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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
CURSO DE FARMÁCIA

SOLUÇÕES-TAMPÃO

SÃO CRISTÓVÃO/SE
2023

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IZAILDE BISPO DA COSTA
MARCELA REJANE CORREIA DA SILVA

SOLUÇÕES-TAMPÃO
Relatório apresentado à disciplina de Bioquímica
do curso de Farmácia para obtenção de parte da nota
relativa à I Avaliação.
Docente: Humberto Reis Matos

SÃO CRISTÓVÃO/SE
2023
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4
2. OBJETIVO ........................................................................................................................ 4
3. MATERIAIS E REAGENTES ........................................................................................ 4
3.1. EQUIPAMENTOS E VIDRARIAS ......................................................................... 4
3.2. REAGENTES ............................................................................................................. 4
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .......................................................................... 4
5. RESULTADOS .................................................................................................................. 5
6. DISCUSSÃO ...................................................................................................................... 6
7. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 6
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 7

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1. INTRODUÇÃO
Soluções-tampão são soluções aquosas nas quais o pH não sofre alterações bruscas
quando são adicionados de pequenas quantidades de ácidos ou bases, fortes ou fracos. São
caracterizados por serem soluções preparadas a partir da mistura de um ácido fraco e sua
base conjugada ou de uma base fraca e seu ácido conjugado.
As aplicações das soluções-tampão são fundamentais e abrangentes em diversas áreas
do conhecimento como, por exemplo, farmacêutica, alimentícia, biológica, química,
médica, clínica e ambiental.
É possível medir o pH com o uso de indicadores, com uma menor precisão, ou com o
pHagametro, que apresenta maior precisão nesta leitura.
Este aparelho é constituído por um eletrodo e um circuito potenciométrico. Deve ser
calibrado com o uso de soluções de pH conhecido. Normalmente, utilizam-se tampões com
pH 7 e 4. Uma vez calibrado, o pHagametro estará pronto para uso

2. OBJETIVO
Avaliar a capacidade tamponante de diferentes reagentes.

3. MATERIAIS E REAGENTES
3.1. EQUIPAMENTOS E VIDRARIAS
 Proveta;
 Pisseta;
 Pipetas graduadas;
 Pipetador;
 Béqueres;
 pHagametro;

3.2. REAGENTES
 Solução de K2HPO4 0,1N;
 Solução de NaOH 0,1M;
 Solução de HCl 0,1M

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A primeira etapa foi a calibração do pHagametro a ser utilizado. Para isso,
primeiramente, foi separado e reservado em béquer um volume suficiente de água destilada

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para a imersão do elemento de detecção. A seguir, o pHagametro foi ligado e programado
para medir o pH deste volume de água. Ao ser exibido o pH correto, concluiu-se a calibração
do pHagametro, sendo este programado para uso. O último passo é imergir, em água
destilada, o elemento de detecção até o momento de seu uso.
A segunda etapa do procedimento é a obtenção do tampão. Primeiramente, foram
medidos, com proveta, 15 mL de solução de K2HPO4 0,1N e reservou-se este volume ao
béquer. Em seguida, com pipeta graduada, mediu-se 5 mL de solução de HCl 0,1M, que
foram transferidos ao béquer, sendo homogeneizados com a solução adicionada
anteriormente. Logo depois, foi medido o pH desta mistura com o pHagametro.
Após isso, avalia-se a capacidade tamponante do tampão formado na etapa anterior.
Com esse fim, primeiramente, adicionou-se 1mL da solução de NaOH 0,1M ao tampão
criado, com o auxílio de uma pipeta graduada. Homogeneizou-se a mistura e mediu-se o
pH. A seguir, foram adicionados 2 mL da solução de NaOH 0,1M à mistura, que novamente
foi homogeneizada e foi medido o seu pH.
A última etapa do procedimento é verificar a capacidade tamponante da água.
Primeiramente, em diferentes béqueres, foram adicionados 20 mL de água destilada e
mediu-se o pH. Em seguida, adicionou-se, no primeiro béquer, 1 mL de HCl 0,1M e no
segundo béquer, 1 mL de NaOH 0,1M. Por fim, mediu-se o pH das misturas formadas em
cada béquer.

5. RESULTADOS
Primeiramente, foi medido o pH da solução de K2HPO4 0,1N, para a qual foi obtido o
valor 6,3. Após isso, mediu-se o pH do tampão formado com a mistura entre K2HPO4 0,1N
e HCl 0,1M, cujo pH obtido foi 6,4. Com as adições de 1 mL e 2 mL da solução de NaOH
0,1M, obteve-se, respectivamente os valores de pH de 6,6 e 8,7. Os valores são
demonstrados na tabela 1.
Tabela 1 - Valores de pH referentes a cada solução analisada.

Solução analisada pH
K2HPO4 0,1N 6,2
K2HPO4 0,1N + HCl 0,1M 6,4
K2HPO4 0,1N + HCl 0,1M + 1 mL NaOH 0,1M 6,6
K2HPO4 0,1N + HCl 0,1M + 2 mL NaOH 0,1M 8,7

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Em relação à verificação da capacidade tamponante da água, primeiramente foi medido
o pH de um volume de 20 mL de água destilada, para o qual foi obtido o valor 5,6. Após
isso, mediu-se o pH da mistura entre a água destilada e a solução de HCl 0,1M, verificando-
se o valor 2,4. Por fim, foi medido o pH da mistura entre a água destilada e a solução de
NaOH 0,1M, observando-se o valor 10,2. Os valores são demonstrados na tabela 2.

Tabela 2 - Alterações de pH referentes à água destilada quando usada como solução-tampão.

Solução analisada pH
H2O 5,6
H2O + 1 mL HCl 0,1M 2,4
H2O + 1 mL NaOH 0,1M 10,2

6. DISCUSSÃO
Com os resultados dos procedimentos experimentais, primeiramente é observado que a
solução-tampão formada entre K2HPO4 0,1N + HCl 0,1M não é um tampão ideal, pois
apesar de esta solução não ter apresentado uma grande mudança no pH ao ser adicionada
de 1 mL de NaOH 0,1M, houve um pequeno aumento no valor do pH de 6,4 para 6,6; com
a adição de 2mL desta base o pH deste sistema houve uma elevação brusca no valor do pH,
aumentando de 6,6 para 8,7.
Sobre a capacidade tamponante da água destilada, é notável uma drástica mudança no
pH dos sistemas com a adição de pequenas quantidades de ácido forte, com a alteração de
pH de 5,6 para 2,4; e base forte, alterando o valor de 5,6 para 10,2. Isso ocorre devido à alta
concentração molecular da água, a tornando incapaz de formar sistemas tamponantes.

7. CONCLUSÃO
Considerando os resultados obtidos, é possível concluir que a solução de K2HPO4 não é
considerado um tampão ideal, devido ao aumento drástico no pH após o acréscimo de 3 mL
de base forte.
É possível também compreender que a água destilada não funciona como tampão, pois
ela apresenta variações extremas de pH com a adição de ácido e base forte.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo B. Bioquímica Básica. 2ª Edição. Rio de
Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1999. p: 3-9.
MOREIRA, Olívia Brito de Oliveira; et. al. Cálculo e preparo de soluções tampão:
guia completo usando o software PeakMaster®. Quim. Nova, Vol. 44, No. 6, 783-
791, 2021. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/qn/a/W67ZY48q9yJrDC69SDYkLxd/?format=html&lang=pt.
Acesso em 20 de julho de 2023.

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