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CDU 502-022.316
em lagos e lagoas, cuja velocidade de circu- químicos, nos quais a remoção ou conver-
lação seja praticamente nula, os materiais são dos contaminantes ocorre pela adição
sedimentáveis deverão estar praticamente de produtos químicos ou devido às reações
ausentes; regime de lançamento com vazão químicas (precipitação química, adsorção,
máxima de até 1,5 vezes a vazão média do desinfecção); e/ou biológicos, nos quais a
período de atividade diária do agente polui- remoção de contaminantes ocorre por meio
dor, exceto nos casos permitidos pela auto- de atividade biológica (processos aeróbios e
ridade competente; óleos e graxas – óleos anaeróbios).
minerais: até 20 mg/L, óleos vegetais e gor- Um efluente pode conter poluentes
duras animais: até 50 mg/L; e ausência de orgânicos e inorgânicos, os quais podem
materiais flutuantes. No Brasil, para o lan- estar solubilizados na fase aquosa ou em
çamento de efluentes, a avaliação do cum- suspensão na forma de partículas. O mate-
primento aos padrões da legislação é, na rial em suspensão pode ser removido por
maioria dos estados, baseada na DBO, métodos físico-químicos, cuja escolha de-
sendo a DQO utilizada apenas em poucas pende das características do material (ta-
localidades. manho, densidade, entre outras), enquanto
Segundo a Resolução Conama no 357 a remoção do material solúvel é mais difícil,
(2005), quando a vazão do corpo de água podendo ser empregadas técnicas físico-quí-
estiver abaixo da vazão de referência, o micas e/ou biológicas. As técnicas de trata-
órgão ambiental competente poderá esta- mento baseadas em processos de coagula-
belecer restrições e medidas adicionais, de ção, seguidos por flotação ou sedimentação,
caráter excepcional e temporário, aos lança- apresentam uma elevada eficiência na re-
mentos de efluentes que possam acarretar moção de material particulado. Entretanto,
efeitos tóxicos agudos em organismos aquá- para remoção de compostos coloridos e
ticos ou inviabilizar o abastecimento das compostos orgânicos dissolvidos são defi-
populações. Os efluentes provenientes de cientes, enquanto os processos de adsorção
serviços de saúde e estabelecimentos nos em carvão ativado são significativamente
quais haja despejos infectados com micror- mais eficazes.
ganismos patogênicos só poderão ser lança- Os processos de tratamento visam à
dos após tratamento especial. adequação dos efluentes aos padrões de
Cabe ressaltar ainda que é proibido o lançamento de despejos, de forma que, se o
lançamento de qualquer tipo de efluente efluente de uma unidade de tratamento pri-
em águas classificadas como Especiais. Para mário estiver de acordo com a legislação, o
as outras classes de água doce, descritas no mesmo pode ser lançado diretamente no
item 2.4, existem alguns valores dos indica- corpo receptor. Caso contrário, esse efluen-
dores de qualidade da água que devem ser te deve ser conduzido para uma unidade de
obedecidos no lançamento de efluentes em tratamento subsequente de modo a torná-
corpos d’água. -lo adequado para ser lançado no curso
d’água.
Antes de se iniciar a concepção do sis-
Técnicas de tratamento tema de tratamento e o tratamento propria-
mente dito, deve-se ter claro qual o objetivo
Para o tratamento de efluentes, normal- a ser alcançado, ou seja, qual o nível de qua-
mente são empregados métodos físicos, nos lidade do efluente tratado que se deseja,
quais predomina a aplicação de forças físi- uma vez que existem fatores limitantes,
cas como o gradeamento, floculação, sedi- como o custo envolvido para o tratamento.
mentação, flotação e filtração; métodos Salienta-se que os requisitos a serem atingi-
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.