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FARMÁCIA

FARMÁCIA
FARMÁCIA INTERDISCIPLINAR (FI)

POSTAGEM 3

ATIVIDADE 3 – EXAME
ARTIGO DE REVISÃO DA LITERATURA

Nome e RA dos integrantes

Polo de Matrícula
2023
RESUMO

A água precisa passar por vários procedimentos de qualidade para ser


purificada e assim permitir seu uso adequado no laboratório. Essa água é
imprópria para consumo, e é chamada de água reagente. A Resolução da
Diretoria Colegiada (RDC) 302:2005, da ANVISA, diz que a fase analítica de
um laboratório clínico deve estabelecer o grau de pureza, a forma de obtenção
e o controle de qualidade da água reagente utilizada em suas análises. Os
processos de purificação são: filtração, destilação, desinfecção por sistema
ultravioleta, osmose reversa e deionização. A água reagente deve obedecer a
um padrão de controle de qualidade rigoroso, que segue parâmetros como:
determinação da condutividade/resistividade, diariamente; determinação da
contaminação bacteriana; determinação das substâncias orgânicas e
determinação da sílica solúvel. É preciso ter atenção em todo percurso da
água, inclusive em seu armazenamento e higienização. Existem requisitos de
boas práticas para o funcionamento de serviços de saúde, previstos pela
ANVISA, como higienizar os reservatórios de água a cada seis meses, manter
registro da limpeza e garantir a qualidade da água necessária ao
funcionamento de suas unidades.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................................................4
3 CONCLUSÃO..........................................................................................................................................8
Referências Bibliográficas.....................................................................................................................8
1 INTRODUÇÃO
A água é um elemento essencial para o consumo e no laboratório clínico
não é diferente. Entretanto, ela precisa passar por vários procedimentos de
qualidade para purifica-la e assim permitir seu uso adequado no laboratório.
Existe uma variedade de tipos de águas no laboratório, como por exemplo:
água para injetáveis, água para uso farmacêutico, água purificada, água
ultrapurificada e águas aromáticas. Este trabalho busca elucidar aspectos
específicos da água reagente.
Agências em nível internacional estabelecem parâmetros de qualidade,
objetivando diminuir as interferências nos ensaios. A Resolução da Diretoria
Colegiada (RDC) 302:2005, da ANVISA, diz que a fase analítica de um
laboratório clínico deve estabelecer o grau de pureza, a forma de obtenção e o
controle de qualidade da água reagente utilizada em suas análises (ANVISA,
2005).
Para se tornar adequada para a utilização no laboratório, a água deve
passar por purificação para a eliminação dos contaminantes dissolvidos nela,
tornando-se água reagente. Existem vários métodos para remoção de
impurezas, por isso é necessário que haja uma combinação de tecnologias,
associando suas vantagens a fim de se obter uma água de alta qualidade
(GOMES; SOUZA; MAGALHÃES, 2021).
É preciso ter atenção em todo percurso da água, inclusive em seu
armazenamento. A higienização é necessária conforme estabelecido para cada
laboratório, revendo parâmetros específicos, normas e eliminação de
contaminantes, insumos etc. Para isso, a utilização de produtos químicos
biodegradáveis pode ser a melhor opção já que tem o melhor desempenho e
não forma resíduo. Além disso, as tubulações precisam estar em ótimas
condições e livres de microrganismos patogênicos e biofilmes (GOMES;
SOUZA; MAGALHÃES, 2021).
Existem requisitos de boas práticas para o funcionamento de serviços de
saúde, previstos pela ANVISA, como higienizar os reservatórios de água a
cada seis meses, manter registro da limpeza e garantir a qualidade da água
necessária ao funcionamento de suas unidades (ANVISA, 2011).
2 DESENVOLVIMENTO
A água é um elemento essencial para o consumo, nutrição, higiene,
entre outros serviços. No laboratório clínico não é diferente. Entretanto, para
que seja possível aproveitar suas propriedades para todas essas finalidades, é
necessário que a água passe por procedimentos de qualidade com o objetivo
de torna-la pura, removendo partículas, microrganismos e compostos que
possam afetar negativamente os métodos. A água pura é impropria para
consumo, e é chamada de água reagente (LORENZO et al., 2018).
A água de torneira, proveniente do fornecimento urbano, apresenta
moléculas e íons orgânicos, partículas, gases e bactérias que podem afetar os
resultados dos exames laboratoriais, causando erros nos equipamentos de
análises.
Um exemplo claro é o de laboratórios que realizam ensaio por
colorimetria para análise de cálcio. Esse ensaio consiste na reação do cálcio
livre presente em uma amostra com o arsenazo, originando um complexo
medido espectrofotometricamente. Para que a análise funcione, a
concentração das moléculas orgânicas presentes na água deve ser baixa,
evitando que se liguem ao cálcio, reduzindo, assim, a concentração real da
amostra. Da mesma forma, um elevado número de bactérias aumenta o nível
de proteínas ligantes do cálcio, resultando em uma diminuição de seu real
valor.
Agências, empresas e entidades em nível internacional estabelecem
parâmetros de qualidade para a água reagente, objetivando diminuir as
interferências nos ensaios. Entre elas estão a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), Standard Methods for Analysis of Water and Wastewaters,
United States Pharmacopeia (USP), American Chemical Society (ACS), British
Standards Institute (BSI), International Organization for Standardization (ISO),
College of American Pathologists (CAP), Clinical and Laboratory Standards
Institute (CLSI) e Organização Mundial da Saúde (OMS) (GOMES; SOUZA;
MAGALHÃES, 2021).
A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 302:2005, da ANVISA, diz
que a fase analítica de um laboratório clínico deve estabelecer o grau de
pureza, a forma de obtenção e o controle de qualidade da água reagente
utilizada em suas análises (ANVISA, 2005).
Existem vários métodos para remoção de impurezas da água, por isso é
necessário que haja uma combinação de tecnologias, associando suas
vantagens a fim de se obter uma água de alta qualidade (GOMES; SOUZA;
MAGALHÃES, 2021).
Os processos de purificação são: filtração, que é a separação de partículas
contaminantes no pré-tratamento, onde são utilizados filtros de carvão ativado
ou de celulose; destilação que é a separação de misturas homogêneas sólido-
líquido com pontos de ebulição diferentes onde o vapor da água aquecida é
condensado, coletado e armazenado, removendo partes contaminantes
(PEREIRA, 2021); deionização onde ocorre a remoção de substâncias
inorgânicas por meio de colunas com resinas carregadas eletricamente, que
permitem a troca seletiva de íons por compostos inorgânicos dissolvidos na
água (LORENZO et al., 2018); e osmose reversa onde há passagem de água
através de uma membrana semipermeável que retém partículas, compostos
orgânicos e bactérias (ARAUJO; ROSA; OLIVEIRA, 2021).
A água reagente deve obedecer a um padrão de controle de qualidade
rigoroso, que segue parâmetros como: determinação da
condutividade/resistividade, diariamente; determinação da contaminação
bacteriana; determinação das substâncias orgânicas e determinação da sílica
solúvel (PNCQ, 2019).
Determinação da Resistividade: controlada por meio de um condutivímetro
comercial com visor numérico. Determinação da contaminação bacteriana:
contagem das bactérias pelas colônias desenvolvidas em meio de cultura com
volumes determinados (deve ser feito mensalmente). Determinação de
substâncias orgânicas: determinada pela redução de uma solução de
permanganato de potássio. Determinação de sílica solúvel: feita através de
reagentes do kit de fósforo (método de Gomori) (PNCQ, 2019).
Para a avaliação de componentes que podem interferir nos resultados das
amostras, a água reagente precisa passar por um controle de qualidade físico,
químico e microbiológico. (GOMES; SOUZA; MAGALHÃES, 2021). Além das
análises de cloro, pH, substâncias orgânicas, condutividade e dureza, outros
componentes podem ser avaliados na água, como flúor, cálcio, sódio, potássio,
magnésio, cobre, selênio e pirogênicos (LORENZO et. al., 2018).
pH: ou potencial hidrogeniônico, é definido por uma escala numérica que
varia de 0 à 14, onde o pH abaixo de 7,0 é considerado ácido e o pH acima de
7,0 é básico. O 7,0 é o pH neutro (LABORCLIN, 2019). Cloro: alto potencial
desinfetante sendo assim ele é um bactericida (LABORCLIN, 2019). Sílica: é o
oxido de silício, ele se apresenta na água como silicato. A sílica é um
componente fracamente ionizado. (GAMA, 2018).
Materiais orgânicos: pode ser classificada por sua origem vegetal ou animal
e pode ser produzido no próprio ambiente aquático ou por carregamento.
(LABORCLIN, 2019). Condutividade: é expressa pela capacidade que a água
tem de conduzir corrente elétrica. (LABORCLIN, 2019). Dureza: A dureza é
decorrente do cálcio associado ao bicarbonato, que se transforma em
carbonato de cálcio. (FREITAS; ROSSATO; ROCHA, 2018).
É preciso ter atenção em todo percurso da água, inclusive em seu
armazenamento. A higienização é necessária conforme estabelecido para cada
laboratório, revendo parâmetros específicos, normas e eliminação de
contaminantes, insumos etc. Para isso, a utilização de produtos químicos
biodegradáveis pode ser a melhor opção já que tem o melhor desempenho e
não forma resíduo. Além disso, as tubulações precisam estar em ótimas
condições e livres de microrganismos patogênicos e biofilmes (GOMES;
SOUZA; MAGALHÃES, 2021).
Existem requisitos de boas práticas para o funcionamento de serviços de
saúde, previstos pela ANVISA, como higienizar os reservatórios de água a
cada seis meses, manter registro da limpeza e garantir a qualidade da água
necessária ao funcionamento de suas unidades (ANVISA, 2011).
Aconselha-se investir em estudos, orçar valores e estimar o consumo de
água durante os trabalhos e execução de todas as rotinas laboratoriais, a fim
de manter o bom funcionamento dos laboratórios providenciando assistência
na execução de requisitos, pois assim serão mantidos os padrões e a
qualidade dos resultados (MICROAMBIENTAL, 2021).
3 CONCLUSÃO

Em um laboratório clínico a água também é de extrema importância para os


ensaios a serem realizados, para a limpeza, diluição etc. Para que ela seja
considerada um reagente, ela precisa passar por tratamentos para que se torne
pura, ou seja, conter o mínimo possível de contaminantes e ser capaz de
atender diferentes aplicações.
A pureza da água reagente é definida pelo próprio laboratório, de acordo com a
RDC 302/2005 da ANVISA. Para torna-la pura, são utilizados diversos métodos
como a filtração, destilação, deionização e osmose reversa.
A qualidade da água precisa ser testada regularmente para que não haja
interferências nos resultados de exames. A análise física consiste em observar
a cor, turbidez, odor, temperatura e sabor. A análise química analisa o pH da
água reagente, acidez, alcalinidade e condutividade. A análise microbiológica
requer amostras livres de coliformes, microrganismos, compostos orgânicos e
inorgânicos.
Além disso é importante que o laboratório possua um armazenamento
adequado para essa água e que sua higienização seja feita regularmente,
mesmo que não tenha alterações nos valores de determinação da qualidade.
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