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DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA
Disciplina de Fisiologia
Professora: Jullyana de Souza Siqueira Quintans
Esta atividade é um guia para estudo e compreensão do tema, não será atribuída qualquer pontuação a mesma
ESTUDO DIRIGIDO
Nome Data
a) As proteínas localizadas na membrana basolateral e apical da célula folicular têm funções distintas
no processo de formação e secreção dos hormônios tireoidianos:
Na membrana basolateral, as proteínas estão envolvidas principalmente na captação de iodo a
partir da corrente sanguínea. O iodo é um componente essencial para a síntese dos hormônios
tireoidianos. As proteínas presentes nesta região são responsáveis pelo transporte ativo de íons
iodeto (I-) das células do sangue para o interior das células foliculares.
Na membrana apical, as proteínas estão envolvidas na captação da tireoglobulina. A
tireoglobulina é uma grande proteína precursora dos hormônios tireoidianos que é secretada pelas
células foliculares na luz dos folículos da tireoide. As proteínas na membrana apical permitem a
entrada da tireoglobulina no interior das células foliculares.
b) A tireoglobulina é produzida no interior das células foliculares da tireoide. Ela é sintetizada no
retículo endoplasmático rugoso e depois armazenada em vesículas secretoras, prontas para serem
secretadas na luz dos folículos da tireoide. A tireoglobulina serve como um reservatório de tiroxina
(T4) e triiodotironina (T3), os hormônios tireoidianos, os quais são produzidos a partir da iodação e
acoplamento de resíduos de tirosina dentro da própria tireoglobulina.
c) A produção dos hormônios tireoidianos (T3 e T4) ocorre no interior dos folículos da tireoide. Esse
processo envolve várias etapas:
Captação de iodo: Como mencionado anteriormente, o iodo é captado pelas células foliculares
através de um processo de transporte ativo mediado por proteínas localizadas na membrana
basolateral das células foliculares.
Iodação da tireoglobulina: Uma vez dentro das células foliculares, o iodo é incorporado à
tireoglobulina, que está armazenada na luz dos folículos da tireoide. A iodação ocorre através da
ação da enzima peroxidase tireoidiana, que adiciona iodo aos resíduos de tirosina presentes na
tireoglobulina.
Acoplamento dos resíduos de tirosina: Os resíduos de tirosina iodados na tireoglobulina são
acoplados, formando moléculas de tiroxina (T4) e triiodotironina (T3). A tireoglobulina
armazenada na luz dos folículos é rica em T4 e T3.
d) A secreção dos hormônios tireoidianos na corrente sanguínea ocorre quando há uma demanda do
organismo por esses hormônios. Quando estimuladas pelo hormônio estimulante da tireoide (TSH),
produzido pela hipófise, as células foliculares da tireoide liberam a tireoglobulina armazenada na luz
dos folículos para o espaço extracelular. Os hormônios tireoidianos T4 e T3 são liberados da
tireoglobulina através da ação de enzimas proteolíticas e são então liberados diretamente na corrente
sanguínea. Esses hormônios circulam no sangue ligados a proteínas transportadoras específicas,
como a globulina ligadora de tiroxina (TBG), até chegarem aos tecidos-alvo, onde exercem seus
efeitos fisiológicos.
Hipotireoidismo:
Fadiga e fraqueza: Uma das queixas mais comuns dos pacientes com hipotireoidismo é uma
sensação persistente de fadiga e fraqueza, mesmo após descanso adequado.
Ganho de peso: O hipotireoidismo pode levar a um metabolismo mais lento, resultando em
ganho de peso, mesmo com uma ingestão calórica normal.
Sensação de frio: Os pacientes com hipotireoidismo podem ter intolerância ao frio, devido à
redução do metabolismo basal e da produção de calor.
Pele seca e cabelos frágeis: A pele pode tornar-se seca e escamosa, e os cabelos podem ficar
finos, secos e quebradiços.
Prisão de ventre: O hipotireoidismo pode causar movimentos intestinais lentos, resultando em
prisão de ventre crônica.
Redução da frequência cardíaca: Os pacientes com hipotireoidismo podem apresentar uma
frequência cardíaca mais lenta, juntamente com outros sintomas de bradicardia.
Edema (inchaço) facial e periférico: O acúmulo de fluido nos tecidos pode levar ao inchaço
facial, nas extremidades e ao redor dos olhos.
Depressão e alterações de humor: O hipotireoidismo pode estar associado a sintomas de
depressão, irritabilidade e alterações de humor.
Hipertireoidismo:
Perda de peso: O hipertireoidismo geralmente resulta em um aumento do metabolismo basal,
levando a uma perda de peso mesmo com uma ingestão calórica normal ou aumentada.
Palpitações cardíacas: Os pacientes com hipertireoidismo podem experimentar uma frequência
cardíaca rápida e palpitações, devido à estimulação excessiva do coração pelos hormônios
tireoidianos.
Tremores e nervosismo: O hipertireoidismo pode causar tremores finos nas mãos e nos dedos,
juntamente com uma sensação de nervosismo ou ansiedade.
Intolerância ao calor: Os pacientes com hipertireoidismo podem sentir-se intolerantes ao calor
devido ao aumento do metabolismo e da produção de calor corporal.
Aumento da transpiração: O hipertireoidismo pode levar a uma transpiração excessiva,
especialmente durante a atividade física ou em ambientes quentes.
Fraqueza muscular: Alguns pacientes podem experimentar fraqueza muscular e fadiga devido
ao catabolismo muscular causado pelos hormônios tireoidianos em excesso.
Irritabilidade e alterações de humor: O hipertireoidismo pode estar associado a sintomas de
irritabilidade, nervosismo e alterações de humor.
Bócio ou olhos protuberantes: Em casos graves de hipertireoidismo, pode ocorrer um aumento
visível da glândula tireoide (bócio) ou protrusão dos olhos (oftalmopatia tireoidiana).
Indicador de função tireoidiana: O TSH é produzido pela hipófise e sua secreção é regulada
pelo hipotálamo através do hormônio liberador de tireotropina (TRH). Quando os níveis de T3 e
T4 estão baixos no sangue, o hipotálamo libera TRH, estimulando a hipófise a liberar TSH.
Portanto, os níveis de TSH são frequentemente usados como um indicador sensível da função
tireoidiana. Níveis elevados de TSH geralmente indicam hipotireoidismo, enquanto níveis baixos
indicam hipertireoidismo.
7. Explique o surgimento do bócio endêmico e em que situações clínicas o mesmo pode ser encontrado
Regiões com deficiência de iodo: O bócio endêmico é mais comum em regiões geográficas onde
há uma escassez crônica de iodo na dieta, como em áreas montanhosas, distantes do mar ou em
regiões onde o solo é pobre em iodo.
Populações vulneráveis: Populações que consomem principalmente alimentos locais cultivados
em solos pobres em iodo ou que não têm acesso a fontes alternativas de iodo, como suplementos
ou alimentos enriquecidos, estão em maior risco de desenvolver bócio endêmico.
Grupos específicos: Certos grupos demográficos podem estar mais predispostos ao
desenvolvimento de bócio endêmico, como mulheres grávidas, lactantes e crianças em fase de
crescimento, devido às maiores demandas de iodo durante esses períodos.
Condições clínicas associadas: O bócio endêmico também pode ser encontrado em pacientes
com distúrbios tireoidianos, como hipotireoidismo ou hipertireoidismo, que podem estar
associados a deficiências de iodo.