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Química Geral
Medição e cálculo do pH de algumas
soluções
Índice
1.Resumo .......................................................................................................................... 3
2.Introdução ...................................................................................................................... 3
3.Materiais e Métodos ...................................................................................................... 5
4.Resultados Experimentais.............................................................................................. 6
5.Discussão dos Resultados .............................................................................................. 9
6.Conclusões ................................................................................................................... 11
7.Bibliografia .................................................................................................................. 11
8.Anexo .......................................................................................................................... 12
9.Apêndice ...................................................................................................................... 13
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1.Resumo
Existem vários métodos para a medição do pH de uma solução, tendo sido utilizados
dois desses métodos neste trabalho experimental: a medição do pH através de um
eléctrodo de vidro e a medição do pH com a utilização de papel indicador.
Constataram-se diferenças entre os valores de pH obtidos com ambos os métodos, assim
como diferenças em relação aos valores calculados de pH teórico.
Por fim, conclui-se que dos dois métodos utilizados, a medição através de um eléctrodo
de vidro é mais rigorosa e pode ser aplicada na maioria das soluções e a medição com
papel universal é um método não tão rigoroso mas que apresenta algumas vantagens,
sendo um método simples, de fácil execução e de baixo custo.
2.Introdução
Para a medição do pH das várias soluções, como foi referido anteriormente, serão
utilizados dois métodos de medição: a medição por meio de um eléctrodo de vidro e a
medição com a utilização de papel indicador universal de pH. São dois métodos
completamente distintos. Na medição por meio de um eléctrodo de vidro utiliza-se um
medidor electrónico de pH constituído por um potenciómetro e pelo eléctrodo de vidro.
A medição do pH é realizada com a imersão do eléctrodo na solução a ser analisada e
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em seguida o potenciómetro mede pequenas diferenças de potencial entre as placas
condutoras do eléctrodo e a solução, determinando por extrapolação o pH da amostra
desconhecida (Chemistry Guide).
O outro meio utilizado no trabalho experimental objecto deste relatório para a
determinação do pH das várias soluções, foi a utilização de papel indicador universal de
pH, que consiste numa fita de papel amarelada que se encontra imbuída com uma
mistura de substâncias químicas indicadoras. O papel indicador ao ser mergulhado na
solução, adquire uma tonalidade que depende do pH da solução, e por comparação
visual directa da cor obtida na tira com a gama fornecida juntamente com o papel
indicador, é possível determinar-se qual o pH da solução em análise (Almeida, 2005).
Mas afinal o que é o pH? PH, conceito proposto pelo dinamarquês Sörensen, em 1909,
em que p significa potencial e H hidrogénio, é uma medida de acidez, neutralidade ou
alcalinidade de uma solução aquosa, tendo em conta o seu valor numa escala de 0 a 14
(Morais, s/d). A uma temperatura de 25º C, uma solução aquosa que apresente pH igual
a 7 é uma solução neutra; uma solução que apresente pH de 0 a 7 é uma solução ácida; e
uma solução que apresente pH entre 7 e 14 é uma solução básica (Morais, s/d).
Para soluções de ácidos ou bases muito fortes, ou substâncias totalmente ionizáveis, o
pH pode ser calculado pela equação pH= - log [H⁺] (trabalho experimental nº3). O pH
reflecte então a concentração de iões H⁺ existentes numa solução, e a equação de pH
apenas é uma simplificação dessa mesma concentração de iões H⁺, sendo muito mais
simples, por exemplo, referir que o pH de uma solução é 4,5 do que referir que uma
solução possui uma concentração de iões H⁺ de 0,00008M (Chang, 2002).
Por outro lado, nas soluções aquosas não estão presentes apenas iões H⁺, também estão
presentes iões OH⁻, e de um modo análogo ao pH, também se pode expressar a
concentração de iões OH⁻ presentes numa solução, calculando o pOH, pela expressão
pOH = - log [OH⁻] (Chang, 2002).
A partir da constante de dissociação da água, que tem o valor de 1,0x10⁻¹⁴ à
temperatura de 298 Kelvin (25º C), pode-se determinar a relação entre as concentrações
de hidrogénio e hidróxido, obtendo-se que o produto iónico da água (Kw) é igual à
multiplicação das concentrações de hidrogénio e hidróxido (Chang, 2002):
= ݓܭሾ ܪା ሿ × ሾܱ ି ܪሿ = 1,0 × 10ଵସ
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Ao aplicar logaritmos negativos de cada lado obtém-se:
−ሺlogሾ ܪା ሿ + logሾܱ ି ܪሿሻ = − logሺ1,0 × 10ଵସ ሻ ⇔ − logሾ ܪା ሿ − logሾܱ ି ܪሿ = 14,00.
E a partir das definições de pH e pOH, obtém-se: pH + pOH = 14.
Como no trabalho experimental objecto deste relatório são utilizadas soluções em que
as substâncias não são totalmente ionizáveis, o valor teórico do pH é calculado com
recurso a expressões mais complexas, que estão indicadas na tabela em anexo (trabalho
experimental nº3).
Em suma, a realização do trabalho experimental objecto deste relatório tem uma grande
importância, porque a medição do pH constitui uma das determinações físico-químicas
mais frequentemente medidas em laboratórios analíticos, com grande relevância na área
de monitorização ambiental.
3.Materiais e Métodos
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4.Resultados Experimentais
Na realização deste trabalho experimental foram utilizadas seis soluções a partir das
quais foi medido o seu valor de pH. O valor pH do eléctrodo foi obtido com um
eléctrodo de vidro, sensível ao ião H⁺, que gera uma diferença de potencial medida com
um multivoltímetro e que apresenta o valor de pH automaticamente no seu mostrador
digital.
O valor de pH do papel foi obtido com a utilização de papel indicador universal de pH.
Os valores de pH teóricos para cada solução foram obtidos por aplicação das fórmulas
de cálculo presentes na tabela em anexo.
Todos os valores de pH obtidos são apresentados na seguinte tabela:
Tabela nº1: Tabela com os resultados obtidos através dos diferentes métodos de
medição de pH e os valores de pH esperados para cada solução.
Amostra pH eléctrodo pH papel pH teórico
HCl 0,001 M 2,70 5 3
H₂₂SO₄₄ 0,001 M 2,41 3 3
CH₃₃COOH 0,1 M 2,74 4 2,88
Mistura de ácidos 2,35 3 3
NH₃₃ 0,1 M 10,28 12 8,88
NaOH 0,001 M 7,36 8 11
Cálculos do pH teórico
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Para a segunda condição ser válida, a concentração de HCl tem de ser superior ou igual
a 1,2x10²xKa (Ka=Constante de acidez do HCl). O valor de Ka do HCl é 10⁷ (segundo
a tabela de constantes de acidez para soluções aquosas a 298 Kelvin, de Atkins, 2006).
Realizando os cálculos [ (1) Cálculos realizados em apêndice] verifica-se que o HCl não
está de acordo com a segunda condição de validade, não podendo ser considerado um
ácido não muito forte. Como o HCl apenas está em concordância com a primeira
condição de validade, é considerado um ácido muito forte, e o seu valor teórico de pH é
calculado pela fórmula pH = -log [HCl]. Obtém-se assim um pH teórico igual a 3 (2),
conforme consta na tabela número 1.
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com pKa do ácido acético igual a 4,76 (trabalho experimental nº3). Após aplicação da
fórmula obtém-se um valor de pH teórico para o ácido acético de 2,88 (6).
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Tal como o amoníaco, o hidróxido de sódio é uma base, que possui uma constante de
basicidade (Kb) elevada, cerca de 10ି,ଶ, porque praticamente todo o NaOH se dissocia
em catiões Na⁺ e aniões OH⁻ (Chemistry Guide). Verificando então as condições de
validade (Tabela em Anexo) para a aplicação da fórmula de cálculo de pH para bases
não muito fortes, observa-se que o NaOH não é uma base fraca, porque a sua
concentração (0,001 M) não é um valor superior a 1,2x10²xKb (11). É portanto uma
base muito forte, sendo a sua concentração superior a 6,6x10⁻⁷ M, e o valor teórico do
seu pH é calculado pela fórmula pH = 14,00 + log [NaOH], tendo se obtido um valor de
pH igual a 11 (12).
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(0,1 M) do que os outros dois ácidos, que se encontram mais diluídos, com
concentrações de 0,001 M. (Chang, 2002)
Relativamente aos valores de pH obtidos no eléctrodo e os valores de pH obtidos com o
papel indicador e comparando-os com os valores de pH teóricos, observa-se que os
valores de pH obtidos no eléctrodo na sua maioria aproximam-se mais dos valores de
pH teóricos, excepto na solução de hidróxido de sódio, em que o seu valor de pH
teórico aproxima-se mais do valor de pH medido com o papel indicador.
Uma das hipóteses que pode explicar o facto de o NaOH ter um valor tão baixo de pH
lido no eléctrodo pode ter sido o facto de a solução de NaOH ter sido a última amostra
analisada, e com isso devido às trocas de material que ocorriam sempre que se mudava
de amostra permanecerem impurezas nas soluções que alteraram os valores de pH lidos
no eléctrodo.
Mas a causa mais provável para que o valor de pH do NaOH medido no eléctrodo seja
tão baixo é a ocorrência de um erro na leitura do pH, denominado de erro alcalino (ou
erro do sódio), sendo este tipo de erro um erro negativo de determinação do pH que
ocorre em pH superiores a 10.
O erro alcalino na medição do pH surge quando a concentração de iões H⁺ numa
solução é baixa relativamente à concentração de Na⁺ que é alta, originando este facto
uma acumulação de potencial e consequentemente indicando um pH mais baixo no
eléctrodo do que o valor real (American Chemical Society).
Nas outras soluções analisadas o valor de pH lido no eléctrodo é semelhante ao valor
teórico de pH correspondente.
Analisando por outro lado os valores de pH obtidos na medição com papel indicador,
verificamos que os valores obtidos são para a maior parte das amostras, valores pouco
precisos, comparativamente com os valores de pH teóricos. Isto deve-se essencialmente
ao facto deste método apresentar limitações em termos de rigor, porque o valor de pH
lido no papel indicador vai depender de cada observador e da sua interpretação por
comparação visual directa com a gama de pH apresentada no papel indicador universal
de pH.
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6.Conclusões
7.Bibliografia
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8.Anexo
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