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As células do epitélio folicular possuem duas membranas ->apical (voltada para o lúmen ou
coloide – onde acontecem as reações de síntese hormonal) e basal (voltada para interstício e
capilares). O processo de formação dos HT acontece da seguinte maneira:
1. Iodo, sob a forma de iodeto (I-) é captado pela célula através do carreador NA/I da
membrana basal. A proteína NIS, é quem é responsável pela permissão de passagem
do iodeto para o lúmen, então também é ela quem tem capacidade de concentrar
iodeto nas células.
2. O iodeto é transportado ao coloide por meio da pendrina, permutador aniônico (Cl).
3. No coloide, o iodeto é oxidado pela Tireoperoxidase – TPO, que fica na membrana
apical da célula, onde surge a tireoglobulina, glicoproteína produzida no complexo de
golgi.
4. O Iodo se liga aos resíduos de tirosina na tireoglobulina, (processo denomidado
organificação, resposavel pela formação de MIT (monoiodotirosina) e DIT
(diiodotirosina), precursores diretos dos HT T3 (MIT + DIT) e T4 (DIT + DIT), que
inicialmente estão ligadas a tireoglobulina no coloide (armazenamento).
5. A liberação dos HT acontece por meio da superfície apical, onde as células emitem
pseudópodos que cercam pequenas variações de coloide, formando vesículas
pinocíticas. Lisossomos do citoplasma se fundem a essas vesículas, e proteases se
dirigem a tireoglobulina fazendo proteólise, liberando, consequentemente T3 (7%) e
T4 (93%); e parte das tirosinas não são liberadas pro sangue e retornam para a célula,
onde seu iodo é clivado e reutilizado para formação de novas moléculas hormonais.
Para circularem, precisam se ligar a proteínas plasmáticas (globulina ligadora de tiroxina e pré
albumina ligadora de tiroxina e albumina). Devido a sua alta afinidade pelas proteínas, são
liberadas lentamente para os tecidos. T3 tem ação e meia vida mais rápida 6 a 12h, enquanto
T4, tem longo período de latência e inicia sua ação após 3 dias, com pico em 10d.
Seus efeitos são relacionado a ativação nuclear de vários genes, aumentando a atividade
funcional do corpo. T3 é o principal hormônio a se fixar nos receptores celulares, que estão
ligados ao DNA, formando heterodimero com o receptor de retinoide C (RXR) nos elementos
de resposta hormonal tireoidiana. Há também efeito não genômico, relacionado a regulação
de canais iônicos e fosforilação oxidativa. Aumentam a atividade metabólica em vários tecidos
corporais, de 60% a 100%.
conversão de T4 em T3 pela desiodase I (tec periféricos), II (SNC) e III (T3 reverso - placenta)
Níveis normais de TSH: 0,5 – 5mU/L. -T4L: 0,9-2 ng/dL -T3L: 0,2-0,52
Autorregulação feita pelo Iodo: A tireoide com doenças tireoidianas autoimunes tem
mantem constante sua produção de HT maior propensão a ter esse efeito mais
apesar de variações no consumo de iodo. pronunciado.
Quando ingesta baixa de iodo, a atividade
do carreador Na/I e aumentada,
aumentando a captação de iodo, bem
como síntese preferencial de T3 em vez de
T4. Por outro lado, quando excessiva
ingesta, sua organificação (ligação com
tirosina da tg) é inibida. Esse fenômeno é
denomidado Efeito Wolff-Chaikoff. No
entando ele pode ser muito pronunciado,
podendo causar uma queda real na
produção de HT (hipotireoidismo). Mas em
indivíduos normais, sem doenças
tireoidianas há mecanismo fisiológica que
geralmente escapa desse efeito. Pacientes .
HIPERTIREOIDISMO: Pode ser primário (excesso hormonal por problema na glândula tireoide).
Todo estado de excesso de hormônio tireoidiano é Hipertireoidismo. A principal causa é a
doença de Graves, que representa cerca de 60-90% dos casos de tireotoxicose.
Tireotoxicose: síndrome clínica de hiper catabolismo resultante do aumento dos níveis séricos
de T3 e T4, que podem acontecer pelo Hipertireoidismo (maior produção – principal causa é
doença de graves) e sem Hipertireoidismo (ex. lesão de folículos tireoidianos que joga fora o
coloide, rico em hormônios tireoidianos).
Manifestações clinicas: “CRISE ADRENERGICA” sem que aumente adrenalina (mas aumenta
sensibilidade de beta receptores)
Beta1 > aumenta FC, DC e PA; Beta 2 > broncodilata
Clinica: agitação, irritabilidade, hiperreflexia, ansiedade, bócio (80-90%) que pode ser visível
ou não (disfagia/dispneia), alterações oculares como o piscar frequente, taquicardia,
palpitações, hipertensão divergente (aumenta PAS e diminui PAD), mãos quentes e úmidas,
tremor fino sustentado, oftalmopatia (20-40%), hipermenorreia, hiper defecação, cabelos
quebradiços, baqueteamento digital (inespecífico)...
DOENÇA DE GRAVES: desordem autoimune, de etiologia ainda desconhecida, que apresenta
como características a síntese e secreção excessivas de HT e achados típicos (bócio difuso,
oftalmopatia, dermopatia – mixedema pré tibial). É mais comum em mulheres (9x) e
prevalência geral de 0,5% e de 2% da população feminina. Pico de incidência de 20-50 anos. É
a causa mais comum de hipertireoidismo em pacientes <40 anos.
Nos pacientes com DG, os linfócitos B sintetizam anticorpos contra receptores de TSH da
membrana folicular tireoide (anticorpo antireceptor de TSH estimulante – TRAb), que
mimetizam a ação do TSH, ou seja, são capazes de produzir aumento do volume e função da
glândula, aumentam vascularização, e consequentemente aumento de produção e secreção de
HT.
Além disso, manifestações como oftalmopatia, é justificado pelo fato que as células
musculares lisas e fibroblastos tem antígenos semelhantes ao TSH, o que produz reação
cruzada com TSH (TRAb), determinando ataque autoimune ao tecido retro ocular e periocular,
com liberação de citocinas pro inflamatórias e fibrosantes. -> tecidos da orbita edemaciados
devido a presença de mucopolissacarídeos hidrofílicos, fibrose e infiltração linfocitária.
Musculatura extra ocular também tem edema, infiltração com células redondas, deposição de
mucopolissacarídeos e fibrose.
Existem outros anticorpos nessa doença, com o ANTI- TPO, que está presente em até 80% dos
casos, ele é uma espécie de marcador universal de doença tireoidiana autoimune, estando
presente em 95% dos casos de tireoidite de hashimoto.
Aspecto da glândula: simetricamente aumentada, devido a hipertrofia e hiperplasia de células
foliculares. Apresenta-se macia e lisa, com capsula intacta e peso aumentado, podendo chegar
a 80 gramas.
Dosagem de TSH (baixo), T4L (alto) e T3t (alto – pedir só em caso de dúvida). Se a
doença estiver sob caráter subclínico o TSH continua baixo, mas os níveis de T4L serão
normais. Anti TPO pode ser pedido para ter certeza sobre autoimunidade.
Anticereceptor de TSH (TRAb) não é necessário se o paciente tem clinica clássica. Mas
se por exemplo tem tireotoxicose e bócio pequeno sem oftalmopatia, é bom pedir. Se
deu positivo diz que é autoimune, e a doença autoimune que causa tireotoxicose é
GRAVES. Se deu negativo pode ser BMT, plummer ou tireoidite.
Laboratório:
TSH baixo + T4L alto -> Hipertireoidismo clássico;
TSH baixo + T4L normal e T3 alto -> T3toxicose (pode ser estágio inicial de graves);
TSH baixo + T4L e T3 normais -> hipotireoidismo subclínico;
USG: útil para diferencial, identificar nódulos, como BMT, adenoma de Plummer
(nódulo);
RAIU/Cintilografia: observa a captação de radioiodo pela glândula (raiu normal entre 5-
20%). Neste caso, (graves) ela tem avidez por iodo, então terá hipercaptação
(distribuição é vista pela cintilografia – difusa sugere graves, uninodular sugere
plummer e multinodular sugere BMT). Tireoide hiperfuncionante. (importante para
diferenciar de tireoidites subagudas, que tem captação baixas ou desprezíveis).
Se <5% pode ser fase inicial de tireoidite (VSH alto e tireoglobulina alta (pq extravasa
para o sangue)
Raiu <5%, VHS baixo, tireglobulina baixa = Hipertireoidismo factício (ingesta)
Tratamento:
Seus efeitos tornam-se mais significativos após cerca de 15 dias de tratamento. É importante
ter em mente que o TSH demora meses para normalizar, pois os tireotrofos encontram-se
atrofiados e leva tempo para se recuperarem. Portanto, monitoramento com T4L com alvo de
eutireoidismo (0,9 a 2). Após isso, reduzir droga pela metade em 4-8 semanas e depois para
1/3 do inicial.
50% dos pacientes conseguem atingir remissão com medicação. Cerca de 75% dos pacientes
que não conseguem, a recidiva volta nos primeiros 3 meses de suspensão da medicação. 1/3
dos pacientes consegue remissão prolongada. O primeiro sinal de recidiva é TSH Suprimido,
mesmo que T4L esteja normal – após isso, pode ser feita nova tentativa com medicação, mas o
mais recomendado é a terapia com radio-iodo.
Destruição do tecido tireoidiano com iodo radioativo: primeira escolha para pacientes com
contraindicação aos DAT ou cirurgia, ou que tenham recidivado ou tenham tido efeitos
colaterais (rash cutâneo, tetraplasia medular). Indicado para cardiopatas e idosos (que
necessitam de resultados rápidos), mulheres em idade fértil que planejam gestar.
Contraindicações: gestante, lactação, suspeita de câncer de tireoide, mulheres que querem
gestar em 4 meses, ou mesmo emergências cirúrgicas da tireoide, bócio volumoso,
oftalmopatia de graves (resolver com corticoide antes de iniciar a terapia com iodo). Sempre
excluir gravidez antes de iniciar o tratamento. É feito via oral podendo ser capsula ou diluído
em água – o iodo causa destruição e fibrose progressiva da glândula. Pode usar
betabloqueador junto para controlar tireotoxicose. 20% de falha terapêutica. Maior chance de
fazer hipotireoidismo depois. A dose média diária é de 5-15 mCi;
Tireoidectomia: indicado para pacientes que não controlam com DAT, e que recusam Iodo
131, doença com bócio volumoso e sintomas compressivos, suspeita de neoplasia tireoidiana,
gravidas com hipertireoidismo grave não controlado com DAT.
Pré operatório:
uso de DAT por 6 semanas antecedentes; (impregnar a tireoide para não fazer crise
tireotóxica quando for mexer nela durante a cirurgia)
Iodeto de Potássio (lugol) 3-5 gotas – iniciado 10-15 dias antes com objetivo de diminuir
vascularização da glândula. Diminui sangramento operatório (desliga a glândula tireóidea –
efeito wolff-chaikoff)
Em casos de cirurgia de urgência: dexametasona 0,5mg 6/6h ; propranolol 40mg 8/8h, ácido
lapanoico 500mg (telepaque) 6/6h por período de 5 dias antes do procedimento.
Complicações:
- Mais temida: hematoma cervical -> edema de cordas vocais -> insuficiência respiratória (abrir
e drenar)
- Mais grave: lesão de N. laríngeo recorrente -> insuficiência respiratória
- Mais comum: hipoparatireoidismo -> hipocalcemia transitória (paratireoides são sensíveis a
isquemia e são irrigadas por capilares da tireoide, não tem artérias próprias). 20-30% dos
pacientes; sempre investigar hipocalcemia após tireoidectomia: sinal de chvostek (percussão
do nervo facial – contrações no lábio) Trousseau (insufla manguito até 20mmHg acima da paS
por 3min, mão em garra);
Hipertireoidismo subclínico: Em geral não trata. Exceto quando: muita supressão de TSH
(<0,1) e alto risco de complicação fatal (>65 anos);
Sintomas cardiovasculares predominam, talvez pela idade dos pacientes, muitas vezes pode se
apresentar sob forma de hipertireoidismo apático. Tosse e desconforto (compressão da
traqueia), disfagia (Compressão esofágica) rouquidão (compressão de N. laríngeos
recorrentes).
T3 e T4 estão elevados, no entanto T3 está em níveis superiores a T4livre, talvez pela ativação
da desiodase I. Exposição a Iodo ao antiarrítmico amiodarona pode piorar o quadro de
pacientes com fibrilação atrial.
Diagnóstico: cintilografia tireoidiana, que mostra múltiplos nódulos quentes com captação
variável.
Tratamento: pode ser feito com cirurgia (antes é necessário controle clinico do
hipertireoidismo com DAT e betabloqueadores); Radioiodo (dose maior que pra doença de
graves – menor índice de remissão).
Tratamento: Administração de Radioiodo; Nodulectomia (não se faz mais hoje em dia); Injeção
percutânea de etanol guiado por USG; Terapia com laser guiada por USG; tireoidectomia
subtotal (pq nódulo em um só lugar);
“forma peculiar de doença que afeta principalmente mulheres jovens e caracteriza-se por
emagrecimento extremo cuja falta de apetite é decorrente de estado mental mórbido e não a
qualquer disfunção gástrica”.
Gravidade:
-leve IMC>=17;
-Moderada: 16-16,9 ;
-Grave: 15-15,99;
- extrema: <15
Pacientes com IMC<15 devem obrigatoriamente ser internados; porque a pessoa pode
apresentar síndrome de disfuncionalidade orgânica por voltar a comer (disfunção hepática e
renal) e por isso devem voltar a comer devagar.
perda de estoque. Alta taxa de mortalidade; 12x maior em mulheres; maior taxa de suicídio
57x maior que população geral; alterações endocrinometabólicas; transtornos afetivos
psiquiátricos associados;
Dicas:
- Predominância de sintomas obsessivos: clomipramina ou ISRS em doses baixas;
- Agitados, irritados, não dormem, exercício excesso: olamzapina, quetiapina;
- BZD na hora da refeição se paciente tem muita ansiedade no momento da alimentação.
** Obrigatório: terapia cognitivo comportamental associada.
As complicações mais comuns são secundárias a purgação, mas também podem ser
decorrentes da compulsão:
mortalidade não é tão alta como AN (anorexia nervosa)
Sinais: sinal de russel (formação de calosidades em região metacarpiana- tentativa de vomito);
Desgaste da dentina e esmalte dentário. Halitose.
Tratamento multidisciplinar: Antidepressivos de qualquer classe;
**
Formas:
Primária: defeito na tireoide - (90% dos casos de hipotireoidismo)
Secundária: defeito da hipófise/déficit de TSH
Terciaria: déficit hipotalâmico de TRH; Hipotireoidismo central
Forma Primária:
Congênito: 1 a cada 2/4mil nascidos são detectados pelo teste do pezinho. É causada por uma
disgenesia da glândula. Tratamento precoce previne sequelas neurológicas como retardo e
cretinismo.
Nutricional: principal causa de hipotireoidismo em áreas carentes de iodo.
Drogas: como amiodarona (contem iodo – faz hipotireoidismo por Wolf chaikoff), lítio (inibe a
secreção de HT, não interferem com o acumulo intracelular de Iodo – usado temporariamente
em tireotoxicose em pacientes alérgicos a DAT), tionamidas (antirtireoidianas), IFN-alfa.
Iatrogênica: pacientes submetidos a tireoidectomias, radioablação, uso de drogas tireotóxicas
como amiodarona e lítio; e
Tireoidite pós parto (transitória;
As manifestações clinicas tem um grande espectro, mas em geral, lembrar da lentificação dos
processos metabólicos, e acúmulo de glicosaminoglicanos no interstício, órgãos e tecidos.
Além disso, reduz o clareance de vários fármacos: anticoagulantes, antiepilépticos, hipnóticos
e opioides.
Peculiaridades na infância: nos primeiros dias de nascimento pode não aparecer os sinais de
hipotireoidismo porque T4 é transplacentário, provendo até 50% dos níveis normais. Contudo,
mais tarde, o primeiro sinal é a Persistência da icterícia fisiológica, choro rouco, constipação
sonolência (dificulta mamar), hernia umbilical se não tratada até 3meses atraso na
maturação óssea (baixa estatura) e retardo mental (cretinismo -> por hipoplasia neuronal
cortical, menor capacidade de sinapses, hipovascularização cerebral).
OBS.: Se hipotireoidismo aparece após 2 anos de vida, não ocorre retardo mental verdadeiro
(baixa estatura, atraso puberal, e graus variados de sintomas de adultos).
Anemia (normo-normo, podendo ser macrocítica se gastrite atrófica (comum estar associado
em hipotireoidismo) e má absorção de B12 associada); Dislipidemia, Elevação sérica de
enzimas musculares como CPK, LDH e TGO (devido a miopatia); Aumento da prolactina e
gonadotrofinas FSH_LH (porque a queda de hormônios tireoidianos aumenta a liberação de
TRH e TSH, em que o primeiro tem estrutura semelhante aos outros fatores liberadores
hipotalâmicos;)
- TSH elevado e T4L baixo (T3 também, mas nem sempre é dosado); No início o aumento de
TSH pode deixar normais os níveis de T4L (Hipotireoidismo subclínico).
Anticorpo Anti-TPO (tireoidite de hashimoto - 95%); Se hipotireoidismo central, o TSH pode
estar em níveis baixos ou normais (raramente estará discretamente aumentado). RNM de
sela túrcica;
Tratamento:
->Levotiroxina (T4) 1x ao dia pela manhã com estomago vazio (reduz a ligação com proteínas
alimentares). Essa medicação tem meia vida de 7 dias. A dose varia de acordo com o peso do
paciente:
inicial adulto: 1,6 a 1,8ug/kg/dia.
Em >60 anos a dose inicial é de 50ug/dia;
pacientes com cardiopatia grave : 12,5 a 25ug/dia com incrementos de 12,5 a cada 3
semanas. (doses elevadas nesses indivíduos podem precipitar isquemia miocárdica,
necessitando de revascularização).
Objetivo e manter o TSH dentro do normal manutenção, podem ser feitas reavaliações
(0,5 a 5mU/L). Se o paciente apresenta TSH em 6 meses.
no limite da faixa superior de normalidade,
mas ainda sim apresenta sintomas de
hipotireoidismo, recomenda-se aumentar a
dose da medicação de modo a manter o
TSH na metade inferior da faixa de
normalidade (<2,5mU/L).
.
Dosar TSH a cada 4/6 semanas. Após
atingir TSH esperado e a dose de
OBS: levotiroxina é melhor absorvida a noite, mas pode causar insônia (pico plasmático após
tomada), por isso não é administrada com fins de fazermos doses menores. Além disso,
doenças/condições disabsortivas requerem doses maiores para tratamento, como DII, doença
celíaca, gastropatia diabética, gravidez, drogas que reduzem absorção de T4L (omeprazol,
sulfato ferroso, estatinas, carbonato de cálcio), drogas que aumentam o metabolismo de T4L
(rifampcina, fenobarbital, cabamazepina, estrogênio, sertralina, estatinas) e que diminuem a
conversão de T4 em T3 (amiodarona, déficit de selênio, cirrose). -> Envelhecimento requer
tratamento com dosagem diminuída, bem como terapia androgênica em idosas.
Efeitos adversos: sinais de tireotoxicose, como taquicardia, arritmias, palpitações, maior PA,
osteoporose.
Lilian: se anticorpo positivo trata se TSH >8; Tratar todos com TSH >10
é a causa mais comum de hipotireoidismo em áreas com suficiência de iodo – 90%. Comum
em mulheres mais velhas (15%), porem pode ocorrer em qualquer idade e em ambos os sexos;
é cerca de 3x mais comum no sexo feminino.
É uma doença autoimune assintomática nos primeiros meses/anos, mas que vai destruindo o
parênquima glandular progressivamente, resultando em falência tireoidiana.
Sua etiologia é desconhecida e mas aparenta ter relação com fatores genéticos ou adquiridos
(genes HLA-DR3 , HLA-DR5 forma bociogênica – e HLADR3 E HLA-DR8 forma atrófica).Os
fatores ambientais relacionados são as infecções virais (mimetismo molecular 13% dos
pacientes com Hepatite C desenvolvem tireoidite de hashimoto) e o consumo de iodo.
O resultado final é uma reação imunológica voltada contra uma serie de antígenos
tireoidianos, utilizando tanto a via celular (citotoxicidade pelos linfócitos CD8 autorreativos –
fibrose crônica – Células de ASKANAZY) quando a via humoral (autanticorpos). Há formação de
imunocomplexos na membrana basal das células foliculares levando a infiltração linfocitária e
hiperplasia folicular, que pode progredir para fibrose da glândula.
Em conjunto,
anti-TPO (95 – 100%) e anti-tg tem 95% de sensibilidade, enquanto receptor anti-TSH (trab
que bloqueia) e anti-transportador de Iodo em apenas 15%. Via humoral
Neste caso, o anti-TSH não são do tipo estimulante como na doença de graves.
É comum que o paciente tenha bócio (80%), porque seus níveis de TSH estão aumentados;
Diagnostico: é feito com base na associação de quadro clinico compatível (bócio ou/e
hipotireoidismo) + autoanticorpos tireoidianos (Anti-TPO, e anti-tg)
Cintilografia: pode ter captação normal, baixa ou elevada (dependendo da fase da doença). –
Sem utilidade. USG: pode demonstrar o aumento da glândula, com aspecto de
hipoecogenecidade (pouca densidade) ou presença de nódulos mal definidos. Alterações
ultrassonográficas podem ocorrer antes das bioquímicas. **
Nódulos tireoidianos são extremamente comuns – 5% das mulheres e 1% dos homens. Mais
alto em regiões com déficit de iodo. 85-95% dos casos representam lesões benignas (adenoma
folicular, nódulo coloide ou cisto); mas eventualmente podem ser lesões malignas (carcinoma,
linfoma) ou mesmo metástase de tumores a distância.
Diagnóstico:
Indicações de PAAF:
- Nódulos de qualquer tamanho com linfadenopatia cervical suspeita;
- Nódulos > 0,5cm com características sugestivas de malignidade (irradiação, crescimento,
rouquidão, microcalcificações, sólidos, hipoecoicos, irregulares, chamas 4 e 5);
- Nódulos > 1cm, sólidos ou não sólidos com microcalcificações;
- Nódulos mistos (cisto-sólidos) com >1,5cm e características de malignidade; na USG>2,
independente das características;
- Nódulos espongiformes >2cm;
Nódulos que tiveram resultado benigno na PAAF devem ser acompanhados com USG a cada
6/18 meses. Se houver crescimento deve ser feita PAAF novamente. Fluxograma de
seguimento para nódulo tireoidiano:
OBESIDADE 1/3 da população é obesa.
É importante que seja correlacionado com Considerações para idosos:
a altura, idade.
Definido como excesso de peso para determinada altura e está associada ao aumento de risco
para várias doenças crônicas (DM2, HAS, Doença cardiovascular). Sua patogênese é complexa,
com fatores ambientais, socioculturais, fisiológicos, médicos, epigenéticos e outros. O IMC é a
maneira matemática mais simples para determinar excesso de peso (25 -29,9) e obesidade
(>30 kg/m2) embora não seja uma verdadeira medida de adiposidade, uma vez que não é fiel a
pacientes que tem grande massa muscular.
Relação cintura/quadril = permite estimar tanto gordura visceral (cintura) quanto subcutânea
(quadril). Bom marcador de distribuição de gordura corporal. <0,9 em homens e 0,85 em
mulheres.
Cintura/altura: prediz mais adequadamente o risco CV que IMC sozinho. >=0,55 representa
maior risco. Cintura: entre a crista ilíaca anterossuperior e o rebordo costal.
Composição corporal: identificar riscos de saúde associados a níveis muito altos ou baixos de
gordura corporal. Avalia se as intervenções nutricionais estão sendo efetivas ou não.
Métodos: diretos (tomografia entre L4 e L5, avalia a área de gordura, normal <130cm2),
indiretos e duplamente indiretos (prega cutânea e bioimpedância).
Etiologias:
Exógenas: 95% -> excesso de calorias na dieta; Uso de medicações (corticoides e
antipsicóticos), fatores psicossociais
Via Anorexígena: Ingesta alimentar libera leptina (adipócitos), insulina (pâncreas), amilina,
coleccistoquinina, GLP1, Peptídeo YY (íleo e colón), GIP núcleo arqueado hipotálamo
Neuropeptídeo Y (NPY) -> inibe eixo tireotrófico -> diminui termogênese + hiperfagia
Obs.> existem mutações que desativam o gene que codifica a leptina, e que leva a quadros de
obesidade grave. Encontrada em até 5% dos pacientes com obesidade severa.
Genética?
Expressão genica relacionada ao IMC já foram identificados, são genes que codificam
componentes da sinalização da leptina e melanocortina, bem como genes de expressão
parental ao longo de uma região específica do cromossomo 15 (resp. pela sd de prader-willi);
Acredita-se que os genes da obesidade atuem não somente como regulador homeostático
hipotalâmico do equilíbrio genético, mas também nos circuitos neurais, envolvidos em
interações com ambiente, circuitos de tomada de decisão com base em recompensas,
aprendizagem e memória.
O gasto energético é outro importante determinante, uma vez que está intimamente
relacionado com o controle da ingestão de alimentos e é incorporado no sensor Hipotalâmico
integrativo regulador da adiposidade e peso corporal. Por isso, quando temos um gasto
energético, há resposta para que maior quantidade de alimento seja consumido para
compensar o gasto energético. A massa gorda livre (incluindo de músculos e órgãos viscerais)
também aumenta conforme o IMC. A massa ventricular esquerda, incluindo a espessura da
parede e dimensões internas aumenta com a adiposidade riscos: HAS, DCV, fibrilação atrial
e IC.
Cintura Abdominal é uma medida de engloba tecido subcutâneo e visceral, e está mais
relacionado com eventos cardiovasculares que IMC. Considerar >88 e 102cm (M e H) e devem
ser feitas em pacientes com IMC entre 25 e 34. Esses valores podem variar conforme
populações.
A HAS é 6x mais prevalente em pacientes obesos. Para cada 10kg aumenta-se 6mmHg e
4mmHg (S e D). o acumulo de gordura intra-abdominal resulta em aumento da liberação de
ácidos graxos livres na veia porta, elevando a síntese hepática de triacilgliceróis, aumentando a
resistência a insulina e hiperinsulinemia. Ativação do SNS e SRAA retenção de sódio e água
aumentando a volemia, produção excessiva de noradrenalina e proliferação de células
musculares lisas Hipertensão Arterial;
Covid x obesidade: pacientes obesos tem menor volume de reserva expiratório, capacidade
funcional e complacência pulmonar (aumentando o trabalho respiratório e a resistência das
vias aéreas), além da menor excursão diafragmática em pacientes em decúbito dorsal (medica
para melhorar ventilação de pacientes com covid).
Por outro lado, o estado pró inflamatório do paciente obeso acarreta em desequilíbrio da
resposta linfática e medular alterando o funcionamento do sistema imunológico, aumentando
a disseminação de infecções virais. Alguns estudos acreditam que o tecido adiposo sirva como
reservatório viral, acarretando em disseminação viral pelo corpo do paciente e difucultando ou
prolongando a eliminação do vírus.
Indica-se que os pacientes percam 5-10% de peso nos primeiros 6 meses. -intervenção
multifatorial do estilo de vida.
Tratamento:
Tratamento cirúrgico: indicado a pacientes com IMC>40 e que tentaram tratamento clinico
por 2 anos consecutivos sem sucesso. Ou que IMC>35 mas que tenham comorbidades como
DM, HAS, Apneia do sono ou artrose.
Podem ser restritivas (reduz tamanho do estomago) ou disabsortivas (má absorção de
alimentos que levam a desnutrição).
Critérios para síndrome metabólica:
Metformina 850mg : tomar meio comprimido no almoço e meio no jantar por uma semana.
Após tomar 1 comp (inteiro) no almoço e 1 apos jantar;
Fibrato (ciprofibrato 100mg – tomar 1 comprimido Via oral a noite, após o jantar. (pq pct
com TG>400);
Quando melhorar os parâmetros de TG, e tiver uma dislipidemia mista:
Sinvastatina 20-40mg no lugar do fibrato (nunca associar) + ezetimibe (pode se não
melhorar) a noite após o jantar
Anti-hipertensivo:
- Captopril 25mg 1x ao dia – antes das refeições (1h)
Liraglutida (análogo de GLP1)
Aplicar SC 0,6 mg ao dia por 1 semana. NA segunda semana aumentar dose para 1,2 mg ao dia
por mais 1 semana. Na terceira semana dose de 3mg/dia; (SUBSTITUI A METFORMINA) OBS.:
tomar todos os dias no mesmo horário independente de refeições.
se pact não tem condições: - Orlistate 120mg tomar 1cop junto ao almoço e 1 no jantar
Obs.: pro nosso paciente não pode ser sibutramina pq ele está hipertenso;
Sd de Cushing – Hipercortisolismo.
Doença neuro endocrinológica causada pela interrupção do eixo hipotálamo hipófise adrenal
levando a exposição crônica de glicocorticoides, cuja fonte pode ser endógena e exógena, que
resulta em aspectos clínicos de distribuição anormal de gordura (obesidade centrípeta),
disfunção gonadal, HAS e outras. Adenoma hipofisário é responsável por 70% dos casos de
dessa Síndrome, adenomas adrenais 10%; maior incidência entre 25-50 anos.
Hipotálamo -> hormônio corticotrófico - CRH (influenciado pelo ritmo circadiano e estresse) ->
hipófise -> ACTH -> Adrenal -> liberação de Cortisol e andrógenos-> feedback negativo. +
Sistema imune (supressão); Fígado (gliconeogênese); Musculo (catabolismo de proteínas);
tecido adiposo (lipólise);
Cortisol -> metabolismo ósseo, aumenta a função cardíaca e tônus vascular periférico.
Etiologias:
Iatrogênica: uso excessivo/prolongado de corticoesteroides (prednisona). Síndrome de
Cushing X Doença de Cushing (hipercortisolismo decorrente de sercreção excessiva de ACTH –
lesao hipofisária).
A SC endógena pode ser classif em 2 grupos de acordo com as concentrações de ACTH em:
SC ACTH dependente: se relacionam com o eixo hipotálamo hipófise, ou tumores diversos
secretores de ACTH/CRH.
SC ACTH independente: ocorrem em consequência a doenças primarias da Suprarrenal.
Quadro clinico: Pletora facial, fácies de lua cheia, fraqueza muscular proximal, estrias cutâneas
largas e avermelhadas/violáceas, pele atrófica, fragilidade capilar, ganho/redistribuição do
peso.
- Irregularidade menstrual (aumento do cortisol sérico e diminuição do estradiol)
- Sinais de excesso de andrógeno adrenal: Hirsutismo, pele oleosa, acne, virilização.
- Estrias: largas, roxo avermelhadas (porque pele fica cada vez mais fina e não esconde a cor do
sangue venoso da derme subjacente).
- Atrofia da pele - Infecções fúngicas - Hiperpigmentação: pelo aumento de ACTH,
principal hormônio pigmentar em humanos –estimula os melanócitos.
- Intolerância a glicose e resistência periférica a insulina pela grande gliconeogênese e
obesidade. - -> Obesidade progressiva central. Face, pescoço, tronco e abdômen.
Extremidades poupadas.
- Cortisol urinário: o cortisol urinário livre é elevado (>120ug/24h) em pacientes com síndrome
de Cushing. (tem no sus – pede um num final de semana e o outro no outro)
- Teste de supressão com dexametasona: administra-se 1, 1,5 ou 2mg de dexa entre 23h e 0h
e dosa o cortisol plasmático as 8/9h da manhã do dia seguinte.
DETERMINAÇÃO DA CAUSA:
Dosar acth
Doenças que simulam síndrome de Cushing: inclusive podem dar overnight positivo
Gravidez, excesso de álcool, obesidade grave, estresse, doenças psiquiátricas (NA, depresssao,
TAB); Niveis elevados de CGB (estrogênios, gravides, tamoxifeno, mitotano, hipertireoidismo),
resistência aos gicocorticoides;
Classificação Laboratorial:
Hipercolesterolemia isolada: aumento de LDL-c >= 160;
Hipertrigliceridemia isolada: Triglicerídeos >= 150 ou 175 colhido em jejum;
Hipercolipidemia mista: aumento de LDL-c >=160 + Tg>= 150 ou 175;
HDL-c Baixo: homens <40; e Mulheres <50; pode ser isolado ou associado aos acima;
Tratamento farmacológico:
-> relacionado ao risco CV do paciente: se muito alto ou alto -> terapia associada as MEV
se baixo risco: MEV – medicamentos posteriormente se necessário (2ª etapa) alcançar metas
de LDL-c. Reavaliar em 3-6 meses.
Estatinas: age inibindo a HMC-Coa redutase (por competição) causando depleção intracelular
de colesterol e liberação de fatores transcricionais -> síntese e expressão de receptores para
captação de colesterol circulante (LDL-R), assim sua ação pode influenciar todo conjunto,
Diminuindo LDL, VLDL e remanescentes de quilomícrons;
Indicados para prevenção primaria e secundaria como 1ª opção. Efeitos colaterais: mialgia, até
rabdomiólise (principalmente se associado aos fibratos). Avaliar função hepática no início do
tratamento.
Sinvastatina: 20 e 40mg. Baixo potencial; até 4x dia;
Atorvastatina: 10, 20, 40 e 80mg – alto potencial; Rosuvastatina: 5 , 10 , 20 e 40mg – alto
potencial; - usado em pacientes de muito alto risco;
Resinas (Colestiramina): são resinas ligadoras usadas para tratar pacientes com
hipercolesterolemia, seus efeitos na redução do colesterol são por alteração do sequestro
biliar. É usado mais em criança, e não muito em adulto;
Fibratos: derivados do ácido fíbrico que estimula os receptores nucleares (receptores alfa
ativados de proliferação dos peroxissomas – PPAR-alfa) aumentando a produção e ação do
LPL, responsável pela hidrolise intracelular dos TG e diminuição das APO C III, responsável por
inibir a LPL. Estimula indiretamento a APO C 1 que aumenta os HDL.
Reduz níveis séricos de TG de 30 a 60%;
Efeitos adversos: mialgia, astenia, litíase biliar (clorofibrato), diminuição da libido, cefaleia,
alteração de sono, rabdomiólise (associado a estatinas com gemfibrozila).
- Bezofibrato – 200-600 mg – retard 400mg
- Ciprofibrato – 100mg dia – a noite após jantar
- Fenofibrato – 168 – 250 mg dia
Fibrato (lipidil) 160 mg --- 30+30+30
Tomar 1 comp via oral a noite (por no mínimo 3 meses);
Ácido nicotínico: (niacina) diminuí ação da lipase tecidual nos adipócitos diminuindo a
liberação de ácidos graxos livres para a corrente sanguínea. Diminui a síntese de TG pelos
hepatócitos. Reduz LDL em 5-25%; Aumenta HDL em ate 25%; Reduz TG em 20-50%; Pode ser
utilizado em pacientes com HDL baixo, mesmo sem hipertrigliceridemia ou
hipercolesterolemia. Efetos adversos: rubor facial, prurido (no inicio, por isso começar com
500mg e aumentar até 1-2 g dia).
NÃO PODE SER USADO EM DIABÉTICOS 2;
PROBLEMA 3
CICLO MENSTRUAL:
A frequência e amplitude dos pulsos de GnRH dizem qual gonadotrofina será secretada:
Alta frequência e baixa amplitude: FSH estimulo ao desenvolvimento folicular e
consequente produção de estrogênio (fase folicular).
Baixa frequência e alta amplitude: LH: hormônio luteinizante. Estimula o corpo lúteo, que irá
produzir testosterona na fase lútea/secretora;
1º dia (níveis baixos de estrogênios e progesterona) feedback - diminui amplitude dos
pulsos de GnRH Maior produção de FSH recrutamento folicular e esteroidogênese
aumenta estrogênio (faz feedback – com FSH) + inibina B (pelo folículo dominante para inibir
os demais folículos) concentrações >200 Pico de LH ovulação e liberação do corpo
luteo aumenta níveis de progesterona (8º dia após pico de LH) + 2º aumento de estradiol
evita aumento de FSH luteólise diminui progesterona / estradiol / inibina A escape do
feedback GnRH aumenta FSH recrutamento folicular e esteroidogênese (reinicia
ciclo)>
Ovários: 2
1ª: Sd de turner (Cariotipo 45X0 – disgenesia gonadal, não produz hormônios); Sindrome de
Savage (resistência a ação de LH e FSH e portanto não produz hormônios ovarianos –
estrogênio e progesterona);
2ª: Síndrome dos ovários policísticos: acomete até 15% das mulheres em idade fértil, ciclos
anovulatórios ou muito espaçados; Insuficiência Ovariana Precoce:
cromossomopatia/tabagismo/cirurgia/radioterapia;
Hipófise: 3
- 1ª: Hipoplasia Hipofisária
- 2ª: Hipotireoidismo, Hiperprolactinemia (medicamentoso?). Tumores hipofisários; Infecções;
Síndrome de Sheeran: necrose hipofisária geralmente após grave hipotensão/choque (parto).
Hipotálamo: 4
1ª: Síndrome de Kalman: incapacidade de produção de GnRH, que geralmente está associada a
anosmia;
2ª: Amenorreia Hipotalâmica Funcional: pode ser causada por estresse, distúrbios alimentares,
atividade física excessiva;
\
Estrogênio sempre está baixo, senão não e hipogonadismo.
Investigação:
1: Anamnese + exame físico detalhados: idade (1ª?) DUM? Atividade sexual? História
Menstrual; Antecedente Obstetrico (curetagem? parto? Aleitamento? Sangramento?); Dieta?
Atividade física? Stress? Saude psíquica? Cirurgias (pélvica?) Quadro oncológico (radioterapia)?
Medicações? Outros sintomas associados (galactorreia)? Hiperandrogenismo? Caracteres
sexuais desenvolvidos?
2. Exames Complementares:
Amenorreia primaria: FSH, LH, USG De pelve; Cariótipo; Rm de crânio;
Índice HOMA utilizado para ter melhor dimensão sobre a resistência a insulina que as
pacientes com Sop podem apresentar.
- Alvo principal é o diagnostico diferencial com a Adrenal;
DHAES – é quem vai diferencial TUMOR (Aumentado) de Hiperplasia adrenal congenita;
É estimulado por ação direta do ACTH, que sofre influencia de stress, infecções, estado
neurológico (CRH – hipotálamo) ACTH Cortisol.
Manifestações clinicas:
Forma Clássica: menos que 5% de atividade enzimática. Pode ter duas formas conforme a
atividade da enzima:0,01 %da população. Forma perdedora de sal é a mais comum 80%;
Perdedora de Sal: herança de 2 genes muito afetados. Praticamente não há aldosterona.
Causa desidratação grave no RN (Na baixo, K alto, náuseas, vômitos). Mortalidade maior nos
meninos (pq sinais clínicos em meninas são mais acentuados e pode ter diagnostico antes
desse quadro).
Forma não Clássica: forma mais comum 1 a cada mil pessoas (0,1%). Manifestações mais
brandas e diagnostico tardio. Puberdade precoce, hiperandrogenismo, acne, hirsutismo,
irregularidade menstrual, infertilidade.
Diagnostico: laboratorial. Dosagem da 17-OH progesterona (está alta porque a enzima não a
converte.
17 oHp aumentada
RM >1cm (macroprolactinoma) <1cm (microprolactinoma); não fazer logo de cara pois 20% das
pessoas tem tumor de hipófise e não significa nada.
Tratamento:
Cabergolina: mesmo mecanismo de ação, mas é específico para o receptor D2. Melhores
resultados, medicamento de primeira escolha para a maioria dos pacientes. Diminui tumor em
até 80%; Efeitos adeversos: neusea, cefaleia, vomito, hipotensão postural, dispneia, fadiga,
congestão nasal, depressão, psicose, valvopatia;
Dose: 0,25 a 3,5 mg por semana (1 dose por semana – melhor adaptação dos pacientes).
Fisiopatologia:
Sinais de
- resistência insulínica: acantose nigricans (principalmente em regiões de dobras)
- Hiperandrogenismo: acne, hirsutismo, alopecia;
Escala de Ferriman Gallwey: >=8 (hirsutismo – hiperandrogenismo clinico);
- Anovulação: irregularidade menstrual e infertilidade;
Laboratório: confirmar e excluir outras causas: Tais como falência ovariana precoce /
hiperplasia adrenal congênita de manifestação tardia:
- TSH -Prolactina 17-OH-Progesterona -Cortisol
Criterios de Rotterdan:
>=12 foliculos; 2 a 9mm ou >= 10Cm3 do tamanho do ovário
- Hiperandrogenismo clinico
- Oligo / Anovulação
Excluidas outras causas; **
Progesterona > diminui LH > diminui androgenios/ atua no endométrio proliferativo > proteção
/ Ciproterona tem ação anti androgenica
Estrogenio: estimula SHBG e diminui texto livre;
Ciclo 21 / Neovlar
etinilestradiol + levonogestrel 0,03 mg / 0,15mg -------------21+21+21
Tomar 1 comp ao dia por 21 dias (pausa de 7 dias e recomeça)
Pode associar antiandrogenico: Diane (pode ser associado ao anticoncepcional que a paciente
usa)
Acetato de ciproterona 12,5/ 25/50mg ----------------------- 21+21+21
Tomar 1 comp ao dia por 21 dias junto com ACO
Ou se associado ao ACO tomar 1 comp (50-100mg) ao dia no primeiro dia do agente
contraceptivo por 10 dias (junto com o aco). – FAZ ISSO QUANDO PRIORIZAMOS O
TRATAMENTO DO HIPERANDROGENISMO;
Quer engravidar:
medroxiprogesterona 10mg --------------------10 +10 +10
Tomar 1 comp ao dia por 10 dias do ciclo
Clomifeno
SD metabólica:
sinvastatina 20mg --- 1 comp VO a noite após jantar
DIABETES MELITUS TIPO 1
Tem incidência intermediaria, em torno de 7,6 casos por 100.000 crianças por ano.
Predomínio em faixa entre 10 -14 anos, mas pode surgir mais tardiamente.
É causado por destruição autoimune das células beta das ilhotas pancreáticas com redução da
capacidade secretora de insulina e deficiência grave – ou absoluta- de insulina. Geralmente
surge na infância ou adolescência. 5 a 10% dos casos é idiopático; somente 10-15% das
crianças diagnosticadas com DM1 tem história familiar de parentes de primeiro grau.
O DM1B representa cerca de 4-7% dos casos de DM1, que não são imunomediados; é uma
forma de diabetes fortemente herdada e não está associada ao HLA; indivíduos com essa
forma, apresentam cetoacidose episódica e diferentes graus de insulina entre os episódios; sua
patogênese não é conhecida;
Acredita-se que o processo seja desencadeado por fator ambiental (infecções virais),
susceptibilidade genética (polimorfismo no antígeno leucocitário humano – Cromossomo 6; e
no gene da insulina); na maioria das vezes a agressão inicial ocorre indiretamente (anticorpos
produzidos contra antígenos virais) lesionam as células pancreáticas pelo mimetismo
molecular entre antígenos virais e celulares; a velocidade de destruição varia conforme o
indivíduo. A hiperglicemia permanente se manifesta quando temos cerca de 90% das células
destruídas;
Sua definição conforme a sociedade de imunologia do DM, define como inicio na idade adulta
(>30 anos); independência de insulina por pelo menos 6 meses após diagnostico e presença de
pelo menos um autoanticorpo contra células beta positivo; o Anti GAD é o marcador mais
sensível da LADA, estando positivo em 90% dos casos, os demais são menos prevalentes;
Diagnóstico:
Clinica: sintomas clássicos de Diabetes (poliuria, polifagia, polidipsia, perda de peso);
Laboratorial: Hiperglicemia:
Dosagem de autoanticorpos contra célula beta: que estão presentes no DM1 e LADA. O
autoanticorpo de maior utilidade é o anti-GAD; está presente em cerca de 80% dos DM1 e 50%
dos pacientes após 10 anos de diagnostico; os demais (ICA; IAA) são encontrados em cerca de
70% dos pacientes, mas tendem a desaparecer após cerca de 2-3 anos de instalação da
doença;
INSULINOTERAPIA: deve ser iniciada o mais breve ao diagnostico; para evitar CAD
(desidratação, dor abdominal, vômitos, hálito cetônico);
Insulina basal: inibe glicogenólise, evita cetoacidose diabética, necessária o tempo todo,
independente da glicemia sérica. Mimetiza a insulina basal que o pâncreas normal produzia.
40-60 % da dose total de insulina.
Insulina Bôlus: aumenta rapidamente o gradiente de entrada de glicose nas células; necessária
em momentos de hiperglicemia ou em momentos de ingesta de carboidratos;
Calcular sensibilidade: quantos mg/dL reduz com 1 UI de insulina. Isso pode mudar com a
idade. Por exemplo, crianças menores tendem a ter maior diminuição porque é mais sensível.
TDI- dose total de insulina
Exemplo: se uma unidade de insulina dimiui 50 de glicemia, o fator de sensibilidade é 50.
Dai subtrai a glicemia atual pela meta (ex 200-100) e divide pelo fator de sensibilidade, que ira
nos dizer quantas UI de insulina o paciente deve tomar.
Automonitorização:
medição da glicemia capilar: antes do café, almoço, jantar e ceia.
Orientação alimentar: carboidratos (50-60%) proteínas (15%) gorduras (30%); Ingestão calórica
segue a regra de Holliday:
- 100 kcal/kg até 10kg;
- 1.000 kcal + 50x peso (que excede 10kg) de 10-20
- 1500 kcal + 20x peso (que excede 20kg) >20 kg
Avaliação da urina pode ser feita por meio da quantidade de urina e concentração (cor);
TRATAMENTO DM1
DGT:
- Glicose >250 - Cetonemia/Cetonúria 3+/4+ - PH <7,3 e HCO3 <15;
Potássio:
- se estiver entre 3,3 – 5,2 -> repõe 20 mEq/L
- se <3,3 repõe 40 mEq/L e adiar insulina (esperar 1h);
- Se > 5,2 -> Não repõe Ka
Ex.: nosso paciente acima está com potássio de 5, então vamos repor 20 mEq/L ; Mas
eu não vou usar 1L de SF, vou usar 666mL (ou mais considerando volume urinário),
então considerando 666mL eu irei usar 12 mEq em 666mL;
Cada ampola de Kcl 19,1% tem apresentação de 2,56mEq por 1mL, então preciso ver
quantos ML preciso para 12 mEq de potássio 4,68 mL de potássio:
Insulinização:
0,1 UI/KG por hora até atingir glicemia de 250; (pode ser feito em BIC -grave/uti ou IM-
upa)
após, podemos continuar na mesma dose (se for bic) ou deixar a metade fazer de 2/2h
IM:
- 0,05 UI/K/hora em BIC ou - 0,1 UI/Kg a cada 2h IM
Critérios de melhora
PH >7,3 BIC>15 Glicemia <250
Insulinização – após resolução da CAD insulina SC 0,8 UI/Kg/Dia; Iniciar 1-2 horas antes
de retirar insulina EV (porque absorção SC é lenta);
Após tudo isso, fazer esquema normal de Insulinização do paciente com DM1, com insulina
basal (NPH) e insulina de correção (rápida);
+ orientações gerais (alimentação, atividade física, insulina)
NPH (basal) 0,5 UI/kg/dia em duas aplicações (ao acordar e antes de dormir) – Doses fixas
conforme o paciente com DM2. O que muda é só a insulina rápida;
Regular (rápida) dose conforme contagem de carboidratos + correção da insulina pré
prandial;
Para cada 15g de carboidratos, utilizar 1 UI de insulina;
correção com 1UI de insulina para cada 50mg/dL que estiver acima de 100 (ex.: se glicemia
de 150mg/dl -> 1 UI; 200-> 2UI; 250mg/dl>3UI ; 300mg/dl > 4UI)
Exemplo:
Paciente, antes do jantar, com glicemia de 200 e pretende comer 90 gramas de carboidrato,
qual a dose de insulina regular ou ultrarápida ele deve tomar antes da refeição?
2 UI para correção da glicemia + 6 UI (correspondente aos carboidratos que irá ingerir – 1UI
para cada 15 gramas)
Total: paciente deve aplicar 8 UI de insulina antes desta refeição;
- Orientação consumo de carboidratos com baixo teor glicêmico (complexos, ricos em fibras)
- Composição da alimentação: 50-60% carboidratos; 20% proteínas (carnes brancas e ovos) e
30% lipídios (azeite);
- Atividades físicas cuidado porque pacientes de muito alto risco (DCV estabelecida) ou com
historia clinica/sintomas típicos que sugiram DCV devem ser submetidas a teste de esforço
(rastrear doença cardiovascular).
Sensibilizadores de insulina:
Biguanidas: Metformina – 500- 2550mg /dia em 3x
diminui a resistência a insulina atuando no fígado e musculatura esquelética. Contraindicada
para pacientes renais (TGF <30) e Creat>1,5, ICC, cirrose hepática descompensada; Acidose
grave;
Reduz 1,5 a 2% da HbA1C
EC: desconforto abdominal, diarreia, náusea, deficiência de vitamina B12.
Secretagogos de Insulina:
- Sulfoniureias: Glibenclamida 2,5 a 20mg dia (tomar antes das refeições pois risco de
Hipoglicemia;
Diminui de 1,5 a 2% de HbA1C;
Contraindicada: gravidez, insuficiência renal ou hepática;
Incretinomiméticos:
- Análogos de GLP-1: Liraglutida 0,6 a 3mg/dia mesmo horário todo dia / semaglutida 0,25 0,5
e 1mg 1x semana;
aumento da insulina dependente da glicemia; efeito incretinico (diminui gliconeogênese e
glicogenólise; retarda esvaziamento gástrico, diminui apetite e peso;
Diminui HbA1C em 1 a 2%;
Efeitos Adversos: náusea, diarreia, vomito, pancreatite aguda; Perda de peso;
1ª escolha: Estilo de VIDA metformina para a maior parte dos pacientes (principalmente se
GJ<200 e Obesos);
Se paciente não atinge metas glicêmicas (provavelmente já tem defeito na produção de
insulina) mantem metformina e acrescenta outra droga: Secretagogo (sulfoniureia ou Glinida)
Obs.: Obesos ou renais: preferir associar meds que acarretam perda de peso como aDDP1 e
aSGLT2
Se mesmo assim, ainda não atingiu meta, associar terceira medicação: SGLT2 (se paciente
tem condições financeiras para pagar) ou Insulina NPH noturna;
Insulina NPH noturna_ inicia antes de tentar insulinização plena, pois pode ser suficientes para
pacientes que não atingiram meta, mas que não estão tao ruins; Ou para pacientes que estão
com GJ > 300 + perda ponderal na 1ª consulta;
Dose: 0,1 a 0,2 UI/kg/dia ou 10 UI (fixo) a noite, antes de dormir; se necessário, aumentar 4 UI
a cada 4dias até dose máxima de 30UI a noite. Neste momento, se o paciente não estabilizou
com as 30 UI, será necessária a insSulinização plena;
Insulinização plena: é feita com esquema basal + bolus que mimetiza a secreção endógena de
insulina do pâncreas normal.
A dose total é de 0,5 a 1,5 UI/kg/dia, que deve ser dividida entre o esquema basal e o esquema
bolus;
Ex. Paciente de 80kg dose total considerandoo 0,5/kg 40 UI / dia
BASAL: (metade) insulina NPH 20 UI que serão divididas em 2 aplicações para ficar o mais
próximo do basal já que tem duração de cerca de 12 horas:
BOLUS: insulina rápida. A mais facilmente disponível no SUS é a regular, que administramos 30
minutos antes da refeição (pq começa a agir após 30 min); Daí administramos a outra metade
da dose do nosso paciente em bolus antes das refeições:
Se nesse esquema paciente apresenta boa HbA1C quer dizer que a dose (quantidade de UI
/dia) está adequada. Contudo, se tem momentos de hipoglicemia pré prandial podemos dividir
a dose de insulina basal em mais vezes, porque a NPH faz mais pico quanto maior a dose,
porque assim ela faz menos fico e fica mais próxima do basal. Da mesma maneira, que se o
paciente está com hiperglicemia pós prandial, podemos dividir a
regular em 3 e colocar
naquela refeição que esta descoberta.
Cuidados com a Insulina: estocagem na gaveta de frutas da geladeira (temperatura não tão fria
pra não congelar, e também não sofre tanta variação de temperatura quando abre a porta);
Tirar 30 min antes da aplicação;
- Rodizio de sítios de aplicação; Evitar aplicações no mesmo lugar (lipohipertrofia -> diminui
absorção)
- Se for usar 2 insulinas ao mesmo tempo, pegar rápida primeiro, porque NPH contem
protamina e pode colocar dentro do outro pote);
Monitorização da Glicemia:
- Pré prandial todos os dias;
- 1 x semana : pré prandial; Pos prandial; 3h da madrugada (para ver se esta fazendo
hipoglicemia noturna e conseguir diferenciar efeito do alvorecer e Somogyi
- Efeito do Alvorecer: durante a madrugada, é comum que hormônios
contrarreguladores aumentem por conta do aumento do cortisol e GH, que predispõe
hiperglicemia pela manha pela gliconeogênese. Se o paciente esta em dose pequena
durante a noite, ele pode fazer esse efeito.
- Efeito Somogyi: paciente faz dose muito alta de insulina, faz hipoglicemia severa
noturna e com isso ativa contrarreguladores, fazendo hiperglicemia rebote durante a
manha. Neste caso, temos que diminuir a dose de insulina/aumentar a refeição
noturna.
COMPLICAÇÕES:
COMPLICAÇÕES DE DIABETES MELITUS: QUE TEMOS QUE SABER PRA PROVA (NÃO PRECISA
DE TRATAMENTO: