[infiltração]

Na construção civil, o fluido que permeia pelos espaços vazios de algum corpo
sólido é a água, que pode ser da chuva ou de vazamentos na rede hidráulica. O
corpo sólido, são as lajes e alvenarias.
Dessa forma, a ação da água sobre essas superfícies desprotegidas, facilita que ela
escoe por todos os espaços vazios até sair em algum lugar.
Portanto, um vazamento que está ocorrendo no teto pode aparecer próximo ao
rodapé.
Descobrir a origem e a melhor solução sobre como tirar a infiltração não são tarefas
fáceis. Além disso, existem diversos métodos para solucionar as infiltrações.
Podemos dividir as infiltrações em dois grupos distintos. Um se refere às infiltrações
que ocorrem de fora para dentro, que são causadas por água da chuva, umidade do
solo ou ação do lençol freático. O outro, diz respeito às infiltrações de dentro para
fora, que aparecem através de vazamentos na rede hidráulica, ou ausência de
revestimentos adequados nas áreas molhadas.
Para as infiltrações de dentro para fora existem empresas especializadas em caçar
vazamentos, porém, nem sempre apresentam êxito na identificação. Para os
vazamentos de fora para dentro, deve-se chamar empresas especializadas nesse
tipo de reparo, que fazem um diagnóstico detalhado do que está acontecendo e
oferecem a melhor solução. Uma delas se trata da injeção química para selagem
das aberturas, processo conhecido como impermeabilização por injeção.
Esta técnica consiste em identificar as aberturas e fissuras por onde a água está
percolando e causando a infiltração e injetar produtos químicos de maneira a selar e
fechar estes pontos. Os produtos químicos injetados variam de acordo com o tipo de
utilização, mas em geral são bicomponentes de poliuretano (PU), gel acrílico
(C5O2H8) ou vinílico (CH2=CH-). A injeção é feita sob pressão e é capaz de selar
capilares com espessuras mínimas. A impermeabilização por injeção química sela
pontualmente os locais de falha de maneira permanente, e dessa forma não
voltarão a apresentar mais problemas. Contudo, esta é uma solução que precisa de
análise técnica séria, feita por empresas especializadas que verificam a viabilidade
em cada caso.
A principal vantagem, e o motivo principal pelo qual a impermeabilização por injeção
química é escolhida, é o fato de tratar os problemas de maneira local sem que haja
a necessidade de uma grande intervenção para retirada da manta asfáltica, que é
revestida por uma ou mais camadas e o processo de substituição de uma
impermeabilização deste tipo que apresenta falhas precisa passar,
obrigatoriamente, pela retirada essa estrutura preexistente.
Em geral, este tipo de obra costuma ser demorada, invasiva, gerando muito entulho
e desconforto para os usuários dos edifícios, ou ainda, significa em paralisação do
funcionamento regular em casos de fábricas e indústrias.
E uma vez refeita, a nova impermeabilização com o sistema convencional continua
com o mesmo prazo de 5 a 10 anos de garantia, sendo muito provável que o
processo precisará ser repetido no futuro.
A injeção química resolve o problema diretamente nos pontos de infiltração, não
sendo necessário grandes obras para retirada da manta asfáltica.
Isso se traduz em praticidade e comodidade, e evitando assim os desconfortos de
grandes obras.
A injeção química impermeabiliza e sela os pontos de infiltração, mas não há como
ter garantia que novas aberturas não surgirão em locais diferentes, afinal de contas,
não houve a substituição da manta asfáltica que já atingiu o seu tempo útil.
De fato, é bem provável que novos pontos de infiltração surjam, e dessa forma é
necessário novas intervenções de injeção.
Por essa razão, em alguns casos a impermeabilização com injeção química é
considerada uma solução paliativa.
Também é preciso observar que o surgimento de fissuras e aberturas nos
elementos estruturais podem estar relacionados à movimentação da edificação e
que podem estar ativas, isto é, aumentando de tamanho ao longo do tempo.
Neste sentido, se a fissura aumenta, novos pontos de infiltração vão surgir mesmo
nos locais onde houve a injeção química.