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A GLÂNDULA TIREOIDE

A glândula tireóide é essencialmente ENDÓCRINA cervical, sendo que é a primeira a


surgir na vida embrionária, aproximadamente no 21° dia, antes mesmo da adeno hipófise.
Surge como uma invaginação endodérmica do assoalho faríngeo primitivo na altura do
primeiro arco branquial/faríngeo na região mediana, entre a 1ª e a 2ª bolsa faríngea.
Na vida embrionária, a tireóide vai descendo até o pescoço, mas continua com uma
relação íntima com a língua pelo DUCTO TIREOGLOSSO, o qual comunica a língua e a
tireóide e usando a saliva para reaproveitando do iodo secretado nela.
O iodo está presente nas hemácias, na matriz óssea, na tireóide, no rim (para
eliminação)... Não é algo que interesse para a maior parte do organismo, mas a tireóide
precisa captá-lo para a produção dos hormônios tireoidianos, uns dos únicos com ação
biogênica importante que precisam do iodo.
(As glândulas paratireoides apresentam origem endodérmica, mas são de origem do
arco branquial diferente. Sendo que as 2 superiores são posteriores aos polos tireoideanos e
tem origem da 4ª bolsa faríngea. Já as 2 inferiores podem ser encontradas em locais
ectópicos e são originadas do 3° arco faríngeo, entre a 3ª e a 4ª
bolsa).
Localização anatômica da tireoide: fica na base do
pescoço na face anterior, aderida frouxamente às partes anterior
e laterais da laringe e da traqueia, estando apoiadas nos
músculos do pescoço esternohioide, homohioide e
esternocleidomastóide. Ela fica ancorada na cartilagem tireóide e
cricóide da laringe com os ligamentos tireohióideo e
cricotireóideo. A tireoide apresenta 2 lobos lateralizados: direito
que é maior e mais elevado e o esquerdo (são assimétricos).
Esses lobos se encontram unidos entre si por um istmo tireoidiano
mediano parenquimal. É comum encontrar também um 3° lobo
piramidal em involução.
A tireóide é a maior glândula endócrina do organismo,
apresenta forma de borboleta e seu nome remete a “escudo”. Seu peso é de 15 a 25 gramas
no adulto eutireoideo, cada lobo tem 2 a 2,5 cm de largura, altura de 2,5 a 3 cm e profundidade
de 0,5 a 1,5 cm. Sua coloração é vermelho opaco acastanhado, em função do iodo.
É uma glândula altamente vascularizada, apresenta células com muitas mitocôndrias,
com retículo endoplasmático rugoso e com Golgi bem desenvolvidos, a fim de suprir a
elevada atividade metabólica. Sua perfusão é muito alta, cerca de 4 a 6 ml de sangue por
grama tecidual por minuto.
- Irrigação: pares de artérias principais = artérias tireoidianas superiores direita e
esquerda (ramos da carótida interna) e inferiores direita e esquerda (ramos do tronco
tireocervical, vindo do tronco braquiocefálico).
- Drenagem: 3 pares de veias tireoidianas, par de superiores, de médias e de inferiores.
As veias tireóideas superiores e médias desembocam na jugular interna. As veias
inferiores desembocam na veia braquiocefálica.
- Inervação: além do controle por feedback negativo hormonal, há o controle neural com
o nervo laríngeo (afluente do nervo vago) parassimpático e com os gânglios cervicais
simpáticos
➜ Bócio: sem iodo, os demais substratos de formação dos HT se acumulam e a tireoide
aumenta de tamanho, ficando mais pesada

Cada lobo da tireóide é formado por vários LÓBULOS separados por tecido
conjuntivo, o que torna a superfície da tireóide toda ondulada. Em cada lóbulo, há muitos
ácinos tireoidianos/FOLÍCULOS TIREOIDIANOS (unidade primária morfofuncional
endossecretora da glândula que existe em cerca de 40 a 50 em cada lóbulo e que produzem,
armazenam e secretam os HT).
Folículos: tamanho variável em função do estado funcional da glândula. Eles são constituídos
por várias células foliculares lado a lado, formando o epitélio coloidal. A parte interna do
folículo tem a parte da membrana apical com várias irregularidades, microvilosidades e zonas
especializadas voltadas ao COLÓIDE, um extrato proteínas amorfo e avascular de
glicoproteínas gelatinoso que é a MATÉRIA-PRIMA DA PRODUÇÃO DOS HT, o qual é
produzido e armazenado por essas células foliculares epiteliais cubóides.
As células foliculares apresentam membrana apical para o centro da célula
com as zonas especializadas distintas, a membrana basal externa e a
membrana basolateral que faz a ancoragem entre células vizinhas pelas
zôniulas oclusivas e aderentes. Ou seja, quase não há vias transcelulares de
colóide, precisa entrar na célula pela membrana apical e depois sair.
Quando há falta de iodo, hipotireoidismo, essa
matéria-prima coloidal fica incompleta, não
sendo secretado e ficando acumulado. O folículo aumenta e o
epitélio passa a ter caráter pavimentoso. No caso contrário de
um hipertireoidismo com a glândula hiperfuncionante, produz e
secreta muito, diminuindo o colóide e ficando com o epitélio
colunar e com o folículo pequeno.
Entre os folículos, existe o ESPAÇO
PARAFOLICULAR, onde estão localizadas as CÉLULAS
PARAFOLICULARES/CÉLULAS C, as quais são mais claras
que as foliculares. São responsáveis pela produção do
hormônio CALCITONINA ou hormônio da infância, pois age muito na pré-puberdade ao
desenvolvimento ósseo.
O colóide representa de 60 a 70% do peso da glândula, sendo que 80% desse valor
é de proteínas, sendo a principal a TIREOGLOBULINA (TG), proteína de tirosina iodada.

Células foliculares e os HT
➢ T3: triiodotironina
➢ T4: tetraiodotironina ou tiroxina
A base deles é de TIROSINA, junção de dois desses aminoácidos no radical fenólico.
O iodo é incorporado ao C3 e ao C5 do anel aromático da tirosina. Caso duas tirosinas
se juntem e o iodo fique ligado ao C3, C5 e C3´, forma-se o T3 ou 3,5,3´triiodotironina. Se o
iodo se juntar aos carbonos 3, 5, 3´e 5´, forma-se o T4 ou tiroxina, 3,5,3´,5´ tetraiodotironina.
Ou seja, o iodo é realmente importante nessas estruturas, representando mais de 50% do
peso molecular delas.
A ausência completa de secreção tireoidiana, em geral, faz com que o metabolismo
basal caia para 40% a 50% do normal, e o excesso de secreção pode aumentá-la por 60% a
100%.
A enzima 5´DESIODASE irá realizar a ação de retirada do carbono 5´do T4, a fim de
transformá-lo em T3 (forma ativa). Existem 4 formas dessa enzima:
● 5´D I: está mais presente perifericamente, estando mais no fígado, nos rins e nos
músculos estriado esquelético, mas também no tecido adiposo marrom. Finalidade de
obter a forma ativa do hormônio e ter função no tecido.
● 5´D II: mais presente no SNC (hipotálamo e hipófise), sendo que a hipófise é a
principal na conversão de T4 em T3 nessa região, com a finalidade de exercer o
feedback negativo
● 5 D III: retira o iodo do carbono 5, criando um T3 torto = RT3, reverso. Esse hormônio
não tem atividade metabólica, mas é produzido a fim de diminuir o efeito deletério do
excesso de HT, ou seja, começa a ser mais produzido quando já tem muito T3, a fim
de diminuí-lo. O RT3 é produzido e logo degradado. É eliminado com maior facilidade.
T3 = MIT + DIT; RT3 = DIT + MIT
● 5´D Tireoidiano: converte T4 em T3 dentro da tireóide, a fim de ajustar a quantidade
do hormônio funcional em situações de emergência locais.
● As enzimas 5´D e 5D são inversamente ativas, de modo que enquanto uma está ativa
a outra fica inativa e vice-versa. São reciprocamente reguladas e estão no mesmo
tecido periférico. Homeostase de controle periférico.

O T4 dura cerca de 7 dias no organismo, enquanto o T3 dura umas 3 horas. Assim, a


maior parte do hormônio circulante está na forma de T4 e irá sofrer ação da 5´D I
perifericamente para exercer a função biológica.
Além disso, 80% do que é secretado pela tireóide é T4, apenas 20% é T3, sendo que
desse valor, 10% é produzido diretamente como T3 e os outros 10% é produzido pela
desiodação do T4 intratireoidiano pela 5´DT.

SÍNTESE DOS HT
- Iodo (I): principal elemento para a síntese dos HT
- Tireoglobulina (TG): glicoproteína (660 kDa), “Matriz para a biossíntese, e
reservatório do HT”. É sintetizada como outro polipeptídeo, sendo uma informação
genética no núcleo que passa por transcrição e tradução até a produção de diversas
moléculas com pesos diferentes. É possível copiar as subunidades de origem da TG
na centrifugação, sendo que os valores de sedimentação seriam:
- Subunidade menor: S12 com 300 kDa
- Se aumentar a velocidade, 2 xS12 = S17 com 600 kDa
- S17 + iodo = S19
- Molécula mais completa da TG é 2 x S19 = S27.
- Em uma subunidade S12, há 110 resíduos tirosinas. Nem todo resíduo tirosil da TG
será iodado, tanto que em S27, há 4 S12. No colóide, a cada S12, há 26 átomos de
iodo, o que é pouco em relação aos resíduos tirosil. Sabe-se que em S19 há 52
átomos de iodo e em S27/TG, há 104 átomos de iodo.

Fontes de iodo (mineral): exógeno, dieta com frutos do mar, peixes marinhos, vegetais
verde escuro e sal iodado, sobretudo. Recomenda-se 40 mg de iodo/kg de sal.
Biodisponibilidade: mais disponível em cidades litorâneas.

Uma vez ingerido o iodo em quantidades adequadas, ele precisa ser


METABOLIZADO e ABSORVIDO, porém, a maior parte dele deve ser REDUZIDA ao longo
do trato gastrointestinal, sobretudo no estômago pelo HCl (células principais no fundo). Assim,
é ingerido como I (iodo carga neutra) e é reduzido, virando I- (iodeto), podendo ser absorvido
no intestino delgado (duodeno e início do jejuno). Assim, será transportado livremente pelo
líquido extracelular, sai da luz e vai ao plasma. Como não interessa muito para ninguém, vai
à tireóide, rins e saliva…
A concentração de iodo na célula folicular é 50x maior que no líquido extracelular e é
um ânions. Assim, para ser absorvido precisa ir contra o gradiente elétrico e químico, exigindo
um transporte ativo na membrana luminal/basal no polo vascular. A eficiência dessa absorção
é de ⅕ (20%). Todo esse processo ocorre com ajuda das proteínas NIS. A energia para o
transporte de iodeto é vinda da ATPase de sódio e potássio que gera o desequilíbrio das
cargas elétricas . Essa NIS rouba energia da bomba de sódio e potássio e coloca 2 átomos
de sódio para dentro, levando junto 1 iodeto (está saindo mais Na+, então a NIS coloca mais
sódio para dentro). Ou seja, usa um íon que está a favor de seu gradiente químico e faz o
transporte de outro íon contra o gradiente, usando energia de outra fonte = CAPTAÇÃO DE
IODETO (NIS) POR TRANSPORTE ATIVO SECUNDÁRIO COM TRANSPORTE
SIMPORTE sódio-iodeto.

Estando dentro das


células foliculares, o
iodeto precisa ir à luz, sendo

TRANSPORTADO pela proteína PENDRINA para DENTRO DO COLÓIDE.


Em algumas regiões da membrana apical existem PEROXIDASES TIREOIDEANAS
TPO, enzimas que promovem ações mega importantes:
● OXIDAÇÃO DO IODETO EM IODO (junto com H202, sendo neutro/orgânico/reativo
novamente)
● ACOPLAMENTO/iodação/conjugação PARA A FORMAÇÃO IODOTIROSINAS
(MITs e DITs, primeiro é 1 iodo acoplado ao carbono 3, monoiodotirosina; segundo, é
iodo acoplado aos carbonos 3 e 5, diiodotirosina). Essa tireoperoxidase forma sítios
catalíticos reativos onde o iodeto e o resíduo tirosil da TG se
ligam.

Simultaneamente a todo esse processo, as tirosinas que estão


muito próximas entre si se fundem e formam as IODOTIRONINAS:
ACOPLAMENTO DAS IODOTIROSINAS (MIT e DIT) no radical fenil
para a formação de IODOTIRONINAS (T3 ou T4).
- T3: DIT + MIT (carbonos 3, 5 e 3´)
- T4: DIT + DIT (carbonos 3, 5, 3´e 5´)

Sistema de secreção dos HT


Na membrana apical, há as microvilosidades que emitem, pseudópodos que captam
gotículas de colóide, formando um vacúolo, VESÍCULAS PINOCÍTICAS. Esse irá se fundir ao
lisossomo da célula, formando um vácuolisossomo, (endocitose de colóide), permitindo a
digestão do colóide pelas enzimas proteases (proteólise de TG), liberando os HT, T3 (7-20%)
e T4 (93-80%) para a corrente sanguínea por exocitose. Eles atravessam a membrana
(lipossolúveis).
Outra maneira pode ser também por pinocitose com vesículas micro pinocíticas que
sofrem esse mesmo processo de digestão de secreção dos HT.
Em uma subunidade S12 são formados 6 DITs (12 iodos), 7 MITs (7 átomos de iodo),
1 T3 (3 I) e 1 T4 (4 I), assim, totalizando aqueles 26 átomos de iodo.

observações durante o processo:


- Na oxidação do iodeto feita pela proteína TGO, precisa de um aceptor de elétrons
para recebê-los. Sendo que o principal no nosso organismo é o PERÓXIDO DE
HIDROGÊNIO (H2O2), o qual é formado em complexos mitocondriais por enzimas
NADPH-citocromo-c-redutase e NADPH-citocromo-b5-redutase (DIOUX 1 e 2).
Sem isso, não há a síntese
- Os DITs e MITs que não se fundiram, em T3 ou T4 não são secretados, serão
desoidados por enzimas deiodinase do sistema flavoproteína lisossomal e serão
usados novamente em outra síntese, tendo o iodo reaproveitado.
- TSH adenohipofisário estimula receptores de membrana nas células foliculares com
proteína G, aumenta a proteólise de TG, estimulando a expressão gênica de NIS e de
TG. Aumenta a captação de iodeto, desencadeando uma cascata de reações
químicas que aumentam a síntese e a secreção dos HT, iodação da tirosina. Aumento
em número, na atividade produtora e secretora das células tireoidianas.

Quando são secretados no sangue, os HL, apesar de proteicos, são


LIPOSSOLÚVEIS. Assim, estão associados às proteínas transportadoras ESPECÍFICAS
(TBG 80%, globulina ligante tiroxina) ou INESPECÍFICAS (TBPA e ALBUMINA, pré-albumina
ligante). Como as inespecíficas têm uma ligação mais frouxa com o hormônio, estão mais
ligadas ao T3, para que possa exercer sua função mais fácil. Complexo HPt (99,975%) =
reservatório ambulante do hormônio.
Esses hormônios exercem função em receptores NUCLEARES, regulando uma série
de fatores transcricionais, como mecanismos de ação hormonal. A regulação da síntese e da
secreção se dá por feedback negativo, sendo que o principal centro inibitório dos
hormônios tireoideanos é a HIPÓFISE. O hipotálamo também, mas é menos intenso, e o
próprio TSH por alça curta. Muito T3 e T4 podem estimular o GHIH a ser secretado na porção
vascular da eminência mediana, inibindo também a secreção de GH.
Após a injeção de grande quantidade de tiroxina no ser humano, praticamente não se
detectam efeitos sobre o metabolismo durante 2 a 3 dias, o que demonstra seu longo período
de latência, antes do início da atividade da tiroxina. Uma vez que a atividade se inicia, ela
aumenta progressivamente, até atingir um máximo em 10 a 12 dias. Depois disso, declina
com meia-vida de cerca de 15 dias. Parte da atividade persiste por até 6 semanas a 2 meses.

*Glicocorticóides inibem a hipófise (TSH)


*Estrógenos estimulam o TSH
Resumo: Iodo é ingerido, reduzido, absorvido contra o gradiente, graças à NIS e à energia da
ATPase (transporte ativo secundário). Na célula folicular, vai junto com a pendrina ao colóide,
onde é oxidado pelos peroxidases e acoplado para a formação de iodotirosinas. Esses
complexos se juntam em iodotironinas, os quais são transformados em vacúolos, são
quebrados por proteases e assim secretam os HT. Eles vão sair no sangue com proteínas
transportadoras (TBG), chegam na célula e agem em receptores nucleares, regulando fatores
transcricionais, influenciando em diversos processos em diversos órgãos do corpo.

As ações dos HT são de desenvolvimento, crescimento e metabolismo em vários


órgãos…

- O efeito geral dos hormônios tireoidianos consiste em ativar a transcrição nuclear


de grande número de genes. Portanto, em praticamente todas as células do
organismo é sintetizado grande número de enzimas, proteínas estruturais, transporte
de proteínas e outras substâncias. O resultado final é o aumento generalizado da
atividade funcional de todo o organismo.
- Os hormônios tireoidianos aumentam a atividade metabólica de quase todos os
tecidos corporais. O metabolismo basal pode aumentar de 60% a 100% acima do
normal quando é secretada grande quantidade de hormônios. A velocidade de
utilização dos alimentos para a produção de energia é muito acelerada. Embora a
velocidade da síntese proteica seja aumentada, a velocidade do seu catabolismo
também se eleva, simultaneamente. A velocidade do crescimento de pessoas jovens
também têm grande aumento. Os processos mentais são estimulados, bem como a
atividade da maior parte das demais glândulas endócrinas. TERMOGÊNESE
- Aumentar o número e a atividade das mitocôndrias, o que, por sua vez, aumenta
a formação de trifosfato de adenosina (ATP) para fornecer energia para as funções
celulares.
- Aumento da permeabilidade das membranas celulares da maioria das células
aos íons sódio, o que aumenta a ativação da bomba (transporte ativo) de sódio e a
produção de calor.
- Promoção do crescimento e desenvolvimento do cérebro durante a vida fetal e nos
primeiros anos de vida pós-natal.
- Estimula quase todos os aspectos do metabolismo de carboidratos, incluindo a
captação rápida de glicose pelas células, o aumento da glicólise, da gliconeogênese,
da absorção pelo trato gastrointestinal e, até mesmo, da secreção de insulina, com
seus efeitos secundários resultantes sobre o metabolismo de carboidratos.
- Praticamente, todos os aspectos do metabolismo de lipídios são estimulados sob
influência do hormônio tireoidiano.
- O aumento do hormônio tireoidiano reduz as concentrações de colesterol,
fosfolipídios e triglicerídeos no plasma, embora aumente a de ácidos graxos
livres. Ao contrário, a redução da secreção tireoidiana aumenta consideravelmente as
concentrações plasmáticas de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos e, quase
sempre, também provoca o depósito excessivo de lipídios no fígado.
- Como o hormônio tireoidiano aumenta a quantidade de muitas enzimas corporais e
como as vitaminas formam partes essenciais de algumas das enzimas ou coenzimas,
o hormônio tireoidiano aumenta a necessidade de vitaminas. Portanto, pode ocorrer
deficiência relativa de vitaminas, quando o hormônio tireoidiano é secretado em
excesso, a menos que maior quantidade de vitaminas seja disponibilizada
simultaneamente
- Quantidade muito elevada de hormônio tireoidiano quase sempre reduz o peso
corporal e quantidade muito reduzida, quase sempre, o aumenta; esses efeitos não
ocorrem sempre porque o hormônio tireoidiano também aumenta o apetite, o que pode
compensar a variação do metabolismo.
- Aumento do Fluxo Sanguíneo e do Débito Cardíaco (aumento da FC e o DS, força
de contração cardíaca), mas a pressão continua normal (há aumento do DC, mas
também vasodilatação)
- Aumento da frequência e da velocidade da respiração
- Aumenta tanto a produção de secreções digestivas como a motilidade do trato
gastrointestinal. O hipertireoidismo, portanto, frequentemente resulta em diarréia,
enquanto a falta de hormônio tireoidiano pode causar constipação.
- Em geral, no SNC, o hormônio tireoidiano aumenta a velocidade do pensamento,
mas também, frequentemente, o dissocia. O indivíduo com hipertireoidismo
frequentemente apresenta muito nervosismo e tem tendências psiconeuróticas, tais
como complexos de ansiedade, preocupação excessiva e paranóia
- Leve aumento do hormônio tireoidiano faz com que os músculos reajam com vigor,
mas quando a quantidade de hormônio fica excessiva, os músculos são enfraquecidos
devido ao excesso do catabolismo proteico. Um dos sinais mais característicos do
hipertireoidismo é o tremor muscular leve.
- Devido ao efeito exaustivo do hormônio tireoidiano sobre a musculatura e o sistema
nervoso central, a pessoa com hipertireoidismo frequentemente se queixa de
cansaço constante; entretanto, devido aos efeitos excitatórios dos hormônios
tireoidianos sobre as sinapses, o sono é dificultado.
- Aumenta a secreção de várias glândulas endócrinas e também aumenta as
necessidades teciduais pelos hormônios.

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