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Lorena
2018
ISABELA CHAVES VERRESCHI
Lorena
2018
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO
CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE
ABSTRACT
VERRESCHI, I.C. Study about the quality of the treated water of a brewery in order
to improve the efficiency of the process. 2018. 37 f. Monography (Undergraduate
Work) - Escola de Engenharia de Lorena - Universidade de São Paulo, Lorena, 2018.
Water is one of the main raw materials in beer production and requires an efficient
treatment in order to meet the quality parameters stipulated by the Ministry of Health and
brewing standards. This work was based on bibliographical references on the parameters
of water quality for human consumption and its treatment stages. The objective of this
study was to perform improvement proposals for the water treatment plant of the brewery
studied. All water treatment steps were studied and laboratory tests were performed on
pH, turbidity, trihalomethane, chlorine content and dosage efficiency of the products
during the treatment, the latter being carried out by means of a Jar Test, a test where it
was possible to simulate the operation of the water treatment plant.
The results of this work were implemented in the water treatment plant of the brewery in
question and promoted greater control and efficiency of the treatment system. Among the
results, the most relevant were the implementation of the post-chlorination system
directly dosed in the filtered box and, by fine-tuning the chlorine dosage at the end of the
treatment, allowed the reduction of the chlorine dosage in the pre-chlorination of ETA
and consequently promoted a reduction in the formation of THM and complaints in the
sensorial analyzes on high chlorine taste in the water. Another important result was the
use of an aluminum sulfate dosing simulator based on the raw water turbidity and ETA
capitation flow, this simulator promoted the standardization and reduction of 10% to 20%
in the dosages of aluminum sulfate and hydroxide of calcium in water treatment. The
creation and use of the technical standard of recovered water was another striking result
of this work, as it promoted greater control and efficiency of water treatment by ensuring
minimum parameters necessary for water to be recovered and treated without interfering
in the quality of treatment and efficiency of ETA.
Key words: Stages of water treatment, brewing water treatment efficiency, improvement
proposals.
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 11
2. OBJETIVOS ......................................................................................................... 12
2.1. OBJETIVO GERAL...................................................................................... 12
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................... 12
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 13
3.1. PADRÃO DE POTABILIDADE DE ÁGUA ............................................... 13
3.2. PADRÃO MICROBIOLÓGICO DE POTABILIDADE DE ÁGUA........ 13
3.3. PADRÃO DE TURBIDEZ PARA ÁGUA POTÁVEL ............................... 15
3.4. MATÉRIAS PRIMAS PARA PRODUÇÃO CERVEJEIRA .................... 15
3.5. A ÁGUA NA INDÚSTRIA CERVEJEIRA................................................. 16
3.5.1. Especificação Técnica da Água Cervejeira .............................................. 16
3.6. TRATAMENTO DE ÁGUA ......................................................................... 17
3.7. ETAPAS DO TRATAMENTO..................................................................... 19
3.7.1. Coagulação .................................................................................................. 19
3.7.2. Floculação ................................................................................................... 20
3.7.3. Decantação .................................................................................................. 20
3.7.4. Filtração ...................................................................................................... 21
3.7.5. Desinfecção .................................................................................................. 22
4. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................ 24
4.1. MÉTODO DE PESQUISA ............................................................................ 24
4.2. MATÉRIA PRIMA ........................................................................................ 24
4.3. ANÁLISES SENSORIAIS ............................................................................ 24
4.4. DOSAGEM DOS PRODUTOS QUÍMICOS .............................................. 24
4.4.1. Cloro ............................................................................................................ 24
4.4.2. Sulfato de Alumínio e Hidróxido de Cálcio ............................................. 25
4.5. ÁGUA RECUPERADA .................................................................................... 26
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................... 27
5.1. CLORO ........................................................................................................... 27
5.2. DOSAGEM DOS PRODUTOS QUÍMICOS .............................................. 29
5.3. ÁGUA RECUPERADA ................................................................................. 33
6. CONCLUSÃO....................................................................................................... 35
7. CRONOGRAMA .................................................................................................. 36
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 37
11
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
OMS
Parâmetros (em mg/L ou unidade indicada)
VMR VMP
Físicos e Organolépticos
Cor, °Hazen 5 15
Turbidez, UNT 1 5
Sabor Nenhum Nenhum
Odor Nenhum Nenhum
pH 7 - 8,5 6,5 - 8,5
Notas: VMR: valor máximo recomendável; VMP: valor máximo permissível; °H = Graus
Hazen; UNT = unidades nefelométricas de turbidez.
Fonte: Adaptado de RICHTER, 2009.
Notas: (1) Água para consumo humano em toda e qualquer situação, incluindo fontes
individuais como poços, minas, nascentes, dentre outras.
(2) A detecção de Escherichia Coli deve ser preferencialmente adotada.
Fonte: Ministério da Saúde
Também regido pelo Ministério da Saúde, o padrão de turbidez para água potável,
segundo a Portaria no 2.914, de 12 de dezembro de 2011, apresenta critérios que devem
ser atendidos e que estão listados na tabela 3.
Fonte: Do autor.
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Na indústria cervejeira a água está presente durante todo seu processo e por isso
possui um rígido controle de qualidade.
Durante a preparação do mosto a composição iônica da água tem grande influência
na nutrição da levedura e suas propriedades tecnológicas, definindo assim a qualidade e
flavor (sabor) da cerveja ao final do processo. Íons como magnésio, ferro e cobre tem
fundamental importância e devem estar presentes em concentrações suficientes para não
inibir ou promover flavors indesejáveis (BOULTON; QUAIN, 2006).
O controle e regulação do pH da água possui fundamental importância durante o
processo de mosturação, no qual deve ser mantido baixo para maior eficiência na quebra
do amido e proteólise (hidrólise de proteína com ruptura de ligações peptídicas)
(BOULTON; QUAIN, 2006).
Principalmente relacionado a contaminações microbiológicas e químicas, a água
cervejeira deve seguir e atender padrões de pureza, deste modo, é tratada para remover
contaminantes orgânicos e impedir a proliferação e existência de agentes bacterianos
(BOULTON; QUAIN, 2006).
Notas: (1) Partes por milhão. (2) Unidade nefelométrica de turbidez. (3) Partes por
bilhão.
Fonte: Do autor.
Fonte: Do autor
Fonte: Do autor.
3.7.1. Coagulação
3.7.2. Floculação
3.7.3. Decantação
Fonte: Do autor.
Neste tipo de decantador a água entra em sentido ascendente, isto é, de baixo para
cima. Na figura é possível observar a presença de colmeias, as quais têm a função de reter
os flocos formados no fundo do decantador, formando uma manta de lodo. Essa manta é
importante para ajudar a manter os flocos no fundo e evitar que flocos mais leves subam
para a superfície e sejam arrastados para os filtros. Deste modo mantem-se a eficiência
do processo de tratamento da água. Vale ressaltar a importância da limpeza periódica do
decantador para retirar o lodo em excesso.
3.7.4. Filtração
Os flocos presentes na água e que não decantaram na etapa anterior, por terem
uma pequena densidade, seguem para a etapa de filtração onde serão retidos por
elementos filtrantes (PEREIRA, 2011).
Segundo RICHTER, 2009 os elementos filtrantes são essenciais para garantir a
eficiência do filtro e se diferem em tamanho, forma e composição química. Dessa forma
22
Fonte: Do autor.
3.7.5. Desinfecção
apresenta uma menor eficiência enquanto que em pH mais baixos ele tem seu potencial
de desinfecção otimizado.
Ainda segundo Palha Filho (2016), o inverso ocorre com relação a concentração
de cloro; ao aumentar-se sua concentração tem-se maior presença de cloro livre na água
e consequentemente maior é sua ação antimicrobiana.
No entanto, a alta dosagem de cloro no tratamento de água pode gerar alguns
subprodutos indesejados como o trihalometano (THM). O THM tem propriedades
cancerígenas e se forma pela reação do cloro com a matéria orgânica presente na água.
24
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.4.1. Cloro
Fonte: Do autor.
Durante o trabalho foi realizado um Jar Test, também conhecido como teste dos
jarros, um experimento laboratorial no qual se consegue fazer uma simulação da ETA
para verificação dos parâmentros de dosagem dos produtos químicos no tratamento da
água, de acordo com a turbidez da água bruta e a vazão de água que a ETA opera.
No equipamento de Jar Test existem seis jarros que foram igualmente preenchidos
com água bruta. Em um dos jarros se simulou a dosagem atual de químicos da ETA e nos
demais se manteve constante a dosagem de cloro e se variou as dosagens de sulfato de
alumínio e hidróxido de cálcio.
A dosagem ideial dos químicos foi identificada quando se conseguiu promover
um pH de floculação ótimo e se teve ao final do experimento a menor turbidez possível.
Fato que demonstrava que as impurezas foram eficientemente decantadas e podiam ser
removidas durante o processo de tratamento.
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Durante o processo cervejeiro era possível recuperar parte da água utilizada nos
rinsers do Packaging Latas (não retornável) e dos filtros da filtração (água desaerada),
como pode ser observado na figura 7 abaixo. Essa água era então enviada novamente para
a ETA, onde era tratada na Calha Parshall.
Foi observada se as características dessa água interfeririam na eficiência da
estação de tratamento e se a mesma poderia ser reutilizada.
Para isso, foram coletas amostras das águas recuperadas do processo de cerveja,
rinseres das linhas do Packaging Latas (não retornável) e água desaerada utilizada na
filtração para se realizar análises das mesmas quanto a matéria orgânica e temperatura.
Também foram analisadas amostras da água do tanque de água recuperada que se
encontrava na cervejaria. Nesse tanque eram misturadas as águas dos rinseres e a água
desaerada antes de serem enviadas para a ETA e por isso se percebeu a necessidade de
analisar também o pH e temperatura da água no mesmo.
Por fim, foi analisada a influência da água recuperada enviada da cervejaria, na
eficiência de tratamento da ETA através de um acompanhamento diário do tratamento de
água com variações na água recuperada enviada.
Fonte: Do autor.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1. CLORO
Fonte: Do autor.
Fonte: Do autor.
a ser dosado um valor tido como ótimo de cloro para promover a desinfecção da água,
sem comprometer a qualidade da cerveja no final do processo.
Fonte: Do autor.
Fonte: Do autor.
Jarro 1 2 3 4 5 6
Dosagem de Hipoclorito de
Sódio 2 gotas 2 gotas 2 gotas 2 gotas 2 gotas 2 gotas
Dosagem de Sulfato de
Alumínio sol. 10% v/v 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2
Dosagem de Hidróxido de
Cálcio emulsão 2 gotas 2 gotas 3 gotas 3 gotas 3 gotas 3 gotas
Jarro 1 2 3 4 5 6
Dosagem de Hipoclorito de
Sódio 2 gotas 2 gotas 2 gotas 2 gotas 2 gotas 2 gotas
Dosagem de Sulfato de
Alumínio sol. 10% v/v 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2
Dosagem de Hidróxido de
Cálcio emulsão 3 gotas 3 gotas 4 gotas 4 gotas 4 gotas 4 gotas
Fonte: Do autor.
32
Fonte: Do autor.
Fonte: Do autor.
Frequência
Descrição Especificação
Mínima
Análise Sensorial Diário OK / NOK
Matéria orgânica Diário 2 mg/L
Tanque Água
Recuperada
Fonte: Do autor
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Frequência
Descrição Especificação
Mínima
Análise Sensorial Diário OK / NOK
Matéria Orgânica Diário 2 mg/L
Condutividade - Água Recuperada Diário
Entrada ETA
máx. 400µS/cm
Taxa de Blendagem Diário máx. 15,0%
pH - Água Recuperada Diário 6a8
Temperatura da Água Recuperada Diário máx. 30 ºC
Turbidez - Água Recuperada Diário máx. 40
Cloro Livre - Água Recuperada Diário máx. 0,6
Nota: Taxa de blendagem = vazão dosagem água recuperada / vazão de captação de
água
Fonte: Do autor.
Fonte: Do autor.
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6. CONCLUSÃO
7. CRONOGRAMA
2018
Atividades
Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Revisão bibliográfica
Elaboração da proposta do
trabalho
Submissão do projeto
(TCC 1)
Desenvolvimento do
trabalho experimental
Análises dos dados,
elaboração da monografia
Apresentação da
monografia
REFERÊNCIAS