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Universidade do Estado de Mato Grosso

Curso De Engenharia Civil


Mecânica dos Sólidos II

Vasos de pressão e cargas


combinadas
Aula 03

Prof. Me. Letícia Reis Batista Rosas


Vasos de pressão de paredes finas
• Vasos cilíndricos ou esféricos são muito usados na indústria como
caldeiras, tanques ou reservatórios. Quando estão sob pressão, o
material de que são feitos é submetido a cargas em todas as
direções.
• Para vasos cilíndricos, considera-se espessura t e raio interno r. A
pressão manométrica p é desevolvida no interior por um gás ou
fluido nele contido, cujo peso consideramos como insignificante.

Um elemento desse vaso


de pressão é submetido a
tensões normais na direção
circunferencial do arco e no
sentido longitudinal (ou
axial).
Vasos de pressão de paredes finas
• Paredes finas refere-se a um vaso para o qual a relação interno-
espessura da parede tem valor igual ou superior a 10.

(r / t  10)
Para vasos cilíndricos submetido a tensões normais, há tensão normal
na direção circunferencial ou do aro e no sentido longitudinal ou
axial.

pr
1 = tensão normal na direção circunferencial
t
pr
2 = tensão normal na direção longitudinal
2t
Vasos de pressão de paredes finas

pr
1 = tensão normal na direção circunferencial
t
pr
2 = tensão normal na direção longitudinal
2t

Onde
p = pressão manométrica interna dsenvolvida pelo gás ou fluido
r = raio interno do cilindro
t = espessura da parede do tubo (r/t ≥ 10)

• Comparando as equações, vemos que a tensão circunferencial é duas


vezes maior do que a tensão longitudinal.
• Se o tubo for aberto nas extremidades, a tensão longitudinal será zero.
Exemplo 1
Um vaso de pressão cilíndrico tem diâmetro interno de 1,2 m e espessura de 12
mm. Determine a pressão interna máxima que elepode suportar de modo que nem
a componente de tensão circunferencial e nem a de tensão longitudinal ultrapasse
140 MPa.
Exemplo 1
Um vaso de pressão cilíndrico tem diâmetro interno de 1,2 m e espessura de 12
mm. Determine a pressão interna máxima que elepode suportar de modo que nem
a componente de tensão circunferencial e nem a de tensão longitudinal ultrapasse
140 MPa.
Exemplo 2
O tubo de extremidade aberta tem parede de espessura de 2 mm e diâmetro
interno de 40 mm. Calcule a pressão que o gelo exerceu na parede interna do tubo
para provocar a rupture mostrada na figura. A tensão máxima queo material pode
suportar na temperature de congelamento é de 360 MPa.
Exemplo 2
O tubo de extremidade aberta tem parede de espessura de 2 mm e diâmetro
interno de 40 mm. Calcule a pressão que o gelo exerceu na parede interna do tubo
para provocar a rupture mostrada na figura. A tensão máxima queo material pode
suportar na temperature de congelamento é de 360 MPa.
Exemplo 3
O tubo de extremidade aberta feito de cloreto de polivinil tem diâmetro interno de
100 mm e espessura de 5 mm. Se transporter água corrente à pressão de 0,42
MPa, determine o estado de tensão nas paredes do tubo.
Cargas combinadas

Resumo de cargas que podem ser aplicadas em um elemento:


a) Força normal
b) Força de cisalhamento
c) Momento fletor
d) Momento de torção
e) Vasos de pressão de parede fina
f) Superposição
Cargas combinadas
• Desenvolvemos métodos para determinar as distribuições de tensão
em um elemento submetido a uma força axial interna, a uma força de
cisalhamento, a um momento fletor ou a um momento de torção.

• Entretanto, na maioria das vezes, a seção transversal de um


elemento está sujeita a vários desses tipos de cargas
simultaneamente, e o resultado é que o método da superposição, se
aplicável, pode ser usado para determinar a distribuição da tensão
resultante provocada pelas cargas.

• Para aplicar a superposição, em primeiro lugar, é preciso determinar


a distribuição de tensão devido a cada carga e, então, essas
distribuições são superpostas para determinar a distribuição de
tensão resultante.
Cargas combinadas
• O princípio da superposição pode ser usado para essa finalidade
contanto que exista uma relação linear entre a tensão e as cargas.

• Além disso, a geometria do elemento não deve sofrer mudança


significativa quando as cargas são aplicadas.

• Isso é necessário para assegurar que a tensão produzida por uma


carga não esteja relacionada com a tensão produzida por qualquer
outra carga.

• A discussão ficará restrita ao cumprimento desses dois critérios.


Cargas combinadas - Procedimento

• Secione o elemento perpendicularmente a seu eixo no ponto onde a


tensão deve ser determinada e obtenha as componentes internas da
força normal e da força de cisalhamento resultantes, bem como as
componentes dos momentos fletor e de torção.

• As componentes da força devem agir passando pelo centrai de da


seção transversal, e as componentes do momento devem ser
calculadas em torno dos eixos do centroide, os quais representam os
eixos principais de inércia para a seção transversal.

• Calcule a componente da tensão associada a cada carga interna.


Cargas combinadas - Procedimento
• A força normal interna é desenvolvida por uma distribuição de
tensão normal uniforme determinada por σ = N/A.

• Para elementos retos, o momento fletor interno é desenvolvido por


uma distribuição de tensão normal que varia linearmente de zero no
eixo neutro a máxima no contorno externo do elemento. A
distribuição de tensão é determinada pela fórmula da flexão, σ = -
My/I.

• Para eixos e tubos circulares, o momento de torção interno é


desenvolvido por uma distribuição da tensão de cisalhamento que
varia linearmente da linha central do eixo até um máximo no
contorno externo do eixo. A distribuição da tensão de cisalhamento é
determinada pela fórmula da torção, t = Tρ/J. Se o elemento for um
tubo de seção não circular, consulte as fórmulas das aulas
anteriores.
Cargas combinadas - Procedimento
• Se o vaso de pressão for cilíndrico de parede fina, a pressão interna
p provocará um estado de tensão biaxial no materialde modo que a
componente da tensão circunferencial é σ1 = pr/t e a componente da
tensão longitudinal é σ2 = pr/2t.

• Superposição: uma vez calculadas as componentes da tensão


normal e da tensão de cisalhamento para cada carga, use o princípio
da superposição e determine as componentes da tensão normal e da
tensão de cisalhamento resultantes.
Exemplo 1
Uma força de 15.000 N é aplicada à borda do elemento. Despreze o peso do
elemento e determine o estado de tensão nos pontos B e C.
Exemplo 1
Uma força de 15.000 N é aplicada à borda do elemento. Despreze o peso do
elemento e determine o estado de tensão nos pontos B e C.
Solução:

Para equilíbrio na seção, é preciso haver uma força axial de 15.000 N agindo no
centroide e um momento fletor de 750.000 N∙mm em torno do eixo centroide ou
principal.
P 15.000
= = = 3,75 MPa
A (100)(40)

A tensão máxima é

Mc 75.000(50)
 máx = = = 11,25 MPa
I 1
(40)(100)3
12
Elementos de material em B e C estão submetidos somente a tensão normal ou
tensão uniaxial. Por consequência,

 B = 7,5 MPa (tração) (Resposta)


 C = 15 MPa (compressão) (Resposta)
A localização da linha de tensão nula pode ser determinada por cálculo
proporcional de triângulos:

75 15
=
x (100 − x )
x = 33,3 mm
Exemplo 2

O bloco retangular de peso desprezível está sujeito a uma força vertical de 40 kN


aplicada em seu canto. Determine a distribuição da tensão normal que age sobre
uma seção que passa por ABCD.
Solução:
Para a distribuição uniforme da tensão normal temos

P 40
= = = 125 kPa
A (0,8)(0,4 )

Para 8 kNm, a tensão máxima é

M x cx 8(0,2)
 máx =
Ix
=
 
12 (0,8)(0,4 )
1 3
= 375 kPa

Para 16 kNm, a tensão máxima é

M y cx 16(0,4)
 máx =
Iy
=
 
12 (0,4 )(0,8)
1 3
= 375 kPa
Considerando que a tensão de tração é positiva, temos

 A = −125 + 375 + 375 = 625 kPa


 B = −125 − 375 + 375 = −125 kPa
 C = −125 − 375 − 375 = −875 kPa
 D = −125 + 375 − 375 = −125 kPa

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