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Resumo teórico – MÓDULO 01

Resumo teórico – MÓDULO 01


MATÉRIA E ENERGIA
Tudo que forma nosso universo pode ser dividido em uma
dessas definições:

Matéria: é tudo que têm massa e ocupa


lugar no espaço.

Exemplo: tijolo, faca, celular, carro, ar, etc.

Energia: é tudo que pode realizar trabalho.

Exemplo: eletricidade, calor, som, etc.

FASES DE AGREGAÇÃO DA MATÉRIA


(Estados Físicos)

A matéria pode apresentar-se em 3 fases de agregação


(estados físicos) mais comuns:

a. Sólido:
- forma e volume constantes
- baixa energia cinética
- partículas muito próximas umas das outras

b. Líquido:
- forma variável e volume constante
- energia cinética maior que no sólido
- partículas mais distantes que no sólido

c. Gasoso:
- forma e volume variáveis
- alta energia cinética
- partículas muito distantes umas das outras

MUDANÇAS DE FASES DE AGREGAÇÃO


(Mudanças de Estado Físico)

Pela alteração de temperatura e pressão, é possível fazer


com que a matéria mude sua fase de agregação. Cada
mudança tem um nome característico, conforme a figura a
seguir:
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ANOTAÇÕES: Observações:
I. Vaporização*: pode ocorrer de 3 formas distintas.
- Evaporação: A mudança de fase só ocorre com as
partículas da superfície do líquido.
Exemplo: Água de uma roupa que seca no varal.
- Ebulição: Todas as partículas têm energia
suficiente para a mudança de fase. Por isso, esse processo
ocorre com perturbação do sistema.
Exemplo: Água sendo aquecida para fazer café.
- Calefação: a mudança de fase é muito rápida, pois
o líquido toca uma superfície cuja temperatura está muito
acima de sua temperatura de ebulição.
Exemplo: um pouco de água na chapa quente.
II. Alguns autores consideram a volta da fase gasosa
diretamente para a sólida como sendo a ressublimação.
III. Existe diferença entre Liquefação e Condensação.
Liquefação: termo utilizado quando um gás passa a
fase líquida.
Condensação: termo utilizado quando um vapor
passa a fase líquida.
Vapor Gás
Espécie na fase gasosa que Espécie na fase gasosa que
possui temperatura abaixo possui temperatura acima
da temperatura crítica. da temperatura crítica.
Pode passar à fase líquida Só pode passar à fase
apenas por compressão líquida por compressão e
(aumento da pressão). redução da temperatura,
simultaneamente.
Exemplo: Vapor d’água Exemplo: Gás carbônico

PROPRIEDADES DA MATÉRIA

Estão dividas em GERAIS e ESPECÍFICAS.

a. Propriedades gerais: são aquelas que não são capazes de


identificar a matéria; são comuns a todo tipo de matéria.
São elas: inércia, elasticidade, divisibilidade,
impenetrabilidade, compressibilidade, descontinuidade,
massa e extensão (ou volume).

b. Propriedades específicas: são aquelas que podem


identificar a matéria.
Estão divididas em: físicas, químicas, funcionais e
organolépticas.

Exemplos:
Propriedades físicas: ponto de fusão, ponto de
ebulição, calor específico, densidade.
Propriedades químicas: oxirredução, reatividade,
inflamabilidade.
Propriedades funcionais: acidez, basicidade.
Propriedades organolépticas: cor, brilho, sabor,
odor.
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ANOTAÇÕES: PROPRIEDADES ESPECÍFICAS FÍSICAS

a. PONTO DE FUSÃO: é a temperatura na qual um sistema


sofre a passagem da fase sólida passa a líquida.

Observações:
I. é constante para substâncias puras.
II. o Ponto de Fusão Normal é aquele medido à
pressão de 1 atm (pressão ao nível do mar).
b. PONTO DE EBULIÇÃO: é a temperatura na qual um
sistema sofre a passagem da fase líquida passa a gasosa.

Observações:
I. é constante para substâncias puras.
II. o Ponto de Ebulição Normal é aquele medido à
pressão de 1 atm (pressão ao nível do mar).

c. DENSIDADE: trata-se da relação entre a massa e o volume


de um sistema.
Matematicamente:

Observações:
I. É muito comum que a massa seja dada em gramas (g) e o
volume em mililitros (mL), porém várias outras unidades
podem ser utilizadas.
II. Quanto maior a densidade de um material, mais massa se
encontra em menor volume.
III. Em sistemas imiscíveis, os materiais mais densos
encontram-se mais ao fundo do sistema.

FENÔMENOS DA MATÉRIA

A matéria está exposta a dois tipos de fenômenos:

a. Físicos: são aqueles que não alteram a natureza da


matéria.
Exemplos:
Amassar uma latinha, quebrar um graveto, riscar
um papel.
b. Químicos: são aqueles que alteram a natureza da
matéria.
Exemplos:
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Queimar uma vela, cozinhar um ovo, digerir um ANOTAÇÕES:
alimento.
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CONCEITOS FUNDAMENTAIS ANOTAÇÕES:

ÁTOMO: Menor partícula da matéria que mantém as


propriedades de determinado elemento.
ELEMENTO: Representação de todos os isótopos possíveis
de certo tipo de átomo.
MOLÉCULA: Conjunto de átomos (iguais ou diferentes)
unidos entre si por ligação covalente.
SUBSTÂNCIA PURA (ou simplesmente SUBSTÂNCIA):
Sistema formado por moléculas IGUAIS.
Uma substância pura pode ser dividida em:
a. SUBSTÂNCIA pura SIMPLES: é formada por um só
elemento químico.
Exemplo: H2, Ne, O3, Au, Fe, N2

b. SUBSTÂNCIA pura COMPOSTA: é formada por um dois ou


mais elementos químicos.
Exemplo: H2O, C2H5OH, FeSO4, N2H4

SISTEMAS

Um sistema pode ser formado por uma única substância ou


por várias delas.
a. SUBSTÂNCIA PURA: é o sistema formado por uma só
substância química.
Exemplo: um copo com água, um saco de açúcar (C12H22O11).
b. MISTURA: é o sistema formado por uma duas ou mais
substâncias químicas.
Exemplo: um copo com água e sal, um pote com areia e
açúcar.
Um sistema pode ser classificado de acordo com o número
de fases* que o constituem:

Sistema homogêneo Sistema heterogêneo


Apresenta uma única fase Apresenta duas ou mais
constituinte. fases.

F: 01 C: 01 F: 02 C: 01

Mistura homogênea Mistura heterogênea


Apresenta uma única fase Apresenta duas ou mais
constituinte. fases.

F: 01 C: 02 F: 02 C: 02
Fase*: é cada porção homogênea de um sistema.
Componente: é cada substância que faz parte do sistema.
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CURVAS DE AQUECIMENTO ANOTAÇÕES:

Aquecendo-se uma amostra, desde a fase sólida até a fase


gasosa, podemos definir o sistema como sendo uma
substância pura ou mistura, de acordo com as características
do gráfico gerado a partir dos dados de temperatura em
função do tempo.

a. SUBSTÂNCIA PURA: apresenta patamar* de fusão e


ebulição.
Patamar*: (região de temperatura constante)

b. MISTURA: Não apresenta patamar de fusão e ebulição.

Observação:
Misturas especiais

b1. Mistura eutética: apresenta somente o patamar de fusão.

Exemplo: solda de estanho (Sn + Pb)


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b2. Mistura azeotrópica: apresenta somente o patamar de ANOTAÇÕES:
ebulição.
Exemplo: etanol hidratado (96% etanol + 4% água)

MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS:

MISTURAS HETEROGÊNEAS:

Sólido – sólido:

Catação: Este processo é empregado quando os


componentes são bem distintas e podem ser separadas pela
mão ou com pinças, como quando escolhemos os feijões
para cozinhar.

Ventilação: Arraste por corrente de ar de um dos


componentes da mistura que seja bem leve. Exemplos:
separação das cascas de grãos de café, cereais e amendoim
torrado;

Levigação: Arraste de sólidos de baixa densidade por meio


de correntes de água, permanecendo no recipiente os
sólidos de densidade maior. Isso é feito pelos garimpeiros
para separar a areia (menos densa) do ouro (mais denso);
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Separação magnética: separa os componentes de uma ANOTAÇÕES:
mistura, onde um deles é atraído por um ímã, e o outro não.
Pode ser utilizado, por exemplo, para separar areia e limalha
de ferro.

Peneiração ou tamisação: É usada para separar sólidos de


diferentes tamanhos, geralmente passando por uma
peneira, sendo que os sólidos menores passam por sua
malha, sendo separados dos maiores. É muito usada em
construções para separar a areia do cascalho e na cozinha
quando se quer separar impurezas na farinha de trigo;

Dissolução fracionada: É uma técnica ou método de


processo de separação para separar misturas heterogêneas
de dois ou mais sólidos, quando apenas um dos
componentes se dissolve em um dado solvente.
Exemplo: Temos uma mistura de sal mais areia e a ela
adicionamos água aonde somente o sal irá se dissolver.
Portanto, temos solução salina mais areia, uma mistura ou
sistema heterogêneo, na qual em seguida será feita a
filtração sendo a areia retida no papel de filtro. O filtrado, no
caso a solução salina, passará por processo de evaporação
ou destilação simples, isto é, a água líquida passará para o
estado gasoso e o sal permanece no fundo do balão de
destilação ou outro recipiente.

Flotação: A flotação consiste em adicionar bolhas de ar em


uma suspensão coloidal. Por exemplo, na mineração e
extração do ferro a partir da hematita (Fe2O3), esta é
pulverizada e combinada com óleo, água e detergente.
Depois de injetar ar através da mistura, o oxido metálico
revestido de óleo é arrastado pelas bolhas de ar com
espuma até a superfície. O resíduo não desejado, que é
denominado de ganga, deposita-se na parte inferior.
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Fusão fracionada: A fusão fracionada é um processo usado
para separar sólidos cujos pontos de fusão são muito
diferentes. Aquecendo-se a mistura, o componente de
menor ponto de fusão irá fundir, enquanto os demais
estarão sólidos.

Sólido – líquido:

Decantação: este processo é utilizado quando o


componente sólido for mais denso que o líquido da mistura.
Essa diferença de densidade faz com que o sólido se
deposite no fundo do recipiente, e, após a deposição,
escoar-se o líquido.

Centrifugação: Processo que acelera a decantação através


do uso de aparelhos denominados centrífugas. A separação
de glóbulos vermelhos do plasma sanguíneo, por exemplo, é
feito com o auxílio de uma centrífuga.

Filtração simples: Usa-se um papel de filtro em um funil de


filtração comum, então, com a ajuda de um bastão de vidro,
a mistura heterogênea é despejada no funil. No papel de
filtro ficam retidas apenas as partículas que não estavam
dissolvidas na parte líquida.
Um exemplo muito comum de filtração realizada no
cotidiano é quando preparamos café. O coador retém as
partículas sólidas do café e extrai substâncias solúveis no pó
de café.
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ANOTAÇÕES: Filtração a vácuo: Para filtrações lentas, utiliza-se a filtração
a vácuo, que acelera o processo. Esse tipo de filtração é
realizado usando-se um funil de Buchner. Coloca-se o papel
de filtro sobre os poros do funil de Buchner, que é posto
sobre um Kitassato (recipiente de parades espessas e saída
lateral) que, por sua vez, é acoplado por uma mangueira a
uma trompa de água, que baixa pressão dentro dele. Com
isso, a filtração ocorre rapidamente.

Sólido – gás

Filtração: A filtração simples também é utilizada na


separação entre gases e sólidos. Esse processo é muito
utilizado nas indústrias, principalmente para evitar o
lançamento de partículas sólidas na atmosfera. Os
aspiradores de pó são um exemplo cotidiano da utilização da
filtração, onde o sólido é retido (poeira) à medida que o ar é
aspirado.

Líquido-líquido

Decantação: com o auxílio de um funil de decantação,


separa líquidos imiscíveis. Após a decantação, abre-se a
torneira, deixando passar o líquido mais denso.

RESUMÃO

Misturas
Fracionamento de misturas
heterogêneas
Sólido-sólido Catação, peneiração, separação
magnética, ventilação, levigação,
dissolução fracionada, flotação e
fusão fracionada
Sólido-líquido Filtração e decantação
Sólido-gás Filtração e decantação
Líquido-líquido Decantação (com funil de
decantação)
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ANOTAÇÕES: MISTURAS HOMOGÊNEAS:

Sólido-líquido

Evaporação: Essa técnica é baseada na diferença de pontos


de ebulição entre os componentes da mistura. As soluções,
são deixadas em repouso ou aquecidas para que o líquido
evapore, permanecendo o sólido que possui o ponto de
ebulição muito maior. Essa é a técnica utilizada na obtenção
de sal de cozinha a partir da água do mar nas salinas.

Destilação simples: separa os componentes de misturas


sólido-líquido miscíveis. Consiste em aquecer a mistura em
um balão de fundo redondo acoplado a um condensador. O
líquido, de menor ponto de ebulição, evapora e chega ao
condensador, onde retorna à fase líquida e é coletado em
outro recipiente.

Líquido-líquido:

Destilação fracionada: separa os componentes de misturas


líquido-líquido miscíveis. A diferença é que, antes do
condensador, há uma coluna de fracionamento, que só
permite que o líquido de menor ponto de ebulição consiga
atravessá-la, enquanto os outros sofrem condensação e
retornam ao balão de destilação.
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ANOTAÇÕES: Gás-Gás

Liquefação seguida de destilação fracionada: É usada para


separar componentes gasosos através da diminuição da
temperatura ou elevação da pressão. Um dos gases torna-se
líquido primeiro, passando por posterior destilação
fracionada. É uma técnica empregada para separar os
componentes do ar.
RESUMÃO

MISTURAS
FRACIONAMENTO DE MISTURAS
HOMOGÊNEAS
Sólido-líquido Evaporação e destilação simples
Líquido-líquido Destilação fracionada
Gás-gás Liquefação e destilação fracionada
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ANOTAÇÕES:
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MODELOS ATÔMICOS ANOTAÇÕES:

A ideia de átomo surge aproximadamente 400 anos antes


de Cristo com os filósofos gregos Leucipo e Demócrito.

Leucipo Demócrito

Segundo eles, por observação da natureza, toda matéria


seria formada por partículas muito pequenas indivisíveis.
Dai surge o nome átomo. Em grego:

A tomus

Sem divisão

Suas ideias não se propagaram porque outro filósofo, mais


influente na época, Aristóteles acreditava na teoria dos 4
elementos:

Aristóteles

Terra Fogo Água Ar

Semente séculos depois, na Inglaterra, as ideias de Leucipo


e Demócrito seriam retomadas.
Resumo teórico – MÓDULO 02
John Dalton (1803) elétrico.
Nasceu na Inglaterra, em
1766 e faleceu em 1844. ANOTAÇÕES:
Seu maior legado foi o
desenvolvimento da
primeira teoria atômica,
relacionando seus
estudos com os
trabalhos de Lavoisier.
Seu modelo:

É conhecido como
“Modelo da bola de
bilhar”.
O átomo seria uma
esfera maciça, indivisível
e impenetrável.
Não há nenhuma ideia
de cargas elétricas
Seu modelo foi proposto com base em experimentos
científicos e tem como fundamentos os seguintes
postulados*:

POSTULADOS DE DALTON:

I. Toda matéria é formada por átomos.


II.Átomos de mesmo elemento são idênticos.
III.Compostos são a combinação de dois ou mais átomos
diferentes.
IV.Reações são rearranjos de átomos.
Tudo que forma nosso universo pode ser dividido em uma
dessas definições:

Postulado*: afirmação ou fato admitido sem necessidade


de demonstração.
Seu modelo continha falhas e um novo modelo surgiu.

J. J. Thomson (1897)
Nasceu na Inglaterra, em
1856 e faleceu em 1940.
Baseado em
experimentos com
cargas elétricas, concluiu
que o átomo não era
uma esfera indivisível, e
que os raios catódicos
eram, na realidade, os
elétrons.
Seu modelo:

É conhecido como
“Pudim de passas”, que
considerava que o átomo
seria uma esfera de carga
elétrica positiva, com
elétrons distribuídos,
gerando um equilíbrio
Resumo teórico – MÓDULO 02

Seu modelo foi proposto com base em experimentos


científicos com as Ampolas de Crookes e levaram à
descoberta do elétron, derrubando assim a ideia de que o
átomo seria uma partícula indivisível. É importante
lembrar que Thomson é considerado o descobridor do
elétron.

Ampolas de Crookes

Testando o modelo de Thomson, um novo modelo acabou


sendo proposto pelo seu aluno.

Ernest Rutherford (1911)


Nasceu na Inglaterra, em
1871 e faleceu em 1937.
Foi aluno de Thomson e,
através de experimentos
com finas folhas de ouro,
propôs um novo modelo,
diferente de seu
professor.
Seu modelo:

É conhecido como
“Modelo do átomo
nucleado”.
O átomo seria formado
por um núcleo pequeno,
denso e positivo ao redor
do qual girariam os
elétrons de carga
negativa, em algum lugar
na eletrosfera.

Para propor tal modelo, Rutherford utilizou as conclusões


retiradas da observação do Experimento da lâmina de
ouro.
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ANOTAÇÕES: Observação Conclusão
1. A maior parte das Deve haver um grande
partículas  (que são espaço vazio no átomo
matéria) atravessa a por onde as partículas
lâmina sem sofrer atravessaram: essa parte
desvio. é a eletrosfera
2. Poucas partículas se Há uma parte do átomo
chocaram com algo que possui massa, porém
maciço e não essa parte é muito
atravessaram a lâmina. pequena.
3. Algumas partículas , A parte maciça é densa e
que já se sabia que positiva, uma vez que as
eram positivas, partículas , também
sofreram um desvio positivas, sofreram
significativo em sua repulsão ao passar
trajetória ao atravessar próximo do núcleo e
a lâmina. acabaram se desviando.

Rutherford pode concluir que o núcleo é de 10 mil a 100


mil vezes menor que o átomo (104 a 105 vezes menor).
Não conseguindo explicar algumas observações que não se
alinhavam com os conceitos do eletromagnetismo, o
modelo de Rutherford foi melhorado.

Niels Bohr (1913)


Nasceu na Dinamarca,
em 1875 e faleceu em
1962. Trabalhou com
Thomson e Rutherford.
Através das análises dos
espectros de emissão de
luz do átomo de
hidrogênio, propôs seu
modelo.
Seu modelo:

É conhecido como
“Modelo do sistema
planetário”.
O átomo seria formado
por um núcleo pequeno,
denso e positivo ao redor
do qual girariam os
elétrons em níveis de
energia quantizados.

POSTULADOS DE BOHR

1. Os elétrons giram ao redor do núcleo em níveis de


energia quantizados.
2. Os elétrons não podem ocupar o espaço entre um nível
e outro.
3. Quando um elétron absorve energia, ele salta de um
nível de energia menor (mais interno) para um de energia
maior (mais externo e mais distante do núcleo).
4. Ao retornar para um nível mais interno, emite a energia
na forma de luz.
Resumo teórico – MÓDULO 02
ANOTAÇÕES: Os postulados 3 e 4 dizem respeito ao salto eletrônico ou
salto quântico.

James Chadwick (1932)


Nasceu na Inglaterra, em
1891 e faleceu em 1974.
Trabalhou com
Rutherford. Através de
experimentos com
partículas  chocando-se
contra uma amostra de
Berílio, conseguiu provar
a existência dos
nêutrons.
O ÁTOMO

QUADRO COMPARATIVO

Partícula Carga Massa Representação


Próton +1 1u 1
1 p

Nêutron 0 1u 1
0 n

Elétron –1 (1/1840) u 0
–1 e ou e

Resumo teórico – MÓDULO 02
ANOTAÇÕES: PARTÍCULAS FUNDAMENTAIS

Para designar as partículas fundamentais do átomo, alguns


termos são designados:

a. Número atômico (Z): indica a quantidade de prótons


que um átomo possui. É o número atômico que caracteriza
um elemento químico.
Deve ser representado do lado esquerdo na parte inferior
do símbolo.
Representação
:

Exemplos:

b. Número de massa (A): indica a soma dos prótons e


nêutrons que um átomo possui em seu núcleo.

Matematicamente:

Representação
:

Exemplos:

c. Número de nêutrons (N): indica a quantidade de


nêutrons que um átomo possui em seu núcleo.

Matematicamente:

Exemplos:

d. Número de elétrons (e–): indica a quantidade de


elétrons que um átomo possui em sua eletrosfera.

d1. Para átomos neutros: o número de elétrons é


igual ao número atômico.

d2. Para íons:


Cátion (+) Ânion (–)
Perdeu elétron Ganhou elétron

prótons (p) 20 prótons (p) 15


elétrons (e–) 18 elétrons (e–) 18
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ANOTAÇÕES:
Resumo teórico – MÓDULO 03
HISTÓRICO
ANOTAÇÕES:
A Tabela Periódica passou por um longo processo de
evolução e mudanças até chegar ao que conhecemos hoje.

Dmitri Mendeleev (1869)


Nasceu na Rússia, em
1834 e faleceu em 1907.
Seu maior legado foi criar
a primeira versão da
tabela periódica dos
elementos químicos,
prevendo as propriedades
de elementos que ainda
não tinham sido
descobertos.

Sua tabela:

Era organizada em ordem crescente de massa atômica.


Continha espaços “vazios” deixados para elementos
ainda desconhecidos por ele, para os quais ele fazia
previsões de propriedades com base em periodicidade.
Resumo teórico – MÓDULO 03

Henry Moseley (1913)


Nasceu na Inglaterra, em
1887 e faleceu em
combate durante a I
Guerra Mundial em
1915. Sua maior
contribuição para a
evolução da classificação
ANOTAÇÕES:
periódica foi organizar a
tabela através do
número atômico dos
elementos.
Sua tabela:

Era organizada em ordem crescente de número


atômico, que ele descobriu com base em espectros de
raio X. Foi graças a ele e seus estudos que a tabela
adquiriu a forma que conhecemos hoje.

ORGANIZAÇÃO DA TABELA
A tabela periódica está organizada em:
a. Períodos:
São as 7 linhas horizontais da tabela. Agrupam elementos
com o mesmo número de níveis energéticos na
eletrosfera.

20Ca: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2


33As: 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p
2 2 6 2 6 2 10 3

Por apresentarem o mesmo número de níveis (camadas),


cálcio e arsênio estarão localizados no mesmo período (4º
período).
Resumo teórico – MÓDULO 03

b. Famílias:

São as 18 linhas verticais da tabela, numeradas de 1 a 18


(segundo orientação da IUPAC). Agrupam elementos com
propriedades semelhantes.

ANOTAÇÕES:

Principais famílias:

Exemplo:
Todo elemento da família 1 (1A) reage com a água
produzindo H2(g) e calor.
Todo elemento da família 2 (2A) apresenta 2e– na
Camada de Valência.

DIVISÕES DA TABELA

a. Quanto ao subnível mais energético.

a1. Representativos: subnível mais energético s ou p.


Antigamente, formavam os grupos “A”.
Resumo teórico – MÓDULO 03
c. Quanto ao estado físico.

Considerando CATP (condições ambientais de temperatura


e pressão): 25oC e 1 atm, temos:

Sólidos: a grande maioria dos elementos.


Líquidos: apenas 2 elementos
(mercúrio – Hg e bromo – Br).
Gasosos: apenas 12 elementos.

a2. Transição: subnível mais energético d ou f.


ANOTAÇÕES:
d  Transição externa

f  Transição interna

Antigamente, formavam os grupos “B”.

b. Quanto à classificação do elemento.

Metal: a imensa maioria dos elementos.


Ametal (ou não metal): 16 elementos.
Gases nobres: 7 elementos da família 18.

Obs.: o Hidrogênio não apresenta classificação.


Resumo teórico – MÓDULO 03

PROPRIEDADES PERIÓDICAS

São as propriedades que variam com certa regularidade


em função do aumento do numero atômico.

Propriedade periódica Propriedade aperiódica

CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA E TABELA


PERIÓDICA

A localização de um elemento na Tabela Periódica está


relacionada à sua configuração eletrônica.

- A Camada de Valência indica o período. ANOTAÇÕES:


- O subnível mais energético pode indicar a família.

Distribuição terminada em s: elétron indica a família.

Na: 1s2 2s2 2p6 3s1


11
Período: 3º Período

Família: 1; metais alcalinos; (antiga família 1A)

Distribuição terminada em p: e– p + 12 indica a família.

S: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4


16
Período: 3º Período

Família: 16; calcogênios; (4ª família p); (antiga família 6A)

Distribuição terminada em d: e– d + 2 indica a família.

Fe: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6


26
Período: 4º Período

Família: 8 (6ª família d)

Obs.: elementos com distribuição eletrônica terminada em


f, serão sempre da família 3.
Resumo teórico – MÓDULO 03

Aumenta da direita para a esquerda devido à diminuição


da atração núcleo-eletrosfera. A diminuição da carga
nuclear (nº de prótons) faz com que o núcleo tenha menos
força para atrair pra dentro sua eletrosfera.
RESUMINDO:

a. Raio atômico:

Definição: É a metade da distância entre os núcleos de dois ANOTAÇÕES:


átomos vizinhos, de um mesmo elemento.

COMO VARIA NA TABELA?

- Na família:
Como exemplo, os elementos da família 1.

Aumenta de cima
para baixo devido ao
aumento do número
de camadas.

Obs.: o hidrogênio não pertence à família 1.

- No período:
Como exemplo, os elementos do período número 2.
Resumo teórico – MÓDULO 03

ANALOGIA:

Imagine-se que você voltou e quer entrar na roda de


pessoas. Para que você possa entrar, o que acontecerá
com a roda? Ela irá aumentar devido à sua entrada na
roda, correto?

Ao receber elétron, torna-se maior que seu átomo neutro.


16 S: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4 16 S2–: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6

S < S2–

Um ânion será sempre maior que o átomo que o originou.

Observação:
ANOTAÇÕES:
Raio iônico:
Ao ganhar ou perder elétrons, o raio do átomo é alterado.

No Cátion:

ANALOGIA:

Imagine-se numa roda de pessoas de mãos dadas. Aí, por


algum motivo, você sai da roda. O que acontecerá com
ela? Ela irá diminuir devido à ausência de uma parte da
roda correto?

Ao perder elétron, torna-se menor que seu átomo neutro.

11 Na: 1s2 2s2 2p6 3s1 11 Na+: 1s2 2s2 2p6

Na > Na+
Um cátion será sempre menor que o átomo que o
originou.

No Ânion:
Resumo teórico – MÓDULO 03

Observação:
A energia para retirar o segundo elétron (2ª Energia de
ionização) é maior que a 1ª. Para retirar um 3º elétron, a
energia será maior que a do 2º e assim, sucessivamente.
Isso ocorre porque ao perder um elétron (e tornar-se um
cátion) o átomo fica menor e seus elétrons se aproximam
mais do núcleo, estando mais fortemente atraídos por ele.

c. Afinidade eletrônica (Eaf):


É a energia liberada quando se adiciona um elétron de um
átomo neutro no estado gasoso.

X(g) + e– X–(g) + Eaf

b. Energia de ionização (Ei): COMO VARIA NA TABELA?

É a energia necessária para se retirar um elétron de um Se assumirmos a Afinidade Eletrônica como a “vontade de
átomo neutro no estado gasoso. ter elétrons”, entendemos que átomos menores tendem a
atrair mais os elétrons, devido à sua maior proximidade
X(g) + Ei  X+(g) + e– com o núcleo atômico.

ANOTAÇÕES:
COMO VARIA NA TABELA?

Quanto menor for o átomo, mais próximo do núcleo estão


seus elétrons. Assim, retirá-los exige bastante energia.
Nos átomos maiores, com seus elétrons mais distantes do
núcleo, a energia para retirar um elétron é menor.

Então, concluímos que a energia de ionização varia de


forma contrária ao raio atômico:

- quanto menor o átomo, MAIOR é a Energia de Ionização


(Ei).
- quanto MAIOR o átomo, menor é a Energia de Ionização
(Ei).

RESUMINDO:
Resumo teórico – MÓDULO 03
1. A Afinidade eletrônica não se aplica aos gases nobres,
pois sendo eles estáveis, não tendem a receber elétron.
2. O elemento de maior afinidade eletrônica é o cloro, pois
o flúor é pequeno demais e a entrada de um elétron é
dificultada pela grande repulsão que os elétrons já
presentes na eletrosfera imprimem sobre o elétron que
está sendo adicionado.

d. Eletronegatividade:

É a força com que um átomo atrai o par de elétrons de


uma ligação.

COMO VARIA NA TABELA?

Quanto menor for o átomo, mais próximo do núcleo está o


par de elétrons. Assim, maior atração ele apresentará.

Então, concluímos que a eletronegatividade varia de forma


contrária ao raio atômico:

- quanto menor o átomo, MAIOR é a Eletronegatividade.


- quanto MAIOR o átomo, menor é a Eletronegatividade.

Fila de eletronegatividade dos principais elementos:


F O N Cl Br I S C P H

Então, concluímos que a afinidade eletrônica varia de


forma contrária ao raio atômico: ANOTAÇÕES:

- quanto menor o átomo, MAIOR é a Afinidade eletrônica


(Eaf).
- quanto MAIOR o átomo, menor é a Afinidade eletrônica
(Eaf).
RESUMINDO:

ATENÇÃO:
Resumo teórico – MÓDULO 03

O elemento mais denso da tabela é o Ósmio (Os) com


22,58 g/cm3.

Pontos de fusão e ebulição:

COMO VARIA NA TABELA?

O tungstênio (w) possui altos pontos de fusão e ebulição:


P.F. = 3387 oC
P. E. = 5420 oC

O carbono (C) está destacado por apresentar também um


alto ponto de fusão:
RESUMINDO: P.F. = 3700 oC

ANOTAÇÕES:

OUTRAS PROPRIEDADES PERIÓDICAS

Densidade:

COMO VARIA NA TABELA?


Resumo teórico – MÓDULO 03
Resumo teórico – MÓDULO 04
TEORIA DO OCTETO ANOTAÇÕES:

Considera que a estabilidade de um átomo é atingida


quando ele apresenta configuração eletrônica de gás
nobre, ou seja, quando tem 8 elétrons na camada de
valência.

Obs.: se o átomo apresenta apenas uma camada,


será estável com 2 elétrons.

Observe:

He: 1s2
2

10 Ne: 1s2 2s2 2p6


18 Ar: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
36 Kr: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6
54 Xe: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6
86 Rn: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 .......... 5p6 4f14 6s2 5d10 6p6

Note que todos os gases nobres (exceto o Hélio)


apresentam 8 elétrons na camada de valência. É isso
que garante a estabilidade desses elementos. Todos
os demais elementos da tabela precisam ganhar,
perder ou compartilhar elétrons para atingir
estabilidade.
Isso origina as ligações químicas.

LIGAÇÕES QUÍMICAS

a. Ligação iônica:

É caracterizada pela transferência de elétrons.

Ocorre entre:

METAL + AMETAL
 
perde elétron ganha
elétrons
torna-se torna-se
cátion ânion

Obs.: em geral, o metal apresenta 1, 2 ou 3 e – na


camada de valência. O ametal, 5, 6 ou 7 e–.

A atração eletrostática entre as cargas opostas do


cátion e do ânion origina o composto iônico.
Resumo teórico – MÓDULO 04
EXEMPLO:
ANOTAÇÕES:
Qual a fórmula do composto formado entre o 11Na e
o 16S?
Resolução:

Através da igualdade das cargas:

Nº cargas + = Nº cargas –

Distribuição Tendência Íon


11 Na: 2 2
1s 2s 2p 3s 6 1
 perder 1 e –
 Na+
16 S: 2
1s 2s 2
2p 6
3s 2
 ganhar 2 e –
 S2–
3p4

Formulação:

Na+ S2–
 Na2S
Na+

DICA: “Cruzar as cargas”

Pode-se fazer a fórmula “cruzando” o valor da carga


de um íon e utilizando como índice do outro.

Cuidado: quando os índices puderem ser


simplificados, eles devem OBRIGATÓRIAMENTE ser
simplificados.

 Através da Fórmula eletrônica:

Também chamada de fórmula ou estrutura de Lewis.

Nela utilizamos o símbolo do elemento e os elétrons


da camada valência ao seu redor.

Distribuição Representação
Na:
11 1s2 2s2 2p6 3s1 

16 S: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4 


Resumo teórico – MÓDULO 04

Formulação: ANOTAÇÕES:

Após transferir:

Composto iônico:

Ou simplesmente:

PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS IÔNICOS

- São sólidos nas condições ambiente (25 oC e 1 atm).


- Possuem altos pontos de fusão (P.F.) e ebulição
(P.E.).
- Conduzem corrente elétrica quando fundidos ou em
solução aquosa.
- Formam retículos cristalinos.

b. Ligação covalente: é caracterizada pelo


compartilhamento de elétrons.

Ocorre entre:

AMETAL + AMETAL
AMETAL + HIDROGÊNIO
HIDROGÊNIO + HIDROGÊNIO

Obs.: em geral, o ametal apresenta 5, 6 ou 7e – na


camada de valência.

Há dois tipos de ligação covalente:

- a ligação covalente normal


- a ligação covalente coordenada (dativa)
Resumo teórico – MÓDULO 04

Ligação covalente normal: Ocorre quando a ligação é


feita com um elétron de cada um dos átomos
ligantes.
Exemplo: ANOTAÇÕES:

A ligação é formada por um elétron de cada


hidrogênio.

Ligação covalente coordenada: Ocorre quando a


ligação é feita com dois elétrons de apenas um dos
átomos ligantes.

A ligação destacada pelo retângulo é formada por


dois elétrons pertencentes ao enxofre. Por isso, ela é
uma ligação covalente coordenada.

(Veja como identificar a ligação clicando aqui.)

PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS MOLECULARES*

- Baixos pontos de fusão e ebulição.


- Sólidos, líquidos ou gasosos à temperatura
ambiente.
- Não conduzem corrente elétrica (exceto os ácidos,
que sofrem ionização).
- Quebradiços.

Compostos moleculares*: aqueles formados


exclusivamente por ligações covalentes.

MONTAGEM DA FÓRMULA ELETRÔNICA E


ESTRUTURAL DE UMA MOLÉCULA

1. Determinar o número total de elétrons de valência.


2. Posicionar os átomos: geralmente, o central é
aquele que precisa de mais elétrons pra estabilizar.
3. Distribuir os elétrons (aos pares), inicialmente
entre os átomos (pares de elétrons ligantes).
4. Dos átomos “de fora” para o central, distribuir os
demais elétrons (aos pares), completando octetos
(pares de elétrons não-ligantes).
5. Se não estabilizar todos os átomos, fazer
rearranjos.

(Veja exemplos de como se faz clicando aqui.)


Resumo teórico – MÓDULO 04

Pra finalizar, ouça ao Que facito!. Essa música trabalha os


conteúdos que você viu nesse módulo!
Clique aqui e ouça.
c. Ligação metálica: Explicada pela teoria do “Mar de ANOTAÇÕES:
elétrons” – os cátions em posições fixas e elétrons
livres dispersos entre eles.

Essa teoria explica a alta condutividade térmica e


elétrica dos metais.

Sobre a condutividade elétrica: os elétrons livres, se


expostos à uma diferença de potencial, tendem a
caminhar todos para uma mesma direção, fazendo
surgir a corrente elétrica.

Sobre a condutividade térmica: ao receber calor, o


átomo vibra transferindo essa vibração ao vizinho,
que transmite ao outro e assim sucessivamente.

PROPRIEDADES DOS METAIS

- Altos pontos de fusão e ebulição.


- Sólidos à temperatura ambiente (exceto Hg).
- Bons condutores de corrente elétrica e calor.
- São maleáveis (podem formar lâminas).
- São dúcteis (podem formar fios).

LIGAS METÁLICAS

Os metais podem formar ligas, que são materiais


formados a partir da união de determinados metais e
têm características diferentes de cada metal
isoladamente.

Liga Constituintes Aplicação


estátuas, sinos,
rolamentos, tubos,
Bronze Cu + Sn
válvulas, utensílios
domésticos,
armamento, decoração,
Latão Cu + Zn terminais elétricos,
porcas, etc.
rodas de liga leve, peças
Magnálio Al + Mg
de aviões
Ouro 18K Au + Ag/Cu joias, decoração, cirurgias
Construção civil, talheres,
Aço Fe + C peças de carro, brocas de
perfuração
Medicina (músculo
Nitinol Ni + Ti artificial), sensores de
temperatura
Resumo teórico – MÓDULO 04
Resumo teórico – MÓDULO 05
GEOMETRIA MOLECULAR BH3 NH3
ANOTAÇÕES:
Trata do arranjo espacial dos átomos na molécula e é
explicada pela Teoria da repulsão dos pares
eletrônicos da camada de valência (VSEPR). Essa
teoria diz que os átomos, e pares de elétrons não
ligantes do átomo central, tendem a assumir a maior
distância angular possível, minimizando assim as
repulsões entre eles.

Na prática, para se deduzir a geometria molecular


assumida por uma espécie, precisamos saber:
1. quantos átomos circundam o átomo
central.
2. Se existe, ou não, elétrons não ligantes ao
redor do átomo central.

Com base nessas informações, podemos predizer


qual a geometria assumida por determinada espécie.

Existe elétron
Nº de átomos
não ligante no Geometria
ao redor do
átomo molecular
átomo central
central?
2 Não Linear
2 Sim Angula
3 Não Trigonal plana
3 Sim Piramidal
4 Não Tetraédrica

Observação 1: toda molécula diatômica (formada por


dois átomos, é sempre linear.
Exemplo: H2, N2, HCl, CO.

Linear Angular

CO2 H2O

Trigonal plana Piramidal


Resumo teórico – MÓDULO 05
University of Colorado Boulder
https://phet.colorado.edu
ANOTAÇÕES:
Tetraédrica

CH4

Observação 2: existem outras geometrias pouco usais


no ensino médio. Nesses casos alguns elementos
extrapolam a regra do octeto (Teoria da expansão da
camada de valência).

Existe elétron
Nº de átomos
não ligante no Geometria
ao redor do
átomo molecular
átomo central
central?
4 Sim (1 par) Gangorra
Quadrado
4 Sim (2 pares)
planar
Bipirâmide
5 Não
trigonal
6 Não Octaédrica

Gangorra Quadrado planar

SF4 XeF4

Bipirâmide trigonal Octaédrica

PCl5 SF6

Para identificar quantos átomos existem ao redor do


átomo central e se há ou não elétron não ligante
nesse átomo central, é preciso montar a fórmula
eletrônica da molécula, seguindo os passos já vistos
no módulo 04.
Licença de imagens de moléculas:
PhET Interactive Simulations
Resumo teórico – MÓDULO 05

F > O > N = Cl > Br > I > S = C > P > H


Relembrando, são esses os passos:
ANOTAÇÕES:
1. Determinar o número total de elétrons de valência.
2. Posicionar os átomos: geralmente, o central é
aquele que precisa de mais elétrons pra estabilizar.
3. Distribuir os elétrons (aos pares), inicialmente
entre os átomos (pares de elétrons ligantes).
4. Dos átomos “de fora” para o central, distribuir os
demais elétrons (aos pares), completando octetos
(pares de elétrons não-ligantes).
5. Se não estabilizar todos os átomos, fazer
rearranjos.

Montada a molécula, fazemos a análise e deduzimos


sua geometria.
(Veja como fazer nessa aula: clique aqui)

POLARIDADE DE LIGAÇÕES E MOLÉCULAS


a. Polaridade nas ligações:

A polaridade existe em uma ligação se existe


diferença de eletronegatividade entre os átomos
ligados. Uma comparação eficiente, exige a análise da
eletronegatividade de cada elemento. Alguns deles
constam na tabela a seguir:

Segundo Pauling, uma diferença de


eletronegatividade entre os átomos ligados maior
que 1,7 dá origem à ligação iônica. Menor que isso,
covalente polar e igual a zero, covalente apolar.

Para facilitar um pouco a análise e dispensar (em


muitos casos) a tabela de eletronegatividade, vale a
pena relembrar a fila de eletronegatividade dos
principais elementos:
Resumo teórico – MÓDULO 05

ANOTAÇÕES:
Exemplo 1:

Nesse exemplo, a ligação H – Cl é polar. Como o cloro


é mais eletronegativo, ele puxa o par de elétrons com
mais intensidade, fazendo com que haja maior
densidade eletrônica próximo ao cloro que ao
hidrogênio.

Exemplo 2:

Nesse exemplo, a ligação H – H é apolar. Como não


existe diferença de eletronegatividade entre os
átomos, a densidade eletrônica é homogênea e não
há formação de polos na ligação.
(Veja detalhes nessa aula: clique aqui)

b. Polaridade nas moléculas:

Exige uma análise da polaridade das ligações e da


geometria molecular. A polaridade da molécula
depende do vetor momento dipolar resultante (R).
Se ele for igual a zero, a molécula é apolar. Se for
diferente de zero, ou seja, se existe um vetor
momento dipolar resultante, a molécula é apolar.

Exemplo 1:

Nesse exemplo, um oxigênio tenta atrair os elétrons


do outro, mas como as eletronegatividades são
iguais, não há deslocamento da nuvem eletrônica e a
ligação é apolar. Como a única ligação existente na
molécula é apolar, a molécula também é.
Resumo teórico – MÓDULO 05
Hidrocarbonetos são apolares.

Exemplo 2:
ANOTAÇÕES:

Nesse exemplo, o oxigênio da esquerda (mais


eletronegativo que o carbono) atrai os elétrons pra
perto de si (a ligação O = C é polar). No entanto, o
oxigênio da direita (mais eletronegativo que o
carbono) atrai os elétrons pra perto de si com a
mesma força que o da esquerda (a ligação C = O é
polar). Como há duas forças de mesma intensidade,
na mesma direção (horizontal) e em sentidos opostos
(uma para a esquerda e outra para a direita), ocorre a
anulação dessas forças e não há resultante. A
molécula é apolar.

Exemplo 3:

Nesse exemplo, o oxigênio é mais eletronegativo e


atrai os elétrons dos hidrogênios (tanto da direita
quanto da esquerda) – vetores representados em
azul. Portanto, a ligação H – O é polar. Aplicando a
soma de vetores (que você aprendeu em física), há
resultante (representada em amarelo) e a molécula é
polar.
(Veja detalhes nessa aula: clique aqui)

Regra de Solubilidade:

Semelhante dissolve
semelhante.
Substância polar dissolve substância polar.

Substância apolar dissolve substância apolar.

Importante:
Resumo teórico – MÓDULO 05

FORÇAS INTERMOLECULARES ANOTAÇÕES:

São forças de atração entre moléculas próximas.


Sua intensidade depende das características das moléculas
que compõem o sistema.
Basicamente, as forças intermoleculares podem
ocorrer por:
a. Dipolo induzido
b. Dipolo permanente
c. Ligações de Hidrogênio

DIPOLO INDUZIDO

Esse tipo de força intermolecular pode ser chamado


também de Forças de Van der Waals ou Força de dispersão
de London.
Ocorre entre moléculas apolares e é a mais fraca das
interações intermoleculares.

Fato curioso!
É por causa das
forças de dipolo induzido
que a lagartixa consegue
andar pelas paredes.

DIPOLO PERMANENTE

Esse tipo de força intermolecular pode ser chamado


também de Interações DIPOLO-DIOPOLO.
Ocorre entre moléculas polares e é mais forte que as
interações de dipolo induzido.
Resumo teórico – MÓDULO 05

LIGAÇÕES DE HIDROGÊNIO

Esse tipo de interação intermolecular era


chamado de Pontes de Hidrogênio, porém, por orientação
da IUPAC, tal denominação deve ser abandonada.
As ligações de hidrogênio ocorrem entre
moléculas que apresentem o Hidrogênio ligado a um dos
três elementos mais eletronegativos da tabela: Flúor, ANOTAÇÕES:
Oxigênio ou Nitrogênio.

Exemplos: HF, H2O, NH3

São as mais intensas das forças intermoleculares e


estão presentes em nosso DNA, por exemplo.

A ligação de uma hélice com outra se dá por meio


de ligações de hidrogênio entre Citosina e Gaunina e entre
Adenina e Timina.
Resumo teórico – MÓDULO 05
Quanto maior a massa molecular, ______________ será o
ponto de ebulição de uma substância.

ÁGUA E DENSIDADE: UM CASO ESPECIAL ANOTAÇÕES:

Ao solidificar, as interações por ligações de hidrogênio


fazem com que as moléculas de água se organizem em
uma estrutura que faz com que o volume da água sólida
seja maior que o da água líquida.

Assim, a densidade da água na fase sólida fica menor que a


da água líquida, permitindo que o gelo flutue sobra a água.

FORÇAS INTERMOLECULARES
E PROPRIEDADES FÍSICAS
As forças intermoleculares afetam propriedades físicas
como, por exemplo, o ponto de ebulição.

a. Para moléculas de massas moleculares próximas:

Quanto maior a força intermolecular, ______________


será o ponto de ebulição de uma substância.

b. Para moléculas de mesma força intermolecular:


Resumo teórico – MÓDULO 05

c. Para moléculas de mesma massa e força intermolecular: ANOTAÇÕES:


Quanto mais ramificada a molécula, ______________ será
o ponto de ebulição de uma substância.

Ponto de
Molécula
fusão (PF)

36 oC

9 oC

Respostas das lacunas:


a. maior
b. maior
c. menor
Resumo teórico – MÓDULO 05
Resumo teórico – MÓDULO 06

IONIZAÇÃO E DISSOCIAÇÃO ANOTAÇÕES:

DEFINIÇÃO DE IONIZAÇÃO:

Formação de cargas não existentes anteriormente.

Composto molecular (ligações covalentes).

Em especial, ácidos como o HCl; H2SO4 e H3PO4

Ionização:

HCl + H2O  H3O+ + Cl–


ou
HCl(aq)  H+(aq) + Cl–(aq) (forma resumida)

H2SO4 + 2 H2O  2 H3O+ + SO42–


ou
H2SO4(aq)  2 H+(aq) + SO42–(aq) (forma resumida)

H3PO4 + 3 H2O  3 H3O+ + PO43–


ou
H3PO4(aq)  3 H+(aq) + PO43–(aq) (forma resumida)

DEFINIÇÃO DE DISSOCIAÇÃO:

Separação de cargas já existentes anteriormente.

Composto iônico. (ligações iônicas).

Bases, sais e óxidos iônicos, como, por exemplo, Ca(OH)2,


Fe2(SO4)3 e Na2O.

Dissociação:

Ca(OH)2(aq)  Ca2+(aq) + 2 OH–(aq)

Fe2(SO4)3(aq)  2 Fe2+(aq) + 3 SO42–(aq)

Na2O(aq)  2 Na+(aq) + O2–(aq)

ELETRÓLITOS

Substâncias que, em solução aquosa, ionizam/dissociam


gerando íons que conduzem corrente elétrica.
Podem ser ácidos, bases, saias ou óxidos.

Através de testes de condutividade elétrica, é possível


identificar seu uma substância é um eletrólito ou não.
Resumo teórico – MÓDULO 06
Exemplos: ANOTAÇÕES:

A figura a seguir mostra o resultado de alguns testes com


substâncias em diferentes condições.
Resumo teórico – MÓDULO 06
A análise da imagem da página anterior permite algumas ANOTAÇÕES:
conclusões:

Composto iônico: conduz corrente elétrica fundido ou em


solução aquosa.

Composto molecular (Ácido): conduz corrente elétrica em


solução aquosa.

Composto molecular: Não conduz corrente elétrica.

A condutividade elétrica, em solução, é garantida pela


presença de íons livres.

Além disso, metais são bons condutores de eletricidade


quando sólido ou fundidos.

COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE (Cs)


Indica a máxima quantidade de soluto que pode ser
dissolvida numa certa quantidade de solvente, numa dada
temperatura e pressão.
Exemplo:
A solubilidade do KNO3 em água a 60oC é de 110g/100g
H2O. Para dissolver completamente 275g de KNO3, qual é a
massa de água necessária?
Cs = 110g KNO3/100g H2O (60 oC)
m = 275g KNO3
m = ? H2O

CURVA DE SOLUBILIDADE (Cs)


Gráfico que reúne os coeficientes de solubilidade de uma
substância a várias temperaturas.
Resumo teórico – MÓDULO 06
Com base no gráfico da página anterior, que apresenta a ANOTAÇÕES:
curva de solubilidade de várias substâncias, é possível ter
várias informações.

Por exemplo:
Qual o sal mais solúvel a 20 oC?
Resposta: NaNO3

Qual o s al mais solúvel a 100 oC?


Resposta: KNO3

Qual o sal menos solúvel a 60 oC?


Resposta: Li2SO4

Qual o s al de dissolução exotérmica?


Resposta: Li2SO4

Dissolução endotérmica significa que, para o sal se


dissolver, ele precisa absorver calor. Portanto, aumentar a
temperatura facilita sua dissolução. Assim, o C S aumenta
com o aumento da temperatura.

Dissolução exotérmica significa que, para o sal se dissolver,


ele precisa liberar calor. Portanto, aumentar a temperatura
prejudica sua dissolução. Assim, o C S diminui com o
aumento da temperatura.

Pontos de inflexão numa curva de solubilidade indicam


que uma espécie hidratada (com água em sua estrutura)
perdeu uma ou mais moléculas de água de hidratação.

DISPERSÕES
Uma dispersão é um sistema no qual uma substância
está disseminada, sob a forma de pequenas
partículas, numa segunda substância.
A substância que promove a dispersão é chamada de
dispersante e a outra substância, disperso.
Resumo teórico – MÓDULO 06
De acordo com o tamanho das partículas dispersas, ANOTAÇÕES:
as dispersões podem ser classificadas em:

Suspensão > 100 nm


Solução coloidal (coloide) 1 a 100 nm
Solução verdadeira < 1 nm

CARACTERÍSTICAS

Suspensão:
- Partículas visíveis em microscópio comum
- Partículas separáveis por filtros comuns
- Partículas sedimentam em centrífuga comum

Coloide:
- Partículas visíveis em ultramicroscópio
- Partículas separáveis por ultrafiltros
- Partículas sedimentam em ultracentrífuga

Solução:
- Partículas não são visíveis em microscópio
- Partículas não são separáveis por filtros
- Partículas não sedimentam em centrífuga

Nosso estudo mais aprofundado ficará na parte de


soluções, onde vamos estudar suas classificações,
características, solubilidade e formas de se calcular a
concentração dessas soluções.
Resumo teórico – MÓDULO 06
SOLUÇÕES ANOTAÇÕES:

Uma solução é um sistema formado por uma


substância dissolvida em outra. A substância que está
sofrendo a dissolução é o soluto. A substância que
promove a dissolução é o solvente.

CLASSIFICAÇÃO

Quanto ao estado de agregação:

Solução Sólida: os componentes desse tipo de


solução se encontram no estado sólido (à
temperatura ambiente).

Solução Líquida: o solvente dessa solução se


encontra no estado líquido.

Solução Gasosa: todos os componentes dessa


solução se encontram no estado gasoso.

Quanto à razão soluto/solvente:

Solução diluída: a quantidade de soluto é muito


pequena em relação à de solvente, sendo assim, o
soluto está completamente dissolvido.

Solução concentrada: a quantidade de soluto é


grande em relação à de solvente. A maioria das
substâncias tem sua solubilidade aumentada com o
aumento da temperatura.

Quanto à natureza das partículas:

Solução iônica: as partículas dispersas se encontram


na forma de íons. Dessa forma, são capazes de
conduzir corrente elétrica. Estas soluções também
são chamadas de soluções eletrolíticas.

Solução molecular: as partículas dispersas neste caso


são moléculas. São também chamadas de solução
não-eletrolítica, pois, normalmente, não conduzem
corrente elétrica. Só conduzem se ocorrer o processo
de ionização com o soluto (como no caso dos ácidos).
Resumo teórico – MÓDULO 06
Quanto à quantidade de soluto: ANOTAÇÕES:

Solução insaturada: possui menos soluto dissolvido


que a máxima quantidade permitida para uma certa
quantidade de solvente, numa certa temperatura.
(a quantidade de soluto dissolvido está abaixo do Cs.)

Solução saturada: a quantidade de soluto é a máxima


permitida para uma certa quantidade de solvente,
numa certa temperatura.
(a quantidade de soluto dissolvido está exatamente no do
Cs, podendo apresentar precipitado ou não. Esse é o único
tipo de solução que pode apresentar precipitado ou corpo
de fundo).

Solução supersaturada: a quantidade de soluto é


maior que a máxima permitida. Esse sistema é muito
instável. Qualquer perturbação e o excesso se soluto
precipita.
(a quantidade de soluto dissolvido está acima do Cs, porém
essa solução é muito instável e qualquer perturbação do
sistema faz o excesso de soluto dissolvido precipitar.)

Graficamente:
Cada área do gráfico refere-se a um dos tipos de
soluções possíveis, de acordo com a quantidade de
soluto em relação ao Cs.

Pontos abaixo da curva de solubilidade representam uma


solução insaturada (Ponto A, no exemplo)

Pontos exatamente sobre a curva de solubilidade


representam uma solução saturada (podendo ou não ter
precipitado) (Ponto B, no exemplo)

Pontos acima da curva de solubilidade representam uma


solução supersaturada (Ponto C, no exemplo).
Resumo teórico – MÓDULO 06
COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE (Cs)
ANOTAÇÕES:
É a máxima quantidade de soluto (em gramas) que
pode ser dissolvida numa certa quantidade de
solvente (geralmente 100g), numa dada temperatura
e pressão.

Considerações
A maioria das substâncias tem sua solubilidade
aumentada com o aumento da temperatura.
Os gases têm sua solubilidade diminuída com o
aumento da temperatura.

CURVA DE SOLUBILIDADE
Gráfico que apresenta a variação do Cs em função da
temperatura.

Como regra, podemos tomar que:


Quanto maior a temperatura, maior a solubilidade. A
não ser que a dissolução da substância seja
exotérmica.

Substância que tem sua solubilidade aumentada com


o aumento da temperatura possui dissolução
ENDOTÉRMICA.

Substância que tem sua solubilidade diminuida com o


aumento da temperatura possui dissolução
EXOTÉRMICA.
No gráfico acima, apenas o Li 2SO4 tem dissolução
exotérmica.
Isso é muito comum com os gases também.
Resumo teórico – MÓDULO 06
ÁCIDOS ANOTAÇÕES:

DEFINIÇÃO DE ARRHENIUS:

Ácido é toda substância que, em solução aquosa,


libera como único cátion o íon H+ (H3O+), chamado
hidrônio ou hidroxônio.
HA + H2O  H3O+ + A–
Simplificadamente:
HA  H+ + A–

IONIZAÇÃO:

a. Em única etapa:
HCl  H+ + Cl–
HNO3  H+ + NO3–
H2S  2H+ + S2–
H2SO4  2H+ + SO42–
H3PO4  ____ + _____

b. Em etapas:
H3PO4  H+ + H2PO4–
H2PO4–  H+ + HPO42–
HPO42–  H+ + PO43–
H3PO4  3H+ + PO43–

CLASSIFICAÇÃO:
a. Quanto ao número de elementos:
binário (2 elementos): HCl, H2S, HF, HI
ternário (3 elementos): HNO3, HCN, H3BO3
quaternário (4 elementos): HCNO

b. Quanto ao número de hidrogênios ionizáveis:


monoácido (1 H ionizável): HCl, HNO3, HClO4, H3PO2*
diácido (2 H ionizável): H2S, H2CO3, H2SO4, H3PO3*
triácido (3 H ionizável): H3PO4, H3BO3
Atenção:
H3PO2 H3PO3

H3PO4

Note que os Hidrogênios ionizáveis são aqueles ligados ao


oxigênio.
c. Quanto à presença de oxigênio: ANOTAÇÕES:

Hidrácidos: aqueles que não apresentam oxigênio.


Exemplos: HBr, HI, HCN, H2S

Oxiácidos: aqueles que apresentam oxigênio.


Exemplos: HNO3, H4P2O7, HMnO4 (ácido permangânico)

d. Quanto à força:

Para os hidrácidos:

Fortes: HCl, HBr e HI.


Moderado: HF
Fracos: os demais

Para os oxiácidos:

A maior parte dos oxiácidos podem ser representados por


HxEOy. Para determinar sua força, utilizamos a equação:

=y–x

Sendo: x = nº de H ionizáveis
y = nº de Oxigênios

De acordo com o valor de , temos:

=0 Fraco
=1 Moderado
=2 Forte
=3 Muito forte
Exceções:

H2CO3 é fraco, pois sofre decomposição com muita


facilidade:

H2CO3  H2O + CO2

H3PO3 e H3PO2 são moderados.

e. Quanto ao grau de hidratação:

Orto: é o ácido padrão

Exemplo: O H3PO4 é o ácido fosfórico, mas pode


ser chamado de ortofosfórico, o que não é muito usual.

Meta: Padrão – 1 H2O


H3PO4 – 1 H2O = HPO3 ácido metafosfórico
Piro: (Padrão x 2) – 1 H2O
(H2SO4 x 2) – 1 H2O
H4S2O8 – 1 H2O = H2S2O7 ácido pirossulfúrico
Observação: a força de um ácido pode ser medida através
do grau de ionização: ANOTAÇÕES:

número de moléculas ionizadas


¿
número de moléculas adicionadas

Quanto maior o valor de , mais forte é a espécie.

 < 5%: ácido fraco


5% <  < 50%: ácido moderado
 > 50%: ácido forte

NOMENCLATURA

Hidrácidos: Seguem a estrutura

Ácido + ídrico
Elemento

HCl: ácido clorídrico


HBr: ácido bromídrico
* HCN: ácido cianídrico
* H2S: ácido sulfídrico

Oxiácidos: É necessário conhecer os principais ácidos


padrão, pois a nomenclatura se baseia nele, segundo o
quadro a seguir:

+ 1 Oxigênio: per elemento + ico


Padrão: elemento + ico
– 1 Oxigênio: elemento + oso
– 2 Oxigênio: hipo elemento + oso

Principais ácidos padrão:

Exemplos:

HNO2:

HClO4:

HBrO2:
BASES ANOTAÇÕES:

DEFINIÇÃO DE ARRHENIUS:

Base é toda substância que, em solução aquosa,


libera como único ânion o íon OH –, chamado hidróxido ou
hidroxila.

BOH  B+ + OH–

FORMULAÇÃO:

Toda base é formada por um metal (na forma de cátion)


ligado a OH–. Na fórmula de uma base, o número total de
cargas positivas (do cátion) deve ser igual ao número total
de cargas negativas (do íon hidróxido - OH–).

Cátion Hidróxido Fórmula


Na+ OH– NaOH

Ca2+ OH– Ca(OH)2


OH–

Al3+

Obs.: Somente uma base apresenta como cátion uma


espécie que não é um metal: NH4OH (hidróxido de
amônio). Essa base é proveniente da reação entre a
amônia (NH3) e a água.

NH3(g) + H2O(l)  NH4OH(aq)

Sua dissociação pode ser representada pela equação:

NH4OH(aq)  NH4+(aq) + OH–(aq)

DISSOCIAÇÃO:

NaOH  Na+ + OH–


Ca(OH)2  Ca2+ + 2 OH–
Al(OH)3  Al3+ + 3 OH–
Pb(OH)4  ____ + _____

CLASSIFICAÇÃO:

a. Quanto ao número de íons hidroxila:

monobase: NaOH, KOH, AgOH


dibase: Ca(OH)2, Ba(OH)2, Zn(OH)2
tribase: Al(OH)3, Cr(OH)3
tetrabase: Pb(OH)4, Mn(OH)4
b. Quanto à solubilidade:
ANOTAÇÕES:
Solúveis (totalmente solúveis):
Bases da família 1 (1A) e de NH4+
Parcialmente solúveis:
Bases de Ca2+, Sr2+ e Ba2+.

Insolúveis (Praticamente insolúveis):


As demais bases.

c. Quanto à força:

A força está relacionada à capacidade da base de


liberar o OH– em solução. Assim, são fortes as bases que
possam se dissolver (exceto o NH4OH).

Fortes: bases da família 1 (1A), Ca2+, Sr2+, Ba2+.


Fracas: as demais

NOMENCLATURA

Segue a estrutura

Hidróxido de carga
*

Cátion

*A carga NÃO será indicada no nome se o cátion da base


pertencer às famílias 1 ou 2 (1A ou 2A) ou for Ag +, Zn2+,
Al3+ ou NH4+.
Quando a carga for indicada, deve-se utilizar
algarismo romano.

NaOH: hidróxido de sódio (“soda cáustica”)


Ca(OH)2: hidróxido de cálcio (“cal hidratada”)
Mg(OH)2: hidróxido de magnésio (“leite de magnésia”)
Fe(OH)2: hidróxido de ferro II
Fe(OH)3: hidróxido de ferro III

Obs.: Nomenclatura de Stokes

Carga mais baixa: nome do metal + oso


Carga mais alta: nome do metal + ico

Exemplos:

Fe2+ origina o Fe(OH)2  hidróxido ferroso


Fe3+ origina o Fe(OH)3  hidróxido férrico
Ni2+ origina o Ni(OH)2 
Ni3+ origina o Ni(OH)3 
INDICADORES ÁCIDO-BASE ANOTAÇÕES:

São substâncias orgânicas que assumem coloração


diferente de acordo com o meio (ácido, básico ou neutro).
São exemplos de indicadores ácido-base: fenolftaleína,
alaranjado de metila, tornassol, azul de bromotimol.
Alguns indicadores naturais também podem ser utilizados,
como o suco do repolho roxo.
Dois indicadores de grande importância em nosso estudo
são:
INDICADOR MEIO ÁCIDO MEIO BÁSICO
Fenolftaleína Incolor Vermelho
(Rosa)
Tornassol Vermelho Azul

Repolho roxo, em meio aquoso, fica vermelho em contato


com ácido, verde em contato com base e roxo quando
neutro.
Resumo teórico – MÓDULO 07

SAL ANOTAÇÕES:

Sais são compostos iônicos que provêm de uma


reação de neutralização entre um ácido e uma base:

Ácido + Base  Sal + H2O

Exemplos:

HI + NaOH  NaI + H2O


H2SO4 + 2NaOH  Na2SO4 + 2 H2O

A neutralização pode ser total ou parcial.

a. Neutralização Total:

Será uma neutralização total quando todo H + for


neutralizado por OH–. No sal formado não restarão H+ nem
grupos OH–. O sal formado é chamado SAL NEUTRO.

Exemplo:

Ca(OH)2 + 2HNO3 

b. Neutralização Parcial:

Será uma neutralização parcial quando restar H+ ou


OH não neutralizado. No sal formado estarão presentes H +

ou OH– na fórmula.

Exemplo:

1Ca(OH)2 + 1HNO3 

O sal proveniente de neutralização parcial pode


apresentar grupos OH– na fórmula, sendo chamado de sal
básico ou hidroxissal ou pode apresentar H+, sendo
chamado de sal ácido ou hidrogenossal.

DISSOCIAÇÃO DE SAIS
Sais sofrem dissociação iônica quando fundidos ou
em solução aquosa, liberando seus íons:
Exemplos:
KCl  K+ + Cl–
Na3PO4  3 Na+ + PO43–
Al2(SO4)3  2 Al3+ + 3 SO42–
Na2CO3 
NH4CN 
Ca3(PO4)2 
Fe(NO3)2
MgCO3 
Resumo teórico – MÓDULO 07
NOMENCLATURA DOS SAIS
ANOTAÇÕES:
SAL NEUTRO  Segue a estrutura:

de carga
*

Ânion Cátion

*A carga NÃO será indicada no nome se o cátion pertencer


às famílias 1 ou 2 (1A ou 2A) ou for Ag+, Zn2+, Al3+ ou NH4+.

Quando a carga for indicada, deve-se utilizar


algarismo romano.

O nome do ânion deriva do nome do ácido que o originou,


segundo a tabela:

Terminação do Ácido Terminação do Ânion


ico ato
ídrico eto
oso ito

Para os principais hidrácidos, temos:

Ácido Ânion
Fórmula Nome Fórmula Nome
HCl Clorídrico Cl– Cloreto
HBr Bromídrico Br– Brometo
HI Iodídrico I– Iodeto
H 2S Sufídrico S2– Sulfeto
HCN Cianídrico CN– Cianeto

Para os principais oxiácidos padrão, temos:

Ácido Ânion
Fórmula Nome Fórmula Nome
H3PO4 Fosfórico PO43– Fosfato
H2SO4 Sulfúrico SO42– Sulfato
HClO3 Clórico ClO3– Clorato
H3BO3 Bórico BO33– Borato
H2CO3 Carbônico CO32– Carbonato
HNO3 Nítrico NO3– Nitrato

Exemplos:

NaCl: cloreto de sódio


CaCl2:
KNO2: nitrito de potássio
Na2CO3:
FeSO4:
Cu(NO3)2:
Al2(CO3)3:
: Fosfato de potássio
: Nitrito de chumbo IV
: Sulfeto de cromo III
Resumo teórico – MÓDULO 07
NaCaPO4: fosfato de sódio e cálcio

SAL ÁCIDO  Segue a estrutura: KAl(SO4)2: sulfato de potássio e alumínio


Mg(NH4)PO4: fosfato de magnésio e amônio
Hidrogeno de carga
* ANOTAÇÕES:
Ânion Cátion

Obs.: De acordo com o número de hidrogênios (H+) da


fórmula, acrescentam-se os prefixos numéricos gregos
mono, di, tri, tetra, etc.

NaH2PO4: di-hidrogeno fosfato de sódio


Na2HPO4:
MgHCO3:

SAL BÁSICO  Segue a estrutura:

Hidróxi de carga
*

Ânion Cátion

Obs.: De acordo com o número de hidroxilas (OH–) da


fórmula, acrescentam-se os prefixos numéricos gregos
mono, di, tri, tetra, etc.

Al(OH)2F: diidroxifluoreto de alumínio


Ca(OH)Cl:
Fe(OH)2NO3:

FORMULAÇÃO DOS SAIS


A fórmula de um sal contém o mesmo número de
cargas positivas e negativas. Assim, para se montar uma
fórmula, basta que a quantidade de cargas positivas dos
cátions seja igual às cargas negativas dos ânions.

Exemplo:
Íons Cátions Ânions Fórmula
Na+ e Cl– Na+ Cl– NaCl
Ca2+ NO3–
Ca2+ e NO3– Ca(NO3)2
NO3–

Al3+ e SO42–

NH4+ e
PO43–

Mg2+ e
ClO4–

CLASSIFICAÇÃO DOS SAIS


SAL DUPLO: apresenta dois tipos de cátions ou ânions.
Resumo teórico – MÓDULO 07

SAL HIDRATADO: apresenta molécula de água em sua ANOTAÇÕES:


estrutura cristalina.

CaCl2 . 2H2O: cloreto de cálcio di-hidratado


Na2SO4 . 10H2O: sulfato de sódio decaidratado

SOLUBILIDADE DOS SAIS

IMPORTANTE salientar:
a) Todos os sais de metais alcalinos e de amônio (NH 4+) são
solúveis.
b) Todos os nitratos (NO3–) são solúveis.
Resumo teórico – MÓDULO 07

AMETAL + OXIGÊNIO
HIDROGÊNIO + OXIGÊNIO

EXEMPLO:

ÓXIDOS N2O, CO2, N2O3, SO2, SiO2


ANOTAÇÕES:
São compostos binários onde o oxigênio é o elemento mais
eletronegativo e apresenta NOX igual a – 2.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE LIGAÇÃO:

a. Óxido iônico:

Um metal está ligado ao oxigênio (ametal):

METAL + OXIGÊNIO

EXEMPLO:

Na2O, CaO, Fe2O3

NOMENCLATURA:

Óxid d Cátio carga


o e n *

*Carga: NÃO será indicada se o cátion for das famílias 1


(1A) ou 2 (2A) ou ainda for prata (Ag +), zinco (Zn2+) ou
alumínio (Al3+).
Se for indicada, utilizar algarismo romano.

Exemplos:

Na2O: Óxido de sódio


MgO: Óxido de magnésio
FeO: Óxido de ferro II
Fe2O3: Óxido de ferro III
Cu2O: Óxido de cobre I
CuO: Óxido de cobre II

Nomenclatura de Stokes:

Metais que apresentam mais de uma carga (Nox), podem


ser nomeados da seguinte forma:

- O elemento que possuir o menor Nox terá sufixo OSO.

- O elemento que possuir o maior Nox terá sufixo ICO.

Exemplos:

FeO: Óxido ferroso Cu2O: Óxido cuproso


Fe2O3: Óxido férrico CuO: Óxido cúprico

b. Óxido molecular:

Um ametal está ligado ao oxigênio (ametal):


Resumo teórico – MÓDULO 07

b) ÓXIDO ÁCIDO (OU ANIDRIDO)

São óxidos que, em presença de água, formam os


respectivos ácidos, ou seja, apresentam caráter ácido. O
elemento que compõe esse tipo de óxido são os ametais
(exceto CO, NO e N2O).
NOMENCLATURA:
ANOTAÇÕES:
Pref. óxid d Pref. element
+
1 o e 2 o

Prefixo 1: indica o número de átomo de oxigênio.

Prefixo 2: indica o número de átomo do elemento.

Obs.: mono só será utilizado para o oxigênio.

CO2: Dióxido de carbono


CO: Monóxido de carbono
N2O3: Trióxido de dinitrogênio
SO2: Dióxido de enxofre
SO3: Trióxido de enxofre
P2O5: Pentóxido de difósforo

TIPOS DE ÓXIDO

a) ÓXIDO BÁSICO

São óxidos que, em presença de água, formam as


respectivas bases, ou seja, apresentam caráter básico. O
elemento que compõe esse tipo de óxido são os metais,
especialmente os das famílias 1 (1A) e 2 (2A).

Reação com água

Óxido básico + água  Base

Na2O + H2O  2 NaOH


MgO + H2O  Mg(OH)2
FeO + H2O  Fe(OH)2
Fe2O3 + 3 H2O  2 Fe(OH)3
Cu2O + H2O  2 CuOH
CuO + H2O  Cu(OH)2

Reação com ácido

Óxido básico + ácido  Sal + água

Na2O + H2SO4  Na2SO4 + H2O


MgO + 2 HCl  MgCl2 + H2O
Fe2O3 + 6 HNO3  2 Fe(NO3)3 + 3 H2O
Resumo teórico – MÓDULO 07
N2O: óxido nítrico

Obs.: O fato de não reagirem com água, ácidos ou bases


não significa que não possam participar de outras reações.
O CO, por exemplo, pode sofrer combustão segundo a
equação a seguir:

2 CO + O2  2 CO2
NOTA: A nomenclatura dos óxidos ácidos pode ser ANOTAÇÕES:
derivada do ácido que origina o óxido por desidratação:

Exemplos:

H2CO3 – H2O = CO2  anidrido carbônico


2 HNO2 – H2O = N2O3  anidrido nitroso
2 HNO3 – H2O = N2O5  anidrido nítrico
H2SO3 – H2O = SO2  anidrido sulfuroso
H2SO4 – H2O = SO3  anidrido sulfúrico
2 H3PO4 – 3 H2O = P2O5  anidrido fosfórico

Reação com água

Óxido ácido + água  Oxiácido

CO2 + H2O  H2CO3


B2O3 + 3 H2O  2 H3BO3
N2O3 + H2O  2 HNO2
N2O4 + H2O  HNO2 + HNO3
SO2 + H2O  H2SO3
SO3 + H2O  H2SO4
P2O3 + 3 H2O  2 H3PO3
P2O5 + 3 H2O  2 H3PO4

Reação com base

Óxido ácido + base  Sal + água

CO2 + Ca(OH)2  CaCO3 + H2O


B2O3 + 6 LiOH  2 Li3BO3 + 3 H2O
N2O3 + Mg(OH)2  Mg(NO2)2 + H2O
3 SO3 + 2 Fe(OH)3  Fe2(SO4)3 + 3 H2O

c) ÓXIDO NEUTRO (OU INDIFERENTE)

São óxidos que não reagem nem com a água, nem com os
ácidos e nem com as bases. São eles:

CO: monóxido de carbono


NO: óxido nitroso
Resumo teórico – MÓDULO 07
Óxido duplo Pb3O4  2PbO.PbO2

Manganês (Mn) Mn2+ Mn3+


Óxido MnO Mn2O3
Óxido duplo Mn3O4  MnO.Mn2O3
d) ÓXIDO ANFÓTERO ANOTAÇÕES:

São aqueles que reagem tanto com ácidos quanto com


bases, dando sal e água. Os mais importantes são o Al 2O3 e
o ZnO.

Comportamento básico:

Al2O3 + 6 HCl  2 AlCl3 + 3 H2O

Comportamento ácido:

Al2O3 + 2 NaOH  2 NaAlO2 + H2O

Comportamento básico:

ZnO + 2 HCl  ZnCl2 + H2O

Comportamento ácido:

ZnO + 2 NaOH  Na2ZnO2 + H2O

Tanto o Al quanto o Zn, quando reagem com uma base,


fazem parte do ânion:

AlO2─: íon aluminato


ZnO2─2: íon zincato

e) ÓXIDO DUPLO (MISTO OU SALINO)

São formados obrigatoriamente pela associação de dois


óxidos de um mesmo elemento químico.
Um óxido duplo apresenta a fórmula geral M3O4, sendo M
um elemento metálico que apresenta a capacidade de
formar dois ou mais cátions.

Exemplo:

Ferro (Fe) Fe2+ Fe3+


Óxido FeO Fe2O3
Óxido duplo Fe3O4  FeO.Fe2O3

Chumbo (Pb) Pb2+ Pb4+


Óxido PbO PbO2
Resumo teórico – MÓDULO 07

PERÓXIDOS
ANOTAÇÕES:
Compostos que apresentam o grupo peróxido:

Pode apresenta-se como compostos moleculares ou


iônicos.

Molecular: Iônico
H 2O 2 Na2O2

Peróxido de hidrogênio Peróxido de sódio

Obs.: O Peróxido de hidrogênio (H2O2) em solução


aquosa forma o que conhecemos como “água
oxigenada”, utilizada como agente desinfetante.

HIDRETOS
São os compostos binários de hidrogênio, divididos em
hidretos iônicos e moleculares.

Hidretos iônicos (ou metálicos)

O hidrogênio, que apresenta Nox igual a – 1, está ligado a


metais alcalinos e alcalinos terrosos.

Exemplos: LiH, NaH, CaH2

Características:
- são sólidas (à temperatura ambiente)
- altos pontos de fusão
- possuem caráter alcalino

Hidretos moleculares

O hidrogênio, que faz ligação covalente e possui Nox igual


a + 1, está ligado a ametais e semi-metais (famílias 13 a
17).

Exemplos: CH4, NH3, PH3, H2S

Características:
- líquidas ou gasosas (à temperatura ambiente)
- voláteis
- baixos pontos de fusão e ebulição
Resumo teórico – MÓDULO 07
Resumo teórico – MÓDULO 08
SÍNTESE OU ADIÇÃO decomposição da água.
ANOTAÇÕES:
GENERICAMENTE:
A+BC

Reação entre duas ou mais moléculas originando um


só tipo de produto.

2 Mg + O2  2 MgO

Note que a reação entre duas substâncias, magnésio


(Mg) e gás oxigênio (O2), deu origem a um único
produto: MgO (óxido de magnésio).

Outros exemplos:

2 H2 + O2  2 H2O
2 NO2  N2O4
CaO + CO2  CaCO3

ANÁLISE OU DECOMPOSIÇÃO

GENERICAMENTE:
CA+B

Reação na qual um único tipo de reagente origina


duas ou mais moléculas no produto (iguais ou
diferentes).

NH4Cl  NH3 + HCl

Note que a um único reagente (NH 4Cl) deu origem a


dois produtos: NH3 (amônia) e ácido clorídrico (HCl).

De acordo com a fonte que promove a


decomposição, temos:

a. PIRÓLISE: a reação é causada pelo calor ().

CaCO3  CaO + CO2


2 KClO3  2 KCl + 3 O2

b. FOTÓLISE: a reação é causada pela luz ().

2 H2O2  2 H2O + O2
2 AgCl  2 Ag + Cl2

c. ELETRÓLISE: a reação é causada pela passagem de


corrente elétrica (i).

2 NaCl  2 Na + Cl2 (eletrólise ígnea)


2 H2O  2 H2 + O2 (eletrólise aquosa)

É possível obter hidrogênio e oxigênio através da


Resumo teórico – MÓDULO 08
F > O > N > Cl > Br > I > S > C > P
DESLOCAMENTO OU SIMPLES TROCA ANOTAÇÕES:

GENERICAMENTE:
A + BC  AC + B

Reação entre uma substância simples e uma


substância composta originando uma nova simples e
uma nova composta.

Na + AgNO3  NaNO3 + Ag (Deslocamento do cátion)


Cl2 + 2 NaBr  2 NaCl + Br2 (Deslocamento do ânion)

DUPLA TROCA

GENERICAMENTE:
AB + CD  CB + AD

Reação na qual duas substâncias compostas trocam


de partes entre si formando duas novas substâncias
compostas.

H2SO4 + BaCl2  BaSO4 + 2HCl

Perceba que o ácido sulfúrico (H2SO4) e o cloreto de


bário (BaCl2) – substâncias compostas – trocaram de
partes entre si (os H+ pelo Ba2+) formando o sulfato de
bário (BaSO4 insolúvel) e ácido clorídrico (HCl).

CONDIÇÕES DE OCORRÊNCIA
DESLOCAMENTO OU SIMPLES TROCA

Para que a reação ocorra, a substância simples deve


ser mais reativa que a parte da composta que ela irá
substituir.

ATENÇÃO: Metal desloca metal ou hidrogênio.


Ametal desloca ametal.

Fila de reatividade dos metais:

Li > K > Ca > Na > Mg > Al > Zn > Cr > Fe > Ni > Sn > Pb
> H > Cu > Hg > Ag > Pt > Au

Os metais destacados em verde são considerados


nobres (não reagem com solução ácida, pois são
menos reativos que o Hidrogênio).

Fila de reatividade dos ametais:

Podemos usar a mesma fila da eletronegatividade,


apesar de alguns desses ametais não se envolverem
em reações de deslocamento.
Resumo teórico – MÓDULO 08
NH4OH  NH3(g) + H2O
OCORRE OU NÃO OCORRE? ANOTAÇÕES:

1. Sn(s) + 2 Cu(NO3)2(aq)  Sn(NO3)4(aq) + 2 Cu(s)

Sim, pois o Sn é mais reativo que o Cu.

2. Cl2(g) + 2 NaF(aq)  2 NaCl(aq) + F2(g)

Não, pois o Cl é menos reativo que o F.

3. 2 Au(s) + MgCl2(aq)  2 AuCl(aq) + Mg(s)

Não, pois o Au é menos reativo que o Mg.

4. Zn(s) + 2 HCl(aq)  ZnCl2(aq) + H2(g)

Sim, pois o Zn é mais reativo que o H.

5. F2(s) + CaBr2(aq)  CaF2(s) + Br2(g)

Sim, pois o F é mais reativo que o Br.

DUPLA TROCA

Para que a reação ocorra, uma das seguintes


condições deve ser satisfeita:

1. Formação de produto insolúvel (precipitado).

Esse teste normalmente é feito para bases e sais.


Para isso, é necessária a análise da tabela de
solubilidade dos sais:

2. Formação de produto volátil (ou instável)

A formação de um produto gasoso ou que seja volátil


garante a ocorrência da reação. É preciso ficar
atento, também, à formação de substâncias instáveis
que facilmente se decompõem em substâncias
gasosas:
H2CO3  H2O + CO2(g)
H2SO3  H2O + SO2(g)
Resumo teórico – MÓDULO 08

3. Formação de produto mais fraco


ANOTAÇÕES:
Se houver a formação de um ácido ou base mais
fracos que o existente no reagente, a reação ocorre.
Para tanto, não se esqueça da força de ácidos e
bases.
Força dos ácidos:

Força das bases:

Fortes: bases do grupo 1 (família 1A), Ca(OH) 2,


Sr(OH)2, Ba(OH)2.

Fracas: as demais.

OCORRE OU NÃO OCORRE?

1. NaCl(aq) + AgNO3(aq)  NaNO3(aq) + AgCl(s)

Sim, pois o AgCl é um sal insolúvel.

2. K2SO4(aq) + 2 NaCl(aq)  Na2SO4(aq) + 2 KCl(aq)

Não, pois o Na2SO4 e o KCl são sais solúveis.

3. NaCN(aq) + HCl(aq)  NaCl(aq) + HCN(g)

Sim, pois o HCN é volátil e mais fraco que o HCl.

4. NH4Br(aq) + Ca(OH)2(aq)  CaBr2(aq) + NH4OH(aq)

Sim, pois o NH4OH é uma base mais fraca que o


Ca(OH)2. Além disso, é instável e sofre decomposição
gerando o gás amônia (NH3): NH4OH  NH3(g) + H2O.

5. H2CO3(aq) + K3PO4(aq)  K2CO3(aq) + H3PO4(aq)

Não, pois o K2CO3(aq) é solúvel e o H3PO4(aq) é mais


forte e menos volátil que o H2CO3.
Resumo teórico – MÓDULO 08
Resumo teórico – MÓDULO 09
TEORIA ATÔMICO-MOLECULAR ANOTAÇÕES:

Unidade de Massa Atômica (u)

Adotou-se como padrão de massas atômicas o isótopo 12


do elemento carbono (12C), ao qual se convencionou
atribuir o valor exato de 12 unidades de massa atômica.
Uma unidade de massa atômica (1 u) corresponde a 1/12
da massa de um átomo de carbono-12.

Massa Atômica (M.A.)

É a massa do átomo expressa em u.

Exemplo:
Quando dizemos que a massa atômica do átomo de S é
igual a 32 u, estamos dizendo que um átomo de S possui
32 vezes mais massa que o padrão adotado (1/12 da massa
do átomo de C-12).

Obs.: Massa Atômica de um Elemento

O valor da massa de um elemento, que será anotada na


tabela periódica, é a média ponderada das massas dos
isótopos possíveis daquele elemento.

Por exemplo, o cloro é constituído por uma mistura de 2


isótopos de massas atômicas 35 e 37u

A massa atômica do cloro é dada pela média ponderada


das massas isotópicas:
Resumo teórico – MÓDULO 09
ANOTAÇÕES:

Esse é o valor do elemento cloro na tabela periódica. Não


existe na natureza um átomo de cloro de massa 35,5u.
Existem apenas os de massa 35u e 37u. O valor 35,5u é a
massa média dos átomos de cloro numa amostra desse
elemento.

Massa Molecular (M.M.)

Os átomos reúnem-se para formar moléculas. A massa das


moléculas é a soma das massas atômicas dos átomos que
as constituem.

Exemplo

Qual a massa molecular da água - H2O?

H = 1u x 2 = 2u
O = 16u x 1 = 16u
Somando temos: 18u

Qual a “massa molecular” do Ca(NO3)2?

Ca = 40u x 1 = 40u
N = 14u x 1 x 2 = 28u
O = 16u x 3 x 2 = 96u
Somando temos: 164u

Qual a “massa molecular” do CuSO4 . 5H2O?


O “.” Indica hidratação. Calculamos o CuSO 4 e somamos
com 5 moléculas de água
CuSO4 . 5H2O
Cu = 63,5u x 1 = 63,5u H = 1u x 2 = 2u
S = 32u x 1 = 32u O = 16u x 1 = 16u
O = 16u x 4 = 64u +
Somando temos: Somando temos: 18u
159,5u 5 x 18u = 90u

Massa total: 159,5u + 90u = 249,5u

Para compostos iônicos como o Ca(NO3)2 e o CuSO4 . 5H2O,


não deveria ser utilizado o termo “massa molecular”, uma
vez que eles não são moléculas. Mas o uso consagrou esse
termo tanto para compostos moleculares (de ligações
covalentes) quanto para compostos iônicos.
Resumo teórico – MÓDULO 09
Constante de Avogadro ANOTAÇÕES:

Indica o número de entidades presentes na massa em


gramas que é numericamente igual à massa atômica ou
molecular de uma substância.
Esse valor é igual à 6,02 x 1023 entidades.
Exemplo:

MA do C = 12 u  Tomando-se 12g de átomos de carbono,


teríamos ali 6,02 x 1023 átomos de C.

MM do CH4 = 16 u  Tomando-se 16g de moléculas de


metano (CH4), teríamos ali 6,02 x 1023 moléculas de CH4.

MA do Al = 27 u  Tomando-se 27g de átomos de


alumínio, teríamos ali 6,02 x 1023 átomos de Al.

MM do H2SO4 = 98u  Tomando-se 98g de moléculas de


ácido sulfúrico, teríamos ali 6,02 x 1023 moléculas de H2SO4.

MA do Ca = 40 u  Tomando-se 40g de átomos de cálcio,


teríamos ali 6,02 x 1023 átomos de Ca.

O conceito de Mol

Mol, segundo a União Internacional da Química Pura e


Aplicada (IUPAC), é a quantidade de matéria que contém
tantas entidades elementares quantos são os átomos
contidos em 0,012 kg do C-12.

Simplificando: Mol é um termo que representa o número


de entidades equivalente à Constante de Avogadro:

1 mol  6,02 x 1023 entidades

ou

1 mol  6,0 x 1023 entidades (forma mais usual)

Exemplo:

NH3  M.M. = 14u x 1 + 1u x 3 = 17u

17g de NH3  6,0 x 1023 moléculas  1 mol de NH3

SO3  M.M. = 32u x 1 + 16u x 3 = 80u

80g de SO3  6,0 x 1023 moléculas  1 mol de SO3

Ag  M.A. = 108u

108g de Ag  6,0 x 1023 átomos  1 mol de Ag


Resumo teórico – MÓDULO 09
Marxício: ANOTAÇÕES:

Um balão contém 8g de gás hélio (He = 4u). Quantos mols


de hélio existem no balão?

Massa Molar (M)

É a massa de 1 mol de substância, dada em gramas.


A massa molar de uma substância é numericamente igual à
massa atômica ou molecular daquela substância, porém,
expressa em gramas.

Unidade de medida: g/mol

Exemplo
Fe (MA = 56 u)

Logo, 1 mol de ferro tem 56g. Assim, a massa molar do


ferro é 56 g/mol.
MFe = 56 g/mol

Exemplo
NaOH (“MM” = 40 u)

Logo, 1 mol de hidróxido de sódio tem 40g. Assim, a massa


molar do hidróxido de sódio NaOH é 40 g/mol.
MNaOH = 40 g/mol

Quantidade de matéria (n)

Indica o número de mols presente numa amostra.

Matematicamente:

Onde:
n: quantidade de matéria (mol)
m: massa de amostra (g)
M: massa molar da substância (g/mol)
Resumo teórico – MÓDULO 09
Obs.: ANOTAÇÕES:

A quantidade de matéria pode ser também obtido por


regra de três.

Exemplo:

Um balão contém 48g de CH4. Qual a quantidade de


matéria presente no balão?

Ou, através de regra de três:


Resumo teórico – MÓDULO 09
Cálculo de Fórmulas Químicas ANOTAÇÕES:

Fórmula percentual

Diz respeito à porcentagem, em massa, de cada átomo na


molécula. É obtida pela divisão da massa total de
determinado átomo pela massa total da massa da
molécula, e o resultado é multiplicado por 100.

Exemplo:

Na glicose (C6H12O6) a massa atômica de 180u.

Calculamos a massa total que cada átomo tem ma


molécula e, em seguida, pode-se fazer uma regra de três,
onde a massa total da molécula é 100% e a massa total do
átomo representa x%.

Ou, de outra maneira, dividir a massa total do átomo pela


massa tolta da molécula e multiplicar por 100.

Carbono: 12u x 6 = 72u ---> (72/180) x 100 = 40%


Hidrogênio: 1u x 12 = 12u ---> (12/180) x 100 = 6,7%
Oxigênio: 16u x 6 = 96u ---> (96/180) x 100 = 53,3%

Então, a fórmula percentual de uma molécula de glicose


será C40%H6,7%O53,3%.

Fórmula mínima ou empírica

Indica a proporção de cada elemento no composto,


através dos menores valores inteiros (em mol) possíveis.

Há duas formas de obtê-la:

1. A primeira forma é conhecendo a fórmula molecular:

Sabendo que a molécula de glicose tem fórmula molecular


C6H12O6, bastaria dividir todos os índices (o número no
“pezinho” do átomo) por um valor que deixasse todos com
o menos valor possível. Nesse caso, seria o 6.

Assim, a fórmula mínima da glicose seria: CH2O.

2. A segunda forma de se obter é a partir da fórmula


percentual.

Devemos encontrar a quantidade de matéria de cada


elemento.

Passo a passo para resolução:

1. Tomar cada % como massa.


2. Dividir cada massa pela respectiva massa atômica.
3. Dividir cada massa pelo menor resultado obtido.
4. Se necessário, multiplicar por valor adequado.
Resumo teórico – MÓDULO 09
Determine a fórmula mínima do N35%H5%O60%. ANOTAÇÕES:

Passos 1 e 2:

Passo 3:

Nesse caso, se fez necessário o passo 4 (nem sempre será)

Então, a fórmula mínima desse composto seria N2H4O3.


Algumas vezes, a fórmula mínima e a fórmula molecular de
um composto serão as mesmas.

Fórmula molecular

Indica o número de átomos de cada elemento na


substância.

Representa também a quantidade de matéria (“número de


mols”) de cada elemento por mol de substância.

Para obter a fórmula molecular de uma substância, deve-


se conhecer sua fórmula mínima e sua massa molecular.

A fórmula molecular será tantas vezes maior quanto for


maior a massa molecular em relação à massa da fórmula
mínima.

Como determinar:
1. Determinar a massa da fórmula mínima.
2. mm . X = MM
3. fm . X = F.M.

mm: massa da fórmula mínima


MM: Massa Molecular
fm: fórmula mínima
FM: Fórmula Molecular
Resumo teórico – MÓDULO 09
Exemplo: ANOTAÇÕES:

Um composto apresenta fórmula mínima CH2. Sabendo


que sua massa molecular é 42u, determine sua fórmula
molecular.
Dados: H = 1u ; C = 12u

Primeiro, determinar a massa da fórmula mínima:

Segundo, usar a relação mm . X = MM

14u . X = 42u
X = 42u/14u
X=3

Terceiro, multiplicar a fórmula mínima pelo fator X, no


caso, 3.

fm . X = FM
(CH2) . 3 = FM
FM = C3H6

A fórmula molécular do composto em questão é C3H6.


Resumo teórico – MÓDULO 10
aproximam, não há muito tempo hábil para que as forças
ESTUDO DOS GASES
intermoleculares atuem.
ANOTAÇÕES:
O QUE É UM GÁS?

Gás é uma espécie na fase gasosa que se encontra acima


da sua temperatura crítica. Não pode ser liquefeito
somente por compressão. Para isso, deverá ser aumentada
e pressão e diminuída a temperatura.

TEORIA CINÉTICA

Visa definir o que é um gás e como ele se comporta, além


de relacionar o comportamento macroscópico de um gás
com o movimento das moléculas.
Nota: chamaremos a espécie gasosa de molécula, mesmo
sabendo que em alguns casos serão átomos (gases
nobres).

Toda teoria é fundamentada na existência de um gás


ideal. Sobre o gás ideal, temos:
1. O volume das moléculas é desprezível frente ao volume
do recipiente que elas ocupam. Há um grande espaço vazio
entre as moléculas.
2. Um gás apresenta movimento desordenado, retilíneo e
contínuo. Pode haver velocidades diferentes entre as
moléculas.
3. Não existem forças de atração intermoleculares. A única
energia das moléculas é a energia cinética.
4. As colisões entre as moléculas ou contra as paredes do
recipiente são perfeitamente elásticas. Não há perda de
energia, mas a velocidade das moléculas pode mudar.

GÁS IDEAL E GÁS REAL

Supomos a existência de um gás ideal, porém, nos


sistemas que trabalhamos normalmente, os gases são
reais. Para que um gás real possa se aproximar do
comportamento de um gás ideal, devemos diminuir ao
máximo as interações intermoleculares. Para isso, o gás
real deve ter:
I. Baixa pressão: o que implica em poucas moléculas no
recipiente, afastando bastante as espécies.
II. Alta temperatura: assim, quando as moléculas se
Resumo teórico – MÓDULO 10
temperatura deve ser utilizada sempre em Kelvin nos
cálculos.
COMPORTAMENTO CINÉTICO E TEMPERATURA ANOTAÇÕES:

A maior parte das moléculas dentro de um sistema


apresentará a mesma velocidade quanto menor for sua
temperatura. Note no gráfico que, a 300 K, o número de
moléculas que apresentam a mesma velocidade média. Já
em temperatura mais elevadas, esse número cai bastante.
Existirão um número significativo de moléculas muito
rápidas e um número significativo de moléculas muito
lentas.
-

VARIÁVEIS DE ESTADO
O comportamento de um gás é definido através das
variáveis de estado. São elas:

a. Pressão: É o resultado do choque das moléculas contra


as paredes do recipiente.
Unidades usuais:
Atmosfera  atm
Milímetros de mercúrio  mmHg
1 atm = 760 mmHg

b. Volume: É o espaço ocupado pelo gás. Para recipientes


de paredes rígidas, esse volume será o do recipiente.
Unidades usuais:
Mililitro  mL
Litro  L
Centímetro cúbico  cm3
Metro cúbico  m3
1 L = 1000 mL = 1000 cm3
1000 L = 1 m3

c. Temperatura: É a medida do grau de agitação das


moléculas.

Unidades usuais:
Graus Celsius  oC
Kelvin  K
TK = TC = 273

Obs.: Todas as equações propostas para gases consideram


a temperatura na escala absoluta: Kelvin. Portanto, a
Resumo teórico – MÓDULO 10

TRANSFORMAÇÕES GASOSAS

EQUAÇÃO GERAL DOS GASES

Para massa fixa de gás numa transformação.


ANOTAÇÕES:
Relação entre a Pressão e o Volume:
(Sob Temperatura constante)

Relação entre o Volume e a Temperatura:


(Sob Pressão constante)

Relação entre o Pressão e Temperatura:


(Sob Volume constante)

Temos então que:


Resumo teórico – MÓDULO 10

Assim, podemos dizer que numa transformação gasosa


sem variação na massa de gás, a relação (P . V)/ T é ANOTAÇÕES:
constante.

Logo:

Essa é a Equação Geral dos Gases:

Lembrando que a temperatura deve estar em Kelvin.

TRANSFORMAÇÕES GASOSAS

São casos particulares de Equação Geral dos Gases.

a. Transformação isotérmica: a temperatura é constante.


Resumo teórico – MÓDULO 10

b. Transformação isobárica: a pressão é constante. ANOTAÇÕES:

c. Transformação isométrica, isovolumétrica ou isocórica:


o volume é constante.
Resumo teórico – MÓDULO 10

EQUAÇÃO DE ESTADO DOS GASES IDEAIS

Se aplicarmos a equação geral dos gases, mas para massas ANOTAÇÕES:


variáveis de gás, chegaríamos à relação seguinte:

E se pensarmos em uma quantidade qualquer de gás n?

Teríamos então:

Reorganizando e substituindo K por R (existem algumas


teorias que justificam tal substituição), temos a Equação
de estado dos gases ideais:

P.V=n.R.T

P = pressão (em atm ou mmHg)


V = volume (em Litros)
n = quantidade de matéria - número de mols (em mols)
T = temperatura absoluta (em Kelvin)

O valor de R varia de acordo com a unidade da pressão:

Pressão em
atm mmHg
–1 –1
R = 0,082 atm.L.mol .K R = 62,3 mmHg.L.mol–1.K–1

Há uma variante da equação, como segue:


Resumo teórico – MÓDULO 10
Para quaisquer outros valores de Volume Molar fora
dessas condições descritas anteriormente, você pode
calcular através da equação de estado, utilizando para isso
n = 1 mol.

HIPÓTESE DE AVOGRADO
ANOTAÇÕES:

“Volumes iguais de quaisquer gases, nas mesmas


condições de pressão e temperatura, contém o
mesmo número de moléculas (e de mols)”.

Basta pensar em utilizar a expressão P.V = n.R.T em cada


um dos recipientes para determinar a quantidade de
matéria (“número de mols”) tendo o mesmo P, V, T e R. o
n será o mesmo, certamente.

VOLUME MOLAR DE UM GÁS

O volume molar é o volume ocupado por 1 mol de um gás.


Porém, sabemos que o volume de um gás varia em função
da pressão e da temperatura. Assim, para se falar sobre o
volume ocupado por um mol de gás, devemos ter em
mente quais são os valores dessas grandezas.

Nas Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP),


temos:

P = 1 atm ou 760 mm Hg
VM = 22,4 L/mol
T = 0 oC ou 298K

Fique atento para não confundir CNTP com a CATP


Condições Ambientais de Temperatura e Pressão (CATP):

P = 1 atm ou 760 mm Hg
VM = 25,0 L/mol
T = 25 oC ou 298K
Resumo teórico – MÓDULO 10

Como nT = nA + nB, temos:

ANOTAÇÕES:
PRESSÃO PARCIAL DE UM GÁS

“É a pressão que o gás exerceria se estivesse sozinho no


mesmo volume e à mesma temperatura da mistura.”

Mistura

PT . V = nT . R . T

Gás A Gás B

pA . V = nA . R . T pB . V = nB . R . T

Assim, pA é a pressão parcial do gás A e p B é a pressão


parcial do gás B.

A soma das pressões parciais dos gases componentes de


uma mistura gasosa é igual à pressão total do sistema. Esse
é a chamada Lei de Dalton:

PT = pA + pB + ... + pn

PRESSÃO PARCIAL E FRAÇÃO MOLAR

A pressão parcial de um gás está relacionada à fração


molar desse gás na mistura.

Inicialmente, vamos relembrar o que é fração molar.

FRAÇÃO MOLAR é uma forma de concentração que


relaciona a quantidade de matéria (“número de mols”) do
soluto com a da solução. No caso específico de gases,
relaciona a quantidade de um gás (em mol) com o total de
mols da mistura gasosa.

No exemplo que estamos utilizando, temos:

Gás A Gás B
Resumo teórico – MÓDULO 10
Assim, vA é o volume parcial do gás A e vB é o volume
parcial do gás B.

A soma dos volumes parciais dos gases componentes de


uma mistura gasosa é igual ao volume total do sistema.
Esse é a chamada Lei de Amagat:

VT = vA + vB + ... + vn

Posto isso, podemos relacionar a fração molar com a ANOTAÇÕES:


pressão parcial de um gás:

Gás A Mistura
pA . V = nA . R . T PT . V = nT . R . T

Como V, R e T são comuns à mistura e ao gás A, temos:

Logo:

E finalmente:

VOLUME PARCIAL DE UM GÁS

“É o volume que o gás ocuparia se estivesse sozinho à


mesma pressão e temperatura da mistura.”

Mistura

P . V T = nT . R . T

Gás A Gás B

P . vA = nA . R . T P . v B = nB . R . T
Resumo teórico – MÓDULO 10

Como n = m / M, temos:

VOLUME PARCIAL E FRAÇÃO MOLAR ANOTAÇÕES:

O volume parcial de um gás está relacionado à fração


molar desse gás na mistura.

Podemos relacionar a fração molar com o volume parcial


de um gás:

Gás A Mistura
P . vA = nA . R . T P . V T = nT . R . T

Como P, R e T são comuns à mistura e ao gás A, temos:

Logo:

E finalmente:

DENSIDADE GASOSA

A densidade de um gás pode ser expressa por:

Porém, devemos nos lembrar que o volume de um gás


varia em função de pressão e temperatura.
Consequentemente, sua densidade também varia, mas
isso não fica claro na expressão anterior.

DENSIDADE ABSOLUTA

É possível deduzir a relação entre a densidade de um gás e


sua pressão e temperatura.

Sabemos que:
Resumo teórico – MÓDULO 10

Concluindo:

Sob mesma pressão e temperatura, o gás de maior massa


molar é mais denso e afunda no menos denso (que possui
menor massa molar).
Reorganizando, ANOTAÇÕES:

Vejo então, surgir a densidade na expressão:

Finalmente, chegamos a:

e fica clara a relação que a densidade tem com a pressão e


temperatura.

DENSIDADE RELATIVA

Trata da relação entre as densidades de dois gases:

Gás A Gás B

Fazendo a relação entre as densidades dos dois gases,


temos:

Como P, R e T são iguais para os dois gases, segue que:

IMPORTANTE: é comum medirmos a densidade de um gás


em relação ao ar. Para isso, precisamos da massa molar
média do ar, que vale 28,9 g/mol.
Resumo teórico – MÓDULO 10
Resumo teórico – MÓDULO 11
CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO Obs.: Os cálculos para obtenção de valores pedidos no
problema devem ser feitos baseados nos dados do
Para trabalhos em laboratórios ou indústrias, é importante reagente limitante.
conhecer as quantidades de reagentes e produtos ANOTAÇÕES:
envolvidos num processo.

O Cálculo Estequiométrico envolve o cálculo das


quantidades das substâncias envolvidas numa reação
química, por meio da aplicação das leis ponderais
(principalmente a Lei de Proust).

Para facilitar a resolução de problemas que envolvem a


estequiometria, devemos seguir quatro passos:
1. Escrever a equação balanceada que representa o
processo;
2. Fazer uma leitura molar da equação através dos
coeficientes estequiométricos;
3. Passar a proporção em mol para as grandezas usadas no
enunciado do exercício (massa, volume, número de
moléculas, etc):
Mol  massa: utilizar massa molar
Mol  volume (de gás): utilizar volume molar
CNTP (0 oC e 1 atm): 22,4 L/mol
CATP (25 oC e 1 atm): 25,0 L/mol
Mol  moléculas: utilizar constante de Avogadro
(6,02x1023/mol)
4. Utilizar os valores dados do exercício e resolver a regra
de três formada pelos passos 3 e 4.

EXEMPLO: (UERJ) A combustão completa do álcool comum


está representada pela seguinte equação química:

C2H6O(l) + 3O2(g)  2CO2(g) + 3H2O(v)

Considerando que a massa molar do C2H6O é igual a 46


g.mol-1, a massa de álcool que possivelmente foi queimada
para produzir 448 L de gás carbônico a 0 °C e 1 atm,
equivale a:
a) 460 g b) 690 g c) 1560 g d) 1810 e) 448g
g

Casos especiais do cálculo estequiométrico:

I – Reagente limitante e reagente em excesso:

Quando o exercício fornecer as quantidades de dois


reagentes perguntando sobre uma terceira substância,
provavelmente um deles que estará em excesso, ou seja,
nem toda a quantidade que for colocada para reagir,
efetivamente irá reagir. Neste caso, é necessário verificar
se algum dos reagentes está em excesso. A maneira mais
fácil é determinar se estes valores constituem uma
proporção, ou seja, se obedecem à lei de Proust, fazendo
uma multiplicação em cruz. Se estes dois valores são
iguais, eles constituem uma proporção; se forem
diferentes, o excesso estará com o reagente que pertencer
ao maior resultado.
Resumo teórico – MÓDULO 11

Exemplo: na reação de 100 g de NaOH com 73 g de HCl,


uma vez completada a reação, existirá excesso de algum
reagente?

Deve-se verificar se estes valores constituem uma


proporção:

Conclusão: existe excesso de NaOH. Este excesso será


determinddo substituindo o valor incorreto por uma
incógnita  x:

x = 80g de NaOH (é a quantidade de NaOH em proporção


estequiométrica).
Logo, o excesso será: 100 - 80 = 20g.

II – Exercícios envolvendo pureza de reagentes:

Os materiais que participam de um processo químico


geralmente não são puros. Por isso é necessário corrigir a
massa de reagente multiplicando a massa de amostra
através da porcentagem de pureza no quarto passo do
cálculo, ou antes, do início do exercício, passando então a
utilizar na sequência a massa corrigida.

III - Rendimento de uma reação:

O rendimento de uma reação química está relacionado


com vários fatores, tais como:
- Aparelhagem utilizada;
- Capacidade do operador;
- Pureza das substâncias.

Em reações com rendimento diferente de 100%, deve-se


multiplicar, no produto de interesse, o terceiro passo do
cálculo pela porcentagem de rendimento, ou depois, ao
obter uma resposta, corrigir com a porcentagem de
rendimento informada.

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