 –03Geografia do Acre

Comentários
A alternativa A está correta, pois O Tratado de Petrópolis, firmado em 17 de novembro de 1903 em
Petrópolis, formalizou a permuta de territórios entre Brasil e Bolívia — uma faixa de terra entre os
rios Madeira, o rio Abunã do Brasil para a Bolívia — e o território do atual Acre da Bolívia para o
Brasil. O governo brasileiro também se comprometia a construir a Estrada de Ferro Madeira-
Mamoré para dar trânsito às trocas comerciais bolivianas pelo rio Amazonas.
A alternativa B está incorreta, pois o Tratado firmou uma permuta de interesses econômicos entre
Brasil e Bolívia, principalmente sobre a produção e o transporte da melhor matéria prima da época,
látex.
A alternativa C está incorreta, pois o Tratado firmou uma permuta de interesses econômicos entre
Brasil e Bolívia, principalmente sobre a produção e o transporte da melhor matéria prima da época,
látex.
A alternativa D está incorreta, pois o Tratado firmou uma permuta de interesses econômicos entre
Brasil e Bolívia, principalmente sobre a produção e o transporte da melhor matéria prima da época,
látex.
A alternativa E está incorreta, pois o Tratado firmou uma permuta de interesses econômicos entre
Brasil e Bolívia, principalmente sobre a produção e o transporte da melhor matéria prima da época,
látex.
(FGV-CPDOC; MOURA, 2009; WIKIPÉDIA, 2020).
Gabarito: A

19. (CESPE - 2013 - TCE-RO - Auditor de Controle Externo - Direito)


Julgue os itens a seguir, acerca da história do estado de Rondônia.

Na solução da questão da disputa com a Bolívia pelo território que hoje corresponde ao estado
do Acre, o governo brasileiro comprometeu-se a construir uma ferrovia para ligar o porto de
Santo Antônio, localizado no rio Madeira, até Guajará-Mirim, no rio Mamoré.
Comentários
A preposição acima é verdadeira. O Tratado de Petrópolis, firmado em 17 de novembro de 1903 em
Petrópolis, formalizou a permuta de territórios entre Brasil e Bolívia — uma faixa de terra entre os
rios Madeira, o rio Abunã do Brasil para a Bolívia — e o território do atual Acre da Bolívia para o
Brasil. O governo brasileiro também se comprometia a construir a Estrada de Ferro Madeira-
Mamoré para dar trânsito às trocas comerciais bolivianas pelo rio Amazonas.
(FGV-CPDOC; MOURA, 2009; WIKIPÉDIA, 2020).
Gabarito: Certo

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20. (FUNCAB - 2013 - SESACRE - Fisioterapeuta)


O relevo do estado do Acre possui características semelhantes ao de parte significativa da
região Norte, onde existem diferentes unidades de relevo. Algumas delas são encontradas no
Acre. Entre as unidades de relevo a seguir, a que ocupa a maior extensão territorial do estado
do Acre é:
A) Tabuleiros do Norte da Amazônia.
B) Chapadas do Meio-Norte.
C) Depressão do Rio Amazonas.
D) Tabuleiros Interioranos.
E) Depressão do Norte da Amazônia.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois A Mata de Tabuleiros (ou Hiléia Baiana) é uma formação vegetal
que ocorre ao longo da costa leste do Brasil fragmentada junto as áreas de Mata Atlântica (havendo,
entretanto, afinidades florísticas com a Floresta Amazônica) desde o Rio de Janeiro até o Rio Grande
do Norte e apresenta uma reserva de biodiversidade com espécies endémicas de flora e fauna.
A alternativa B está incorreta, pois Chapada são terrenos com extensas superfícies planas em regiões
de serras com altitudes geralmente superiores a 600 metros. É uma vasta planície com vegetação
rasteira.
A alternativa C está correta, pois no relevo da região Norte, predominam as feições de depressão
(com altitudes médias inferiores a 300 m), ligadas basicamente a processos erosivos. Encontram-se
também planaltos na região norte de Roraima, na calha do rio Amazonas e na porção que corta o
estado do Pará entre as depressões e as planícies. A altitude média das feições de depressão na
região Norte varia entre 200 e 300 metros.
A alternativa D está incorreta, pois na zona semiárida da região Nordeste do Brasil ocorrem
superfícies geomorfológicas tabulares conhecidas como Tabuleiros Sertanejos ou Tabuleiros
Interioranos que constituem unidade geoambiental com potencial para agricultura irrigada quando
localizados na bacia hidrográfica do médio São Francisco. Os levantamentos pedológicos efetuados
nessa região têm demonstrado a expressiva ocorrência de solos com adensamento subsuperficial
que acarreta aumento na densidade do solo
A alternativa E está incorreta, pois apesar de ter sua característica de relevo como depressão, a que
ocupa maior extensão é a Depressão do Rio Amazonas.
(MOTA, 2020).
Gabarito: C

21. (IPAD - 2012 - PC-AC - Agente de Polícia Civil)


Existe uma determinada região do Acre, que ocupa um relevo dissecado (em interflúvios
tabulares), com a cobertura sedimentar cenozoica, com duas fisionomias vegetais: arbórea
densa e arbustiva, constituindo a Sub-região das Áreas de Acumulação Inundáveis. A

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ocorrência nesta área de manchas de solo Podzol Hidromórfico limitou o desenvolvimento da


vegetação, devido às características do solo.
Como é conhecida essa região?
A) Região de Mata de Igapó.
B) Região de Floresta Densa.
C) Região de Floresta Caducifólia.
D) Região da Campinarana.
E) Região das Cactáceas.
Comentários
A alternativa A está correta, pois a Mata de igapó é um tipo de vegetação característico da floresta
amazônica. Situa-se em terrenos baixos, ou seja, planos, ao longo de rios de águas negras e que são
frequentemente inundados. Na classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2012),
pode ser enquadrada nas categorias floresta ombrófila densa aluvial e floresta ombrófila aberta
aluvial.
A alternativa B está incorreta, pois Floresta ombrófila densa (também chamada floresta tropical
pluvial) é um tipo de vegetação caracterizado como mata perenifólia (ou sempre verde) cujo dossel
é de até 50 m, com árvores emergentes de até 40 m de altura. Possui densa vegetação arbustiva,
composta samambaias, arborescentes, bromélias e palmeiras. As trepadeiras e epífitas (bromélias e
orquídeas), bem como os cactos e as samambaias também são muito abundantes. Nas áreas úmidas
- às vezes, temporariamente encharcadas, antes da degradação promovida pela ação antrópica -,
ocorriam figueiras, jerivás (palmeira) e palmitos (Euterpe edulis).
A alternativa C está incorreta, pois floresta caducifólia é um tipo de floresta temperada que, em
determinado período do ano, perde suas folhas. Esse tipo de composição vegetativa ocorre em
lugares úmidos de regiões temperadas, que não são submetidas a invernos tão rigorosos, como os
que sucedem em algumas áreas dessa zona climática.
A alternativa D está incorreta, pois Campinarana é um termo regionalista para um tipo de vegetação
da região amazônica, com fisionomias variadas, de campestres a florestadas. Diferencia-se da
Floresta Amazônica propriamente dita pela flora distinta e pelo porte menor das árvores e caules
mais finos. Seu solo é arenoso e bastante lixiviado, dos tipos Espodossolos e Neossolos
Quartzarênicos.
A alternativa E está incorreta, pois Cactaceae é uma família botânica de arbustos, árvores, ervas,
lianas e subarbustos representada pelos cactos ou catos. São aproximadamente 176 gêneros[1] e
2273 espécies aceitas. Os ramos longos, geralmente suculentos e alguns até comestíveis, produzem
folhas fotossintéticas e os caules curtos produzem folhas modificadas em espinhos ou conjunto
deles; estípulas ausentes e fruto tipo baga.
(IBGE, 2020; WIKIPEDIA, 2020).
Gabarito: A

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22. (IPAD - 2012 - PC-AC - Agente de Polícia Civil)


Em 1904, após a anexação do Acre ao Brasil, foi aprovada a criação do Território Federativo do
Acre. Através da proposta de Lei, que foi sancionada pelo então presidente da república
Rodrigues Alves, ficou determinada de início a divisão deste território em três departamentos
administrativos que foram denominados:
A) Baixo Acre, Cruzeiro do Sul e Mamoré.
B) Alto Acre, Alto Purus e Alto Juruá.
C) Alto Purus, Alto do Cruzeiro do Sul e Rio Branco.
D) Rio Branco, Alto Tarauacá e Sena Madureira.
E) Alto Juruá, Baixo Acre e Rio Branco.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois a divisão dos departamentos administrativos são escolhidos de
acordo com determinados requisitos, como por exemplo ser divisa ou próximo à outras unidades
federativas, com o intuito de receber auxílio das mesmas.
A alternativa B está correta, pois logo após a anexação do Acre ao Brasil, os acrianos esperavam pela
sua elevação a Estado o mais rápido possível, uma vez que, nessa época (Auge do Ciclo da Borracha),
o Acre representava 1/3 do PIB brasileiro. Porém isso não aconteceu. Atendendo às disposições
jurídicas do Tratado de Petrópolis, o presidente Rodrigues Alves sancionou a lei que criava o
Território do Acre (1904) - o primeiro do país - dividindo o território em três departamentos: o do
"Alto Acre", o do "Alto Purus" e o do "Alto Juruá", este último desmembrado para formar o do "Alto
Tarauacá" em 1912. A administração departamental exercia-se, até 1921, por prefeitos designados
pelo Presidente da República.
A alternativa C está incorreta, pois a divisão dos departamentos administrativos são escolhidos de
acordo com determinados requisitos, como por exemplo ser divisa ou próximo à outras unidades
federativas, com o intuito de receber auxílio das mesmas.
A alternativa D está incorreta, pois a divisão dos departamentos administrativos são escolhidos de
acordo com determinados requisitos, como por exemplo ser divisa ou próximo à outras unidades
federativas, com o intuito de receber auxílio das mesmas.
A alternativa E está incorreta, pois a divisão dos departamentos administrativos são escolhidos de
acordo com determinados requisitos, como por exemplo ser divisa ou próximo à outras unidades
federativas, com o intuito de receber auxílio das mesmas.
(IBGE, 2020; WIKIPEDIA, 2020).
Gabarito: B

23. (IPAD - 2012 - PC-AC - Agente de Polícia Civil)


Na área compreendida entre Taumaturgo e Cruzeiro do Sul, no Acre, o espaço geográfico é
atravessado por um importante rio. Esse rio é o:

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A) Ipixuna
B) Breu
C) Juruá
D) Batã
E) Ituí
Comentários
A alternativa C é a resposta correta, uma vez que o Município de Cruzeiro do Sul, localizado na região
noroeste do Acre, está na margem esquerda do Rio Juruá, fazendo divisas ao norte com o estado do
Amazonas, ao sul com Porto Walter, a leste com Tarauacá e a oeste com o Peru e os municípios de
Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Enquanto que o município de Marechal Thaumaturgo Limita-se ao
norte com os municípios de Tarauacá e Porto Walter, ao sul e ao oeste com o Peru, e a leste com o
município de Jordão.
(IBGE, 2020).
Gabarito: C
24. (IPAD - 2012 - PC-AC - Agente de Polícia Civil)
Observe o mapa a seguir:

A microrregião indicada pela cor mais escura é:


A) Cruzeiro do Sul.
B) Rio Branco.
C) Sena Madureira.
D) Brasileia.
E) Tarauacá.
Comentários
A alternativa A está correta, pois Cruzeiro do Sul é um município brasileiro localizado no interior
do estado do Acre. Conhecida como Capital do Juruá, é o mais importante polo turístico e

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econômico do interior do Acre. Cruzeiro do Sul é cercada de construções e monumentos que


simbolizam e guardam a história do Acre.
A alternativa B é incorreta, pois Rio Branco é um município brasileiro, capital do estado do Acre,
na Região Norte do país e principal centro financeiro, corporativo e mercantil do estado. Distante
3 030 quilômetros de Brasília, capital federal, localiza-se às margens do Rio Acre.
A alternativa C é incorreta, pois Sena Madureira é um município brasileiro do estado do Acre, sendo
o terceiro município mais populoso do referido estado, ficando atrás apenas da capital Rio Branco e
da cidade de Cruzeiro do Sul. Foi o primeiro município da Regional Purus, situa-se às margens do rio
Laco, tendo como principais afluentes os rios Macauã e Caeté.
A alternativa D é incorreta, pois Brasiléia é um município brasileiro localizado no sul
do estado do Acre. Sua população, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) em 2018, era de 25 848 habitantes. Sua área é de 3916,507 km² (com uma
densidade de 5,46 h/km²). Localizado a 237 km ao sul de Rio Branco, na fronteira com a Bolívia, tem
limites com os municípios de Epitaciolândia, Assis Brasil, Sena Madureira e Xapuri.
A alternativa E é incorreta, pois Tarauacá é um município brasileiro localizado no noroeste
do estado do Acre. Está distante 400 km da capital do estado, Rio Branco.
(IBGE, 2020).
Gabarito: A
25. (Makiyama - 2011 - ELETROBRAS-ACRE - Técnico em Contabilidade)
A formação da estrutura do relevo do Estado do Acre é:
A) Planalto Cristalino, Planalto Meridional Amazônico e Planalto Arenito-basáltico.
B) Depressão periférica e Depressões Interplanálticas Absoluta.
C) Planalto do Maranhão-Piauí e Planalto Arenito-basáltico
D) Planalto Atlântico.
E) Depressão Amazônica, Planalto Rebaixado da Amazônia Ocidental e Planície Amazônica.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois o estado do Acre não possui sua formação do relevo baseada nas
três estruturas, principalmente por não possuir planaltos cristalinos, ou seja, afunilado.
A alternativa B é incorreta, pois o Acre não possui um rebaixamento de terra entre planaltos
circundantes, característica da depressão periférica em união com as depressões interplanálticas.
A alternativa C é incorreta, pois essa formação é característica do Maranhão, por possuir terras com
planalto arenito-basáltico.
A alternativa D é incorreta, pois uma característica marcante do Planalto Atlântico são os mares de
morro, o que não é presente no estado do Acre.

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A alternativa E está correta, pois o relevo do Acre é caracterizado pela ocorrência de depressões na
maior parte do território (Depressão da Amazônia Ocidental). No norte, aparece
uma planície estreita.
(IBGE, 2020).
Gabarito: E
26. (Makiyama - 2011 - ELETROBRAS-ACRE - Técnico em Contabilidade)
De acordo com a Classificação de Köppen, o clima acreano é do tipo:
A) equatorial, quente e úmido.
B) continental, seco e árido
C) árido, continental e seco.
D) tropical de altitude.
E) continental, quente e seco.
Comentários
A alternativa A está correta, pois o clima equatorial ou clima de floresta tropical, é um tipo de clima
tropical encontrado geralmente (mas nem sempre) ao longo da linha do Equador. As regiões com
este clima caracterizam tipicamente florestas tropicais, e é denotado pelo grupo Af na classificação
climática de Köppen-Geiger. O clima equatorial é tipicamente quente e úmido.
A alternativa B é incorreta, pois o clima continental é um grupo climático que abrange os climas
subárticos e continentais úmidos. Na classificação climática de Köppen eles estão no grupo D. Os
climas continentais geralmente apresentam uma variação anual significativa de temperatura, com
verões quentes e invernos frios. Eles tendem a estar presentes de latitudes médias a altas, onde os
ventos predominantes sopram por terra e as temperaturas não são moderadas por influências da
água dos oceanos ou mares. Os climas continentais ocorrem principalmente no Hemisfério Norte,
que tem o tipo de grandes massas terrestres em latitudes temperadas necessárias para o
desenvolvimento desse tipo de clima
A alternativa C é incorreta, pois O clima desértico é aquele que ocorre nas regiões marcadas pela
presença de deserto. Possui as seguintes características: elevada amplitude térmica, baixo índice de
umidade relativa ao ar, baixo índice pluviométrico, entre outros.
A alternativa D é incorreta, pois O clima tropical de altitude (Cwa e Cwb na classificação climática de
Köppen-Geiger) é um tipo climático que predomina nos planaltos e serras do Sudeste brasileiro,
no Nordeste Brasileiro.
A alternativa E é incorreta, pois o clima continental é um grupo climático que abrange os climas
subárticos e continentais úmidos. Eles tendem a estar presentes de latitudes médias a altas, onde
os ventos predominantes sopram por terra e as temperaturas não são moderadas por influências da
água dos oceanos ou mares.
(IBGE, 2020).
Gabarito: A

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27. (Makiyama - 2011 - ELETROBRAS-ACRE - Técnico em Contabilidade)


O segundo município com a maior população do Estado do Acre é o mais populoso na região
do Alto Juruá, sendo conhecido como:
A) Cruzeiro do Sul
B) Purus
C) Jordão
D) Marechal Thaumaturgo
E) Tarauacá
Comentários
A alternativa A está correta, pois de acordo com o IBGE possui 79.819 pessoas (2012).
A alternativa B é incorreta, pois de acordo com o IBGE possui 6.362 pessoas (2018).
A alternativa C é incorreta, pois de acordo com o IBGE possui 6.059 pessoas (2007).
A alternativa D é incorreta, pois de acordo com o IBGE possui 13.061 pessoas (2007).
A alternativa E é incorreta, pois de acordo com o IBGE possui 36.763 pessoas (2012).
(IBGE, 2020).
Gabarito: A
28. (Makiyama - 2011 - ELETROBRAS-ACRE - Técnico em Contabilidade)
No vale do Acre está localizada a Princesinha do Acre, cidade que guarda lembranças do Ciclo
da Borracha e de um ilustre filho deste território, Chico Mendes. Este município recebe o nome
de
A) Senador Guiomar
B) Capixaba
C) Xapurí
D) Bolívia
E) Peru
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois Senador Guiomard é um município brasileiro do interior
do estado do Acre. Localizado no Vale do Acre, na região Norte do Brasil, é o sétimo município mais
populoso do estado, com 22 810 habitantes em 2018, de acordo com estimativas do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).[3] ― correspondente a 2,8% da população estadual. Seu
nome é uma homenagem ao político José Guiomard dos Santos. Está localizado a 24 km de Rio
Branco, a capital do estado.
A alternativa B é incorreta, pois Capixaba é um município brasileiro localizado
no interior do estado do Acre, especificamente no sudeste deste. Sua população é de 11 136

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Aula 03 –03Geografia do Acre

habitantes e sua área é de 1713,412 km² (5,4 hab./km²). Limita ao norte e a nordeste com o
município de Rio Branco, ao sul com a Bolívia, a leste com o município de Plácido de Castro e a
Bolívia e a oeste com o município de Xapuri.
A alternativa C está correta, pois Xapuri é um município brasileiro localizado no interior
do estado do Acre. Situa-se na microrregião de Brasileia, mesorregião do Vale do Acre. Cidade
Histórica, Xapuri é considerada o "berço" da Revolução Acriana e o símbolo do Movimento
Ambientalista Mundial. É conhecida também por seu filho mais ilustre, o seringueiro e líder
sindical Chico Mendes, que viveu toda a sua vida na cidade.
A alternativa D é incorreta, pois Bolívia é um país encravado no centro-oeste da América do Sul. Faz
fronteira com o Brasil ao norte e leste, Paraguai e Argentina ao sul, e Chile e Peru ao oeste.
A alternativa E é incorreta, pois Peru é um país sul-americano limitado ao norte pelo Equador e
pela Colômbia, a leste pelo Brasil e pela Bolívia e ao sul pelo Chile. O seu litoral, a oeste, é banhado
pelo oceano Pacífico.
(IBGE, 2020).
Gabarito: C
29. (FUNCAB - 2010 - SEE-AC - Professor - 1 ao 5 Ano Ensino Fundamental)
Mesmo com toda expansão econômica, principalmente da agropecuária, o estado do Acre
mantém 89% do seu território coberto por florestas, segundo Zoneamento Ecológico-
Econômico de 2004.A paisagem típica da Floresta Amazônica, é composta por ecossistema com
elevada biodiversidade, formada por vegetação densa e com árvores de grande porte.
Contudo, existem biomas no Brasil com paisagens naturais semelhantes. O Bioma que possui
a maior semelhança com a Amazônia em relação à paisagem natural da vegetação é:
A) a mata de Araucária.
B) a caatinga.
C) o campo sulino.
D) a restinga.
E) a mata Atlântica.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois a Mata de Araucárias é uma formação vegetal que, como o próprio
nome diz, é caracterizada pela presença da Araucaria angustifolia (pinheiro-do-
paraná ou araucária). É um ecossistema da Mata Atlântica e ocorre no sul do Brasil, estendendo-se
pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e em manchas esparsas em São Paulo
e Minas Gerais.
A alternativa B é incorreta, pois a Caatinga apresenta clima semiárido, vegetação com poucas folhas
e adaptadas para os períodos de secas, além de grande biodiversidade.
A alternativa C é incorreta, pois a característica principal do Bioma Pampa é a sua vegetação, que
apresenta uma composição herbácea, ou seja, formada basicamente por gramíneas e espécies

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vegetais de pequeno porte, não ultrapassando os 50 cm de altura. Esse tipo de paisagem apresenta
dois tipos bem definidos: os chamados campos limpos e os campos sujos.
A alternativa D é incorreta, pois A restinga é um espaço geográfico formado sempre por
depósitos arenosos paralelos à linha da costa, de forma geralmente alongada, produzido por
processos de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades que recebem influência
marinha, podendo ter cobertura vegetal em mosaico. Esse tipo de vegetação também pode ser
encontrado em praias, cordões arenosos, dunas e depressões.
A alternativa E está correta, pois considerado um dos mais ricos biomas do planeta, ou seja,
com maior biodiversidade, a Mata Atlântica é a segunda maior floresta em extensão do Brasil,
constituída de planaltos e serras. A Mata Atlântica é conhecida por possuir árvores de médio e
grande porte, além de um conjunto de ecossistemas que representam cerca de 15% do território
brasileiro.
(IBGE, 2020; MATÉRIA, 2020).
Gabarito: E
30. (FUNCAB - 2010 - SEE-AC - Professor - 1 ao 5 Ano Ensino Fundamental)
O contexto de crise econômica e social no mundo moderno revelou uma dinâmica fundamental
através dos problemas de degradação ambiental. Uma espécie de sensibilidade ecológica, na
qual a ecologia é uma das principais expressões, passa a incorporar cada vez mais a ideia de
que o problema está mais nas relações desiguais entre os homens do que propriamente nas
relações entre sociedade e natureza. O estado do Acre emerge como território protagonista
desta visão, através de territorialidades que proporcionaram a criação da primeira unidade de
conservação denominada:
A) Parques Estações.
B) Estações Ecológicas.
C) Reservas Biológicas.
D) Parques Ambientais.
E) Reservas Extrativas.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois no Acre não há a presença de Parques Estações.
A alternativa B é incorreta, pois apesar de possuir Estações Ecológicas no Acre, não foram as
primeiras alternativas a serem pensadas e desenvolvidas para a conservação ecológica.
A alternativa C é incorreta, pois no Acre não há presença de Reservas Biológicas.
A alternativa D é incorreta, pois no Acre não há presença de Parques Ambientais.
A alternativa E está correta, pois o processo de formação das reservas extrativistas no estado do
Acre é resultado de muitos conflitos e lutas a favor da preservação da natureza e do modo de vida
da população local, tais conflitos incidiram com a chegada da pecuária na região, na modificação das
atividades e do modo de vida tradicional, já que a ação do capital privado, revelava interesses
contrários a esses sujeitos.

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(OBSERVATORIUN, 2020).
Gabarito: E
31. (FUNCAB - 2010 - SEE-AC - Professor - 1 ao 5 Ano Ensino Fundamental)
Na década de 70, o governo brasileiro organizou o Projeto RADAM – Radar na Amazônia,
através do Ministério de Minas e Energia, com o objetivo de pesquisar e localizar recursos
naturais. Na época, o uso do radar side- looking airborne radar – SLAR – representou um avanço
tecnológico, pois sendo um sensor ativo, a imagem podia ser obtida tanto durante o dia como
à noite e em condições de nebulosidade. O RADAM priorizou a coleta de dados sobre recursos
minerais, uso da terra, solos, vegetação e cartografia da Amazônia e áreas adjacentes da região
Nordeste. O Projeto RADAM possibilitou novas identificações das macrounidades do relevo
brasileiro elaboradas pelo professor e pesquisador Jurandyr L. Sanches Ross. O estado do Acre
sofreu modificações na sua identificação geral. Assinale a alternativa correta que apresenta,
respectivamente, a antiga e a atual denominação geral do estado do Acre em relação ao relevo.
A) Bacias Sedimentares / Planície Amazônica Geral.
B) Planalto da Amazônia Ocidental / Estruturas Cristalinas.
C) Depressão do Acre /Dobramentos Modernos.
D) Planície do Juruá / Planalto da Serra do Divisor.
E) Planícies Amazônicas / Depressão da Amazônia Ocidental.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois Bacias Sedimentares são formações rochosas localizadas em áreas
de depressões relativas ou absolutas, que acumulam espessas camadas ou estratificações formadas
por rochas sedimentares, o que não encontramos no estado do Acre.
A alternativa B é incorreta, pois o estado do Acre não possui sua formação do relevo baseada nas
três estruturas, principalmente por não possuir planaltos cristalinos, ou seja, afunilado.
A alternativa C é incorreta, pois o Acre não possui um rebaixamento de terra entre planaltos
circundantes, característica da depressão periférica em união com as depressões interplanálticas.
A alternativa D é incorreta, pois o Acre não possui sua estrutura formada por planaltos.
A alternativa E está correta, pois o relevo do Acre é caracterizado pela ocorrência de depressões na
maior parte do território (Depressão da Amazônia Ocidental). No norte, aparece
uma planície estreita.
(IBGE, 2020).
Gabarito: E
32. (FUNCAB - 2010 - SEE-AC - Professor - 1 ao 5 Ano Ensino Fundamental)
Com base no fragmento da Lei n° 10.257, de 10 de julho de 2001, pode-se afirmar sobre as
organizações políticas e administrações urbanas que:

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A) o estado do Acre não se enquadra na exigência do Plano Diretor, devido à pequena


concentração populacional em áreas urbanas.
B) por localizar-se em área de fronteira, a administração das cidades acreanas fica a cargo do
governo federal, resultando na fragilidade do poder público municipal.
C) o plano diretor deve ser essencialmente participativo, cujo processo de elaboração seja
conduzido pelo poder executivo local, com a colaboração de todos os setores da sociedade.
D) a cidade de Rio Branco, por ser a capital do estado, é o único município de que a lei exige a
realização do Plano Diretor.
E) após a elaboração do Plano Diretor pelo poder público municipal, a sociedade civil é
impossibilitada de ter acesso a qualquer informação documentada.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois o Plano Diretor é direcionado para todo e qualquer estado,
independente de sua concentração populacional.
A alternativa B está incorreta, pois Plano Diretor é direcionado para todo e qualquer estado,
independente de sua localização.
A alternativa C está correta, pois o Plano Diretor atual foi pensando a partir da participação direta
de toda a população, com a ajuda do governante e poder executivo local.
A alternativa D está incorreta, pois Plano Diretor é direcionado para toda e qualquer cidade,
independente de sua concentração populacional e sua posição no estado referido.
A alternativa E está incorreta, pois com o passar dos anos, conquistamos uma sociedade
democrática, ou seja, a população tem direito a acessar qualquer informação sobre o município,
estado ou país.
Gabarito: C
33. (FUNCAB - 2010 - SEE-AC - Professor - 1 ao 5 Ano Ensino Fundamental)
“No Acre, o Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico tem assumido um papel
fundamental na construção do desenvolvimento sustentável. O Zoneamento Ecológico-
Econômico do Acre constitui-se num instrumento privilegiado de negociação entre o governo
e a sociedade de estratégia de gestão do território. O ZEE- Acre tem a atribuição de fornecer
subsídios para orientar as políticas públicas relacionadas ao planejamento, uso e ocupação do
território, considerando as potencialidades e limitações do meio físico, biótico e
socioeconômico, seguindo princípios do desenvolvimento sustentável.”
(Zoneamento Ecológico Econômico. Acessado em www.ac.gov.br/index, p. 25)

Desta forma, a execução do Zoneamento Ecológico - Econômico deve seguir, principalmente,


o princípio:
A) econômico, promovendo a maximização dos recursos naturais existentes no estado através
de uma industrialização nos moldes das zonas francas.

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B) preservacionista, promovendo a conservação das paisagens naturais sem a possibilidade de


transformações, promovendo o Acre como símbolo do ecologismo.
C) militar, possibilitando uma eficiente defesa das áreas de fronteira, seguindo as diretrizes
nacionais de evitar integrações espaciais.
D) participativo, promovendo a intervenção dos atores sociais durante todas as fases do
trabalho, com vistas à construção de seus interesses próprios e coletivos.
E) globalizante, possibilitando uma identificação global, através da desconstrução de uma
identidade acreana, firmada atualmente, na ideia de florestania.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois a industrialização dessa área por meio dos moldes das zonas
francas não é o indicado para promover a maximização dos recursos naturais.
A alternativa B está incorreta, pois uma das maneiras de valorizar este trabalho é transformando-o
para promover maior visibilidade.
A alternativa C está incorreta, pois atualmente, qualquer princípio com modelo militar não é aceto
pela sociedade, já que vivemos em um mundo totalmente democrático.
A alternativa D está correta, pois com a participação de toda a população o projeto irá adquirir maior
visibilidade e conquistará o maior número de pessoas para a realização de interesses coletivos ou
individuais.
A alternativa E está incorreta, pois o real objetivo deste projeto é manter e valorizar a identidade
acreana.
(CNPTIA, 2020).
Gabarito: D
34. (CESPE - 2009 - SEFAZ-AC - Fiscal da Receita Estadual)

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As microrregiões geográficas do Acre, divididas pelo IBGE, apresentam cinco regiões: Brasileia,
Sena Madureira, Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Tarauacá. Com relação à disposição geográfica
dessas microrregiões e tendo como ponto de referência o centro geográfico do estado, é
correto afirmar que a microrregião de
A) Sena Madureira está situada a noroeste.
B) Rio Branco está situada a noroeste.
C) Cruzeiro do Sul está situada a oeste.
D) Brasileia está situada a sudoeste.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois Sena Madureira está localizada a leste.
A alternativa B é incorreta, pois Rio Branco está localizada a leste.
A alternativa C está correta, pois Cruzeiro do Sul está localizada a oeste.
A alternativa D é incorreta, pois Brasileira está localizada a sudeste.
Análise da rosa dos ventos.
Gabarito: C
35. (CESPE - 2009 - SEFAZ-AC - Fiscal da Receita Estadual)
As unidades diversas geomorfológicas do estado do Acre incluem diversas depressões,
fragmentos da planície amazônica e a superfície tabular de Cruzeiro do Sul. Do ponto de vista
geomorfológico, esta última constitui um(a)
A) graben.
B) chapada.
C) cuesta.
D) horst
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois Graben ou fossa tectónica é a designação dada em geologia
estrutural a uma depressão de origem tectónica, geralmente com a forma de um vale alongado com
fundo plano, formada quando um bloco de território fica afundado em relação ao território
circundante em resultado dos movimentos combinados de falhas geológicas paralelas ou quase
paralelas.
A alternativa B está incorreta, pois Chapada é uma forma de relevo montanhoso em que ocorrem
extensões de solo elevadas e planas, vales profundos, cachoeiras e rios caudalosos. Esse tipo de
relevo se formou em várias partes do Brasil, principalmente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste.
Em geral, as chapadas têm mais de 500 metros de altura.
A alternativa C está incorreta, pois Cuesta é uma forma de relevo em que colinas e montes têm um
declive não simétrico, ou seja, suave de um lado e íngreme do outro. A palavra tem origem no idioma
espanhol e significa encosta de uma colina ou monte. Em geologia e geomorfologia, cuesta refere-
se especificamente a um cume assimétrico com inclinação longa e suave

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A alternativa D está correta, pois Horst é a designação dada em geologia estrutural e em geografia
física a um bloco de território elevado em relação ao território vizinho por ação de movimentos
tectónicos. A palavra horst provém da língua alemã e significa “ninho de águia” ou “colina
alcantilada”. Tal estrutura pode ser também conhecida como “pilar”. O território que forma o horst
eleva-se devido ao movimento combinado de falhas geológicas paralelas, ou relativamente
paralelas, cujo movimento provoca o afundamento dos terrenos vizinhos ou a elevação de uma faixa
de terreno entre elas.
(IBGE, 2020; WIKIPÉDIA, 2020).
Gabarito: D

36. (FUNCAB - 2009 - SESAU-RO - Analista de Sistemas)


Embora na Amazônia as temperaturas sejam elevadas o ano todo, em alguns pontos de seu
território como no sul do Amazonas, no Acre e em Rondônia, ocorrem quedas bruscas de
temperatura conhecidas como fenômeno da friagem. Isto ocorre devido:
A) à evaporação das águas dos rios e dos lagos;
B) ao deslocamento de massa de ar polar vinda do Sul;
C) a intensas chuvas chamadas de inverno;
D) à grande quantidade de rios na região;
E) à temperatura quente e úmida vinda da floresta.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois a friagem é um fenômeno que depende exclusivamente do
deslocamento de massas de ar frio. Outras justificativas, como a evaporação da água, não são
relevantes para o acontecimento desse fenômeno.
A alternativa B está correta, pois é um fenômeno atmosférico que pode ser definido como massas
de ar frio, que tem como direção o continente que vem de origem de regiões que tem um clima com
temperaturas baixas. No caso do Acre, massas de ar vindas do Sul.
A alternativa C está incorreta, pois a friagem é um fenômeno que depende exclusivamente do
deslocamento de massas de ar frio. Outras justificativas, como a chuva, não são relevantes para o
acontecimento desse fenômeno.
A alternativa D está incorreta, pois a friagem é um fenômeno que depende exclusivamente do
deslocamento de massas de ar frio. Outras justificativas, como os inúmeros rios da região, não são
relevantes para o acontecimento desse fenômeno.
A alternativa E está incorreta, pois a friagem é um fenômeno que depende exclusivamente do
deslocamento de massas de ar frio. Outras justificativas, como a temperatura, não são relevantes
para o acontecimento desse fenômeno.
(TEMPO, 2020).
Gabarito: B

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1. (IBADE - 2019 - SEE-AC - Professor - Língua Portuguesa)


O município de Rio Branco, capital do estado, é o que possui a população mais numerosa do
Acre. A grande maioria dos municípios não atinge a marca dos 30 mil habitantes. Entre os
municípios a seguir, o único que, segundo o Censo do IBGE de 2010 e suas projeções para 2018,
passaram da marca de 30 mil habitantes e:
A) Sena Madureira.
B) Assis Brasil.
C) Xapuri
D) Capixaba
E) Plácido de Castro

2. (IBADE - 2019 - SEE-AC - Professor - Língua Portuguesa)


Quando são citadas características naturais da região Amazônica e do Acre, inúmeras são as
possibilidades nos quesitos: clima, relevo, hidrografia, vegetação, entre outros: uma das
características da região onde localiza-se o estado do Acre é de baixa(s): A) amplitude térmica
anual comparada ao restante do Brasil.
B) biodiversidade das espécies, sendo um ecossistema pobre.
C) irrigação, pois não existem grandes bacias hidrográficas.
D) pluviosidade ao longo de todos os doze meses do ano.
E) temperaturas ao longo de todos os meses do ano.

3. (FUNRIO - 2017 - SESAU-RO - Enfermeiro)


A história da construção da ferrovia Madeira-Mamoré passa pela questão do Acre (1899-1902),
que ocasionou a assinatura de um importante tratado em 1903. Esse tratado define a compra
da Região do Acre por 2 milhões de libras esterlinas e viabiliza a construção da Estrada de Ferro
Madeira-Mamoré por parte do governo brasileiro, então vivamente interessado na exploração
da borracha do Acre e do noroeste boliviano.
Esse documento é conhecido como Tratado de:
A) Madri.
B) Petrópolis.
C) Paris.

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D) São Paulo.
E) Manaus.

4. (FUNCAB - 2016 - CREA-AC - Analista de Sistema)


O Acre está localizado no bioma denominado Amazônia. Notoriamente, a Amazônia possui
uma enorme extensão territorial com grandes semelhanças e também com diferenças. Entre
as alternativas a seguir, assinale a que pode ser apresentada como uma das características da
Floresta Amazônica.
A) Clima com baixíssimo índice pluviométrico.
B) Vegetação herbácea com predomínio de coníferas.
C) Possui a maior amplitude térmica entre os biomas do Brasil.
D) Os animais de grande porte formam a maior biodiversidade.
E) Divisão entre áreas de inundação, como várzea, igapó e terra firme.

5. (FGV - 2016 - Prefeitura de Paulínia - SP - Engenheiro Agrônomo)


Com relação à logística de abastecimento de combustíveis apresentada no mapa, assinale V
para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Os dutos que interligam a Refinaria de Paulínia (REPLAN) à capital federal foram construídos
na década de 1990, com o objetivo principal de abastecer diretamente a região Centro-Oeste
de derivados do petróleo.
( ) A rede de dutos que interliga Paulínia ao Planalto Central resultou do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) e foi um marco no abastecimento de gás natural,
favorecendo a instalação de indústrias que dependem do uso deste insumo energético.
( ) O poliduto Paulínia-Brasília integra uma cadeia logística de transporte multimodal capaz de
levar petróleo, derivados e insumos industriais para o interior de São Paulo, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Rondônia, Acre, Minas Gerais, Goiás, Brasília e Tocantins.
As afirmativas são, respectivamente,
A) F, V e F.
B) F, V e V.
C) V, F e V.
D) V, V e F.
E) F, F e V.

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6. (FUNCAB - 2016 - CREA-AC - Analista de Sistema)


O estado do Acre é dividido geograficamente em cinco microrregiões. Existem diferenças entre
a quantidade de pessoas, a extensão territorial bem como nos aspectos sociais e econômicos.
Entre as alternativas a seguir, a que apresenta a maior extensão territorial é a seguinte
microrregião:
A) Brasileia.
B) Tarauacá.
C) Rio Branco.
D) Cruzeiro do Sul.
E) Sena Madureira.

7. (FUNCAB - 2016 - CREA-AC - Analista de Sistema)


As capitais dos estados brasileiros são, normalmente, os municípios mais populosos. O Censo
demográfico do IBGE, realizado a cada dez anos, confirmou tal característica para o estado do
Acre. Dessa maneira, Rio Branco, possui, numericamente, a população dentro do seguinte
intervalo:
A) inferior a 90 mil habitantes.
B) entre 98 mil e 100 mil habitantes.
C) entre 105 mil e 210 mil habitantes.
D) entre 215 mil e 300 mil habitantes.
E) superior aos 315 mil habitantes.

8. (FGV - 2015 - TJ-RO - Administrador)


“Tratado de permuta de territórios e outras compensações entre o Brasil e a Bolívia assinado
na cidade de Petrópolis em 17 de novembro de 1903, aprovado pelo Congresso Nacional em
12 de fevereiro de 1904, sancionado pelo presidente Rodrigues Alves em decreto de 18 de
fevereiro, com troca mútua de ratificações em 10 de março, pelo qual se estabeleceram os
limites entre Brasil e Bolívia e a incorporação definitiva do Acre ao território nacional."
(Disponível em http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/p...)

O tratado descrito no texto e a principal razão para sua sanção por parte do governo brasileiro
são, respectivamente:
A) Tratado de Madri - expansão do território nacional;
B) Tratado de Petrópolis - interesse em explorar as seringueiras no território anexado;
C) Tratado de Ayacucho - riquezas minerais descobertas no território acreano;

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D) Tratado de Petrópolis - alto valor indenizatório a ser pago pelo governo boliviano;
E) Tratado de Ayacucho - construção da ferrovia Madeira-Mamoré.

9. (FUNCAB - 2014 - SEE-AC - Professor de Ciência Humanas)


Segundo o Atlas Geográfico Escolar do IBGE, o Estado do Acre possui, em grande parte do seu
território, o clima equatorial úmido. O fator climático fundamental para a formação do referido
clima no Acre é:
A) latitude
B) orogênese
C) pluviosidade
D) posição longitudinal
E) pressão atmosférica

10. (FUNCAB - 2013 - SESACRE - Fisioterapeuta)


Abrange áreas do centro-leste do vale do Acre, sendo drenadas por rios da bacia hidrográfica
do Purus (rio Acre e seus afluentes) e da bacia hidrográfica do Madeira (rio Abunã e seus
afluentes). É a microrregião mais populosa; economicamente, a mais importante. Por estas
condições, centraliza a principal praça comercial e as poucas indústrias locais. Ademais, é nesta
região que alguns municípios apresentam os maiores índices de áreas desmatadas. Disto
provém ser esta região área de grande expansão das atividades agrícolas e pecuárias no Estado.
(SILVA, Silvio Simione da. Das “Microrregiões Geográficas” às “Regionais de
Desenvolvimentos”: regionalização das terras acreanas e as possibilidades de novos
rearranjos no princípio do século XX.NERA-FCT/UNESP, 2005).

A microrregião acima descrita é:


A) Brasileia.
B) Tarauacá.
C) Rio Branco.
D) Cruzeiro do Sul.
E) Sena Madureira.

11. (FUNCAB - 2013 - SEE-AC - Professor de Ensino Fundamental)


Uma das maiores preocupações das grandes nações é a preservação ambiental e o uso
responsável da natureza para a construção do espaço social. São várias as tentativas de aliar

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essas duas demandas. Uma delas, presente no Estado do Acre, foi a criação de Reservas
Extrativistas. Assinale aquela que NÃO representa uma Reserva Extrativista no Acre:
A) Alto Juruá.
B) Cazumbá-Iracema.
C) Chico Mendes
D) Riozinho da Liberdade.
E) Wilson Pinheiro.

12. (FUNCAB - 2013 - SEE-AC - Professor de Ensino Fundamental)


O seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988, defendia a integridade da floresta
amazônica e a regularização da situação fundiária das populações remanescentes do ciclo da
borracha em pleno momento de disputas pela posse de terras que haviam tomado as décadas
de 1970 e 1980 no Acre. Essas disputas ocorreram, entre outros motivos, pela iniciativa de
conversão da floresta em grandes projetos empresariais de:
A) produção apicultora
B) exploração de ouro.
C) complexos industriais.
D) exploração da ranicultura
E) produção pecuária

13. (IBFC - 2013 - SEAP-DF - Professor - Geografia)


O território do Brasil já passou por diversas divisões regionais. A primeira proposta de
regionalização foi realizada no início do século XX e depois dela outras propostas surgiram,
tentando adaptar a divisão regional às características econômicas, culturais, físicas e sociais
dos estados. Sobre essa temática, julgue os itens a seguir:
I. Com as mudanças da Constituição de 1988, ficou definida a divisão brasileira que permanece
até os dias atuais. O estado do Tocantins foi criado a partir da divisão de Goiás e incorporado
à região Norte; Roraima, Amapá e Rondônia tomaram-se estados autônomos; Fernando de
Noronha deixou de ser federal e foi incorporado a Pernambuco.
II. A primeira proposta de divisão regional do Brasil surgiu em 1913, para ser utilizada no ensino
de geografia. Os critérios utilizados para esse processo foram apenas aspectos físicos - clima,
vegetação e relevo. Dividia o país em três regiões: Setentrional, Norte Oriental, Meridional.
III. Em 1940, o IBGE elaborou uma nova proposta de divisão para o país que, além dos aspectos
físicos, levou em consideração aspectos socioeconômicos. A região Norte era composta pelos
estados de Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e o território do Acre. Goiás e Mato Grosso
formavam com Minas Gerais a região Centro. Bahia, Sergipe e Espírito Santo formavam a região

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Leste. O Nordeste era composto por Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e
Alagoas. Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro pertenciam à
região Sul.
IV. Conforme a divisão regional de 1945, o Brasil possuía sete regiões: Norte, Nordeste
Ocidental, Nordeste Oriental, Centro- Oeste, Leste Setentrional, Leste Meridional e Sul. Na
porção norte do Amazonas foi criado o território de Rio Branco, atual estado de Roraima; no
norte do Pará foi criado o estado do Amapá. Mato Grosso perdeu uma porção a noroeste
(batizado como território de Guaporé) e outra ao sul (chamado território de Ponta Porá). No
Sul, Paraná e Santa Catariana foram cortados a oeste e o território de Iguaçu foi criado.
É correto o que se afirma em:
A) I, II, III e IV
B) II, III, IV, apenas.
C) I, IV, apenas.
D) I, III, IV, apenas.

14. (FUNCAB - 2013 - SESACRE - Técnico em Enfermagem)


Entre os municípios a seguir, o que possui limites com o município de Rio Branco é:
A) Feijó.
B) Bujari.
C) Acrelândia.
D) Epitaciolândia.
E) Manoel Urbano.

15. (FUNCAB - 2013 - SESACRE - Técnico em Enfermagem)


O zoneamento ecológico-econômico promovido no Acre (ZEE – Fase II) permitiu avançar nos
estudos sobre o meio biótico acreano e contribuiu para melhor conhecimento da
biodiversidade no Estado.
A despeito da exuberante biodiversidade local, os domínios fitoecológicos estão divididos
principalmente em duas grandes regiões, predominantes e nas quais coexiste grande
diversidade de formações vegetais.
Entre os domínios fitoecológicos a seguir, o que predomina territorialmente no estado do Acre
é:
A) campinas do amazonas.
B) florestas ombrófilas.
C) savanas estépicas.

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D) matas halófitas.
E) campinaranas.

16. (FUNCAB - 2013 - SESACRE - Técnico em Enfermagem)


“[...]Os anos 1970 e 1980 desenharam outro contexto para o Acre com a vinda dos chamados
“paulistas”. Essa identidade foi atribuída de forma genérica a grandes empresários sulistas e
migrantes rurais que vieram para o Acre com objetivo de especular com a compra de grandes
seringais.”
(Zoneamento-Ecológico Econômico do Acre – Fase II – Documento Síntese – 2003-2006
Governo doAcre)

A chegada dos “paulistas” no Acre, em meados da década de 1970 do século XX, gerou,
principalmente:
A) a criação da cidade de Rio Branco que se transformaria em pouco tempo na capital do
Estado.
B) o desenvolvimento de grandes empresas que exportavam, via hidrovias, produtos comalto
valor agregado.
C) a organização política que resultou na transformação do Território do Acre para a categoria
de Estado.
D) o Tratado acreano que cedia a região sul-ocidental para os migrantes produzirem cana-de-
açúcar e milho.
E) a expropriação de muitos seringueiros que, desempregados, foram para o entorno das
cidades acreanas.

17. (FUNCAB - 2013 - SESACRE - Técnico em Enfermagem)


O setor agrícola possui importância significativa na estrutura socioeconômica do Estado do
Acre. Entre as lavouras permanentes a seguir, a que possuiu a maior área colhida em 2012 no
Acre segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi:
A) maracujá.
B) tangerina.
C) café.
D) algodão.
E) pimenta-do-reino.

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18. (FUNCAB - 2013 - SESACRE - Técnico em Enfermagem)


“[...] A negociação que se abriu [...] entre o Brasil e a Bolívia permitiu a solução consagrada pelo
Tratado de Petrópolis, que dispunha a incorporação ao Brasil de 190.000 km² de territórios de
população brasileira, a cessão à Bolívia de pouco mais de 3.000 km², o pagamento de 2 mi lhões
de l ibras (hoje correspondentes a quase 180 milhões de dólares) a título de compensação pela
permuta desigual [...]”
(RICUPERO, Rubens. Rio Branco: o Brasil no mundo. Rio de Janeiro: Contraponto – Petrobrás,
2000, p. 31).

Com o Tratado de Petrópolis, além das negociações a que o texto se refere, o Brasil assumiu
coma Bolívia o compromisso de:
A) construir a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
B) gerar energia elétrica para as províncias bolivianas.
C) proteger as reservas indígenas contra a expansão agrícola.
D) criar unidades de conservação em 30% do território acreano.
E) liberar a aquisição de terras brasileiras por empresas bolivianas.

19. (CESPE - 2013 - TCE-RO - Auditor de Controle Externo - Direito)


Julgue os itens a seguir, acerca da história do estado de Rondônia.

Na solução da questão da disputa com a Bolívia pelo território que hoje corresponde ao estado
do Acre, o governo brasileiro comprometeu-se a construir uma ferrovia para ligar o porto de
Santo Antônio, localizado no rio Madeira, até Guajará-Mirim, no rio Mamoré.

20. (FUNCAB - 2013 - SESACRE - Fisioterapeuta)


O relevo do estado do Acre possui características semelhantes ao de parte significativa da
região Norte, onde existem diferentes unidades de relevo. Algumas delas são encontradas no
Acre. Entre as unidades de relevo a seguir, a que ocupa a maior extensão territorial do estado
do Acre é:
A) Tabuleiros do Norte da Amazônia.
B) Chapadas do Meio-Norte.
C) Depressão do Rio Amazonas.
D) Tabuleiros Interioranos.
E) Depressão do Norte da Amazônia.

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21. (IPAD - 2012 - PC-AC - Agente de Polícia Civil)


Existe uma determinada região do Acre, que ocupa um relevo dissecado (em interflúvios
tabulares), com a cobertura sedimentar cenozoica, com duas fisionomias vegetais: arbórea
densa e arbustiva, constituindo a Sub-região das Áreas de Acumulação Inundáveis. A
ocorrência nesta área de manchas de solo Podzol Hidromórfico limitou o desenvolvimento da
vegetação, devido às características do solo.
Como é conhecida essa região?
A) Região de Mata de Igapó.
B) Região de Floresta Densa.
C) Região de Floresta Caducifólia .
D) Região da Campinarana.
E) Região das Cactáceas.

22. (IPAD - 2012 - PC-AC - Agente de Polícia Civil)


Em 1904, após a anexação do Acre ao Brasil, foi aprovada a criação do Território Federativo do
Acre. Através da proposta de Lei, que foi sancionada pelo então presidente da república
Rodrigues Alves, ficou determinada de início a divisão deste território em três departamentos
administrativos que foram denominados:
A) Baixo Acre, Cruzeiro do Sul e Mamoré.
B) Alto Acre, Alto Purus e Alto Juruá.
C) Alto Purus, Alto do Cruzeiro do Sul e Rio Branco.
D) Rio Branco, Alto Tarauacá e Sena Madureira.
E) Alto Juruá, Baixo Acre e Rio Branco.

23. (IPAD - 2012 - PC-AC - Agente de Polícia Civil)


Na área compreendida entre Taumaturgo e Cruzeiro do Sul, no Acre, o espaço geográfico é
atravessado por um importante rio. Esse rio é o:
A) Ipixuna.
B) Breu
C) Juruá.
D) Batã
E) Ituí.

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24. (IPAD - 2012 - PC-AC - Agente de Polícia Civil)


Observe o mapa a seguir:

A microrregião indicada pela cor mais escura é:


A) Cruzeiro do Sul.
B) Rio Branco.
C) Sena Madureira.
D) Brasileia.
E) Tarauacá.

25. (Makiyama - 2011 - ELETROBRAS-ACRE - Técnico em Contabilidade)


A formação da estrutura do relevo do Estado do Acre é:
A) Planalto Cristalino, Planalto Meridional Amazônico e Planalto Arenito-basáltico.
B) Depressão periférica e Depressões Interplanálticas Absoluta.
C) Planalto do Maranhão-Piauí e Planalto Arenito-basáltico
D) Planalto Atlântico.
E) Depressão Amazônica, Planalto Rebaixado da Amazônia Ocidental e Planície Amazônica.

26. (Makiyama - 2011 - ELETROBRAS-ACRE - Técnico em Contabilidade)


De acordo com a Classificação de Köppen, o clima acreano é do tipo:
A) equatorial, quente e úmido.
B) continental, seco e árido
C) árido, continental e seco.
D) tropical de altitude.

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E) continental, quente e seco.

27. (Makiyama - 2011 - ELETROBRAS-ACRE - Técnico em Contabilidade)


O segundo município com a maior população do Estado do Acre é o mais populoso na região
do Alto Juruá, sendo conhecido como:
A) Cruzeiro do Sul
B) Purus
C) Jordão
D) Marechal Thaumaturgo
E) Tarauacá

28. (Makiyama - 2011 - ELETROBRAS-ACRE - Técnico em Contabilidade)


No vale do Acre está localizada a Princesinha do Acre, cidade que guarda lembranças do Ciclo
da Borracha e de um ilustre filho deste território, Chico Mendes. Este município recebe o nome
de
A) Senador Guiomar
B) Capixaba
C) Xapurí
D) Bolívia
E) Peru

29. (FUNCAB - 2010 - SEE-AC - Professor - 1 ao 5 Ano Ensino Fundamental)


Mesmo com toda expansão econômica, principalmente da agropecuária, o estado do Acre
mantém 89% do seu território coberto por florestas, segundo Zoneamento Ecológico-
Econômico de 2004.A paisagem típica da Floresta Amazônica, é composta por ecossistema com
elevada biodiversidade, formada por vegetação densa e com árvores de grande porte.
Contudo, existem biomas no Brasil com paisagens naturais semelhantes. O Bioma que possui
a maior semelhança com a Amazônia em relação à paisagem natural da vegetação é:
A) a mata de Araucária.
B) a caatinga.
C) o campo sulino.
D) a restinga.
E) a mata Atlântica.

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30. (FUNCAB - 2010 - SEE-AC - Professor - 1 ao 5 Ano Ensino Fundamental)


O contexto de crise econômica e social no mundo moderno revelou uma dinâmica fundamental
através dos problemas de degradação ambiental. Uma espécie de sensibilidade ecológica, na
qual a ecologia é uma das principais expressões, passa a incorporar cada vez mais a ideia de
que o problema está mais nas relações desiguais entre os homens do que propriamente nas
relações entre sociedade e natureza. O estado do Acre emerge como território protagonista
desta visão, através de territorialidades que proporcionaram a criação da primeira unidade de
conservação denominada:
A) Parques Estações.
B) Estações Ecológicas.
C) Reservas Biológicas.
D) Parques Ambientais.
E) Reservas Extrativas.

31. (FUNCAB - 2010 - SEE-AC - Professor - 1 ao 5 Ano Ensino Fundamental)


Na década de 70, o governo brasileiro organizou o Projeto RADAM – Radar na Amazônia,
através do Ministério de Minas e Energia, com o objetivo de pesquisar e localizar recursos
naturais. Na época, o uso do radar side- looking airborne radar – SLAR – representou um avanço
tecnológico, pois sendo um sensor ativo, a imagem podia ser obtida tanto durante o dia como
à noite e em condições de nebulosidade. O RADAM priorizou a coleta de dados sobre recursos
minerais, uso da terra, solos, vegetação e cartografia da Amazônia e áreas adjacentes da região
Nordeste. O Projeto RADAM possibilitou novas identificações das macrounidades do relevo
brasileiro elaboradas pelo professor e pesquisador Jurandyr L. Sanches Ross. O estado do Acre
sofreu modificações na sua identificação geral. Assinale a alternativa correta que apresenta,
respectivamente, a antiga e a atual denominação geral do estado do Acre em relação ao relevo.
A) Bacias Sedimentares / Planície Amazônica Geral.
B) Planalto da Amazônia Ocidental / Estruturas Cristalinas.
C) Depressão do Acre /Dobramentos Modernos.
D) Planície do Juruá / Planalto da Serra do Divisor.
E) Planícies Amazônicas / Depressão da Amazônia Ocidental.

32. (FUNCAB - 2010 - SEE-AC - Professor - 1 ao 5 Ano Ensino Fundamental)


Com base no fragmento da Lei n° 10.257, de 10 de julho de 2001, pode-se afirmar sobre as
organizações políticas e administrações urbanas que:
A) o estado do Acre não se enquadra na exigência do Plano Diretor, devido à pequena
concentração populacional em áreas urbanas.

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B) por localizar-se em área de fronteira, a administração das cidades acreanas fica a cargo do
governo federal, resultando na fragilidade do poder público municipal.
C) o plano diretor deve ser essencialmente participativo, cujo processo de elaboração seja
conduzido pelo poder executivo local, com a colaboração de todos os setores da sociedade.
D) a cidade de Rio Branco, por ser a capital do estado, é o único município de que a lei exige a
realização do Plano Diretor.
E) após a elaboração do Plano Diretor pelo poder público municipal, a sociedade civil é
impossibilitada de ter acesso a qualquer informação documentada.

33. (FUNCAB - 2010 - SEE-AC - Professor - 1 ao 5 Ano Ensino Fundamental)


“No Acre, o Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-Econômico tem assumido um papel
fundamental na construção do desenvolvimento sustentável. O Zoneamento Ecológico-
Econômico do Acre constitui-se num instrumento privilegiado de negociação entre o governo
e a sociedade de estratégia de gestão do território. O ZEE- Acre tem a atribuição de fornecer
subsídios para orientar as políticas públicas relacionadas ao planejamento, uso e ocupação do
território, considerando as potencialidades e limitações do meio físico, biótico e
socioeconômico, seguindo princípios do desenvolvimento sustentável.”
(Zoneamento Ecológico Econômico. Acessado em www.ac.gov.br/index, p. 25)

Desta forma, a execução do Zoneamento Ecológico - Econômico deve seguir, principalmente,


o princípio:
A) econômico, promovendo a maximização dos recursos naturais existentes no estado através
de uma industrialização nos moldes das zonas francas.
B) preservacionista, promovendo a conservação das paisagens naturais sem a possibilidade de
transformações, promovendo o Acre como símbolo do ecologismo.
C) militar, possibilitando uma eficiente defesa das áreas de fronteira, seguindo as diretrizes
nacionais de evitar integrações espaciais.
D) participativo, promovendo a intervenção dos atores sociais durante todas as fases do
trabalho, com vistas à construção de seus interesses próprios e coletivos.
E) globalizante, possibilitando uma identificação global, através da desconstrução de uma
identidade acreana, firmada atualmente, na ideia de florestania.

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34. (CESPE - 2009 - SEFAZ-AC - Fiscal da Receita Estadual)

As microrregiões geográficas do Acre, divididas pelo IBGE, apresentam cinco regiões: Brasileia,
Sena Madureira, Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Tarauacá. Com relação à disposição geográfica
dessas microrregiões e tendo como ponto de referência o centro geográfico do estado, é
correto afirmar que a microrregião de
A) Sena Madureira está situada a noroeste.
B) Rio Branco está situada a noroeste.
C) Cruzeiro do Sul está situada a oeste.
D) Brasileia está situada a sudoeste.

35. (CESPE - 2009 - SEFAZ-AC - Fiscal da Receita Estadual)


As unidades diversas geomorfológicas do estado do Acre incluem diversas depressões,
fragmentos da planície amazônica e a superfície tabular de Cruzeiro do Sul. Do ponto de vista
geomorfológico, esta última constitui um(a)
A) graben.
B) chapada.
C) cuesta.
D) horst

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36. (FUNCAB - 2009 - SESAU-RO - Analista de Sistemas)


Embora na Amazônia as temperaturas sejam elevadas o ano todo, em alguns pontos de seu
território como no sul do Amazonas, no Acre e em Rondônia, ocorrem quedas bruscas de
temperatura conhecidas como fenômeno da friagem. Isto ocorre devido:
A) à evaporação das águas dos rios e dos lagos;
B) ao deslocamento demassa de ar polar vinda do Sul;
C) a intensas chuvas chamadas de inverno;
D) à grande quantidade de rios na região;
E) à temperatura quente e úmida vinda da floresta.

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1. Alternativa A 13. Alternativa D 25. Alternativa E


2. Alternativa A 14. Alternativa B 26. Alternativa A
3. Alternativa B 15. Alternativa B 27. Alternativa A
4. Alternativa E 16. Alternativa E 28. Alternativa C
5. Alternativa C 17. Alternativa C 29. Alternativa E
6. Alternativa B 18. Alternativa A 30. Alternativa E
7. Alternativa E 19. Alternativa C 31. Alternativa E
8. Alternativa B 20. Alternativa C 32. Alternativa C
9. Alternativa A 21. Alternativa A 33. Alternativa D
10. Alternativa C 22. Alternativa B 34. Alternativa C
11. Alternativa E 23. Alternativa C 35. Alternativa D
12. Alternativa E 24. Alternativa A 36. Alternativa B

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14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACRE. Governo do Estado do Acre. Zoneamento Ecologico-Economico do Estado do Acre, Fase II


(Escala 1:250.000): Documento Síntese. 2. Ed. Rio Branco: SEMA, 2010. 356p.
BARDALES, Nilson Gomes. Gênese, morfologia e classificação de solos do Baixo Vale do Rio Iaco,,
Acre, Brasil. 2005. 148 f. Tese (Doutorado) - Curso de Agronomia, Ufv, Viçosa, 2005.
BERNINI, Thiago Andrade. Caracterização Mineralógica, Identificação das Substâncias Húmicas e
Quantidade do alumínio em solos na formação Solimões - Acre. 2010. 94 f. Dissertação (Mestrado)
- Curso de Agronomia, Ufrrj, Seropédica, 2010.
SEADE. Indicadores Socioeconômicos. Disponível em: <www.ac.gov.br>. Acesso em: 05 fev.
2020.
SILVA, Silvio Simione da. DAS “MICRORREGIÕES GEOGRÁFICAS” ÀS “REGIONAIS DE
DESENVOLVIMENTOS”: regionalizações das terras acreanas e as possibilidades de novos rearranjos
no princípio do século XXI. Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária – Nera-
fct/unesp., Acre, v. 1, n. 1, p.1-27, jun. 2000.

14.1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UTILIZADAS NOS COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES

CNPTIA, Amazônia. Recursos Naturais e Meio Ambiente - Acre. Disponível em:


<https://www.amazonia.cnptia.embrapa.br/publicacoes_estados/Acre/Fase%201/Vol.%201_Recur
sos_Naturais_e_Meio_Ambiente.pdf>. Acesso em: 08 fev. 2020.
EDUCAÇÃO, Mundo. O processo de divisão regional do Brasil. Disponível em:
<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/o-processo-divisao-regional-territorio-
brasileiro.htm>. Acesso em: 08 fev. 2020.
ESCOLA, Brasil. Aspectos Naturais do Acre. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/brasil/aspectos-naturais-acre.htm>. Acesso em: 11 fev. 2020.
FERNANDES, Fernando Roque. Tratado de Ayacucho. 2015. Disponível em:
<https://www.infoescola.com/historia/tratado-de-ayacucho/>. Acesso em: 10 fev. 2020.
FGV-CPDOC; MOURA, Cristina Patriota de. TRATADO DE PETRÓPOLIS. 2009. Disponível em:
<https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-
republica/TRATADO%20DE%20PETR%C3%93POLIS.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2020.

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IBGE, Educa. Biomas Brasileiros. Disponível em: <https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-


brasil/territorio/18307-biomas-brasileiros.html>. Acesso em: 05 fev. 2020.
IBGE, Educa. Biomas Brasileiros. Disponível em: <https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-
brasil/territorio/18307-biomas-brasileiros.html>. Acesso em: 05 fev. 2020.
IBGE. ACRE. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ac/historico>. Acesso em: 10 fev.
2020.
IBGE. Potencial Florestal do Estado do Acre. 2005. Projeto Levantamento e Classificação da
Cobertura e do Uso da Terra. Disponível em:
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95899.pdf>. Acesso em: 05 fev. 2020.
IBGE. Produção Agrícola - Lavoura Permanente: 2012. 2012. Disponível em:
<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ac/pesquisa/15/11967?ano=2012>. Acesso em: 10 fev. 2020.
LIMA E ALVES, Flávia. O Tratado de Petrópolis Interiorização do conflito de fronteiras. 2005.
Disponível em: <http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/22127-22128-1-
PB.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2020.
MATÉRIA, Toda. Amazônia. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/amazonia/>. Acesso
em: 05 fev. 2020.
MATÉRIA, Toda. Amazônia. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/amazonia/>. Acesso
em: 05 fev. 2020.
MATÉRIA, Toda. Mata Atlântica. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/mata-
atlantica/>. Acesso em: 07 fev. 2020.
MOTA, Hugo. Tipos de relevo da região norte. Disponível em:
<https://alunosonline.uol.com.br/geografia/tipos-relevo-regiao-norte.html>. Acesso em: 11 fev.
2020
NOGUEIRA, Kelton Misael Silva. A CHEGADA DOS PAULISTAS NO ESTADO DO ACRE. 2015.
Disponível em: <http://keltongshistoria.blogspot.com/2015/05/a-chegada-dos-paulistas-no-
estado-do.html>. Acesso em: 10 fev. 2020.
OBSERVATORIUN. AS RESERVAS EXTRATIVISTAS NO ACRE. Disponível em:
<http://www.observatorium.ig.ufu.br/pdfs/3edicao/n9/04.pdf>. Acesso em: 07 fev. 2020.
TEMPO. Friagem na Amazônia Ocidental. Disponível em: <https://otempoaqui.com/entenda-o-
fenomeno-da-friagem-na-amazonia-ocidental-e-conheca-os-recordes-de-temperaturas-ja-
registrados/>. Acesso em: 11 fev. 2020.
UFAC; SOUZA, Raimundo F.. Acre: tratados e limites - I. 2001. Disponível em:
<http://www2.ufac.br/site/noticias/ufac-na-imprensa/edicoes-2001/novembro/acre-tratados-e-
limites-i>. Acesso em: 10 fev. 2020.
WIKIPÉDIA. Wikipédia. Disponível em: <https://www.wikipedia.org/>. Acesso em: 10 fev. 2020.

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Sergio Henrique
Aula 03

15. CONSIDERAÇÕES FINAIS


É isso aí, meu amigo concurseiro. Se você fez tudo até aqui é mesmo um guerreiro dos
estudos, como devemos ser na vida. Parabéns pelo seu esforço, é um comportamento bem difícil
até nos disciplinarmos, mas as conquistas fazem tudo valer a pena. Aristóteles dizia que o
conhecimento tem raízes amargas, mas seus frutos são doces.
Leia e Releia a teoria. Faça e refaça os exercícios. A repetição é a mãe do aprendizado. Vai
valer muito a pena. Nós da equipe Estratégia Concursos, vamos guiá-lo ao caminho da aprovação.

Motivação, Disciplina e Estratégia.


Um grande abraço...
Bons estudos.
Foco no Sucesso!

Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.

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