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Somente com o valor da CECR - Concentração do Efluente no Corpo Receptor é
que se pode realizar um enquadramento do resultado obtido no monitoramento,
possibilitando a compreensão se o mesmo poderá causar ou não, segundo a
legislação vigente, efeitos tóxicos aos organismos aquáticos no corpo receptor,
seguindo a fórmula da Tabela 2.
CECR ≤ CE/10
VAZÃO DO EFLUENTE Águas doces Classe 1 e 2 Agudo
CECR = x 100
Águas salinas Classe 1 CECR ≤ 30/FT
VAZÃO DO EFLUENTE + Águas salobras Classe 1
VAZÃO DE REFERÊNCIA DO CECR ≤ CENO Crônico
CORPO RECEPTOR
Águas doces Classe 3 CECR ≤ CE/3
Águas salinas Classe 2 Agudo
Águas salobras Classe 2 CECR ≤ 100/FT
Legenda
CONAMA: Conselho Nacional de Meio Ambiente.
CECR: Concentração do Efluente no Corpo Receptor (expressa em porcentagem).
VMP: Valor Máximo Permissível
CENO: CENO(I): (Concentração inicial de efeito não-observável) Maior concentração nominal da
amostra que não causa efeito deletério, estatisticamente significativo na sobrevivência e reprodução
dos organismos em relação ao controle, nas condições de ensaio.
CE50%: CE(I)50 (Concentração efetiva inicial mediana) Concentração nominal da amostra no início
do ensaio, que causa efeito agudo a 50% dos organismos no tempo de exposição, nas condições de
ensaio.
FT: (Fator de toxicidade) Determinado através da observação direta da imobilidade dos organismos
na série de soluções-teste, sendo a maior concentração da amostra na qual não se observa
imobilidade >10% dos organismos expostos, expresso pelo valor de FD (Fator de diluição) que é o
número de vezes que a amostra foi diluída.
A Resolução CONAMA 430/2011 em seu Art. 18, inciso I, cita na alínea b): CECR
deve ser menor ou igual ao valor da Concentração Letal Mediana (CL50) dividida por
10; ou menor ou igual a 30 dividido pelo Fator de Toxicidade (FT) quando for
realizado teste de ecotoxicidade para medir o efeito tóxico agudo. Portanto, o
enquadramento pode ser realizado com os valores da CL50 ou com os valores do
FT, sabendo que neste caso é utilizada a CE50 no lugar da CL50 (CONAMA, Art. 4°,
inciso IV), não havendo necessidade de enquadramento em ambas as expressões
de resultados de análise.
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Vale lembrar que a respectiva norma também cita que os critérios de ecotoxicidade
revistos no Art.18° do CONAMA 430/11 devem se basear em resultados de ensaios
ecotoxicológicos aceitos pelo órgão ambiental, realizados no efluente, utilizando
organismos aquáticos de pelo menos dois níveis tróficos diferentes.
Bulich (1982) foi um dos percussores que desenvolveu a técnica para tentar
estabelecer as faixas de toxicidade a fim de classificar os lançamentos de efluentes
por níveis de toxicidade. Depois a técnica foi modificada por Coleman e Quereshi
(1985) apud Coelho (2006) que estabeleceram quatro classes que podem ser
utilizadas.
3. Referências