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Faculdade de Engenharia
Departamento de Engenharia Elétrica
Medidas Elétricas
Professor: Leonardo Mendoza
Relatório 6
Fibra Óptica
3 – Funcionamento
A transmissão da luz pela fibra segue um princípio único, independentemente do material
usado ou da aplicação: é lançado um feixe de luz numa extremidade da fibra e, pelas
características ópticas do meio (fibra), esse feixe percorre a fibra por meio de reflexões
sucessivas. A fibra possui no mínimo duas camadas: o núcleo (filamento de vidro) e o
revestimento (material eletricamente isolante). No núcleo, ocorre a transmissão da luz
propriamente dita. A transmissão da luz dentro da fibra é possível graças a uma diferença
de índice de refração entre o revestimento e o núcleo, sendo que o núcleo possui sempre
um índice de refração mais elevado, característica que aliada ao ângulo de incidência do
feixe de luz, possibilita o fenômeno da reflexão total. Ou seja, a luz é mantida no núcleo
através de reflexão interna total. Isto faz com que a fibra funcione como guia de onda,
transmitindo luz entre as duas extremidades.
Os feixes de luz que penetram no cabo óptico sofrem várias reflexões na superfície de separação
entre os dois vidros que o formam e dessa maneira a luz caminha, podendo percorrer vários
quilômetros de distância, uma vez que a energia nas reflexões não é calculável. Utilizadas como
meio para transmissão de ondas eletromagnéticas, como a luz, por exemplo, elas são feitas em
vidro porque esse material absorve menos essas ondas.
3.2 – Transmissão
A transmissão de informações pela fibra óptica ocorre através de um aparelho especial
denominado de infoduto, que possui um fotoemissor que faz a conversão da luz em
sinais elétricos. A luz que é refletida no interior do cabo óptico pode ser transformada
em sinal elétrico, sonoro ou até mesmo luminoso, dependendo da informação que é
transmitida. As fibras ópticas são utilizadas principalmente nas telecomunicações, pois
apresentam várias vantagens em relação ao uso dos antigos cabos metálicos, conheça as
vantagens da utilização das fibras ópticas:
4 – Vantagens
Dimensões Reduzidas;
Capacidade para transportar grandes quantidades de informação (Um
par de fibras ópticas, cujo diâmetro pode ser comparado com o de um
fio de cabelo, pode transmitir 2.5 milhões ou mais de chamadas
telefônicas ao mesmo tempo. Um cabo de cobre com a mesma
capacidade teria um diâmetro da ordem de 6 m!);
Imunidade às interferências eletromagnéticas;
Matéria-prima muito abundante; Segurança no sinal;
Facilidade na instalação;
Menos deterioração com o tempo comparando com os fios de cobre
5 – Desvantagens
Custo elevado;
Fragilidade das fibras óticas sem encapsulamento;
Dificuldade para ramificações (Uma rede ponto a ponto seria mais
viável, caso contrário as conexões tipo “T” sofrem com perdas muito
elevadas de dados);
Impossibilidade de alimentação remota dos repetidores;
Falta de padronização dos componentes ópticos.
6.1 – Monomodo
Permite o uso de apenas um sinal de luz pela fibra;
Tem núcleo de 8 a 9 μm e casca de 125 μm;
Alcance limitado de 4km para cabeamento estruturado;
Dimensões menores que os outros tipos de fibras;
Maior banda passante por ter menor dispersão;
Utiliza comprimentos de ondas de 1.310 ou 1550 nm;
Geralmente é usado laser como fonte de geração de sinal.
6.2 – Multimodo
Tipo mais comum em cabeamentos primários inter e intra edifícios;
Tem núcleo de 50 ou 62,5 μm (equivale à milésima parte do milímetro)
e casca de 125μm;
Permite o uso de fontes luminosas de baixa ocorrência tais
como LEDs (mais baratas);
Alcance limitado de 2km para cabeamento estruturado;
Diâmetros grandes facilitam o acoplamento de fontes luminosas e
requerem pouca precisão nos conectores;
Muito usado para curtas distâncias pelo preço e facilidade de
implementação pois a longa distância tem muita perda. E podendo ter
características como:
OPGW: Função original dos cabos de para raio, exercer blindagem
contra DA diretas nos condutores fase, além de suportar o feixe de
FO.
ADSS: Função original dos cabos ADSS ou dielétricos, utilizar um
cabo com características isolantes em pequenos lances, além de
suportar o feixe de FO.
7 – Aplicações
7.3 – Medicina
As primeiras aplicações das fibras óticas foram em aparelhos de endoscopia
desenvolvidos pela medicina, utilizadas para examinar diversos partes do corpo
internamente.
As fibras óticas podem ainda ser utilizadas para diversas aplicações, como
iluminação, sensores, lasers ou em instrumentos médicos para examinar as cavidades
interiores do corpo.