Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Perspectiva histórica
O termo tireoide deriva da descrição grega de glândula em forma de escudo na região anterior do
pescoço; Por volta do séc XIX foi descrito o aumento patológico da tireoide ou bócio; o tratamento
médico descrito para essa doença utilizava uma alga provavelmente rica em iodo.
A abordagem cirúrgica direta do tumor da tireoide apresentava complicações e taxas de mortalidade
elevada.
No final do séc XIX, com a descoberta de técnicas cirúrgicas associadas aos novos princípios
antissépticos e anestésicos promovendo segurança e eficiência às cirurgias da tireoide, sendo assim
o índice de mortalidade diminuiu.
_______________________________________________________________________________
Considerações Anatômicas e Cirúrgicas
A tireoide inicialmente encontra-se na linha média do assoalho da faringe como sendo um “broto”,
um divertículo; desenvolvendo um órgão sólido bilobar no forame cego, que vem a ser o ducto
tireoglosso, o qual é absorvido após 6 semanas de idade. A medida que o lobo lateral se desenvolve,
vão aparecendo folículos que com 6 cm de embrião desenvolve coloides. No 3mês as células
iniciam a captura de iodo, e secretam hormônios tireoidianos.
Células C -------- calcitonina: que permanecem na metade superior (medial) da glândula quando
adulto. *únicas que não tem origens endodérmicas.
Algumas más formações congênitas são entendidas através da embriologia da tireoide,
• Cistos e fistulas do ducto tireoglosso – encontrados abaixo do osso hioide na infância; pode
ser encontrados da base da língua ate a fúrcula supraesternal.
A tireoide que se desenvolve normalmente é uma estrutura bilobar situadas nas imediações da
cartilagem da tireoide em posição anterior e lateral com a traqueia. Os lobos laterais são unidos por
um istmo que esta abaixo da cartilagem cricoide.
O ligamento de berry esta diretamente ligado a cartilagem cricoide e tem implicações cirúrgicas por
esta ligado ao nervo laringeo recorrente.
Gabriella Maria Lucena Viana - XXIII
________________________________________________________________________________
Distúrbios do metabolismo da tireoide – Hipotireoidismo
Farmacológico: Citicinas; Litio; Amiodarona- (tem uma dose significativa de iodo que pode levar
a uma disfunção da tireoide e um consequente aumento de INT-6 sugerindo uma resposta
inflamatória; e antitireoideas
Resistência ao hormônio Tissular periférico: ocorre por anormalidade do receptor RT- e
consequente aumento de hormônios no soro.
________________________________________________________________________________
Distúrbios do metabolismo da tireoide – Hipertireoidismo
Aumento palpável, com aumento lateral e central; a compressão da traqueia pode resultar em
sintomas de obstrução das vias aéreas embora seja quase inexistente. Entre outros.
Bócio Nodular tóxico: também conhecido como doença de plummer,
referente a um nódulo com bócio que possui função autonoma, ocorre
em pcte com bócio endêmico; o aumento da produção de hormônios
tireoidianos(HT) ocorre independentemente do controle de TSH;
associada a um bócio retroesternal, os sintomas são brandos; aumento
de HT e TSH suprimidos. O tratamento é a lobectomia ou tireodectomia;
a reincidiva é comum.
Bócio multinodular: difusamente heterogênia e nodularidade
assimétrica (malignidade)
Bócio Subesternal: intratorácico, e ocorre em decorrência do
multinodular- Secundários.
Gabriella Maria Lucena Viana - XXIII
_____________________________________________________________________________
Conduta e diagnóstico do nódulo solitário da tireoide
Predominam 4 vezes mais em mulheres que em homens porém em homens com mais de 50 anos a
incidencia de CA é maior; a exposição a radiação durante a infância aumenta a probabilidade,
especialmente na adolescência; aparecimento de dor e rouquidão são sinais mais sugestivos porém
não conclusivos. (Dando probalidade a malignidade.)
O tratamento e a decisão final pela intervenção cirúrgica, após o achado do NS dependem do
conhecimento da avaliação com boa relação custo-beneficio e do prognóstico, a maioria apresenta
nódulos benignos e o CA é possível.
A conduta começa com a anamnese e o exame fisico, histórico completo de distúrbios endócrinos;
palpação completa determinando o tamanho e a consistencia do nódulo; ultra-som da tireoide para
determinar se é elastico ou sólido e as condições dos nódulos linfáticos laterais; O exame de
ultrassonografia convencional ou com Doppler é o principal método de imagem no diagnóstico dos
nódulos tireoidianos. Permite avaliar textura da glândula; tamanho, extensão, ecogenicidade,
presença, tamanho, número, posição e características de nódulos; relação da glândula e nódulos com
as estruturas cervicais; presença de malformações glandulares, além de estudar alterações da cadeia
linfática do pescoço.
• Os possíveis diagnósticos do nódulo solitário de tireóide são:
• (1) cisto (comum): simples ou misto cístico e sólido. (
• 2) adenoma tireoideano (comum): funcionante e autônomo (quente); não funcionante ou
hipofuncionante.
• (3) tireoidite.
• (4) carcinoma (o mais preocupante): primário da tireóide ou metastático.
• (5) linfoma da tireóide.
• (6) infecção: doença granulomatosa ou abscesso.
• (7) nódulo colóide.
• (8) anomalias de desenvolvimento: higroma cístico ou teratoma.
________________________________________________________________________________
Fatores relacionados ao CA de Tireoide
________________________________________________________________________________
Oncogênese tireoidea
O oncogene contribui diretamente para a gênese tumoral; o pró oncogene é o que pode dar origem a
um oncogene, após uma alteração genética ou através de modificações de proteinas geneticas que
são expressas. O
Oncogenes codificam proteínas que representam receptores mutantes na superfície das células da
tireóide, os quais resumidamente podem levar a célula sob determinados estímulos, à divisões
permanentes e desordenadas e daí à transformação maligna. Portanto, os genes associados ao câncer
de tireóide são:
• protooncogene RET: localizado no cromossomo 10, sua expressão pode estar envolvida na
gênese do carcinoma papilífero e no carcinoma medular de tireóide relacionado a NEM (neoplasia
endócrina múltipla).
• oncogene trk: localizado no cromossomo 1, está relacionado também ao carcinoma
papilífero.
• gene p53: é um gene que funciona como supressor na formação de tumores. Seu produto, a
proteína (p53), age como um regulador da transcrição. Mutações neste gene estão envolvidas na
formação do carcinoma anaplásico.
______________________________________________________________________________________
Canceres da tireoide mais frequente e sua classificação patológica, manifestação clínica e
tratamento.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
As manifestações clínicas vão variar com o estágio tumoral. Geralmente o indivíduo encontra-se
eutireoideano, com uma massa de crescimento lento, não doloroso, em topografia de tireoide. Em
casos avançados, aparecem os sintomas compressivos, disfagia e rouquidão por comprometimento
do nervo laríngeo recorrente.
*Na maioria dos casos, a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) seguida da citologia do material
obtido, confirma o diagnóstico, demonstrando as células características desse tumor.
A tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) são indicadas para
complementar a avaliação em pacientes com doença local extensa, acometimento de linfonodos e
doença subesternal.
Gabriella Maria Lucena Viana - XXIII
TRATAMENTO
A tireoidectomia total é o procedimento mais utilizado para qualquer tumor papilífero superior a
(1,5 a 2cm) de diâmetro (lobectomia ou istmectomia da tireoide) para os pacientes jovens < 15 anos
pois há uma chance de 90% das crianças podem apresentar atividade metastática dicumentada
dentro dos linfonodos.
Em pcte idosos com história de irradiação no pescoço deve-se realizar uma abordagem mais
agressiva, inclusive a tireoidectomia total e dissecção modificada do pescoço- quando há linfonodos
cervicais palpáveis.
A tireoidectomia total torna-se mais efetivo no tratamento pós operatório com a utilização do Iodo
radioativo.
________________________________________________________________________________
OUTRAS neoplasias da tireoide quanto a sua classificação patológica, manifestações clínicas
e tratamento.
que não seja invasiva; < = a 2 cm – lobectomia ou istmectomia; > 2cm – tireoidectomia total;
** se a lesão for maior que 4 cm há um grande risco de malignidade. O tratamento com iodo
é mais indicado para pctes que fizeram a T- total. Em outros casos é indicado se houver
ablação remanescente.
Carcinoma de células de Hurthle: é um subtipo de carcinoma folicular, que se assemelha
ao CFT, tanto no aspecto geral como no exame miscroscopico. “Com pior prognóstico”, mas
não há um consenso acerca desses achados. – (equivalente).
Possui maior risco de recidiva, especialmente nos linfonodos regionais.
O tratamento é cirúrgico.
Tb faz parte das manifestações; a condição clinica piora rapidamente, com obstrução da
traqueia e invasão de estruturas vizinhas.
Linfoma: embora seja raro, tem sido identificado mais frequentemente, deve ser
considerado nos pctes com bócio, em especial com aumento significativo em um curto
período de tempo. Outros sintomas incluem rouquidão, disfagia e febre.
Existe uma associação com a tireoide de Hashimoto.
________________________________________________________________________________
Prognóstico do CA de Tireoide