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ABDOME

REGIÃO INGUINAL

Prof . Edison Alexander Cardoso


1. CONCEITO

É a área localizada na parte inferior da


parede abdominal ântero-lateral e lateralmente à
região hipogástrica, considerada importante
cirurgicamente, pois é o local mais comum de
hérnias inguinais.

OBS: É uma área de fraqueza, especial// nos homens, devido a


passagem do funículo espermático através do canal inguinal.
2. CANAL INGUINAL

2.1. Conceito

É uma passagem oblíqua direcionada ínfero-

medial// (cerca de 4 cm) através da parte inferior da

parede abdominal ântero-lateral.


2.2. Localização

Paralela e imediata//

acima (2-4 cm) da

metade medial do

ligamento inguinal.
2.3. Conteúdo

O principal conteúdo é o

funículo espermático

(homens) e o ligamento

redondo do útero

(mulheres).

OBS: O canal inguinal também contém vasos sanguíneos e


linfáticos e o nervo ilioinguinal em ambos os sexos.
2.4. Aberturas
2.4.1. Anel inguinal profundo
(interno)

Local de uma evaginação da


fáscia transversal aproximada// 1,25
cm acima do meio do ligamento
inguinal e lateral à artéria epigástrica
inferior.

Forma uma abertura que dá passagem ao ducto deferente ou ligamento


redondo do útero e vasos gonadais para entrar no canal inguinal.
2.4.2. Anel inguinal superficial
(externo)

É uma abertura
semelhante a uma fenda
entre as fibras diagonais
da aponeurose do m.
oblíquo externo, súpero-
lateral ao tubérculo
púbico.

Local de emergência do funículo espermático ou do ligamento redondo


do útero.
2.5. Pilares

As margens lateral e medial do anel

superficial formados pela divisão da aponeurose são

denominados de pilares (latim = semelhante a

perna).
2.5.1. Pilar lateral

Formado em sua maior parte pelo ligamento


inguinal, prende-se ao tubérculo púbico.

2.5.2. Pilar medial

Prende-se à crista púbica.

Fibras intercrurais = são fibras que se originam do


ligamento inguinal, laterais ao anel superficial e curvam-se
súpero-lateralmente. Impedem que os pilares se separem.
Anel inguinal Fibras intercrurais
superficial

Pilar lateral
Pilar medial Ligamento inguinal
2.6. Paredes, Teto e Assoalho
2.6.1. Parede anterior

Formada principal// pela

aponeurose do m. oblíquo

externo com a parte lateral da

parede sendo reforçada pelas

fibras do m. oblíquo interno.


2.6.2. Parede posterior

Formada principal//

pela fáscia transversal com

a parte medial da parede

sendo reforçada pela

formação da foice inguinal.

Foice inguinal = fusão das inserções púbicas das aponeuroses dos mm.
oblíquo interno e transverso do abdome em um tendão comum.
2.6.3. Teto

Formado por
arqueamento das fibras
dos mm. oblíquo
interno e transverso do
abdome.
2.6.4. Assoalho

Formado pela face superior do ligamento


inguinal encurvado para dentro, que forma uma
depressão rasa.

Reforçado na sua parte mais medial pelo ligamento lacunar, uma


parte refletida ou extensão da face profunda do ligamento
inguinal para a linha pectínea do osso púbis.
Ligamento lacunar
Palpação dos Anéis inguinais nos
homens adultos

O anel inguinal superficial é palpável súpero-

lateral// ao tubérculo púbico, invaginando-se a pele da

parte superior do escroto com o dedo indicador.


O dedo do examinador segue o

funículo espermático súpero-

lateral// até o anel inguinal

superficial. Se o anel está

dilatado, ele pode admitir o dedo

sem causar dor.

Se uma hérnia está presente, um impulso súbito é sentido contra a ponta ou


a polpa do dedo do examinador, quando se pede ao paciente para tossir.
O anel inguinal profundo

pode ser sentido como uma

depressão cutânea superior ao

ligamento inguinal, de 2 a 4 cm

súpero-lateral ao tubérculo

púbico, quando o examinador

toca com a face palmar do dedo

contra a parede abdominal

anterior.
IMPORTÂNCIA CLÍNICA

HÉRNIAS INGUINAIS

É uma protrusão do peritônio parietal e vísceras


(p. ex., intestino delgado) ou parte delas, através de uma
abertura normal ou anormal da cavidade à qual elas
pertencem.

• A maioria das hérnias são redutíveis.


• Aproximada// 90% das hérnias abdominais estão na
região inguinal.
3. FUNÍCULO ESPERMÁTICO

Suspende o testículo no

escroto e contém estruturas

que correm para o testículo

e a partir dele.
3.1. Trajeto

• Começa no anel inguinal profundo, lateral aos vasos


epigástricos inferiores;

• Passa através do canal inguinal;

• Sai pelo anel inguinal superficial;

• Termina no escroto na margem posterior do testículo.


O funículo espermático é circundado pelos revestimentos fasciais
derivados da parede abdominal ântero-lateral durante o
desenvolvimento pré-natal.

3.2. Revestimentos
3.2.1. Fáscia espermática interna – derivada da
fáscia transversal;

3.2.2. Fáscia cremastérica – derivada da fáscia de


ambas as faces superficial e profunda do m. oblíquo
interno;

3.2.3. Fáscia espermática externa – derivada da


aponeurose do m. oblíquo externo do abdome.
Fáscia espermática
interna

Músculo cremaster

Fáscia espermática
externa
Fáscia cremastérica

Fáscia espermática
externa
Fáscia cremastérica

Contém alças do m.
cremáster (formado pelos
fascículos mais inferiores
do m. oblíquo interno do
abdome que se originam
do ligamento inguinal).

O m. cremáster puxa reflexamente o testículo superior// dentro do


escroto, especial// quando está frio.
3.3. Constituição

3.3.1. Ducto deferente

Um tubo muscular de

aproximadamente 45 cm

de comprimento que

conduz espermatozóides

do epidídimo para o

ducto ejaculatório.
3.3.2. Artéria testicular

Origina-se da aorta e
supre o testículo e o
epidídimo.
3.3.3. Artéria do ducto deferente

Origina-se da artéria
vesical inferior.
3.3.4. Artéria cremastérica

Origina-se da artéria
epigástrica inferior (ramo
da ilíaca externa).
3.3.5. Plexo pampiniforme

Rede venosa formada


por 8 a 12 veias; drena
para as veias testiculares
direitas ou esquerdas.
3.3.6. Ramo genital do nervo genitofemoral

Supre o músculo cremáster.

3.3.7. Fibras nervosas simpáticas nas artérias e


fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas no
ducto deferente.

3.3.8. Vasos linfáticos

Drenam o testículo e estruturas intimamente associadas e


que passam para os linfonodos lombares.

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