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Noções

Fundamentais de
Cultura, Lei, Moral e
Ética no Vir-a-Ser
dos Seres Humanos
©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília

Apresentação 

Fonte: https://goo.gl/MDL9C2

Se quisermos compreender nossa condição humana e seus atos, é relevante distinguir duas
dimensões: somos pessoas bio-culturais, isto é, somos seres vivos, programados pelas leis
biológicas e, ao mesmo tempo, seres culturais criadores de nós mesmos e de nosso mundo
humano. Como seres biológicos, nós possuímos um código genético. Sob esse aspecto,
pertencemos ao gênero animal. Como entes culturais, contudo, nós nos diferenciamos dos
animais, pois criamos e continuamos até hoje construindo o que há de específico em nossa
espécie. Por isso, somos diferentes dos demais entes que recebem sua essência acabada;
nosso ser específico, ao contrário dos demais entes não humanos, se constitui apenas
como um poder-ser que cria a si mesmo, que se dá seu próprio ser, embora continue até a
morte apenas como um projeto inacabado.

Ao longo da história da evolução humana, a partir de nossa animalidade, iniciou-se o


processo que os antropólogos chamam de hominização: nós, humanos, conquistamos,
nesse processo contínuo, a capacidade simbólica  que nos permite representar a
realidade, falar de coisas ausentes e criar nosso mundo humano, diverso daquele do animal.
Isso significa que não somos apenas programados biologicamente, mas pela cultura nos
constituímos também como seres criativos e livres.

E aqui cabe ressaltar com os antropólogos que essa é uma verdadeira criação, pois não
havia nenhum modelo para nossos antepassados seguirem ao criar sua especificidade
humana. Assim, nesse processo de hominização , eles criam literalmente seu próprio
mundo, diferentemente dos animais que apenas têm mundo. Cada grupo social cria sua
própria cultura e – fundado nela – elabora sua "constituição", suas leis, sua moral, sua
religião, seus costumes, sua tradição e sua ética; enfim, o grupo produziu tudo o que era
necessário para sua defesa e sobrevivência, bem como para a convivência dos membros do
grupo entre si e para o relacionamento com as pessoas de outras comunidades. Isso tudo
mostra o que nos especifica como seres humanos, o que nos torna diferentes dos demais
entes que receberam sua essência programada ao nascer.

Mas dizer que somos diferentes dos animais não significa que há uma separação estanque
entre nós e os animais, nem tão pouco que haja uma separação entre nossos atos
biológicos (corporais) e culturais (mentais): somos uma unidade do complexo
biológico/cultural; continuamos ligados aos animais e a todos os entes terrestres, pois
pertencemos todos à mesma mãe terra. Temos que olhar com olhos holísticos, ver cada ato
humano dentro da totalidade e complexidade de nosso ser, a fim de conviver, de modo
responsável e solidário, com todos os entes de nosso universo.

Outro aspecto importante é ter consciência de que há tantas culturas diferentes quantas são
diversas as etnias existentes no mundo. No Brasil, embora se costume falar em "cultura
brasileira" como se fosse uma única, na realidade há centenas de culturas diferentes. Basta
lembrar as centenas de culturas das tribos indígenas, das pessoas que vieram da África e
 imigrantes de diversos países europeus ou asiáticos. Nenhuma dessas culturas, contudo, é
superior às outras. Durkheim (2000)  – que conviveu com mais de 400 grupos autóctones
na Austrália - observou que cada grupo tem sua própria cultura e a partir dela cria suas
religiões, suas leis, suas morais e ética; tornando absurda a ideia dos europeus da
modernidade que tomavam sua cultura como padrão das demais. Assim sendo, se vamos
pesquisar a ética, a moral e as leis dentro da civilização ocidental, não pretendemos colocar
essa cultura como norma para as demais; pretende-se apenas ver como se desenvolveram
esses fenômenos ao longo da história dessa cultura Greco-europeia ocidental e como ela
pode ainda hoje dar resposta às grandes questões da civilização ocidental.

Tendo considerado essas relevantes observações introdutórias, passemos agora a


pesquisar o objeto próprio de nossa aula, examinando como as pessoas são, ao mesmo
tempo, construídas por e construtoras de sua cultura, lei, moral e ética.
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Conteúdo 
Os Grupos Sociais Construídos e Construtores
da Cultura, Moral, Ética e Lei

Fig. 1 - Amala e Kamala.

Fonte: https://www.google.com.br/search

Sem haver interação com outras pessoas, um bebê nunca será alguém, como mostra,
entre outros exemplos, o conhecido caso das meninas que conviviam com os lobos na
Índia (Fig. 1). Elas não tinham nada de humano – além da aparência física;
comportavam-se como lobas. Assim, percebemos que o ser humano constitui seu ser
na convivência com os demais membros de sua comunidade.

A pessoa, ao nascer, aprendendo a linguagem, entra em contato com toda a cultura de


seu povo que fala aquele idioma; ao longo de seu desenvolvimento, também imita e
assimila tudo o que vê e ouve os outros falarem e fazerem; assim, entra no grupo social,
se socializa assimilando a cultura, a moral, a ética, e as leis existentes. Tudo o que foi
produzido pelo grupo social faz parte de sua cultura. O trabalho que transforma a
natureza é um elemento fundamental nesse vir a ser humano, pois – por ele – a pessoa
mostra sua capacidade criadora e produz seu mundo propriamente humano,
transformando o que lhe é dado em algo totalmente novo, imprimindo sentido às coisas;
dessa forma, ele humaniza seu mundo.
Assim sendo, fica claro que consumimos e produzimos cultura,  ao mesmo. Isso
significa que não somos totalmente determinados por ela, pois podemos criar e
transformar nossa cultura.

O que pensa você sobre essa questão?

Para Refletir 

O que pensa você sobre essa questão? Se, por exemplo, nossa cultura é machista
e homófoba  (LGBT ), há possibilidade de transformá-la? Julgue as seguintes
indagações: quais ações, quais movimentos e políticas públicas seriam
adequados e eficazes para transformar atitudes de preconceito e ódio? Se a
sociedade que temos foi criada pelas pessoas, então cabe, também a elas,
desconstruí-la quando for injusta e transformá-la.

Junto com a cultura surgem, entrelaçadas, a moral, a lei e a ética. É muito difícil falar
desses temas de modo separado, pois todos eles estão intimamente ligados uns aos
outros, referindo-se todos à mesma realidade grupal. Assim, Moral e Ética, na posição
de muitas autoras e autores, são considerados termos sinônimos; enquanto que outros
julgam fundamental ver neles dois conceitos distintos. Essa é uma questão muito
controvertida. Você, por acaso, já tem uma opinião formada sobre essa questão? Pense
no assunto, pois até o final da aula você receberá mais elementos informativos para
poder se posicionar de modo mais fundamentado.

O Conceito de Ethos na Civilização Greco-


Europeia
A ética é um tema que sempre inquietou a humanidadeo homem.
É comum ouvirmos expressões do tipo: "Ele (ou ela) não tem
ética"; ou, ainda: "isto é uma questão ética". Mas donde provém,
etimologicamente, a palavra Ética?

Ela provém do termo "Ethos" que é a transliteração de um termo grego escrito de duas


matrizes diferentes:

a. Éthos (ήθος) - com "eta" inicial, vogal longa (é), designa inicialmente "morada do
homem, lugar de estada permanente, abrigo protetor" (ERMOUT; MEILLET , 1994,
adaptação); e
b. Êthos (έθος) - com "épsilon" inicial, vogal breve (ê) - diz respeito ao
comportamento que resulta de um constante repetir-se dos mesmos atos, mas
não de forma necessária, maneira habitual do agir humano (ERMOUT; MEILLET,
1994, p. 407-408).

Na primeira matriz, fala-se que alguém constrói sua morada a partir da razão; nesse
espaço se localizam nossos costumes, valores, hábitos, normas e ações. Essa ordem
estabelecida pelo "ethos" é chamada costume, maneira habitual de ser de um
determinado grupo humano. A segunda matriz, por sua vez, se refere ao
comportamento que resulta de um constante repetir-se de um mesmo ato. Mas, esse
ato humano é diferente das leis rígidas da natureza, ele é de outra ordem, fica no
domínio da liberdade, sem determinismos absolutos.

Portanto, o ethos irá assinalar, desde o princípio, uma oposição à "physis" (φύσις), isto é,
àquilo que significa ao mesmo tempo a natureza e o princípio ordenador do mundo
físico. Nesse sentido, o ethos se contrapõe ao que é natural na pessoa (impulso do
desejo), pela constância e disposição da vontade de agir de acordo com as exigências
de realização do bem ou do que é o melhor a ser feito. Existe aqui, assim, uma oposição
entre o mundo humano, no qual não há determinação absoluta, e o domínio físico, no
qual os fenômenos seguem leis rígidas.

Vaz (1993, p. 12), próximo à tradição aristotélica, bem lembra, que a noção de "éthos"
deve ser articulada a outro vocábulo grego, aquele de "héxis" (έξις), o qual remete à
ideia de possessão, de estado adquirido, hábito, estado de alma, atitude ao agir de certo
modo (MAGNIEN; LACROIX ,1969, p. 608). Assim, o "êthos" corresponderá à aquisição
estável (έξις πραχτιχή), por alguém, mediante a educação, repetição e reflexão,
adquirindo uma sabedoria prática que lhe possibilite agir segundo a escolha da melhor
via para a consecução de um fim considerado bom. O "êthos" torna-se, assim, parte do
caráter de seus agentes. Daí o papel preponderante do aprendizado na constituição de
uma vida virtuosa (BODÉÜS , 1982, p. 218).

Esse caráter, contudo, não é estável. Pelo contrário, é o constante exercício da pergunta
sobre o que é o melhor a se fazer em determinadas situações da vida. Dito de outro
modo, o "ethos" é a capacidade de perguntar pelo sentido das ações e pelas suas
consequências. Assim, como veremos mais adiante na distinção entre "ética" e "moral",
o ethos/ética é o conjunto de critérios que utilizamos para questionar o que já está
estabelecido pela moral.

Diante disso, pode-se propor uma definição etimológica da noção de ethos, articulando
as duas matrizes conceituais, ethos como costume e ethos como hábito:

Ethos como costume – modo de ser dos membros de um grupo social que


procede da vivência comum dos princípios, valores, normas, leis e hábitos que
expressam a ideia de Bem Comum ou BEM (universal) partilhada pelos membros
de uma coletividade (comunidade, povo, etnia, civilização etc.).
Ethos como hábito – constância no agir de uma pessoa, por meio do qual este
incorpora à sua personalidade aquele ideal de BEM (virtude) e o efetiva por meio
de ações, sempre perguntando pelo sentido delas.

O elemento que permite essa articulação será, portanto, a ação baseada em uma
reflexão (práxis), pela qual o ethos se constitui, se reproduz e se altera no tempo (ou
seja, ethos como costume) e pela qual a pessoa se constitui a si mesma como sujeito
ético (isto é, ethos como virtude). A ação ética expressará, pois, a capacidade de
pessoas e grupos de efetivarem o BEM e/ou de atualizá-lo.

O ethos de um grupo social se estrutura por meio de um complexo de relações entre as


pessoas, constituindo-se, no tempo, como costume. É na mediação (na interação) com
outras pessoas que alguém se integra ao ethos e nele exerce sua práxis. Essa interação
realiza ao mesmo tempo a afirmação e transmissão do ethos (tradição/moral) e sua
alteração perpétua (ética). É a práxis (ação baseada em uma reflexão) que integra
alguém às várias esferas sociais: trabalho, cultura, política e convivência social, entre
outras.

Pode-se dizer que o ethos se constitui historicamente como o ethos de um povo, ele é
seu "rosto". O ethos é, antes de tudo, um sentir-se em casa. Nesse sentido, ethos se
vincula a outra palavra grega (oikós) que, tendo como sentido original a palavra "casa",
deu origem às palavras "economia", "ecologia", "ecumenismo", todas expressando, de
alguma forma, a noção de que vivemos em um mundo que é uma "grande casa" onde
todos os seus habitantes têm direito à sua dignidade. Pode-se dizer, assim, que a "ética"
(ethos) são os critérios que utilizamos para decidir nossas ações visando o bem desta
grande casa em que habitamos (oikós). Podemos falar efetivamente do ethos como de
um universal simbólico que rege a instituição das normas, das leis, dos hábitos, das
regras e dos valores.

A Questão Ética
Por que existe a questão ética distinta da moral?

É em face das situações concretas que a exigência ética é chamada


a tomar exata consciência de suas implicações e de seu alcance. (...)
A invenção das normas encontra-se na intersecção da visada ética
fundamental, isto é, da exigência constitutiva da qualidade ética do
ser humano, e das situações concretas, problemáticas, encontradas
pela ação. (LADRIÈRE , 2001, p. 37-38)
A questão ética surge, portanto, no momento em que é feito um apelo à iniciativa da
pessoa, pressuposto que sua ação não é condicionada (inteiramente) pelo curso natural
das coisas. Importa, pois, determinarmos o "lugar" da ética na atividade de alguém. A
dimensão ética da ação inscreve-se na temporalidade própria do existir: capacidade de
iniciativa para forjar, por si mesmo, seu ser futuro: poder de agir, decisão fundada na
deliberação.

De acordo com Ladrière (2001), essa exigência de realização de si não é arbitrária: ela é
o prolongamento do que já estava presente no existir. A exigência ética implicada na
ação é, precisamente, a determinação da vontade na realização daquilo que a
existência, como poder-ser, contém em si enquanto ainda não realizado. Existe tensão
na pessoa porque o seu ser futuro já se encontra presente, mas carente de
concretização.

Essa realização de si como alguém ético não é estranha à própria existência, mas, sim,
é tarefa própria dela. Trata-se "de um processo no qual a existência é chamada a pôr-se
em jogo, sob sua própria responsabilidade, assumindo os riscos e perigos" (LADRIÈRE,
2001, p. 91). Esse comprometimento da pessoa em relação a si próprio (a realização de
si como ser ético) põe em questão a sua responsabilidade sobre si mesmo e os outros.
O resultado efetivo de nossas ações somos nós, enquanto ser-para-outro, pois todos os
atos morais e éticos só têm sentido em vista da convivência com os outros.

Sendo a existência um modo de ser plural, "a responsabilidade da existência, em relação


a si, constitui a responsabilidade de cada existente em relação à existência, tal como
nele se realiza, mas, também, tal como ela se dá nos outros existentes" (LADRIÈRE,
2001, p. 92). A responsabilidade de cada um pelos seus atos nas relações humanas e
para com a natureza é, portanto, o horizonte fundamental da ética. A realização de cada
existência singular (a determinação de si na concretização do BEM) implica no caráter
da existência como pluralidade: o agir ético exige o reconhecimento recíproco dos
agentes na determinação da qualidade ética da própria ação, sem esquecer que
estamos enraizados na Mãe terra e que somos responsáveis também por ela.

Ética e Moral
É importante observar que, ao longo da história da filosofia, o uso de um ou outro termo,
ética e moral, irá variar segundo o entendimento de cada pensador e pensadora. Até a
era moderna, serão tomados como termos equivalentes, havendo preferência pelo uso
ora de um, ora de outro. Alguns recorrerão a uma distinção conceitual entre ética e
moral, dando a um e a outro termo um sentido específico. Neste curso de Ética,
tomaremos como definição básica que a "Ética" é a condição humana que possibilita
questionar a "Moral" instituída na sociedade visando a sua transformação.

Como você já estudou acima, o termo grego ethos refere-se a costume, englobando


duas esferas de realização do bem, ou seja:
a. Enquanto modo de ser coletivo que procede da experiência comum dos valores,
normas, leis e regras que exprimem a ideia de Bem.
b. Como hábito ou caráter da pessoa que incorporou à sua personalidade este ideal
de Bem e que o traduz, por suas ações, como virtude. Essa noção de ethos será
transcrita para o latim por Cícero  (1982), pelo termo latino mōs (sing.)
e mōrēs (plur.), para designar o que é segundo o costume, conforme ao uso
(TERNAY,  1868, p. 181-182) (ERMOUT; MEILLET, 1994, p. 415-416), significando,
pois, hábito, uso, estilo de comportamento, maneira. Há, então, uma equivalência
semântica entre ethos e mōs, traduzidos como ética e moral.

Quando mais tarde, com BODÉÜS  (2004, p. 1094 a 1094b), você observará a


passagem do ethos à ética, isto é, do costume como vivência a uma "ciência da práxis"
(épistêmê praktikê [έπιστήμη πραχτιχή]), a ética será, na língua latina, igualmente
traduzida como "ciência moral". Desse modo, o termo "ética" terá como equivalente
semântico a noção de mōrāles. Vê-se assim que ética e moral recobrirão o mesmo tipo
de fenômeno, isto é, ambas serão entendidas como uma reflexão sobre a ação humana
referida ao costume e tendo em vista a realização do Bem.

Se a Moral se constitui como as normas instituídas pela cultura, costumes e tradição de


um determinado grupo social, e ética é a condição humana que possibilita questionar e
transformar essa Moral vigente. Uma distinção "acabada" entre ética e moral implica,
antes de tudo, seguir o caminho que o pensamento filosófico fez até o momento em que
esses conceitos adquiriram sentido próprio e, posteriormente, distinto. O primeiro passo
é a passagem do ethos (Moral) – como modo de vida centrado na ideia de Bem e
impresso na cultura como costume – à Ética, como inteligibilidade da ação virtuosa,
como reflexão sobre a vida concreta das pessoas que constroem a si mesmas,
enquanto existência e coexistência para produzir o bem comum. Esse passo foi
preparado por Platão e consumado por Aristóteles, com o qual a ética adquiriu estatuto
de disciplina autônoma (ciência da práxis).

Ethos e Cultura
A ação humana, enquanto portadora de significação, é a medida (métron) das coisas, no
sentido de que toda ação – seja como agir (práxis), seja como fazer (poiésis) – constitui
um universo simbólico que é, a um só tempo, obra (ergon) da pessoa e referência para
sua própria ação, ou seja, seu ethos. Ora, a essa obra coletiva, a essa ação criadora de
objetos, signos e formas – pelas quais um determinado grupo humano se reconhece
como coletividade – damos o nome de "cultura". Nesse sentido, como já afirmara Vaz
(1993, p. 36), "o ethos é coextensivo à cultura".

Aqui aparece um movimento dialético perpétuo: nascemos num determinado contexto


social-cultural no qual certa configuração do ethos nos é transmitida (tradição) – e que
nós devemos absorver, não somente a fim de evitarmos sanções, punições em caso de
transgressão, mas simplesmente para podermos existir enquanto parte deste grupo
social e a ele identificado. Participamos, portanto, mesmo que involuntária e
inconscientemente, num primeiro momento, da perpetuação do ethos. Mesmo que
participemos ativa e conscientemente de sua transformação, o ethos será transmitido a
outros que o receberão de forma heteronômica. Há, portanto, uma espécie de
movimento circular em que o ethos é, de um lado, absorvido tal qual na forma da
tradição e, de outro, alterado pela práxis das pessoas no curso do tempo. Permanece o
desafio ético de saber que tipo de relação uma determinada sociedade mantém com
respeito à própria tradição.

O problema na base deste desafio é o de que as pessoas acabam por se esquecer de


que a cultura é sua própria obra, que a sociedade é sua criação e que toda sociedade –
posto que é instituída no tempo – se altera. A tradição não é, portanto, outra coisa que
o ethos enquanto herança e transmissão. Como tal, a tradição guarda esta contradição:
ela nos faz esquecer que, no horizonte da ação ética, a transmutação do Bem faz parte
da própria ação ética. Enquanto ação referida ao ethos, a práxis ética traduz uma
relação não determinada e não determinante entre o ethos e as pessoas que ali vivem e
agem.

A ação criativa e instituinte  é feita, a bem da verdade, com base em um dos
elementos centrais do ethos: a liberdade que têm as pessoas de escaparem ao
determinismo que reina na natureza do mundo físico, de mudar o curso das coisas e
também o poder de transmutar o sentido das coisas, de não ceder à pura e simples
inércia, de não se conformar simplesmente à sociedade instituída.

Desse modo, podemos afirmar que o ethos não se reduz à tradição. O ethos é


precisamente "em parte" tradição, enquanto ele se põe como Experiência heteronômica
, ou seja, enquanto fundamento do conjunto dos costumes, dos princípios e dos
valores tendo força suficiente para sobredeterminar o agir de pessoas e grupos sociais.
Contudo, o ethos deve, sobretudo, ser considerado como criação única, ainda que esta
não cesse de ser, a cada vez, a ordem simbólica representativa de uma época e de um
modo de ser coletivo. O ethos, obra da cultura de um povo, contudo, não é o reflexo de
uma "ordem ideal" atemporal, a partir da qual "deduziríamos" o valor de nossas ações e
de nossas instituições, posto que ele não existe senão como criação social-histórica.

Pensamos, nesse sentido, que a reflexão ética possa nos auxiliar num confronto crítico
face às nossas próprias tradições, de modo que, sem negá-las, assumamos o desafio
de nos defrontar com tudo aquilo que, sendo parte da herança que nos fez o que somos
hoje, como cultura e nação, limita nosso poder de criação, tolhe nosso imaginário
coletivo, nosso poder de sermos outro. Isto é o que poderíamos chamar de
autoalteração ética de um povo: o poder que tem uma coletividade de pôr-se diante de
suas próprias significações sociais e de renová-las.
Lei Jurídica ou Direito e Moral
A Lei Moral, segundo Immanuel Kant , é uma lei que manda agir de acordo com o que
a vontade quer que se torne uma lei válida para todos. Em outras palavras de Kant, cada
pessoa, portadora de uma boa vontade, saberá escolher, dentre suas regras particulares,
aquela que pode valer para todas as demais.

O termo "Lei" tem muitos significados. Mas, nesse item, você estudará, de forma
esquemática, apenas a relação entre lei jurídica ou direito contraposta à moral. A Lei
moral será tratada na aula 4, sobre Kant.

Distinção entre Direito e Moral


Os critérios que permitem distinguir o Direito (Lei) e a Moral são:

1. O Direito é bilateral e a Moral, unilateral, pois a norma jurídica tem dois lados: de


um lado, ela atribui um direto subjetivo; de outro, um dever correspondente; a
Moral, por não possuir os atributos de bilateralidade, é unilateral; enquanto, na
relação jurídica existe sempre uma pessoa ativa, portadora do direito subjetivo e
uma passiva, possuindo um dever correspondente. (WIKIPEDIA.ORG, 2016).
2. O Direito é heterônomo , porque suas normas são impostas de fora à pessoa,
enquanto a Moral é autônoma porque alguém pode aceitar ou rejeitar as normas
morais e, na ética Kantiana, veremos que a pessoa é a criadora da lei moral.
3. Exterioridade do Direito e Interioridade da Moral. As normas jurídicas tratam de
atos externos da pessoa, manifestas a toda coletividade; as normas morais
repercutem no interior ou consciência da pessoa..
4. Coercibilidade  do Direito e Incoercibilidade da Moral: enquanto o direito pode
usar a força e a coerção no caso de infração da lei, impondo à pessoa
penalidades; a Moral, ao contrário, em caso de alguém infringir uma norma, se
sentirá, no máximo, remorso e o afastamento das pessoas.

Quanto ao conteúdo de Direito e Moral, temos algumas teorias:

1. Teoria dos Círculos Concêntricos – um está inscrito no outro: o maior pertence à


Moral e o Direito se subordina às normas morais.
2. Teoria dos Círculos Secantes – Dois círculos que se cruzam até um determinado
ponto; o Direito e a Moral possuem uma área comum, sobre a qual ambos têm
competência para atuar; mas as partes dos círculos que ficam fora da área
comum são específicas uma ao Direito e outra à Moral.
3. O jurista Kelsen defende que o direito é autônomo e a validade de suas normas
não tem nada a ver com a Moral.
4. Teoria do Mínimo Ético no Direito: O direito deveria conter o menor número
possível de normas morais.
Em conclusão:

O Direito anda junto com a moral, mas nem toda lei é moral.

Há atos amorais que não são nem morais nem imorais. A lei jurídica trata desses atos,
como por exemplo, as leis do trânsito. Assim, essa comparação entre Direito e Moral
nos ajuda a compreender a relação dessas duas disciplinas, mas ela não esgota um
assunto complexo como este.

Ética como Questionamento da Moral


O ponto a partir do qual pensamos a questão ética contemporânea supõe uma
compreensão de pessoa, cujo pensamento e atividade redefinem, permanentemente, o
sentido do mundo – e do seu mundo particular –, sem que isso indique, de per si, uma
"deterioração" dos valores herdados da tradição, isto é, supõe a consideração de
agentes sociais como criadores e instituintes do sentido do seu ethos. Nessa
compreensão, a gênese de sentido dos fatos históricos, a instituição de valores e
modos de ser, a produção permanente de redes de significantes e significados, sendo
ela mesma, e a um só tempo, uma instituição de sentido realizada pelas pessoas de um
grupo social concreto, será sempre um processo em aberto, tarefa inacabada da
humanidade em cada tempo histórico, de cada ethos singular – singular, bem entendido,
ainda que com pretensão a um reconhecimento universal, possibilidade de
comunicação de seu modo de ser coletivo com outros ethos (CASTORIADIS , 1975, p.
8).

O mundo ético não se reduz a uma ordem dada como "ordem boa", a qual devem as
cidadãs, os cidadãos aderir. A vida ética é historicamente instituída como vida desejável
para um grupo humano determinado. O mundo ético, como universal simbólico (DELA-
SÁVIA , 2002), é o mundo que as pessoas instituem como seu mundo, um mundo
pleno de elementos significativos. Lemos em A instituição imaginária da sociedade.

A imagem de si mesma que se dá a sociedade comporta como


momento essencial a escolha dos objetos, atos etc., onde se encarna
o que para ela tem sentido e valor. A sociedade se define como
aquilo cuja existência (a existência 'valorizada', a existência 'digna
de ser vivida') pode ser questionada pela ausência ou carência de
tais coisas e, correlativamente, como atividade que visa a fazer
existir essas coisas em quantidade suficiente e segundo as
modalidades adequadas. (CASTORIADIS, 1982, p. 225)
A vida de um povo, sua atividade, sua organização, a definição de seus valores e
necessidades, no sentido assinalado por Castoriadis, é, precisamente, o
estabelecimento do sentido da vida em comum desse povo. Evidencia-se, desse modo,
o vínculo que se estabelece entre a instituição social-histórica e a criação e recriação
permanente do ethos. A questão da atualização histórica do ethos – e de sua
elucidação possível – não nos permite determinar, de uma vez por todas, sua função
(simbólica ou prática), nem, tampouco, seu sentido "originário" ou seu horizonte
ontológico último. Como afirmara Castoriadis:

As instituições e as significações imaginárias sociais são criações


do imaginário radical, do imaginário social instituinte, da
capacidade criadora da coletividade anônima, tal que se manifesta
claramente, por exemplo, na e pela criação da linguagem, das
formas de família, dos costumes, das ideias etc. A coletividade
somente pode existir como instituída. (CASTORIADIS, 1992, p. 158-
159)

Nossa perspectiva de leitura do ethos, portanto, o toma não como confirmação de uma
ordem social herdada, mas, no sentido de Castoriadis, como autocriação irrepetível de
um modo de ser coletivo. Pode-se dizer que o desafio da reflexão ética será, pois, o de
pensar a capacidade das pessoas de instituírem o seu ethos enquanto estes o
absorvem, o que remete, em última instância, à questão da autonomia da pessoa social.

Cabe à reflexão ética gerar o reconhecimento da ordem social na qual ela se


desenvolve, mostrando quais são os pontos de partida – valores, processos, práticas,
objetivos, ideais, etc. Mas cabe também à reflexão ética questionar esses mesmos
pontos de partida. O fato de estarmos inseridos dentro de um conjunto de valores que
nos dá o chão da discussão e da reflexão que elaboramos, não nos impede de
empreendermos o desvelamento  dessas condições, para que possamos criticá-las,
reconstruí-las, ou mesmo abandoná-las em função do projeto que coletivamente nos
colocamos. Neste sentido, o ethos, entendido como tradição, é o fundamento de nossa
reflexão, mas isto não deve constituir-se como entrave paralisante para imaginarmos
novas estruturas e práticas sociais mais justas, mais de acordo com a moral e a ética.

Toda sociedade, para existir, precisa, como vimos anteriormente, de regras morais que a
regulam, sejam estas regras escritas ou presentes na subjetividade de cada sujeito.
Sem regras morais, não há sociedade. Contudo, só as regras morais não bastam, pois
elas representam somente o momento em que a sociedade vive. É a capacidade
humana de questionar estas regras morais que possibilita a transformação da
sociedade. A este questionamento é que chamamos de "Ética".
Exemplo 

Veja um exemplo de nossa história brasileira: Até o século XIX a instituição da


escravidão era um valor moral aceito na sociedade, o que para nós, hoje, pode
parecer absurdo. O que fez mudar nossa opinião sobre este assunto? Foi a
capacidade humana de questionar esta moral, de dizer que ela era injusta e
desumana. Este questionamento da moral é o que chamamos de "ética". Podemos
multiplicar os exemplos, como o direito de a mulher votar e ser votada, a
erradicação do trabalho infantil, as opções sexuais diferenciadas, etc.

Nesta aula, você teve a oportunidade de conhecer e refletir sobre


a condição humana. Viu que, do ponto de vista do gênero, a
pessoa é regida pelas leis biológicas, mas, do ponto de vista da
espécie, ela é criadora de seu ser, de sua cultura, normas morais
e leis. Foi criação mesmo, pois na sua humanização não
dispunha de nenhum modelo para copiar ou se inspirar. Você
apreendeu ainda que, ao mesmo tempo que somos criados pela
cultura, somos também seus criadores. Em seguida, você
estudou sobre o conceito de ética e moral, o qual nasceu na
Grécia e foi consolidado ao longo da história na Europa.

Nesse sentido, perguntamos por que existe uma questão ética.


Depois, investimos nosso tempo e energia para analisar as
relações que existem e podem existir entre cultura, lei, ética e
moral, momento em que pudemos aprofundar a concepção de
que vivemos em uma determinada cultura que tem seus valores
morais, que somos herdeiros desta cultura e não podemos
considerá-la como externa a nós, como se fosse algo de outro. É
a partir desta cultura, com seus valores, que podemos fazer as
perguntas da Ética visando a sua transformação. Ética, neste
sentido, é a capacidade de indignar-se contra os valores morais
que não expressam o bem, a justiça e a dignidade do outro.
No estudo das próximas aulas, você terá a oportunidade de
viajar pela história da construção do pensamento sobre a Ética.
Irá conhecer alguns dos principais autores que se debruçaram
sobre o tema e que se tornaram clássicos devido a sua original
contribuição para os estudos, análises e reflexões sobre este
interessante e intrigante assunto. Esses pensadores fazem parte
de nossa herança cultural. Seus pensamentos – frutos da época e
das condições históricas de cada um – atravessaram o tempo e
estão presentes no modo como nossa cultura ocidental se
formou e se renova. E, na última aula, você pesquisará e
debaterá as grandes questões e desafios éticos da atualidade.

Antes de iniciar os estudos das próximas aulas, é importante ter


em conta, com seriedade e responsabilidade, que conhecer estes
pensadores não significa estudar um pensamento externo a nós.
Significa, isto sim, conhecer a nossa hereditariedade cultural,
compreender de onde vêm as bases de nosso pensamento e
verificar as possibilidades de avançarmos nas perguntas Éticas
que nosso tempo exige de nós. Portanto, na aula 2, você
conhecerá as partes fundamentais das éticas de Platão e
Aristóteles.
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Na Prática 
"Estudante,

Esta seção é composta por atividades que objetivam consolidar a sua aprendizagem
quanto aos conteúdos estudados e discutidos. Caso alguma dessas atividades seja
avaliativa, a docência indicará no Plano de Ensino e lhe orientará quanto aos critérios
e formas de apresentação e de envio."

Bom Trabalho!
Atividade 01 

Leia as histórias a seguir e faça o que se pede:

História 1 – O anel de Giges – (Livro IIda República, Platão)


História 2 – Bilhete de João (abril de 2014)

Foto: Instagram/Reprodução.

Fonte: https://goo.gl/M5zvZ7

Bilhete deixado em para-brisa de carro avisa que motorista bateu no veículo, mas escreveu
apenas para fazer as testemunhas pensarem que ele deixava seu contato.

Compare as duas histórias e responda:


a. Fundamentado nesta leitura, redija um texto, de no mínimo uma e no máximo duas
páginas, dissertando sobre "a pessoa enquanto um ser cultural".
b. O que é o bem? Como trazer o bem para a humanidade como um todo? Se existe o
bem em si (Patão estabelece sua existência), como o ser humano pode tornar-se bom
e justo?

Atividade 02 

Leia o item “Os grupos sociais construídos e construtores de sua cultura, moral, ética e lei”.

a. Fundamentado nesta leitura, redija um texto, de no mínimo uma e no máximo duas


páginas, dissertando sobre "o ente humano enquanto um ser cultural".

Atividade 03 

Após o estudo desta aula, posicione-se sobre a questão de saber se os termos "Moral" e "Ética"
são duas palavras diferentes para nomear um único conceito ou, ao contrário, se esses dois
termos correspondem, respectivamente, a dois conceitos distintos. Justifique sua opção. Escreva
seu posicionamento em até dois parágrafos.
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Saiba Mais 
Para ampliar seu conhecimento a respeito desse assunto, veja as sugestões da docência,
abaixo:

A ética não diz respeito apenas às pessoas, mas a todos os entes do meio ambiente
do nosso planeta. Ouça a palavra de Leonardo Boff no Vídeo Ecologia Social .

Leia o texto Direito e moral: o direito não se dissocia da moral , de Adeilson de


Oliveira, para aprofundar sua compreensão sobre o assunto.

Antes de encerrar o estudo desta aula, leia a resenha do livro O que você precisa saber
sobre ética .
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TERNAY, Henry d'Aviau. Totius Latinitatis Lexicon, opera et studio Aegidii


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TOFFLER, Alvin. A terceira onda. Tradução de João Távora. 27. ed. Rio de Janeiro:
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TUGENDHAT, E. Lições sobre ética. 2. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1997.

VAZ, Henrique C. de Lima. Escritos de Filosofia II: ética e cultura. 3. ed. São Paulo:
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VIEIRA, Leonardo A. A herança kantiana da concepção hegeliana do direito e da moral.
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ZILLES, Urbano. Projeto de uma ética mundial. In: Teocomunicação 156, v. 37, jun.


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A Ética Filosófica de
Platão e a Ética das
Virtudes de
Aristóteles
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Apresentação 

Fonte: https://goo.gl/6GV3ao

A ética de Platão, como também a de Aristóteles, inscreve-se numa


tradição que remonta aos chamados Sete Sábios, situados nas
origens da filosofia e para os quais a sabedoria implica um certo
comportamento virtuoso, uma certa educação do desejo, capaz de
orientar a pessoa a desejar a sabedoria, a afeiçoar-se à sabedoria
(phileín sophían [φιλείν σοφίαν]): eis aí o princípio do filosofar
(philosophein [φιλοσοφείν]), tal como a tradição o conservou e
transmitiu a Platão e a Aristóteles (FRÈRE , 1981, p. 22-25). Antes
de começar o estudo deste conteúdo, visite o Portal da Grécia
Antiga e conheça os Sete Sábios  como introdução à ética para
Platão e para Aristóteles, que são os dois temas abordados nesta
aula.
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Infográfico 
Leia o infográfico abaixo e conheça mais da biografia dos sete sábios da Grécia.
Fonte: https://goo.gl/EkXYfe
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Conteúdo 
A Ética Filosófica de Platão
Platão foi o primeiro a enfrentar filosoficamente, isto é,
com rigor de método e profundidade de reflexão, a questão
do "Bem". A interrogação platônica visará à questão do
"Bem em si mesmo" e de como este Bem se apresenta
como bem-para-nós, ou seja, como bem na vida humana.

Para iniciarmos o estudo do pensamento de Platão sobre a


Ética, vamos olhar um de seus clássicos escritos
conhecido como "Mito da Caverna ". Fig. 1 - Platão.

Fonte: https://www.google.com.br/
Platão, para explicar sua concepção de Ética, inventou o
Mundo Ideal, lugar abstrato onde existe o Bem, a Verdade, a Justiça, o Belo e todas as
noções perfeitas que existem. Em nosso mundo real, só percebemos a sombra deste mundo
ideal, onde existe a luz plena. Para alcançar o mundo ideal, segundo Platão, precisamos de
um método, a que ele chama de dialética.

Platão foi discípulo de Sócrates, considerado por ele como "o homem mais sábio e mais
justo de seu tempo" (PEGORARO , 2006), e dele herdou seus principais princípios que
percorreram toda a sua filosofia. De Sócrates nada temos escrito, mas sabemos de sua vida
e de seu pensamento por meio de seu discípulo mais iminente.

Sócrates, que viveu no século IV a.C., foi o primeiro filósofo grego que se ocupou com a
pessoa como prioridade e objeto de reflexão filosófica. Até então, a questão em que os
filósofos se debatiam tinha como foco principal a natureza. Das palavras de Platão,
sabemos que Sócrates não fazia sua reflexão filosófica a partir de um gabinete separado do
mundo, mas sim do mundo vivido e experimentado pelas pessoas. É nas praças (Ágora), nas
ruas, nos mercados que Sócrates interpela seus interlocutores para buscar a verdade. Sob o
lema "conhece-te a ti mesmo", que ficou registrado na história como emblemático em todos
os tempos, Sócrates inaugurou o método da maiêutica . Isto é, a verdade já está no
interior de cada um, basta um bom método para retirá-la. Este método, a maiêutica, é
semelhante ao trabalho da parteira, que faz vir para fora a pessoa que está dentro do útero.
Assim, também o é com a verdade, ela já está no interior das pessoas, mas precisa ser
retirada de lá. Quem é justo e bom, seja homem ou mulher, é feliz e o injusto é infeliz. Não é
possível que, a mulher ou o homem bom, aconteça algum mal nem na vida e nem na morte:
os deuses deles se ocupam (SÓCRATES apud PEGORARO, 2006).

Com esta premissa (a verdade já está no interior de cada


um) e com este método (fazer a verdade aparecer por meio
da maiêutica), Sócrates pretende recuperar o valor da
dignidade moral da pessoa, em uma sociedade que tinha
sérios problemas com a justiça e o bem. Esta verdade,
contudo, tem seu sentido no desenvolvimento de virtudes
que regulam a vida na sociedade, na "polis" (cidade) como
diziam os gregos. É de se imaginar que este pensamento
socrático, do qual bebeu Platão, não causou boa impressão Fig. 3 - Sócrates.

entre as autoridades que se utilizavam do poder para tirar Fonte: https://www.google.com.br/


dele benefícios pessoais.

Sócrates foi considerado como uma ameaça a estas autoridades e foi


condenado à morte (que na época significava beber um veneno –
cicuta) sob a acusação de "corromper a juventude". Fiel aos seus
princípios, ele não quis se retratar e morreu lutando por sua verdade.
Platão, que testemunhou o fim trágico de seu mestre, decidiu continuar
seu caminho de busca da verdade, mas optou não pelo caminho do
confronto, mas sim o da educação das cidadãs e dos cidadãos da polis,
e esta educação por meio do caminho da dialética (PEGORARO, 2006).

A Moral Ascética  de Platão


Para Platão, o que nos destrói são: a injustiça, a desmedida e a desrazão.

A justiça é, na polis, reflexo da ordem e da harmonia do universo; pela justiça nos


assemelhamos ao que é invisível, divino, imortal e sábio. Não peço que me mostres o
exemplo de um ato justo, mas peço que me faças ver a essência por força da qual todas as
condutas são justas (PEGORARO, 2006).

A ética platônica não pode ser pensada sem se considerar o método que sua filosofia
institui, isto é, a dialética. Em Platão a dialética é a busca do ser-em-si de toda pessoa, ou
seja, a Ideia (Ιδέα): alguém na sua imutabilidade e perfeição. Por exemplo, seja a noção de
vertical: a dialética, como investigação filosófica, não se ocuparia "de tal ou tal imagem de
vertical, mas de defini-la segundo seu ser necessário e constante" (GADAMER , 1994, p.
298. Tradução nossa). É a dialética , "ciência por excelência", que nos dá acesso a essa
transparência do ser em si mesmo (o ser de todo ente na sua identidade), para além da
transitoriedade e mudança a que está sujeito o mundo sensível, objeto das ciências
empíricas. Assim, aplicada ao problema moral, a dialética platônica será o método que
permite fundar a vida prática das pessoas empíricas na Ideia universal do Bem.

Ao refletir sobre o tipo de existência que possa exprimir uma vida ética, isto é, a vida
daquela e/ou daquele que busca o justo equilíbrio entre prazer e inteligência (bem
entendido, trata-se aqui dos prazeres da alma, prazeres "verdadeiros", únicos capazes de se
harmonizarem com o cultivo da inteligência, em oposição aos prazeres do corpo, intensos e
desmesurados, que perturbam o espírito), a ética platônica primará por uma articulação
essencial entre ética e estética, entre o Belo e o Bom. Como bem afirma Gadamer:

O Belo, que engloba a aparência física e a retitude interior (areté


[άρετή]), a alma como o corpo, não é outra coisa que o Bem sob sua
forma dizível e manifesta. A medida e a proporção são atributos
fundamentais do Belo, sendo o Belo a condição sob a qual um ente se
dá a ver e merece ser visto. (GADAMER, 1994, p. 308. Tradução nossa)

Visivelmente, na filosofia de Platão, a constituição da pessoa ética implica a compreensão e


incorporação por esta de um Bem universal, o Bem enquanto Ideia, de tal modo que alguém,
informado pela força deste Bem, consegue suplantar, em si mesmo, o excesso que
ameaçaria a existência bela, aquela regida pelo equilíbrio (pela medida e pela proporção).
Assim se conformam, na ética de Platão, o Belo e o Bom, pois, "uma forma é bela se ela
constitui em si mesma um todo perfeitamente harmonioso. O Belo é, pois, a forma
manifesta do Bem que, ele, informa os entes desde o interior" (GADAMER, 1994, p. 309.
Tradução nossa).

A beleza, implicada na ideia de coesão interna, de coerência e de harmonia, são igualmente


requisitadas pela ideia de pessoa moral. Para Platão, a pessoa moral será aquela capaz de
tomar consciência do Bem que é, o Bem na sua universalidade como Ideia, idêntico a si e
constante, e de harmonizar-se internamente em consonância com este Bem em-si. Alguém
ético, nesse sentido, concebe-se como projeto estético de si mesmo: tornar-se uma pessoa
moral significa embelezar-se, buscar a beleza manifesta numa vida equilibrada, sem
excessos. A vida moral será, pois, para Platão, identificada a uma vida moderada.

Portanto, a Ideia de Bem apresenta três propriedades constitutivas: a proporção ou medida,


a beleza e a verdade. A unidade ontológica do Bem definirá, nesta tríplice perspectiva, o
horizonte de realização da existência moral:

A medida não se refere a uma norma externa a pessoa à qual ela deva se conformar,
mas "designa uma certa relação do sujeito a si mesmo, um modo de comportamento
particular que carrega um nome: a moderação" (GADAMER, 1994, p. 310. Tradução
nossa).
A beleza, longe de ser um modelo estético fixo, ela aparece aqui como "forma
aceitável na qual seu ser poderá se manifestar, pelos seus atos, em toda a sua
transparência" (GADAMER, 1994, p. 310. Tradução nossa).
A verdade caracteriza o modo como a pessoa se engaja no projeto de se forjar a si
mesma como pessoa moral, de constituir para si uma existência digna do nome "boa",
reconhecida como moral. Em outros termos, a verdade designa o caráter de
autenticidade daquela e daquele que busca para si uma existência moral. É, pois, a
verdade aquilo que "associa o prazer e o intelecto a fim de que sua união não seja
abandonada ao acaso" (GADAMER, 1994, p. 310. Tradução nossa).

A articulação destes três princípios, portanto, irá presidir aquela harmonização das diversas
partes da qual se constitui a vida humana, ou seja, o prazer e o intelecto, num todo coeso,
numa "medida determinada", guiando a pessoa em suas ações. Segundo Platão, porém,
dentre as duas partes "misturadas", tendo em vista a realização de uma vida sob o signo do
Bem, é o intelecto aquele que mais se aproxima do ideal de bem, caracterizado, como vimos,
pela moderação, pois que os prazeres são, por sua própria natureza, i-moderados. 

Para Refletir 

Pela dialética, Platão abandona o mundo sensível - onde não há verdadeira realidade,
pois na terra tudo não passa de sombras ou de cópias do verdadeiro ser – e sobe ao
Mundo Inteligível das Ideias, que são a realidade em si mesma. Dessa forma, Platão
faz uma profunda cisão entre o mundo sensível e corporal, de um lado e o mundo
inteligível e espiritual, de outro, inclusive separando totalmente Alma e corpo dos
humanos.

O que você pensa sobre essa cisão entre o corporal ou sensível e o espiritual ou
inteligível? Essa separação, não revela uma desvalorização de tudo o que está no
mundo, inclusive um desprezo da vida e da terra, como critica Nietzsche? A ascese ou
a renúncia dos prazeres corporais que atrapalham o trabalho do espírito é Justificável?
Será que os prazeres espirituais também não podem atrapalhar a dialética? Será que
não existem paixões que seriam espirituais? Pense seriamente sobre isso, pois na
contemporaneidade considera-se a pessoa como uma única realidade corporal-
espiritual, cujos atos são ao mesmo tempo espirituais e corporais. Por isso filósofo
existencialista Gabriel Marcel pergunta: "Será que somos uma carne espiritual ou um
espírito carnal?" Será que não somos essa realidade indivisível? Pense fundo sobre
tudo isso.

Pode-se, assim, dizer que a filosofia moral de Platão está em total conformidade com sua
Teoria das Ideias, a qual pressupõe um abandono progressivo dos sentidos na apreensão da
essência das coisas. Este processo, na leitura de Reale (1991), se faz, em analogia com a
prática da navegação, em dois movimentos:

Primeira navegação – na qual se utilizam as velas ao vento (método dos naturalistas,


fundado sobre os sentidos).
Segunda navegação – esta se dá quando o navegador leva adiante o barco, na
ausência do vento, com o auxílio dos remos, procedimento este mais exigente e
cansativo, equivalente metafórico do novo método de acesso à verdade, fundado nos
raciocínios e postulados. Esta "segunda navegação" que o filósofo deve empreender
corresponde propriamente à dialética: para alcançar a essência (a natureza verdadeira)
do Bem, é preciso buscar alcançá-lo pela contemplação, dirigir o intelecto para além
do mundo sensível. A verdade está na Ideia, na sua forma interior, e não na sua forma
visível. O pensamento deve então voltar-se para a forma interior ou essência das
coisas, isto é, a natureza puramente inteligível ou realidade íntima do que é.

A partir da metáfora da "segunda navegação", Platão afirmará que as coisas que captamos
com os olhos do corpo são formas físicas; porém, as coisas que captamos com o "olho da
alma" são, ao contrário, formas não-físicas. O "ver" da inteligência capta formas inteligíveis
que são essências puras: o Bem, o Verdadeiro, o Belo, o Justo etc. Essa hierarquia está
assentada na ontologia geral de Platão, na qual o sensível só é em função do supra-sensível.
Portanto, o valor das coisas somente é valor se subordinado ao valor superior da alma.

É importante lembrar que, para Platão, assim como para Sócrates e Aristóteles (nosso
próximo estudo), a ética são virtudes que devem ser seguidas na polis, ou seja, na
sociedade, na relação com o "outro". E, de modo especial, para Platão, tem como sua
finalidade a construção de uma sociedade onde a justiça seja seu maior valor. Do mundo
Ideal é que retiramos o conceito de Justiça e pela razão devemos apreendê-lo e praticá-lo na
vida em sociedade.

Passemos a estudar, agora, a ética de Aristóteles, discípulo de Platão.

A Ética das Virtudes de Aristóteles


Você estudou que o caminho de Platão para definir o horizonte da vida boa, ou seja, da vida
plenamente realizada (a existência moral), passa por uma análise minuciosa dos modelos
possíveis de existência humana, os quais devem, em última instância, serem confrontadas
com a estrutura geral do Bem em-si a fim de se verificar que gênero de existência é digno de
ser chamado "bom" (GADAMER, 1994, p. 37-38). No diálogo platônico em que este exame é
feito, seguindo o emprego do método dialético, a discussão em torno do "lugar" reservado
aos "prazeres" é central. Mas, trata-se aqui, bem entendido, do tipo de prazer do qual se pode
igualmente dizer que ele é "bom" para o homem, isto é, do prazer que pode se harmonizar
com a atividade intelectual, ao invés de a perturbar, como o fazem os prazeres do corpo.
Esse gênero de prazer, dito "verdadeiro", deverá ser "acomodado" à razão (logos) segundo os
critérios que caracterizam a moderação: proporção, beleza e verdade.
Aristóteles  (2004) aprofundará a concepção platônica da vida boa, concordando quanto à
ideia de que o prazer não constitui o bem maior para a pessoa. Entretanto, deslocando a
questão para o campo conceitual, Aristóteles atacará justamente a pretensão de
fundamento ontológico do bem humano que o "Mundo das Ideias" de Platão apresenta.

A crítica de Aristóteles à moral platônica terá como alvo esta estrutura na qual está fundada
sua concepção do ideal de Bem, fundamento a partir do qual uma vida pode ser avaliada e
distinguida como "boa", isto é, como moral. Como nota Gadamer:

Ao conceder unicamente à Ideia, o ser propriamente dito, Platão é


conduzido a interpretar o bem humano em função da Ideia de Bem. (...)
A unidade da realização do homem é, assim, derivada de
determinações ontológicas  gerais que se aplicam a todo ente
suscetível de ser e de escapar ao fluxo inconstante do 'devir'.
(GADAMER , 1994, p. 322. Tradução nossa)

Para Aristóteles, a questão do que é o bem para alguém não se resolve pela busca de um
tipo ideal de vida boa, na qual teriam as pessoas que inspirar-se. Por mais que se possa
considerar que um "modelo" de vida que se ligue à natureza racional humana seja mais
propício ao pleno desenvolvimento do caráter, o bem para a pessoa é sempre decidido em
situações já dadas, numa determinada cultura, num determinado tempo histórico, enfim, no
horizonte de um determinado ethos, e aí nenhuma teoria geral do bem pode oferecer
respostas adequadas, ou respostas últimas para cada situação.

A pessoa age sempre em contextos concretos, nos quais, a cada vez, ela é chamada a
posicionar-se, a dar respostas, a decidir o que é o melhor a ser feito. Ora, nenhuma escolha
que ela deva fazer pode ser deduzida de uma Ideia universal do Bem, se é que ela existe. As
escolhas humanas variam de acordo com o contexto e, portanto, o que é o bem, ou o que é a
escolha boa, depende dos fatores implicados em cada caso. Daí surge também a
dificuldade de se pensar a ética como ciência, no sentido em que a entendemos no nosso
tempo, isto é, como saber que forneça os princípios gerais – universais e imutáveis (leis) – a
partir dos quais se possa iluminar e solucionar os casos particulares. Como bem expressa
Gadamer:

Saber, de antemão, antes mesmo que se ponha a situação concreta da


ação, o que se deve fazer para ser justo e estar seguro de si, é uma
exigência à qual nenhuma ciência do homem e de seu agir pode
satisfazer. (GADAMER, 1994, p. 323. Tradução nossa)
Proceder assim significa desconsiderar as condições sob as quais a existência humana se
dá. Todo o esforço da ética enquanto disciplina autônoma será, a partir de Aristóteles, o de
pensar, ante essa fragilidade e instabilidade que são inerentes ao ser-aí da pessoa,
possibilidades de existência que possam pretender a certa constância; e, nesse sentido,
pensar as práticas que mereçam tornar-se habituais, sem que se abandone, no entanto, as
exigências de concretude que condicionam a vida prática humana. Desse modo a ética se
apresentará como "ciência prática, capaz de "estudar e esclarecer esta compreensão factual
da existência na sua invariabilidade mediana" (GADAMER, 1994, p. 324. Tradução nossa). É
somente nesse sentido que podemos afirmar, como o faz Gadamer (1991, p. 321), que
Aristóteles é "o fundador da ética filosófica".

O autor de Ética a Nicômaco não centrará sua reflexão sobre as noções de "virtude" ou de


"bem" tomadas em si, mas partirá de uma compreensão do ethos como horizonte de
realização de uma vida boa, orientada pela vivência da virtude em situação. Isso significa
que a pessoa ética não tem diante de si, ao agir, um modelo ético universalmente válido, ou
seja, válido independentemente da situação concreta na qual se encontra e age. Assim, não
basta "aprender" o que é o bem para tornar-se ético. A pessoa ética deve desenvolver uma
capacidade prática ou sagacidade (é isto o que significa a phrónesis  [φρόνησις]) que o
possibilite a agir com retidão. Gadamer o precisa:

O conceito de Ethos que ele [Aristóteles] toma por fundamento


significa precisamente que a 'virtude' não consiste num saber, que a
possibilidade do saber depende, ao contrário, do que se é; ora, este ser
mesmo de cada um recebeu previamente sua marca de uma educação
e de um modo de vida. (GADAMER, 1991, p. 321. Tradução nossa).

Há, portanto, em Aristóteles, uma consideração atenta das determinações práticas que
condicionam o agir humano. A análise aristotélica da phrónesis [φρόνησις] reconhece no
próprio saber moral um modo da pessoa moral que, assim, não é separável de todo o
concreto que seu autor chama Ethos. O saber moral conhece o que é realizável, o que uma
situação exige, e o conhece em virtude de uma reflexão que remete a situação concreta ao
que se tem em geral por direito e bom. (GADAMER, 1991, p. 321. Tradução nossa)

O Bem Supremo do Homem: a Felicidade


Em suas ações, a pessoa sempre tende a fins que correspondem ao bem. Contudo, nem
todos os fins dispostos para a ação equivalem em importância. Por vezes, buscamos certos
fins (relativos) em vista de outros mais elevados. Mas esse processo deve ter um termo:
todos os nossos fins e propósitos estão em função de um fim último e de um bem supremo.
A pessoa tem seu ser no viver, no sentir e na razão. É, no entanto, a vida virtuosa aquela que
possibilita alguém viver racionalmente.
Para Refletir 

Será que nascemos virtuosos? Ou será que podemos aprender as virtudes? Será que
Aristóteles tem razão quando diz que as virtudes éticas são aprendidas por nós pelo
hábito?  O que você pensa sobre tudo isso? Reflita seriamente sobre essas questões e
procure debatê-las com seus colegas. Aprimore seu pensamento por meio do debate!

As Virtudes Éticas
As virtudes éticas na pessoa resultam do hábito: o que é próprio da pessoa é que ela é
capaz de estabelecer fins que visem à justiça e, pelo exercício, de atualizar esse bem. Assim
como não existe virtude fora de uma vida virtuosa, não existe justiça senão na realização do
que é justo. Agindo com justiça, a pessoa desenvolve o senso de justiça, tornando-se apta a
agir justamente em outras circunstâncias.

Para Aristóteles, o contrário da virtude é o excesso, ou demais ou de menos. Portanto,


virtude implica a ideia de uma justa medida (o justo meio entre extremos, dos quais um é
por falta e outro por excesso). Assim, por exemplo, a coragem será o justo meio entre os
excessos da temeridade e da covardia; a temperança, o justo meio entre os excessos da
intemperança e da insensibilidade; a liberalidade, o justo meio entre os excessos da avareza
e da prodigalidade; etc.

Os excessos da vida sensível somente podem ser mediados pela superior atividade da alma,
a razão, capaz de impor aos sentimentos e ações a justa medida. De todas as virtudes, a
justiça será a mais elevada, precisamente por ser a característica do justo meio.

As Virtudes Dianoéticas ou Intelectuais


São as virtudes da parte mais elevada da alma, a alma racional. Sendo duas as funções da
alma, cada qual terá uma perfeição e virtude própria:

Razão prática  (aquela que conhece as coisas contingentes e variáveis): sagacidade


/ prudência (phrónesis), saber deliberar sobre o que é bem ou mal para a pessoa. Na
Ética a Nicômaco, Aristóteles a define como "um estado verdadeiro, acompanhado de
razão veraz, que conduz a ação quando está em jogo as coisas boas ou más para o
homem" (ARISTÓTELES, 2004, 1140b). Esta virtude tem o fundamental papel de
auxiliar a pessoa na determinação dos meios idôneos para se alcançar os verdadeiros
fins; é, portanto, uma virtude que capacita alguém na direção de sua vida prática.
Razão teórica : aquela que conhece as coisas necessárias e universais. Esta nos
conduz à sabedoria (sophia [σοφία]). Ela é superior porque, ao contrário da prudência
(que está ligada ao que há de mutável na pessoa), a sabedoria diz respeito ao que está
acima da pessoa, ao que é mais elevado do que a condição dos seres vivos.

Não há, contudo, conforme reflexão de Bodéus  (1982), uma oposição entre os gêneros de
vida que acompanham estas duas virtudes, ou seja, entre vida política e vida meditativa.
Evidentemente, Aristóteles situa a vida meditativa em primeiro plano, como sendo o gênero
de vida mais propício a realizar a existência ideal para alguém. Antes de tudo, é preciso
considerar que no ato meditativo alguém não o fará jamais de modo exclusivo, como o faria
um ser "imaterial", como são os deuses. Isto quer dizer que a vida meditativa é uma vida
humana e que se dedicar à meditação, como o faz a filósofa e o filósofo, deve também ter
uma vida guiada por uma capacidade prática, a capacidade para saber deliberar quando a
situação exige, como o fazem as pessoas na política.

Se alguém pretendesse dedicar-se apenas ao cultivo de sua razão, negligenciando a


sabedoria prática - a sagacidade /prudência (phrónesis) –, estaria em contradição com sua
própria inteligência, a qual é exigida em toda tomada de decisão. A sabedoria é superior à
sagacidade, mas não oposta a esta, pois a pessoa sábia é também sagaz e ela não pode
pretender ser uma coisa sem ser também a outra. A vida meditativa (cume do edifício ético
aristotélico) só pode ter lugar em uma sociedade na qual ela tem razão de ser.

Esta sabedoria prática ou sagacidade, que nos permite determinar um fim bom enquanto
realizável na prática, buscando então eleger o melhor meio para tal fim, mostra-nos que não
basta decidir quanto ao que é bom para dizermos que tal ou tal ação seja ética. Como bem
nota Gadamer:

O realizável não é somente o que é bom (recht), mas também o que é


útil, ordenado a um fim e, nessa medida, 'direito' (richtig). A
compenetração destas duas 'retidões' no comportamento prático do
homem constitui manifestamente para Aristóteles o bem humano.
(1991, p. 323. Tradução nossa)

Uma pessoa não é ética porque busca realizar, em suas ações, algo (pro)posto como sendo
um bem em si, mas porque é capaz de entrever o bem que deve ser, algo que, realizável na
prática, revele ao mesmo tempo o próprio agente, seu caráter (êthos).

Nossas ações se entrecruzam com as ações de outras pessoa, e é esse entrelaçamento o


que constitui o mundo social. Assim, as ações de pessoas e grupos vão se alargando,
alcançando aquilo que constitui o bem comum, aquilo que concerne ao interesse coletivo.

Nesse sentido, dirá Ricoeur  (1995, p. 15), "o desígnio da felicidade não para a sua trajetória
na solidão, mas no meio da cidade", em outras palavras, o terreno onde se realiza a ética, se
nos inspiramos em Aristóteles, não é o abandono da pessoa em face de seus valores e
princípios pessoais, mas a sua concretização em harmonia com aquilo que é igualmente
desejável para os outros, e isto é o bem comum.

Desse modo, a ética aristotélica encontra na política seu horizonte último de efetivação.
Com efeito, afirma o filósofo no Livro I de sua Ética à Nicômaco (1094b): "Ainda que a
finalidade seja a mesma para um homem isoladamente e para uma cidade, a finalidade da
cidade parece de qualquer modo algo maior e mais completo".

Por outro lado, a vida política é visada por Aristóteles numa certa perspectiva: ele inclina-se
por uma "vida política reformada, mais do que pôr-se em favor de um novo gênero de vida"
(BODÉUS , 1982, p. 30. Tradução nossa). Esta "vida política reformada", certamente, não
equivaleria a uma vida intelectual, votada à pesquisa da verdade.

Todavia, ela deve ao mesmo tempo em que realiza o bem comum, aperfeiçoar a pessoa
política enquanto tal, pois se "a política é a sagacidade considerada na relação com os
outros" (BODÉUS, 1982, p. 33) e uma vez que a "sagacidade se conjuga com a virtude moral"
(ARISTÓTELES, 2004. Tradução nossa), vemos porque, para Aristóteles, a atividade política
"é uma excelência (a sagacidade) que permite alguém alcançar seu bem último no exercício
da virtude moral praticada por ela mesma nas relações como os outros" (BODÉUS, 1982, p.
33). É somente neste sentido que a vida meditativa é superior à vida política, pois ela
contém já, em si, os mesmos valores que esta.

À distinção da moral platônica, a ética aristotélica não pretende direcionar o olhar das
pessoas para um fundamento universal do Bem, único capaz de orientar a pessoa em sua
vida prática. Como bem afirma Gadamer (1991, p. 322. Tradução nossa): "Não é nos
conceitos universais de coragem e justiça etc., que se cumpre o saber moral, mas, ao
contrário, na aplicação concreta que determina, à luz deste saber, o que é realizável aqui e
agora".

A ação humana não depende apenas das faculdades de que dispõe a pessoa, mas ela
implica também as condições dadas pela circunstância na qual ela age (GADAMER, 1991, p.
324). A ação não se dá, portanto, apenas porque alguém determina-se a agir de tal ou tal
modo. O que "ambienta" a ação também conta para o conteúdo da ação mesma: a pessoa
dotado de phrónesis não tem o consolo da norma moral universal que o manteria ao abrigo
das circunstâncias, à distância do concreto da vida humana ordinária, comum; ela não pode,
pois, se contentar em apenas "aplicar", em cada caso, o que determina a Lei (moral), como o
preconizam os "legalistas" no nosso tempo. Este caráter condicionado da ação humana não
significa tão somente uma limitação desta. Ela indica apenas que a pessoa que age o faz
em meio a determinações sociais e políticas concretas.

Depois de ter estudado as éticas de Platão e Aristóteles, você agora


está preparado para entender a ética agostiniana e a tomista, pois
essas éticas cristãs foram construídas sobre os alicerces da filosofia
grega: Agostinho assumiu a filosofia ética de Platão e Tomás de
Aquino a de Aristóteles. Estes serão os assuntos abordados na
próxima aula. Até lá!
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Saiba Mais 
Para ampliar seu conhecimento a respeito desse assunto, veja as sugestões da docência,
abaixo:

Para compreender melhor o conceito de bem de Platão, leia o artigo de Jayme


Paviani: A ideia do bem em Platão .

Para aprofundar seu conhecimento a respeito das virtudes éticas, leia o texto A virtude
e a felicidade em Aristóteles .  

Para entender melhor as éticas de Platão e Aristóteles, leia este texto de Bento Silva
Santos sobre seus conceitos de Felicidade: Ética e "Felicidade" em Platão e Aristóteles:
semelhanças, tensões e convergências .
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Sobre a Ética
Medieval: Felicidade
e Cristianismo –
Agostinho e Tomás
de Aquino
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Apresentação 

Fonte: https://goo.gl/M7cXLP

No período que corresponde ao nascimento do estudo da Ética no


mundo grego até a chamada modernidade, com as elaborações
sobre a ética de Kant, temos um importante período da história
denominado de Medieval. Neste período, dois pensadores se
destacam como representantes de correntes de pensamento que
fazem a tentativa de unir a tradição grega com a tradição cristã.
Agostinho procura esta síntese por meio do resgate de Platão e
Tomás de Aquino buscando o diálogo com Aristóteles. Vamos
visitar estes pensadores no texto elaborado pelo Prof. Willian César
de Andrade.

Boa leitura!
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Conteúdo 
Agostinho e sua Ética do Amor como Caminho
para a Felicidade
Agostinho (354 a 430) nunca escreveu um tratado
sobre Ética, mas esteve sempre atento a todas as
grandes questões de seu tempo. Dentre elas, destaca-
se o fato de que o cristianismo pouco-a-pouco foi
deixando de ser uma religião marginal, e muitos no
próprio estado romano passaram a ver possibilidades
de instrumentação ideológica desta religião. O
imperador Teodósio em 380 torna o cristianismo uma
religião lícita, sendo ele próprio um de seus adeptos.
Por todo o império ocorrem conversões – boa parte
delas motivadas apenas pela nova conjuntura de um
imperador cristão, mas também o próprio cristianismo
está profundamente marcado por divisões internas, Agostinho de Hipona.

comumente chamadas de heresias. Fonte: www.google.com.br/search?

Agostinho viveu a maior parte de sua vida como religioso cristão, numa cidade portuária
e pôde acompanhar além do movimento das ideias, as angústias e as contradições de
seu tempo. O império romano, em sua época, passava por uma profunda crise que
atingiu sua própria estrutura de poder: dividiu-se em dois – oriental e ocidental, a
corrupção no estado era notoriamente conhecida e externamente aumentaram as
pressões dos chamados povos bárbaros. O culto ao imperador perdeu sua função com
Teodósio, pois a religiosidade tradicional não oferecia respostas que fossem suficientes
para manter o moral e assegurar a fidelidade dos soldados e cidadãos à ordem vigente.
É neste contexto que o cristianismo aparece como uma alternativa real de poder
simbólico e político, capaz de reorganizar o próprio império.

Agostinho era um homem de seu tempo, e como não poderia deixar de ser, também
buscava o sentido profundo de todas as coisas. É nesta perspectiva que em sua jornada
surgiu a busca por Deus, já que ele acreditava que nele residiriam as respostas para
todas as questões humanas. Em sua obra Cidade de Deus, ele apontou claramente a
conexão entre seu pensamento e o Platonismo  "Platão estabeleceu que o fim do bem
é viver de acordo com a virtude, o que pode conseguir apenas quem conhece e imita a
Deus e que tal é a única fonte de sua felicidade " (Civ, VIII, 8).

É tributária do pensamento grego a preocupação de Agostinho com a moral centrada na


prática das virtudes. Mas para ele, as virtudes não poderiam resumir-se àquelas que
foram formuladas pelos gregos, pois o que dinamiza a vida humana é o permanente
anseio pela verdade e pela felicidade. Em resposta a estas buscas, Agostinho apontou o
caminho das virtudes teologais (fé, esperança e caridade), uma relação permanente
entre o princípio de tudo (Deus) e a alma humana.

É na relação entre a realidade, sempre precária e parcial, e o princípio para o qual


tendem todas as criaturas, isto é para seu Criador, que Agostinho faz sua aplicação da
dialética platônica. O que vivemos em nossa realidade cotidiana é um arremedo do que
verdadeiramente existe. A cidade humana em sua permanente incompletude e erros –
daí a importância da noção de pecado original –, nos remete em nossa busca espiritual
pelo bem e a felicidade, ao encontro com Deus.

ser compreendida a partir de dois termos latinos: uti et frui:

Nestes dois termos latinos, Agostinho resume sua ética e moral


cristã: frui , fruir (do latim, fruor, frui, gozar e alegrar-se) e uti 
, usa (do latim, utor, servir-se e usar) (...) Como moralmente só
podemos fruir e gozar dos bens eternos, e só neles nos alegrar, em
relação às realidades terrestres, só nos cabe utilizá-las (sem frui-
las), para que nos ajudem a procurar a alegria e o gozo eterno.

Para Refletir 

Considerando a última frase da citação acima do Pegoraro, qual seria a diferença


de Agostinho e Platão na questão dos valores temporais e corporais? Mesmo se
você é cristão como ele, você entende que se deva tratar as coisas desse nosso
mundo como Agostinho faz? Será que Agostinho, apesar de dizer que todas as
coisas foram criadas por Deus, não as despreza quando se refere a sua
ética? Pense fundo para ter autonomia em sua reflexão!
A consequência inevitável dessa compreensão da realidade dividida em dois princípios
irreconciliáveis (fluir x usar), marca a concepção ética de Agostinho e lhe dá um
horizonte tipicamente idealista. A nossa existência terrena estará marcada pela tensão
permanente entre escolher uma vida centrada no amor – princípio fundante da Cidade
de Deus, ou deixar-se levar pelos vícios – falsas virtudes que afirmam proporcionar o
amor àqueles a que a eles se entregam.

Para Agostinho, a liberdade é um fundamento da ética, por isso está colocada diante de
todas as pessoas a possibilidade de fazer escolhas. Assim, escolher o bem é colocar-se
em sintonia com a ordem natural e com o propósito real de tudo o que existe. É no
contexto das escolhas que a pessoa exercita sua liberdade e aparece em sua igualdade
radical, para além das diferenciações sociais e econômicas, como ser de abertura ao
mistério do divino e à sua lógica de amor.

É inegável para Agostinho que, no dia a dia das pessoas, na cidade humana, há sempre
a possibilidade de se recusar a ética do amor e, portanto, entregar-se aos vícios e tudo
aquilo que ele constata como sendo fruto do pecado. Diante da conflitividade do
presente, em que quase sempre é mais fácil escolher o errado, Agostinho insiste em sua
certeza ética de que Deus provê as pessoas de meios pelos quais elas possam viver
retamente. É neste sentido, que se pode afirmar que as virtudes teologais da Fé,
Esperança e Caridade, encampam o universo amplo e multifacetado do discurso grego
sobre o lugar das virtudes na busca pelo bem e sua consequência maior: a felicidade.

A pessoa reta – aquela que vive em conformidade com a ética do amor, não será a
cidadã e o cidadão da polis grega em luta pela defesa dos interesses do bem comum. É
no âmbito da pessoa, em sua liberdade e conhecimento da vontade de Deus, que estará
o campo dos embates éticos. Neste sentido, Agostinho rejeita, a seu modo, o
cristianismo de conveniência das elites romanas e reafirma a vida comunitária, na
simplicidade e na observância da vontade de Deus como os caminhos de perfeição
ética e espiritual.

Agostinho inova o discurso ético ao descobrir a igualdade fundamental de todos as


pessoas, seja diante do pecado, seja diante da redenção por meio de Jesus Cristo. Mas
tem dificuldades em buscar um sentido maior e melhor para o mundo da política e das
realidades temporais em sua época. Para que a cristandade medieval, tal como a
conhecemos hoje, se constitua, será preciso ir além da piedade religiosa agostiniana e
de sua ética do amor. O pragmatismo de uma razão fundada na fé, certamente
oferecerá melhores possibilidades de respostas éticas ao momento em que
efetivamente houve uma junção entre o poder temporal e o poder espiritual. É neste
novo cenário que as reflexões de Santo Tomás de Aquino adquirem relevância. Vamos
conhecer um pouco de seu pensamento.
Tomás de Aquino – Uma Ética para a
Cristandade Medieval
No século XIII, a Europa está 'totalmente' cristianizada,
e a Igreja Católica é de fato a instituição que detém em
suas mãos o poder de legitimar reis e assegurar
validade ética ao que existe na realidade. Tomás de
Aquino (1227-1274) e sua obra representam em
grande parte este momento histórico e, por isso, suas
noções acerca da ética exerceram grande influência
até o advento da modernidade.

Do mesmo modo que Agostinho de Hipona buscou


inspiração no pensamento filosófico grego, para ajudá-
lo a responder as questões fundamentais de sua
época, Tomás de Aquino também fará este percurso São Tomás de Aquino.

Fonte: www.google.com.br/search?
intelectual. Os dois pensadores cristãos, cada um a
seu tempo e a seu modo, irão instrumentalizar o
pensamento filosófico dos gregos à luz da doutrina e da fé cristã. Como já mencionado
anteriormente, Agostinho se serve do platonismo para propor sua ética do amor e
organiza sua reflexão de tal modo que se estabelece uma compatibilidade entre as
virtudes gregas e as virtudes teologais cristãs.

Tomás de Aquino também buscará nos gregos as bases para construir uma
interpretação coerente de seu momento histórico e dar respostas aos desafios éticos de
seu tempo. Diferentemente de Agostinho, é em Aristóteles que ele irá encontrar os
fundamentos de sua ética do político e de legitimação da cristandade medieval.

Para Refletir 

Porque é necessário retornar a Aristóteles?

É em Aristóteles que Tomás de Aquino irá encontrar a noção de bem comum, de


vivência das virtudes como algo inerente aos interesses da cidade (polis) e o universo
da política como um serviço à vontade de Deus. Na cristandade medieval igreja e
estado estão juntos, articulados e interdependentes, mas é sob a égide do cristianismo
(e sua doutrina acerca da fé) que se consolidam os estados nacionais e o discurso ético
em geral. Pegoraro (2006, p. 81/2) dá uma pista de como isso se estabelece:
(...) o autêntico homem de fé será também um militante que pratica
virtudes humanas. Numa palavra, nada do que é verdadeiramente
humano pode ser alheio ao homem de fé porque antes de ser crente
é um cidadão incorporado na cidade dos homens e deve participar
de todas as lutas pela dignidade humana neste mundo.

Para Refletir 

A partir da citação acima do Pegoraro, você percebe claramente a diferença entre


a proposta ética de Tomás e a de Agostinho; embora ambas sejam cristãs, há
uma diferença enorme quando se trata de nossa existência nesse Mundo. O
platônico Agostinho propõe a fuga o mais rápido possível desse mundo transitório
para viver a vida eterna; ao contrário, o aristotélico Tomás de Aquino coloca a
tarefa ética enraizada na terra, valorizando o que Deus criou. Refletindo
seriamente sobre essas duas posições éticas, qual das duas você julga a mais
sensata? Qual das duas você escolheria para praticá-la? Por quê? Reflita com
intensidade, a fim de saber escolher e experimentar o sabor de uma vida boa e
reta.

A ética em Tomás de Aquino , juntamente com suas reflexões sobre a felicidade, a lei
natural e outros temas caros a Aristóteles, estarão vinculados à teologia e ao horizonte
da transcendência religiosa.  A pessoa e todas as coisas criadas estão 'logicamente'
direcionados para o Criador, sendo este o fundamento último da própria racionalidade e
liberdade. A busca da felicidade, neste tipo de pensamento, nada mais é do que trilhar o
caminho de retorno a Deus! No prólogo da Suma Teológica, isso aparece com clareza:

(...) sendo o homem criado à imagem e semelhança de Deus, dotado


de inteligência, de livre-arbítrio e de poder de ação autônoma,
devemos, depois de ter tratado do Exemplar (Deus), abordar agora
o que se refere à sua imagem, isto é, ao homem enquanto ele é
princípio de suas ações porque ele possui liberdade e domínio
sobre seus atos. Precisamos inicialmente considerar o fim último
da vida humana e depois interrogar-nos sobre aquilo pelo qual o
homem o alcança ou dele se afasta; porque é a partir do fim que
nós fazemos uma ideia daquilo que se refere a ele. (I-II, Prólogo)
Tomás de Aquino aprofunda a afirmação aristotélica da centralidade da justiça, de
modo que nesta virtude estão focados todos os atributos de uma vida ética. A pessoa
cristã necessariamente é uma servidora do bem comum e, portanto, alguém que deve
orientar sua existência na cidade (realidade política) de modo a construir relações
justas. No contexto da cristandade, o pensamento de Tomás acaba por ser ambíguo:

Numa leitura mais centrada no papel da religião frente à sociedade, a implicação


lógica desta ideia é, sem dúvida, a submissão do Estado aos ensinamentos e
normas emanadas da igreja;
Outra leitura possível dessa reflexão é que todo poder, seja ele advindo do Estado
ou da igreja, emana somente de Deus e a ele deve explicações e obediência. Nesta
segunda interpretação, os dois poderes podem ser criticados em seus desvios e
não se encontram totalmente justapostos.

Fica evidente em Tomás de Aquino que a conduta ética da pessoa está totalmente
situada no próprio ser de Deus. A pessoa que exercita sua razão não pode estar distante
desta verdade e a ela deve inteira submissão, sendo que a fé em Cristo torna esta
escolha um ato espiritual e salvífico. Fazer política é tornar esta racionalidade a maneira
pela qual a sociedade terrena se organiza. Quanto mais próximo da vontade divina, mais
a sociedade se aproxima da ordem natural e da real possibilidade de implantação da
justiça.

Ética Medieval – Um Breve Balanço


As éticas que foram desenvolvidas ao longo da idade média europeia, necessariamente
articulavam a filosofia grega com leituras cristãs. A interpretação cristã, tanto de Platão
como de Aristóteles, foi realizada a partir de uma síntese criativa entre a compreensão
das virtudes (temperança, prudência, coragem e justiça) como o espaço vivencial das
atitudes éticas e a fé cristã. Na fé cristã, as virtudes teologais (fé, esperança e caridade)
ressignificam os conceitos filosóficos gregos da pessoa, liberdade e política, de tal
modo, que tudo isso passa a girar em torno da razão divina que tudo sabe e tudo faz
para que a pessoa seja boa e feliz.

É claro que a igualdade ontológica de todas as pessoas, tendo em vista a queda pelo
pecado e a redenção em Jesus Cristo, não desembocaram numa efetiva igualdade entre
todas as pessoas. Na sociedade europeia de então, com rígida estratificação social,
essa igualdade foi colocada no campo da outra vida, numa vida eterna e sem dor ou
sofrimentos. Esta contradição, ao invés de desestimular ou levar pessoas cristãs à mera
passividade, de fato alimentará uma grande corrente de místicos (Francisco de Assis,
João da Cruz, Tereza de Ávila, etc.) na busca da santidade.

É no âmbito destes debates éticos que se desenvolverão a ideia e a legitimidade do


princípio de guerra santa aos inimigos da fé. As Cruzadas, as perseguições aos judeus,
bem como o processo de reconquista cristã da península ibérica são tributárias dessa
lógica de interdependência entre os poderes: temporal e espiritual. É também parte
deste processo o modo como o cristianismo assumiram a escravidão pessoas
africanas e indígenas, como uma prática, em nada contraditória à sua fé.

Somos pessoas datadas, histórica e geograficamente situadas, e isto faz com que
mesmo a grande síntese teológica e filosófica de Tomás de Aquino, fosse insuficiente
para explicar a nova forma de racionalidade trazida pela modernidade. Juntamente com
esta nova razão, chegam também novos desafios éticos e com eles a necessária
superação do discurso ético centrado na prática das virtudes.
Na próxima aula, você estudará Kant e sua ética normativa, que
até hoje influencia grande parte do pensamento ético. Até lá!
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Na Prática 
"Estudante,

Esta seção é composta por atividades que objetivam consolidar a sua aprendizagem
quanto aos conteúdos estudados e discutidos. Caso alguma dessas atividades seja
avaliativa, a docência indicará no Plano de Ensino e lhe orientará quanto aos critérios
e formas de apresentação e de envio."

Bom Trabalho!

Atividade 01 

Discuta, num texto de uma a duas páginas, de que forma o amor pode ser considerado
realmente uma virtude ética e política como nos apresenta Agostinho. Quais pontos você
concorda e quais você discorda em sua teoria? Assista ao vídeo Agostinho de Hipona 
, dirigido por Roberto Rossellini, para embasar sua resposta.

Atividade 02 

Elabore um resumo crítico (de duas a quatro páginas) do texto de Juvenal Savian Filho: O
Tomismo e a Ética: uma ética da consciência e da liberdade .

Atividade 03 

Agostinho buscou os fundamentos filosóficos de sua ética em Platão e Tomás de Aquino, em


Aristóteles. Faça um quadro comparativo entre essas duas éticas, apontando o que elas têm de
semelhante e o que cada uma tem de próprio.
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Saiba Mais 
Para ampliar seu conhecimento a respeito desse assunto, veja as sugestões da docência,
abaixo:

Para aprofundar seu conhecimento na ética de Agostinho, leia o artigo Ética


Agostiniana , de José Roberto Abreu.

Para entender melhor o pensamento de Tomás, leia este artigo: A ética tomista ,
por Paulo Faitanin – UFF.
©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília

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