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COLEGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO ALBERTO TOMAZINHO

CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA

VICTOR RAFAEL SILVA FERRO


VINICIUS FERNANDO RAMALHO DO NASCIMENTO

TRATAMENTO DE ÁGUA

UMUARAMA-PR
2019
COLEGIO ESTADUAL PROFESSOR PAULO ALBERTO TOMAZINHO
TÉCNICO EM QUÍMICA

VICTOR RAFAEL SILVA FERRO


VINÍCIUS FERNANDO RAMALHO DO NASCIMENTO

TRATAMENTO DE ÁGUA

Relatório de aula pratica


realizado no laboratório do colégio
estadual professor Paulo Alberto
Tomazinho, do curso técnico em
química, sob a orientação da
professora Magali.

UMUARAMA-PR
2019
RESUMO

A presente aula pratica teve como finalidade demonstrar passos importantes do


tratamento de um efluente, através dos processos físico químicos de coagulação,
floculação e sedimentação. Diante do cenário de preocupação com a disponibilidade
de água torna-se indispensável o estudo de alternativas viáveis para reduzir o gasto
desse recurso, deve-se considerar que entre os bens de consumo da sociedade
encontra-se a água, bem essencial a vida e cujo consumo não pode ser adiado.
Porém, existem alguns instrumentos que buscam minimizar as perspectivas ruins do
futuro, tais como o desenvolvimento de novas tecnologias capazes de garantir
economia de recursos ambientais e a racionalização do uso desses recursos.
Através do uso do jar test é possível analizar a quantidade de reagente necessário
para não apresentar excesso de coagulante, reduzindo custos no processo. A
importância dessa aula é relacionada principalmente a questões ambientais, já que
com o tratamento do efluente e um possível reúso da água tratada, a captação de
água limpa e o despejo de efluentes poluídos nos leitos naturais são reduzidos.

Palavras-chave: Coagulante. Processo físico-químico. Tratamento de efluentes.


ABSTRACT

This practical class aims to demonstrate important steps in the treatment of an


effluent through the physical chemical processes of coagulation, flocculation and
sedimentation. Given the scenario of concern with the availability of water, it is
indispensable to study viable alternatives to reduce the expenditure of this resource,
it must be considered that among the consumer goods of society is water, a very
essential life and whose consumption cannot be postponed. However, there are
some instruments that seek to minimize the bad prospects of the future, such as the
development of new technologies capable of guaranteeing the saving of
environmental resources and the rationalization of the use of these resources.
Through the use of the jar test it is possible to analyze the amount of reagent needed
to avoid excess coagulant, reducing process costs. The importance of this class is
mainly related to environmental issues, since with the effluent treatment and a
possible reuse of treated water, the capture of clean water and the discharge of
polluted effluents in the natural beds are reduced.

Keywords: Coagulant. Physicochemical process. Wastewater treatment


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................. 6

2. OBJETIVO ........................................................................................ 8

2.1. Padronização do hidróxido de sódio .............................................. 8

2.2. Jar test ........................................................................................... 8

3. MATERIAIS E REAGENTES ............................................................ 9

3.1. Padronização do hidróxido de sódio .............................................. 9

3.2. Jar test ........................................................................................... 9

4. PROCEDIMENTO ........................................................................... 10

4.1. Padronização do hidróxido de sódio ............................................ 10

4.2. Jar test ......................................................................................... 13

5. RESULTADOS ................................................................................ 15

5.1. Padronização do hidróxido de sódio ............................................ 15

5.2. Jar test ......................................................................................... 15

6. CONCLUSÃO ................................................................................. 15

6.1. Padronização do hidróxido de sódio ............................................ 15

6.2. Jar test ......................................................................................... 16

7. REFERENCIAS............................................................................... 16
6

1. INTRODUÇÃO

O tratamento de água consiste no conjunto de processos e operações


realizados com finalidade de adequar as características da agua bruta aos padrões
aceitáveis para o consumo humano. Esse tratamento visa a correção de agentes
higiênicos, estéticos e econômicos como: remoção de bactérias, vírus e outros
micro-organismos, substancias nocivas, redução do excesso de impurezas e dos
teores elevados de componentes orgânicos, correção da cor, odor e sabor, redução
da corrosividade, dureza, turbidez, ferro e manganês.
O processo de tratamento de água pode ser visto como um conjunto de
manipulações da água em suas mais diferentes apresentações, de modo que esta
possa ser considerada apta para o abastecimento público. Isso significa afirmar que
a qualidade físico-química e microbiológica da água atende a determinados padrões
de qualidade definidos por agências reguladoras. 1

Como a água bruta captada nos mananciais de superfícies, contem


suspensões e soluções coloidais que são responsáveis pela cor e turbidez, é
necessário o uso de produtos químicos e algumas operações físicas e químicas. As
principais operações e processos utilizados são: aeração, coagulação, floculação,
sedimentação, filtração, desinfecção, correção de pH e fluoretação.
A água ao chegar à estação de tratamento possui inúmeras substâncias
dissolvidas e suspensas. O método de retirada destas substâncias é por meio da
clarificação, formada pela coagulação, floculação e decantação. A coagulação é a
neutralização da carga que envolve as partículas suspensas e dissolvidas, com o
auxílio de coagulantes adicionados a água. Ocorrendo por dois fenômenos, sendo
químico e físico.2
A reação entre a água e o coagulante ocorre instantaneamente, por isso
a mistura destes componentes deve ocorrer em uma área com agitação, para que
todo o coagulante se dissolva na água. O mecanismo desta mistura pode ser
hidráulico ou mecanizado. Em uma estação de tratamento de água pode-se utilizar
inúmeros tipos de coagulantes. Os principais compostos que possuem esta
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propriedade são: sulfato de alumínio, cloreto férrico, sulfato ferroso clorado, sulfato
férrico e o hidroxi-cloreto de alumínio (HCA ou PAC). 2
O processo de coagulação depende de alguns parâmetros, como o pH do
meio, a temperatura, a dosagem de coagulantes, quantidade de partículas
suspensas e o gradiente de velocidade da mistura. A coagulação é um processo
determinante para o funcionamento de toda a ETA, principalmente na decantação e
filtração. Se este processo não ocorrer de forma correta, o tratamento da água não
será bem sucedido. 2
Após passar pelo processo de coagulação, a água em tratamento segue
para a etapa de floculação. O processo de floculação deve promover a agregação
das partículas inicialmente produzidas na coagulação, sendo que o período de
detenção e o gradiente de velocidade devem ser determinados por meio de ensaio
prévios com a água a ser tratada. No início da floculação o gradiente de velocidade
deve ser maior, pois as partículas ainda encontram-se dispersas na água, o que se
faz necessário uma agitação mais intensa para haver a agregação das mesmas. O
gradiente de velocidade deve diminuir com o passar do tempo, pois como há um
aumento considerável dos flocos, uma grande agitação pode quebrá-los. A agitação
da água na floculação pode ocorrer de várias formas, sendo as principais hidráulicas
e mecânicas. 3
Em uma estação de tratamento de água, as etapas de coagulação e
floculação unidas possuem objetivos bem específicos, remover as substâncias
suspensas que não sedimentam rapidamente, remover a cor aparente e verdadeira,
eliminar organismos patogênicos que podem estar presentes nas partículas
suspensas e remoção de fosfatos que servem como nutrientes para algas. 3
Como há presença de partículas suspensas na água, devido à
coagulação e a floculação, é necessário o processo de sedimentação ou
decantação. Este processo é o fenômeno físico associado à gravidade, que faz com
que as partículas com massa específica maior que o líquido da solução se deposite
no fundo do reservatório. A sedimentação das partículas ocorre em locais
destinados a esse processo, denominados decantadores.
O objetivo é aumentar a área de contato entre a superfície e as partículas,
o que facilita a sedimentação e melhora a eficiência da remoção dos flocos, o que
pode resultar em um menor dimensionamento dos taques de sedimentação. Os
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taques de decantação das ETAs devem ser dimensionados conforme a demanda e


a qualidade de água da mesma.
A maior parte das partículas suspensas na água foi retida pela
decantação, mas algumas substâncias indesejadas ainda encontram-se presentes
na água. A filtração é o processo responsável pela remoção dos fragmentos sólidos
contidos na água, juntamente com a retenção de micro-organismos e compostos
orgânicos e inorgânicos.

2. OBJETIVO

2.1. PADRONIZAÇÃO DO HIDRÓXIDO DE SÓDIO

O objetivo da pratica é padronizar uma solução de hidróxido de sódio,


utilizando um sal de carácter acido usando o método de titulação.
Como o NaOH não é padrão primário, é necessário preparar uma solução
com concentração próxima a desejada e em seguida determinar a verdadeira
concentração, pelo meio da titulação com um reagente padrão primário. Sendo
utilizado nessa determinação o biftalato de potássio, o qual reage
estequiométricamente com o hidróxido de sódio na proporção 1:1.
Esta padronização é necessária tendo em vista que o hidróxido de sódio
apresenta características higroscópicas, ou seja, facilidade de absorção de água,
além de dióxido de carbono atmosféricos, o que vem afetar a precisão quando a sua
pessagem.

2.2. JAR TEST

A pratica de coagulação, usando o jar test tem como objetivo determinar


qual a melhor concentração do coagulante, visando a clarificação na presença do
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sulfato de alumínio. A partir disso, pode-se ver a amostra de menor turbidez, maior
clarificação, com maior decantação e menor quantidade de sólidos suspensos.

3. MATERIAIS E REAGENTES

3.1. PADRONIZAÇÃO DO HIDRÓXIDO DE SÓDIO

 Becker
 Balança analítica
 Pipeta volumétrica 10 ml
 Estufa
 Dessecador á vácuo
 Silica
 Balão volumétrico 100 ml
 Balão volumétrico 500 ml
 Pisseta água destilada
 Erlenmayer 150 ml
 Bureta volumétrica 50 ml
 Suporte universal
 Hidroxido de sódio
 Biftalato de Potássio

3.2. JAR TEST

 Jar test
 Balança analítica
 Vidro de relógio
 Balão volumétrico 500 ml
10

 Pisseta com água destilada


 Sulfato de alumínio
 Agua preparada para teste
 Proveta 50 ml

4. PROCEDIMENTO

4.1. PADRONIZAÇÃO DO HIDRÓXIDO DE SÓDIO

Inicialmente foi necessário o preparo da solução de biftalado de potássio,


realizamos o calculo para 150 ml da solução.

1 Mol ----------- 1000 ml


X ------------ 150 ml

1000x= 150

150
X= 1000

X=0,015 mol/L

Um Mol de biftalato de potássio representa 204,22 gramas, ou seja:

1 mol ----------------- 204,22 g


0,015 mol ------------ x

X= 3,06 gramas para as 150 ml


11

Após o calculo, pesamos o Becker vazio (48,9853 g) e pesamos


aproximadamente 4,06 de biftalato de potássio, adicionamos uma grama a mais pela
provável perca de peso na estufa, resultando a massa total do becker 53,0459 g.
Em seguida colocamos o Becker na estufa por 1 hr a 100 graus celsios
para retirar as moléculas de água. Durante esse tempo preparamos 500 ml da
solução de hidróxido de sódio á 0,1 mol para ser padronizada. Após esse tempo
retiramos da estufa para colocar no dessecador a vácuo para esfriar sem correr risco
de absorver agua novamente.
Após aguardar um período para o resfriamento, levamos para a balança
analítica para fazer o calculo da perca do peso. Ao pesar percebemos que a massa
havia aumentado para 53,0516 ao invés de ter diminuído.

53,0516 - 53,0459 = 0, 0057

Portanto ocorreu um erro inesperado, que pode ter sido causado por
diversos fatores, mau funcionamento na vedação do dessecador, balança ou estufa
descalibradas, entre outros.
Mesmo após o erro continuamos a realizar a pratica, porem não havia
balão volumétrico de 150 ml então utilizamos de 100 ml e alteramos a quantidade de
reagente fazendo outro calculo de regra de três.

3,06 g -----------------150 ml
X ----------------- 100 ml

150x= 306
306
X=
150

X= 2,04 g

Pesamos 2,04 g de biftalato de potássio e diluímos com agua destilada


em um balão volumétrico e aferimos o menisco.
Como a quantidade preparada da solução padrão não seria suficiente,
invertemos o titulante com o titulado, utilizando o hidróxido de sódio como titulante e
o biftalato de potássio como titulado.
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Depois de lavar a bureta é feita uma rinsagem com a solução de hidróxido


de sódio e em seguida colocamos no suporte universal e ferimos o menisco,
Com auxilio de uma pipeta volumétrica adicionamos 10 ml da solução
padronizada de biftalato de potássio a 0,1 mol/l, adicionamos 50 ml de água e em
seguida duas gotas do indicador fenolftaleína e iniciamos a titulação.

1aTitulação 2a Titulação Média


Grupo 1 13,2 15 14,1
Grupo 2 13,4 14 13,7
Grupo 3 14,15 14,10 14,125
Grupo 4 13,6 14,4 14

Somamos as medias dos grupos, e calculamos uma media total:

14,1+13,7+14,075+14,4= 55,925÷4= 13,98125

Media que fizemos o arredondamento para 14 ml.


A seguir fizemos o calculo pra saber o numero de mols do biftalato de
potássio.

𝑛
M=𝑉
𝑛
0,1=0,014

N=1,4 . 10 -3 mols de biftalato de potássio.

Sabendo o numero de mols do biftalato e potássio e que a reação é 1:1


podemos calcular a concentração do NaOH.

Reação: C8H5KO4 + NaOH = NaC8H4KO4 + H2O

𝑛
M=𝑉
13

M=1,4. 10-3 /0,010


M= 0,14 mols/l de NaOH

Após calcular a molaridade real da solução, calculamos o fator de


correção:

FC= Molaridade teórica ÷ Molaridade real


0,1
FC= 0,14

FC= 0,71

4.2. JAR TEST

A principio foi pedido para um dos grupos prepararem a solução de


sulfato de alumínio a 1%, no qual fizeram um calculo que determinava 5 gramas
para 500 ml. No tempo que estavam preparando a solução, utilizamos peneiras para
tirar sólidos como galhos pedras entre outros contidos na água. Como a água foi
preparada não foi necessário a correção de pH, método importante para a melhor
eficácia do coagulante.
Após isto colocamos água tratada em um dos jarros do jar test para
usamos como comparativo e nos outros cinco jarros colocaram 1 litro da agua in
natura.
Cada jarro foi colocado uma quantidade diferente da solução de sulfato de
alumínio a 1 %, medido por uma proveta.

Vol. Al2(SOH4)3
Teste 1 5 ml
Teste 2 10 ml
Teste 3 15 ml
Teste 4 20 ml
Teste 5 25 ml
14

Depois de cada jarro ter sido colocado o coagulante, colocou para agitar
vigorosamente durante 30 segundos, em seguida agitou-se vagarosamente por 2
minutos, momento onde se pode ver a floculação, após isso paramos a agitação e
deixamos decantar por 15 min.
Equipamento jar test.

Método de preenchimento dos jarros.


15

5. RESULTADOS

5.1. PADRONIZAÇÃO DO HIDRÓXIDO DE SÓDIO

Percebe-se que através dos cálculos que não se deu a concentração


exata de 0,1 mol do NaOH, que pode ter sido influenciado por diversos fatores,
como reagente sem condições ideais, falha nas pesagem ou pipetação, ou devido a
dificuldade em se decidir quando exatamente a viragem ocorre. Apesar disso os
valores encontrados indicam a concentração de 0,14 mol/l que se considera pouca
variação de dados, ou seja, pouca dispersão em torno da media.
Inicialmente essa padronização seria procedimento inicial para determinar
a dureza da água, porem pelo escasso tempo das aulas não conseguimos dar
sequencia.

5.2. JAR TEST

Após a realização do teste, verificou-se que não tivemos um resultado


satisfatório, pois a decantação não foi suficiente para deixar a água na condição
ideal. Sendo necessário repetir o teste com a solução em uma maior concentração
para atingir um resultado aceitável.

6. CONCLUSÃO

6.1. PADRONIZAÇÃO DO HIDRÓXIDO DE SÓDIO


16

Conclui-se a partir desse experimento que é possível se calcular a


concentração de soluções ácidas e básicas, neste caso do hidróxido de sodio
utilizando a técnica da titulação. Esse experimento envolveu preparo e padronização
de soluções, reação ácido base, reações de neutralização e a própria titulação. Essa
serie de processos permitiram que o objetivo do experimento fosse alcançado, ou
seja, possibilitaram a determinação das concentrações. Um procedimento
experimental é passível de erros, neste caso alguns erros relacionados a realização
do experimento influenciaram o resultado de modo a se obter valores aproximados
para as concentrações.

6.2. JAR TEST

O experimento realizado por meio do jar test, pode nos mostrar de


maneira mais proveitosa e concisa, a importância de testes laboratoriais realizados
no ETA’S para o tratamento e purificação da água servida ao consumo da
população. Também podemos observar que é possível determinar a quantidade de
produtos químicos dosados na água para sua melhora e controle evitando assim o
desperdício de material e maior eficiência no processo.

7. REFERENCIAS

Ferreira Filho, Sidney Seckler Tratamento de água : concepção, projeto e


operação de estações de tratamento / Sidney Seckler Ferreira Filho. - 1. ed. - Rio de
Janeiro : Elsevier, 2017.1

RICHTER, Carlos A. Água: métodos e tecnologia de tratamento. São


Paulo: Blucher, 2009.2

LOCH, Luana, Relatorio tecnico: miniestação de tratamento de água [S.l.],


2013 disponivel em:
17

http://www.ceavi.udesc.br/arquivos/id_submenu/708/mini_estacao_relatorio_final_1.
pdf Acesso em: 03/11/2019 3

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