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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

UNIDADE MARACANÃ

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA GERAL E INORGÂNICA

EXPERIMENTO 5:

FATORES QUE INFLUENCIAM O EQUILÍBRIO QUÍMICO

Carolina Moreira Mosqueira (202220470711)

Daniel Argus Grandis Machado (201910106811)

Jonathan Santos de Oliveira (202220470511)

Matheus Dias do Nascimento (202020480311)

Marcello Fernandes Malvão Luciano (201710075011)

Profa. Ma. LOHRENE DE LIMA DA SILVA


ELEMENTOS DE QUÍMICA VI
Curso: Física

Rio De Janeiro , 26 de Maio de 2023


Sumário
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 3
2. OBJETIVO ............................................................................................................. 4
3. METODOLOGIA .................................................................................................... 4
4. RESULTADOS ...................................................................................................... 5
5. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 8
6. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 8
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1. INTRODUÇÃO
Todas as reações são dividias em reações reversíveis e reações irreversível, porém,
essa divisão tem um caráter prático pois todas as reações químicas ocorrem em dois
sentidos. As reações reversíveis podem ser definidas como aquelas que se deslocam em
ambos os sentidos simultaneamente, onde podem ser produto e reagentes como
exemplificado na imagem abaixo:

Figura 1: exemplificação de uma reação química reversível.

Sendo assim, podemos dizer que quando a velocidade no sentido direito for igual
no outro sentido essa reação se encontra em equilíbrio ou podemos dizer que está em um
sistema fechado como diz a lei de Le Chatelier. Podemos usar como exemplo as reações
químicas da fig.1 a reação em equilíbrio dela ficaria representada dessa maneira:

Figura 2: Reação química da fig.1 em equilíbrio.

Podemos observar que a velocidade V1 começará em seu máximo e com o tempo


diminuindo e pela esquerda será o oposto onde a velocidade V2 começará nula e com o
tempo aumentará, sendo expressa pela expressão abaixo onde K é a constante de
equilíbrio:

Figura 3: Equação do processo de equilíbrio químico.

O estado de alteração do equilíbrio químico pode acontecer por diversas formas,


sendo elas a variação de temperatura, pressão e concentração dos reagentes, assim sendo
a reação sempre vai tentar contrabalancear a ação submetida a mesma. Logo, a parir dos
exemplos anteriores caso adicionado iodo no sistema de equilíbrio a velocidade da direita
(V1) será favorecida, e quando a reação for se estabilizada K terá o mesmo valor e [I2] e
[HI] serão mais elevadas e [H2] será mais baixa.
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2. OBJETIVO
O objetivo desse trabalho é estudar as reações em equilíbrio químico e verificar
experimentalmente o princípio de Le Chatelier.

3. METODOLOGIA
3.1. MATERIAIS
Foram utilizados um frasco de vidro com uma rolha, uma vidraça Erlenmeyer de
250 ml, uma pipeta graduada de 5 ml, um pipetador, pinça metálica, tigela de vidro e um
béquer de 500 ml.
3.2. REAGENTES
Os reagentes utilizados foram um fio/pedaço pequeno de folha de cobre metálico,
solução de cloreto férrico 0,5 mol L-1, solução de tiocianato de amônio 0,5 mol L-1,
solução de cloreto de amônio 1,0 mol L-1, solução de tiocianato de ferro (III) 0,25 mol
L-1 (solução vermelha), solução de ácido acético 1,0 mol L-1, solução de ácido clorídrico
1,0 mol L-1, alaranjado de metila, solução de cloreto de sódio 1,0 mol L-1 e solução de
acetato de sódio 1,0 mol L-1.
3.3. PROCEDIMENTO
• O primeiro procedimento realizado foi o estudo do equilíbrio da reação:

Cu(s) + 4HNO3(conc.) → Cu2+(aq) + 2NO2(g) + 2H2O(I)


Colamos cerca de 1 cm de fio de cobre metálico dentro do Erlenmeyer, levamos
para a capela, usando a pipeta graduada adicionamos 1,5 ml de ácido nítrico concentrado
e tampando imediatamente o Erlenmeyer com uma rolha de borracha.

• O segundo procedimento realizado foi o estudo do equilíbrio da reação:

FeCl3(aq) + 3NH4SCN(aq) ⇔ Fe(SCN)3(aq) + 3NH4Cl(aq)

Colocamos em um béquer adicionamos 0,5 ml da solução vermelha preparada


previamente, depois fomos adicionando às soluções descritas a seguir:

Quadro 1
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• O terceiro procedimento foi a variação da coloração do indicador alaranjado de


metila em função do pH:
Em quatro tubos de ensaio realizamos as misturas das soluções descritas na tabela
abaixo:
Quadro 2

4. RESULTADOS
Durante o primeiro procedimento foi possível observar que no início a
reação era esverdeada e com o tempo começou a ser liberada vapores castanhos-
avermelhado, normalmente conhecidos como “vapores rutilantes” que são nada mais do
que a mistura dos gases de monóxido e dióxido de azoto, segue a equação do monóxido
de azoto (incolor) resultado da reação:

3Cu(s) + 8HNO(aq) → 3Cu(NO3)2(aq) + 2NO(g) + 4H2O(I)


A reação que produz o dióxido de azoto (castanho) é a entre monóxido de azoto e
o oxigênio, assim formando a equação abaixo:

2NO(g) + O2(g) → 2NO2(g)


Na etapa final do processo de reação a solução aquosa tornou-se azulada, isso
ocorre por conta da presença de água com os íons de Nitrato de cobre (II), pois quando
uma mistura reacional é diluída com água os íons de Cu2+ são hidratados para assim
formar o íon complexo octaédrico. Na medida que a água evapora e a solução esfria é
produzido pequenos fragmentos de cristais de Cu(NO3)2(s).
Segue imagens do experimento:
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Figura 4: Início da Reação 1.

Figura 5: Liberação dos vapores rutilantes. Figura 6: Final da Reação 1.


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Foi possível observar que durante o segundo procedimento a cor inicial da solução
no tubo de ensaio era marrom, quando adicionamos FeCl3 a cor ficou amarela, quando
adicionamos NH4SCN a cor ficou vermelha e quando adicionamos NH4Cl a cor foi
clareando. Pelo que foi possível analisar o Fe(SCN)3 é um sal de coloração avermelhada
e quando a gente adiciona NH4SCN na solução a gente desloca o equilíbrio para o lado
direito da equação gerando mais Fe(SCN)3.
Já quando a gente adiciona NH4Cl a gente desloca o equilíbrio para o lado
esquerdo, assim, diminuindo a concentração de Fe(SCN)3 na solução e portanto clareando
a cor dela, e quando a gente adiciona o FeCl3, que é um sal amarelo, na solução a gente
tem uma sobra desse sal e isso faz a solução ficar amarelada.
Segue imagens do experimento:

Figura 7: Início da reação Figura 8: adição de NH4SCN

Figura 9: adição de NH4Cl Figura 10: a reação clareando cada vez


mais por conta da adição de NH4Cl.
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No último procedimento os resultados foram:

Solução Resultado
Tubos
adicionada

CH3COOH + A cor da solução ficou vermelha.


1
alaranjado de metila

Adicionar CH3COONa A cor da solução foi para o laranja.


2
na solução do tubo 1

HCl + alaranjado de A cor da solução ficou vermelha.


3
metila

Não houve mudança, a cor da solução permaneceu


Adicionar NaCl na vermelha.
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solução do tubo 3

A explicação para o que aconteceu no tubo 2 (a cor da solução mudar de vermelho


para laranja) é porque o acetato de sódio (CH3COONa) se prendeu aos íons H+ liberados
pelo ácido, reduzindo a ionização do ácido e neutralizando a solução, já no caso do cloreto
de sódio (NaCl) isso não acontece.

5. CONCLUSÃO
Podemos concluir a partir dos resultados obtidos nos experimentos que a presença
de reações reversíveis e irreversíveis e como a variação de temperatura, concentração e
pressão altera seu equilíbrio e sua velocidade de reação, assim como descrito pela lei de
Le Chatelier, por tanto caso haja um aumento da concentração de certo elemento da
reação o sistema que antes estava em equilíbrio tentará contrabalancear essa ação, assim
podendo mudar de cor por conta da diferença de concentração, como observados nos
procedimentos 2 e 3.

6. BIBLIOGRAFIA
Elementos de química VI (Apostila de laboratório) – UERJ, Rio de Janeiro, 2023.
Kotz, Treichel e Weaver. Química geral e reações químicas – 6ºedição, vol.1 –
2010.

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