Você está na página 1de 13

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

Campus Porto Alegre


Curso Técnico em Biotecnologia – Processos Bioquímicos

Relatório de pH e Tampões

Alunos: Alex, Françoa, Matheus e Viviane


Professoras: Alessandra Nejar e Mara Betânia

Porto Alegre, 2023


1. INTRODUÇÃO

O pH é a quantidade de hidrônio contida em uma solução, para obtermos esta


medida utilizamos a leitura de um pHmetro e respeitando uma escala de 0 a 14 que
foi proposta pelo químico dinamarquês Soren Sorensen determinamos se a solução é
ácida quando menor que 7, básica para maior que 7 ou neutra quando igual a 7 (Atkins
e Jones, 2012).
É de extrema importância o pH estar controlado, pois garante a sobrevivência
de organismos em seu meio, inclusive de seres humanos, onde visto que um
desequilíbrio pode até mesmo interferir em processos enzimáticos. Esse controle
também é fundamental em reações dentro de um laboratório químico, devido as
alterações que ocorrem durante processos de titulação, neste caso para que não
ocorra a variação do pH, podemos utilizar uma solução tampão (Atkins e Jones, 2012).
A solução tampão pode ser formada por um ácido fraco e sua base conjugada
na forma de sal ou por uma base fraca e seu ácido conjugada na forma de sal,
promovendo assim que não ocorra alteração do pH da solução, mesmo quando
adicionados a ela baixas quantidades de ácidos ou bases fortes. porém, o sistema Comentado [MBBC1]: colocar a primeira letra em
maiúscula na palavra antes do ponto
tampão tem uma capacidade tamponante, que é o limite que a solução tampão tem
de resistir a mudança de pH quando adicionados a ela ácidos e bases em maiores
quantidades (Atkins e Jones, 2012).
Entre alguns sistemas tampões podemos citar o do fosfato e da caseína
(proteína do leite).
O tampão de fosfato por exemplo, pode funcionar como um tampão razoável
dentro das células onde sua concentração é bem mais alta do que no exterior delas
(Marques e Moreira).
Já as proteínas podem dependendo da concentração de H+ do meio, podem
ganhar ou perder prótons na tentativa de manter o pH regulado (Marques e Moreira).
A importância do pH e soluções tampão para biotecnologia, está voltado em
não alterar o pH do meio onde organismos estão inseridos, para assim garantir a Comentado [MBBC2]: O texto da introdução está claro
e muito bom. Entretanto, sugiro a leitura do artigo
sobrevivência destes para a sua manipulação (Atkins e Jones, 2012). disponibilizado no Moodle ou outros para descrever
sobre o tampão fosfato, a proteína do leite e a
capacidade tamponante das soluções usadas nos
experimentos e de outras como saliva, sangue, etc.
2
2. OBJETIVO

Verificar o efeito tampão de diferentes soluções e as variaveis que o


influenciam.

3
3. MATERIAIS

• Água destilada (80ml)


• Leite diluído 2x (80ml)
• Solução de ácido acético 0,1M (40mL)
• Solução de acetato de sódio 0,1M (40mL)
• Solução de fosfato monobásico de potássio 0,1M (100mL)
• Solução de fosfato bibásico de potássio 0,1M (100ml)
• Solução de ácido clorídrico 0,1M (20mL)
• Solução de hidróxido de sódio 0,1M (20mL)
• Padrões de pH
• Micropipeta P200
• Micropipeta P1000
• 8 Béqueres de 100 mL
• 3 Provetas de 100mL
• Potênciometro

4
4. MÉTODOS

4.1 EXPERIMENTO 1

Foi colocado em 1 béquer aproximadamente 40 mL de água destilada e


medimos seu pH com um pHmetro.
Com o auxilio de uma micropipeta P200 acrescentamos a este béquer com
água destilada HCl 0,1 M, de 0,1 em 0,1 mL até atingirmos a quantidade adicionada
de 0,6 ml e medimos o seu pH após cada adição de 0,1mL deste ácido na solução.
Em seguida lavamos o eletrodo e o sensor do pHmetro.
A seguir colocamos aproximadamente 40mL de água destilada em outro
béquer.
Com o auxilio de uma micropipeta P200 acrescentamos a este segundo béquer
com água destilada NaOH 0,1 M, de 0,1 em 0,1 mL até atingirmos a quantidade
adicionada de 0,6 ml e medimos o seu pH após cada adição de 0,1mL desta base
na solução.
Em seguida lavamos o eletrodo e o sensor do pHmetro para o experimento 2.

4.2 EXPERIMENTO 2

Foi colocado em 1 béquer 40 mL de leite e medimos seu pH com um pHmetro.


Com o auxilio de uma micropipeta P200 acrescentamos a este béquer com leite
HCl 0,1 M, 0,1 em 0,1 mL até atingirmos a quantidade adicionada de 0,6 ml e medimos
o seu pH após cada adição de 0,1mL deste ácido na solução.
Em seguida lavamos o eletrodo e o sensor do pHmetro.
A seguir colocamos 40mL de leite em outro béquer.
Com o auxilio de uma micropipeta P200 acrescentamos a este segundo béquer
com leite NaOH 0,1 M, de 0,1 em 0,1 mL até atingirmos a quantidade adicionada de
0,6 mL e medimos o seu pH após cada adição de 0,1mL desta base na solução.
5
Em seguida lavamos o eletrodo e o sensor do pHmetro para o experimento 3.

4.3 EXPERIMENTO 3

Foi colocado em 1 béquer 40 mL de ácido acético 0,1M, em outro béquer


colocamos 40 mL de acetato de sódio 0,1M, em seguida misturamos as duas soluções
e separamos para cada béquer 40ml deste tampão.
Com o auxilio de uma micropipeta P1000 acrescentamos a um dos béquer com
a solução tampão HCl 0,1M, de 1 em 1 mL até atingirmos a quantidade adicionada de
6 ml e medimos o seu pH após cada adição de 1mL deste ácido na solução.
Em seguida lavamos o eletrodo e o sensor do pHmetro.
Depois com o auxilio de uma micropipeta P1000 acrescentamos ao segundo
béquer com a solução tampão, NaOH 0,1 M, de 1 em 1 mL até atingirmos a quantidade
adicionada de 6 ml e medimos o seu pH após cada adição de 1mL desta base na
solução.
Em seguida lavamos o eletrodo e o sensor do pHmetro para o experimento 4.

4.4 EXPERIMENTO 4

Foi colocado em 1 béquer 100 mL de fosfato monobásico de potássio 0,1M e


monitorando o pH da solução acrescentamos aos poucos fosfato bibásico de potássio
0,1M até que atingimos o pH de 6,5. Após, dividimos a solução tampão em 2 béquer.
Com o auxílio de uma micropipeta P1000 acrescentamos a um dos béquer com
a solução tampão HCl 0,1M, de 1 em 1 mL até atingirmos a quantidade adicionada de
6 ml e medimos o seu pH após cada adição de 1mL deste ácido na solução.
Em seguida lavamos o eletrodo e o sensor do pHmetro.
Depois com o auxilio de uma micropipeta P1000 acrescentamos ao segundo
béquer com a solução tampão, NaOH 0,1 M, de 1 em 1 mL até atingirmos a quantidade

6
adicionada de 6 ml e medimos o seu pH após cada adição de 1mL desta base na
solução.

7
5. RESULTADOS

Capacidade tamponante da água


7

4
pH

0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Volume de HCl (mL)

Capacidade tamponante da água


12

10

8
pH

0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7

Volume NaOH(mL)

8
Capacidade tamponante do leite
7

4
pH

0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Volume HCl (mL)

Capacidade tamponante do leite


6,66

6,64

6,62

6,6

6,58
pH

6,56

6,54

6,52

6,5

6,48
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Volume NaOH (mL)

9
Capacidade tamponante do tampão Acetato
5

4,5

3,5

3
pH

2,5

1,5

0,5

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Volume HCl (mL)

Capacidade tamponante do tampão Acetato


4,85

4,8

4,75

4,7
pH

4,65

4,6

4,55

4,5

4,45
0 1 2 3 4 5 6 7
Volume NaOH (mL)

10
Capacidade tamponante do tampão Fosfato
7

4
pH

0
0 1 2 3 4 5 6 7
Volume HCl (mL)

Capacidade tamponante do tampão Fosfato


6,8

6,75

6,7

6,65
pH

6,6

6,55

6,5

6,45
0 1 2 3 4 5 6 7
Volume NaOH (mL)

11
6. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

Verificou-se que ocorre alterações de pH de uma solução quando adicionados


a ela ácidos ou bases. Pelos experimentos realizados podemos concluir que tivemos
uma boa capacidade tamponante, ou seja, houve pouca variação do pH nas soluções
tampões dos experimentos 2,3 e 4 (leite, acetato e fosfato) após ter sido adicionado a
elas NaOH 0,1M.
Nos experimentos 1,2,3 e 4 (água, leite, acetato e fosfato) ao ser adicionado o
ácido não tivemos resultados conclusivos, pois, foi utilizado HCl de um frasco de
concentração desconhecida, o que acabou de interferir em todos os resulltados, isto
ficou evidente ao realizarmos novamente a prática 4 (fosfato), só que desta vez com
o reagente correto de HCl 0,1M, o que acabou constatando uma boa capacidade
tamponante do fosfato, quando adicionado a ela ácido.

12
7. BIBLIOGRAFIA

Atkins, P., Jones, L. Relatório de Ph e Tampões. Princípios de química, questionando


a vida moderna e o meio ambiente: edição 5: 431-482; 2012.
Marques, I., Moreira, R. Tampões biológicos. Introdução à regulação do pH do Fluido
Extracelular: 4-8;

13

Você também pode gostar