CONTROLE DA DOR E em ácido araquidônico (molécula instável) –
cicloxigenase metaboliza o ácido araquidônico em
INFLAMAÇÃO tromboxano, prostaglandinas e prostaciclinas e a
lipoxigenase metaboliza o ácido araquidônico em leucotrienos e lipoxinas; “A dor é uma experiência sensorial e emocional - quando há inibição da cicloxigenases, não há desagradável associada ou semelhante àquela produção de tromboxano (agregação plaquetária e associada a dano real ou potencial ao tecido.” aumento da vasoconstrição), prostaglandinas - A dor possui variação nociceptiva (visceral ou (extravasamento e aumento da permeabilidade somática) ou não-nociceptiva (neuropática); vascular) e prostaciclinas (diminuição da agregação Estimulo doloroso – nociceptores – neurônio sensorial plaquetária e aumento da vasodilatação); primário – transmissão – modulação ascendente – - quando há inibição da COX, há produção livre das interneurônios - neurônio primário e secundário – lipoxigenases (broncoconstrição e aumento do percepção – modulação descendente extravasamento vascular) – leucotrienos (relacionados Estresse cirúrgico: a resposta celular de defesa e produção de reações de - pacientes ansiosos e portadores de doenças anafilaxia) e lipoxinas (extravasamento das células de cardiovasculares (paciente estressado = produção de defesa) noradrenalina endógena = risco cardíaco); Tal inibição da cascata pode haver risco de - o controle da ansiedade está diretamente desenvolvimento de reações de hipersensibilidade em relacionada a dor; pacientes usuários de COX crônicos; Em cirurgias eletivas: podemos iniciar a terapia analgésica/anti-inflamatória antes do procedimento; - perspectiva de pouco trauma tecidual; - perspectiva de muito trauma tecidual; Dor já instalada: não como instituir uma terapêutica prévia; - não associada a infecção; - associada a infecção; Inflamação: - a inflamação é a resposta de um trauma; - alterações vasculares + mediadores químicos + eventos celulares; - sinais cardinais: rubor (alteração vascular), edema ANTI INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (alteração vascular), calor (alteração vascular), dor - inibição das COX: inição dos produtos das reações e (associada a mediadores químicos) e perda de função; também - pode haver febre ou não; - por que a inflamação piora a dor? Estimulo doloroso – hiperalgesia: aumento do influxo de sódio – liberação de mediadores químicos inflamatórios – entrada de íons Cálcio – aumentando a carga positiva dentro da célula – aumento da dor; Mediadores químicos: - oriundos de metabolitos do ácido araquidônico (AA) presente na membrana celular (componente dos fosfolipídios) que são degradados por algumas enzimas, resultando em Eicosanoides (prostaciclinas, Inibidores não seletivos: tromboxano e prostaglandinas) + leucotrienos e Celecoxibe lipoxinas; Rofecoxibe - trauma tecidual – exposição celular – degradação/metabolização dos fosfolipídeos das membranas celulares pela fosfolipase A2 - resultando - comprometimento da função renal: indivíduos com função renal previamente comprometida são os mais acometidos pelo uso tempo-dependente dos AINES não seletivos. Há diminuição brusca da TFG, da perfusão renal, retenção de sódio = hipertensão; Obs.: contra indicação dos AINES: portadores de insuficiência renal crônica e hipertensão; - AINES x gestação: possibilidade de prolongar o trabalho de parto, sangramento materno e fetal, fechamento prematuro do ducto arterial do feto, alterações da circulação pulmonar e redução do fluxo sanguíneo renal – não se indica/prescreve uso de AINES a gestantes!!!! Interações medicamentosas dos AINES:
Efeitos terapêuticos gerais dos AINES:
Efeitos adversos dos AINES: - inibidor da síntese de prostaglandinas no hipotálamo (relacionada a febre); - prevenção da sensibilização dos nociceptores; - inibidor de prostaglandinas - resultado: diminuição da dor aguda, inflamação, febre, febre reumática e outras doenças inflamatórias; Obs.: febre – alteração do ponto de ajuste do - Efeito anti-agregante plaquetário: a Aspirina possui termostato hipotalâmico; uma ligação irreversível a COX-1, inibindo a agregação 1- Salicilatos – AAS (ácido acetilsalicílico): plaquetária pelas plaquetas não possuírem núcleo e - protótipo dos AINES; não serem capazes de gerar novas enzimas. O efeito - anti inflamatório, antipirético, antiplaquetário; dura até que a plaqueta morra (de 7-10 dias) – usada - meia-vida: 2h-3h; então para tromboembolismo venoso; - distúrbios gastrointestinais: necessidade da criação de AINES seletivos a COX-2; - distúrbios cardiovasculares: o uso crônico de inibidores da COX-2 pode aumentar o risco de infarto do miocárdio, AVC, hipertensão arterial e falência cardíaca; 2- Derivados do ácido propiônico: - lesão renal: o Ibuprofeno: - atividade anti inflamatório, analgésico e antipirética; - meia vida: 2-4h; - único AINE aprovado para uso em crianças (FDA); - ação sobre cininas e histamina na mediação da inflamação; - tratamento de artrite reumatoide, osteoartrite, tendinites, processos inflamatórios odontológicos; - aplicação analgésica em lesões traumáticas, o Segunda geração: Valdecoxibe, Lumiracoxibe lombalgias e dores pós-operatórias moderadas; e Etoricoxibe; o Cetoprofeno: - atenção no uso para pacientes com - meia vida de 2 horas; comprometimento hepático e cardiovascular; - atividade anti inflamatória e analgésica; - além da inibição da COX, pode estabilizar as membranas lisossômicas e antagonizar as ações da bradicininas; - aproximadamente 30% dos pacientes experimentam efeitos colaterais GTI leves, e menos intensos se forem tomados com alimentos ou antiácidos; 3- Derivados do Oxicam: - atividade anti inflamatória, antipirética e analgésica; - meia vida longa, permitindo uma administração diária ou 2x;
Regimes de analgesia quando há
perspectiva de inflamação e dor: - analgesia preemptiva: tem início antes do estimulo nocivo ou trauma tecidual; - analgesia preventiva: o regime tem início imediatamente após a lesão tecidual, porem 4- Derivados do ácido acético: antes do início da sensação dolorosa; - analgesia perioperatória: o regime é iniciado antes da lesão tecidual e mantido no período pós operatório imediato;
o Diclofenaco: de potássio, de sódio (oral ou
tópico) - preferencia maior para COX-2; - atividade anti inflamatória, analgésica e antipirética; - inibe síntese de prostaglandinas e deprime o nociceptor – podendo ser usado em pacientes com dor já instalada; 5- Derivado de Sulfonamida – Nimesulida: - potentes propriedades analgésicas, anti Por quanto tempo utilizar AINES? inflamatórias, antipiréticas; - ação preferencial pela COX-2 = baixo risco de efeitos gastrointestinais; - efeitos adicionais: inibição da ativação de neutrófilos, diminuição da produção de citocinas, redução de produção de enzimas degradantes; - foi associada a hepatotoxicidade grave; 6- Seletivos para COX-2 – Coxibes: o Primeira geração: Celecoxibe (único licenciado - em procedimentos odontológicos eletivos ou em para uso – osteoartrite, artrite reumatoide, casos de dor instalado com sua causa já removida não dor aguda em adultos e dismenorreia (cólica há necessidade do uso de AINES por 4,5 dias; menstrual) e Rofecoxibe; - a dor de procedimentos odontológicos perdura por 24h; - o edema inflamatório tem pico após 36h do ANTI INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS procedimento e dura em média 72h; Prevenindo a sensibilização dos nociceptores Como os fármacos podem agir: por meio da inibição da fosfolipase A2: - prevenindo a sensibilização dos nociceptores por - inibindo a fosfolipase A2, exclui toda a cascata de meio da inibição da COX; coagulação vinda depois; - prevenindo a sensibilização dos nociceptores por - os corticoides vao inibir a fosfolipase A2 meio da inibição da ação da fosfolipase A2; (indiretamente); - deprimindo a atividade dos nociceptores; - corticoide entra na corrente sanguínea – se liga no - analgesia por uma ação direta no SNC; receptor intracelular (citosólico) – ligação se direciona Paracetamol: ao núcleo celular – age induzindo produção de RNA - ação analgésica e antipirética; mensageiro – RNA produz uma proteína (ANEXINA) - inibição da síntese de prostaglandinas no SNC (COX 1 responsável pela inibição da fosfolipase A2; e 2); - efeito demora, leva horas; - mecanismos ainda não compreendidos: ativação das - explica o uso do corticoide preemptivo; vias serotoninérgicos espinais (potencializa a ação da serotonina pela interação com seus receptores), atuação direta em receptores carbinóides (efeito analgésico), inibição do oxido nítrico sintase; - mecanismo de analgesia periférica desconhecida; - doses maiores que 3,25g diário = inibição de glutationa e acúmulo de NAPQI (hepatotóxico) - associação com álcool: indução enzimática do citocromo CYP2E1 = aumento do metabolismo da enzima microssomal CYP2E1 – aumento de NAPQI (hepatotoxico) – incompetência na fase de conjugação (2º fase da metabolização do fármaco); - indicações maiores na odontologia: Betametasona e - contra indicações: hipersensibilidade ao princípio Dexametasona (possuem 30-40x maior potência do ativo, alcoolatras (insuficiência hepática), que o Cortisol); Indicação: gravidez (risco B na classificação de risco na - os corticoides são análogos ao hormônio cortisol; gravidez); - usuários crônicos de cortisol possuem pouca Obs.: pacientes com alergia a sulfitos, devem evitar quantidade de hormônio cortisol empregar a solução oral em gotas de Paracetamol, pois pode conter bissulfito de sódio em sua composição; Prescrever analgésico ou anti inflamatório? - O hospedeiro necessita eliminar os agentes de maneira rápida e eficaz por meio de mecanismos de defesa imunológica e resposta inflamatória; - É preciso que o antibiótico chegue em concentrações adequadas no local da infecção, necessário áreas altamente vascularizadas como se observa nos processos inflamatórios; - cirurgia eletiva de pouco trauma tecidual: analgésico; Ligação a proteínas plasmáticas: - cirurgia eletiva com muito trauma tecidual: AINE - glicorticoides: em circunstancias normais mais de (preventivo) ou outro anti inflamatório + corticoide 90% encontram-se ligados a proteína transportadora preemptivo; CBG (globulina ligadora de glicorticoides – - dor já instalada associada a infecção: analgésico + transcortina) e os demais se ligam francamente a antibiótico; albumina; - dor já instalada não associada a infecção: AINE (após - isso explica a fraca interação medicamentosa entre remover a causa); os fármacos; Corticoides x AINES: - a triancinolona pode inibir a expressão do fator de crescimento vascular endotelial (VEGF), reduzir a síntese de colágeno e mucopolissacarídeo e a inibir proliferação de fibroblastos, resultando em melhorias na cicatrizes hipertróficas; - após 5 infiltrações de triancinolonas 20mg/ml seguindo um intervalo de 20 dias; o Uso para hipersensibilidade pulpar: - condições inflamatórias: trauma pós operatório, invasão por bactérias; - dexametasona injetado intra canal, IM na forma preventiva, vira oral na forma preemptiva e infiltração local submucosa e Efeitos indesejáveis: intraóssea; - em grades doses ou administração prolongada; o Uso em patologias de células gigantes: - supressão da resposta a infecção/lesão; - tratamento cirúrgico ou conservador (injeção - cicatrização comprometida; intralesional com corticosteroides – duração de - ulceração péptica; aproximadamente 6 semanas); - síndrome de Cushing: administração exógena - melhores resultados principalmente em pacientes excessiva = produção endógena excessiva; jovens, evitando grandes deformidades faciais e que estruturas vitais adjacentes sejam comprometidas; Contra indicações dos AIES: - pacientes com doença psicóticas; - pacientes com doenças fúngicas; - pacientes imunodeprimidos; - pacientes com glaucoma; Retenção de sódio: - qualquer corticoide gera retenção de sódio, porem a Prednisolona é a que mais possuo esse efeito; Fármacos que deprimem a atividade dos nociceptores: Dipirona (metamizol): - ação analgésica, ação antipirética; - derivado da pirazolona; - mecanismos ainda não compreendidos: ativação do sistema canabinóide, ativação do sistema opiodiérgico, inibição da síntese de prostaglandinas - ação no eixo: hipotálamo – hipófise – glândulas no SNC (COX 1 e COX 3); suprarrenais; - deprimem diretamente a atividade dos nociceptores Uso de AIES na odontologia: (por influxo de cálcio); o Prevenção de edema, trismo e dor: - excelente para controle de dor já instalada; - os glicorticoides agem efetivos na redução da dor, o Riscos presentes ao uso crônico: edema e trismo após a cirurgia dentoalveolar; - neutropenia: redução da contagem de neutrófilos no - analgesia preemptiva é o regime recomendado sangue; (antes do trauma tecidual) - agranulocitose: redução ou ausência de leucócitos 4-8mg administrado 1h antes da lesão tecidual em granulosos (neutrófilos, basófilos, eosinófilos); adultos; - anemia aplasica: organismo deixa de produzir células 0,5mg/mL – 1 gota/kg em crianças; sanguíneas novas (glóbulos vermelhos, brancos e o Para tratamento de lesões orais (ulcerações): plaquetas); - aplicação tópica; Obs.: os riscos associados a dipirona são muito baixos; - em aftas, estomatites e trauma por uso de próteses; o Contra indicações: o Reabilitações funcionais e estéticas: - hipersensibilidade a substancia ativa e aos derivados de pirazolona; - distúrbios da função da medula óssea e do sistema hematopoiético (história de anemia ou leucopenia); - gravidez (risco C de classificação) em provas não se usa em grávidas; - falta induzida geneticamente de uma enzima especifica (glicose-6-fosfato desidrogenase): risco de anemia devido a destruição de células sanguíneas); Medicamentos que atuam na analgesia por Efeitos adversos: ação direta no SNC: - vomito (+ no início do uso), constipação e retenção - Receptores opioides: µ, gama e k; urinaria; o Ação de agonistas opioides: - constrição pupilar; - mesencéfalo ou região rostroventral medial do - pode ter influência no trabalho de parto; bulbo: modulação descendente; - no cérebro: componente afetivo-emocional e sensório discriminativo: - terminações de fibras nervosas especializadas (A e C); - há inibição da adenilato-ciclase, mantendo a célula hiperpolarizada e inibindo a liberação de neurotransmissores excitatórios; Efeitos farmacológicos no SNC: