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Regime Permanente Senoidal.

MATERIAL DE APOIO
Circuitos Eletrônicos 1

Esta aula busca que o(a) estudante entenda os conceitos


básicos associados ao regime permanente senoidal,
cálculos com fasores e desenho de diagramas fasoriais.

Prof. Euler de Vilhena Garcia


Capacitores e indutores.

MAPA DESTA AULA

ONDE FICA O NORTE


Você sabe dizer a importância de um banco
de capacitores em instalações elétricas de
grande porte?
.
Capacitores e indutores.

Comportamento tensão-corrente
Capacitor ideal
Indutor ideal
Frequência complexa e domínio da frequência
Regime Permanente Senoidal
Fasor
Impedâncias
Leis e teoremas
Diagramas Fasoriais
Equacionamento e resolução

CONTEÚDO DESTA AULA


RELEMBRANDO Capacitores.

Comportamento tensão-corrente do capacitor ideal

Para ilustrar o comportamento tensão-corrente de um capacitor, imaginemos que é aplicada em seus terminais uma
tensão senoidal de amplitude 𝑉 (em Volts), frequência 𝑓 (em Hz) e fase 𝜙 (em graus):

𝑣 = 𝑉 cos(2𝜋𝑓𝑡 + 𝜙 )
𝜃

A corrente que flui entre seus terminais é:


𝑑
𝑖 = 𝐶 ∙ 𝑉 cos 2𝜋𝑓𝑡 + 𝜙 = 𝐶 ∙ −2𝜋𝑓𝑉 sin 2𝜋𝑓𝑡 + 𝜙
𝑑𝑡

A relação 𝑣 𝑖 fica sendo


𝑣 1 cos(𝜃)
=− ∙
𝑖 2𝜋𝑓𝐶 sin 𝜃

e
1
𝑣 sin 𝜃 = − ∙ 𝑖 cos(𝜃)
2𝜋𝑓𝐶
RELEMBRANDO Capacitores.

Sobre as funções seno e cosseno, cabe lembrar:


cos 𝑎 + 𝑏 = cos 𝑎 cos 𝑏 − sin 𝑎 sin⁡(𝑏)
cos 𝜃 = sin 𝜃 + 90° ; sin 270° = sin⁡(−90°)
Então
1
𝑣 sin 𝜃 = ∙ −1 ∙ 𝑖 cos 𝜃 ;
2𝜋𝑓𝐶
1 1
𝑣 sin 𝜃 = ∙ 𝑖 ∙ cos 180° cos 𝜃 = ∙ 𝑖 cos 𝜃 + 180° ;
2𝜋𝑓𝐶 2𝜋𝑓𝐶
1 1
𝑣 sin 𝜃 = ∙ 𝑖 sin 𝜃 + 180° + 90° = ∙ 𝑖 sin 𝜃 − 90°
2𝜋𝑓𝐶 2𝜋𝑓𝐶
ou
1
𝑣 sin 2𝜋𝑓𝑡 + 𝜙 = ∙ 𝑖 sin(2𝜋𝑓𝑡 + 𝜙 − 90°)
2𝜋𝑓𝐶
A análise desta equação indica dois pontos bastante interessantes:
 Em qualquer instante de tempo, a tensão no capacitor é proporcional à magnitude da corrente multiplicada por
𝟏 𝟐𝝅𝒇𝑪 ;
 Para o valor de tensão do capacitor ser rigorosamente igual ao valor da corrente multiplicada por 1 2𝜋𝑓𝐶 , a
corrente deve ser atrasada de 90° em relação à tensão. O que isso quer dizer? Ora, se ela precisa ser atrasada para
ficar igual, isto quer dizer que a tensão em um capacitor está sempre atrasada em 90° em relação à corrente.
RELEMBRANDO Capacitores.

Impedância do capacitor ideal


Este comportamento tensão-corrente do capacitor é tão diferente do que um resistor apresenta que é importante
discutirmos isso com mais detalhes. Vimos que a impedância 𝑍 é um número complexo que representa a proporção
entre tensão e corrente em um par de terminais:

𝑣
𝑍≜ = 𝑅 ± 𝑗𝑋⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡ ∴ ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑣 = 𝑍 ∙ 𝑖
𝑖
Vimos também que:
 a tensão no capacitor está sempre atrasada de 90° em relação à corrente nos seus terminais;
 o capacitor ideal apresenta apenas capacitância como propriedade elétrica, ou seja, não apresenta perdas
resistivas.
Assim , a impedância 𝑍𝑐 de um capacitor ideal, em sua forma polar
𝑍𝑐 = ⁡ 𝑍𝑐 ⁡∠𝑍𝑐
com magnitude
𝑍𝑐 = 0 + 𝑋 2 𝑐 = 𝑋𝑐
e fase
𝑋𝑐
∠𝑍𝑐 = 𝑎𝑟𝑐⁡𝑡𝑔 = −90°
0
RELEMBRANDO Capacitores.

Fica descrita como


1
𝑍𝑐 = ⁡ ∠ − 90°⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡(Ω)
2𝜋𝑓𝐶

ou, na forma retangular de um número complexo,

1
𝑍𝑐 = −𝑗 ⁡⁡⁡⁡⁡⁡(Ω)
2𝜋𝑓𝐶

Em resumo: um capacitor ideal apresenta impedância puramente imaginária, com reatância negativa e resistência nula.

Perceba que essa impedância puramente imaginária está diretamente relacionada com a defasagem de 90° entre
tensão e corrente A.C. em um capacitor ideal e é essa característica elétrica que diferencia as medidas de tensão e
corrente A.C. entre capacitor e resistor ideais: um resistor ideal apresenta impedância puramente real e não há
defasagem entre suas tensão e corrente A.C.
RELEMBRANDO Indutores.

Comportamento tensão-corrente do indutor ideal

Para ilustrar o comportamento tensão-corrente de um indutor, imaginemos que flui por seus terminais uma corrente
senoidal de amplitude 𝐼 (em Ampéres), frequência 𝑓 (em Hertz) e fase (em graus):

𝑖 = 𝐼 cos(2𝜋𝑓𝑡 + 𝜙 )
𝜃

A tensão em seus terminais é:


𝑑
𝑣=𝐿∙ 𝐼 cos 2𝜋𝑓𝑡 + 𝜙 = 𝐿 ∙ −2𝜋𝑓𝐼 sin 2𝜋𝑓𝑡 + 𝜙
𝑑𝑡

A relação 𝑣 𝑖 fica sendo


𝑣 sin(𝜃)
= −2𝜋𝑓𝐿 ∙
𝑖 cos 𝜃

e
𝑣 cos 𝜃 = −2𝜋𝑓𝐿 ∙ 𝑖 sin(𝜃)
RELEMBRANDO Indutores.

Sobre as funções seno e cosseno, cabe lembrar:


cos 𝑎 + 𝑏 = cos 𝑎 cos 𝑏 − sin 𝑎 sin⁡(𝑏)
cos 𝜃 − 90° = sin 𝜃
Então
𝑣 cos 𝜃 = 2𝜋𝑓𝐿 ∙ −1 ∙ 𝑖 sin 𝜃 ;
𝑣 cos 𝜃 = 2𝜋𝑓𝐿 ∙ 𝑖 ∙ cos 180° cos 𝜃 − 90° ;
𝑣⁡cos(𝜃) = 2𝜋𝑓𝐿 ∙ 𝑖 cos 𝜃 − 90° + 180° ;
𝑣 cos 𝜃 = 2𝜋𝑓𝐿 ∙ 𝑖 cos 𝜃 + 90°
ou
𝑣 cos 2𝜋𝑓𝑡 + 𝜙 = 2𝜋𝑓𝐿 ∙ 𝑖 cos(2𝜋𝑓𝑡 + 𝜙 + 90°)⁡

A análise desta equação indica dois pontos bastante interessantes:


 Em qualquer instante de tempo, a tensão no indutor é proporcional à magnitude da corrente multiplicada por
𝟐𝝅𝒇𝑳 ;
 Para o valor de tensão do indutor ser rigorosamente igual ao valor da corrente multiplicada por 2𝜋𝑓𝐿, a corrente
deve ser adiantada de 90° em relação à tensão. O que isso quer dizer? Ora, se ela precisa ser adiantada para ficar
igual, isto quer dizer que a tensão em um indutor está sempre adiantada em 90° em relação à corrente.
RELEMBRANDO Indutores.

Impedância do indutor ideal

Este comportamento tensão-corrente do indutor é tão diferente do que um resistor apresenta que é importante
discutirmos isso com mais detalhes. Vimos que a impedância 𝑍 é um número complexo que representa a proporção
entre tensão e corrente em um par de terminais:
𝑣
𝑍 ≜ = 𝑅 ± 𝑗𝑋⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡ ∴ ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑣 = 𝑍 ∙ 𝑖
𝑖
Vimos também que:
 a tensão no indutor está sempre adiantada de 90° em relação à corrente nos seus terminais;
 o indutor ideal apresenta apenas indutância como propriedade elétrica, ou seja, não apresenta perdas
resistivas.
Assim , a impedância 𝑍𝐿 de um indutor ideal, em sua forma polar
𝑍𝐿 = ⁡ 𝑍𝐿 ⁡∠𝑍𝐿
com magnitude
𝑍𝐿 = 0 + 𝑋 2 𝐿 = 𝑋𝐿
e fase
𝑋𝐿
∠𝑍𝑐 = 𝑎𝑟𝑐⁡𝑡𝑔 = +90°
0
RELEMBRANDO Indutores.

Fica descrita como


𝑍𝐿 = 2𝜋𝑓𝐿⁡∠ + 90°⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡(Ω)

ou, na forma retangular de um número complexo,

𝑍𝐿 = +𝑗2𝜋𝑓𝐿⁡⁡⁡⁡⁡⁡(Ω)

Em resumo: um indutor ideal apresenta impedância puramente imaginária, com reatância positiva e resistência nula.

Perceba que essa impedância puramente imaginária está diretamente relacionada com a defasagem de 90° entre
tensão e corrente A.C. em um indutor ideal e é essa característica elétrica que diferencia as medidas de tensão e
corrente A.C. entre indutor e resistor ideais: um resistor ideal apresenta impedância puramente real e não há
defasagem entre suas tensão e corrente A.C.
RELEMBRANDO Indutores e Capacitores.

Comparação das impedâncias


Sejam uma tensão U(t) e uma corrente I(t):

RESISTOR
Corrente e tensão em fase.

INDUTOR
Tensão 90° adiantada em relação à corrente.
Corrente 90° atrasada em relação à tensão.

Impedância Z, V=Z.I
R R  0°

1/(j2pfC) = -j/2pfC
1
-90°
CAPACITOR
2𝜋𝑓𝐶
Tensão 90° atrasada em relação à corrente.
j2pfL 2𝜋𝑓𝐿+90°
Corrente 90° adiantada em relação à tensão.
Frequência complexa e o domínio da frequência.

Definição

Como vimos durante os cálculos para a obtenção da equação característica , a exponencial é a única função que é
proporcional a todas as suas derivadas e integrais, motivo do qual usamos 𝑥 = 𝐴𝑒 𝑠𝑡 . Mas a variável 𝑠 tem um
significado importante para nos detalharmos sobre ela.
É uma grandeza composta de parte real e imaginária, denominada frequência complexa.
𝑠 = 𝜎 + 𝑗𝜔
Onde
𝜎 ... Frequência neperiana, expressa em Np/s ou dB/s
𝜔 ... Frequência angular, em rad/s
Assim
𝑒 𝑠𝑡 = 𝑒 𝜎+𝑗𝜔 𝑡 = 𝑒 𝜎𝑡 𝑒 𝑗𝜔𝑡
NEPER. Unidade de tensão, corrente ou magnitude relativa. (Diferente do Decibel que é unidade de potência relativa,
com logaritmo em base 10.
𝑉𝑠𝑎í𝑑𝑎 (𝑉) 𝐼𝑠𝑎í𝑑𝑎 (𝐴)
𝐴𝑣 𝑁𝑝 = 𝑙𝑛 ;⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝐴𝑖 𝑁𝑝 = 𝑙𝑛
𝑉𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 (𝑉) 𝐼𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 (𝐴)
𝐴𝑣 .... Ganho de tensão;
𝐴𝑖 .... Ganho de corrente
Frequência complexa e o domínio da frequência.

O exame das duas parcelas de 𝑒 𝑠𝑡 esclarece as variáveis 𝜎 e 𝜔. A parcela 𝑒 𝜎𝑡 é uma exponencial real. Ao multiplicar
qualquer número ou função, esta é um fator que pode aumentar ou diminuir sua magnitude conforme 𝜎 seja
respectivamente positivo ou negativo: o que é ressaltado pelo fato deste ser uma proporção adimensional. Por
último, 𝜎 é denominado frequência neperiana pois é um fator cuja amplitude depende do tempo.

𝑁𝑝 𝑑𝐵
𝜎𝑡 = ∙ 𝑠 = 𝑁𝑝; ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑜𝑢⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝜎𝑡 = ∙ 𝑠 = 𝑑𝐵
𝑠 𝑠

Por sua vez, a parcela 𝑒 𝑗𝜔𝑡 é uma exponencial complexa. Pela Fórmula de Euler, 𝑒 𝑗𝜔𝑡 = 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡 + 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡. A variável 𝜔
é fisicamente conhecida como velocidade angular pois, ao ser multiplicada pelo tempo transcorrido 𝑡 retorna o
ângulo 𝜃 efetivamente percorrido até aquele instante. Seno e cosseno, contudo, são funções periódicas: a cada 2p
radianos seu valor se repete. Com isso, o importante é saber a frequência com que os valores se repetem, i.e.,
quantas vezes por segundo obtém-se um deslocamento de 2p radianos. Nesta interpretação matemática específica, 𝜔
é denominada frequência angular e seu valor é 2𝜋𝑓, onde 𝑓 é a frequência em Hz.

Com isso, 𝒔 = 𝝈 + 𝒋𝝎 pode ser de fato denominado frequência complexa, pois trata-se de dois tipos diferentes de
frequência, com parte real e parte imaginária.
Regime permanente senoidal.

O conceito de fasor e a notação fasorial

IMPORTANTE: O conceito de fasor só pode ser usado quando o circuito é linear, quando todas as fontes
independentes operam na mesma frequência, e em cálculos de regime permanente SENOIDAL – isto é, todos as
fontes são do tipo senoidal (senos ou cossenos) e os efeitos transitórios no circuito já acabaram.

A frequência complexa de Laplace sem o seu componente real se reduz à exponencial complexa da Fórmula de Euler
𝑒 ±𝑗𝜃 = 𝑐𝑜𝑠𝜃 ± 𝑗𝑠𝑒𝑛𝜃
onde o ângulo 𝜃 possui duas componentes
𝜃= 𝜔𝑡 + 𝜙
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑠𝑒
𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟
Assim,
𝑒 𝑗𝜃 = 𝑒 𝑗(𝜔𝑡+𝜙) = 𝑒 𝑗𝜙 𝑒 𝑗𝜔𝑡
Assim, se quisermos representar uma tensão como cosseno
𝑣 = 𝑉𝑚 cos 𝜔𝑡 + 𝜙 = ℜ 𝑉𝑚 𝑒 𝑗𝜙 𝑒 𝑗𝜔𝑡
Como a frequência é constante e nosso sinal sempre será real, podemos eliminar as informações redundantes nesta
representação e temos:
𝑣 = 𝑉𝑚 𝑒 𝑗𝜙
Regime permanente senoidal.

Com estes dados temos a representação do fasor, i.e., um número complexo que contém a informação sobre a
amplitude e o ângulo de fase da função senoidal em análise.

No dia-a-dia, a notação da exponencial é substituída para: 𝑉𝑚 𝜙


Regime permanente senoidal.

Impedâncias em notação fasorial Seja uma tensão U(t) e uma corrente I(t):

Impedância Z(w) Corrente e


V=Z.I tensão em fase.
R R  0° RESISTOR
1
1/(jwC) = -j/wC -90°
𝜔𝐶
jwL 𝜔𝐿+90° Tensão 90° adiantada em relação à corrente.
Corrente 90° atrasada em relação à tensão.

INDUTOR

Tensão 90° atrasada em relação à corrente.


Corrente 90° adiantada em relação à tensão.

CAPACITOR
Regime permanente senoidal.

Leis e teoremas em regime permanente senoidal

 As Leis de Kirchhoff e a Lei de Ohm não se alteram, pois são leis fundamentais baseadas no eletromagnetismo
e o uso de fasores é uma técnica de resolução matemática de problemas.

 O Teorema da Superposição se mantém para a análise de circuitos lineares no domínio da frequência pois ele
próprio é uma das condições inatas de linearidade.

 Com isso, não há alterações na utilização de equações nodais ou equações de malhas no domínio da
frequência. Na verdade, seu uso é bastante facilitado pois as equações diferenciais se tornam puramente
algébricas.
Regime permanente senoidal.

Impedância e Admitância
Impedância elétrica (Z) é a capacidade de um circuito de se opor à passagem de cargas elétricas.

R ... resistência
Impedância (Z) = R + jX
X ... reatância
𝑉 𝐼
Imitância 𝑍= ; 𝑌=
𝐼 iniciais nulas.𝑉
com condições G ... condutância
Admitância (Y) = G + jB
B ... susceptância
Admitância elétrica (Z) é a capacidade de um circuito de permitir a passagem de cargas elétricas.

1 1 R X
Y = = G = B =-
Z R + jX R2 + X2 R2 + X2
Regime permanente senoidal.

Impedâncias em série e em paralelo

Vimos que as Leis de Kirchhoff de Tensão e de Corrente se mantêm no domínio da frequência. Seja o circuito:

Aplicando a definição de impedância reescrita como 𝑉 = 𝑍 ∙ 𝐼


𝑍1 + 𝑍2 + ⋯ + 𝑍𝑛 𝐼 = 𝑉

𝑍𝑒𝑞 = 𝑍1 + 𝑍2 + ⋯ + 𝑍𝑛

Fazendo raciocínio análogo para o circuito abaixo (desta vez com a Lei de Kirchhoff das Correntes e a definição de
admitância)
𝑌𝑒𝑞 = 𝑌1 + 𝑌2 + ⋯ + 𝑌𝑛

1 1 1 1
𝑌𝑒𝑞 = = + + ⋯+
𝑍𝑒𝑞 𝑍1 𝑍2 𝑍𝑛
Regime permanente senoidal.

Diagrama fasorial
Um diagrama fasorial é a representação no plano complexo (eixo real na horizontal e eixo imaginário na vertical) dos
diferentes fasores que compõem um circuito, em vetores com amplitude proporcional entre si e ângulo de fase em
relação à horizontal. Busca-se sempre como referência de escala uma tensão constante, i.e., que não será afetada
pelos cálculos do problema. Serve para ilustrar as diferentes relações entre tensão e corrente em um circuito,
somando-as vetorialmente conforme o equacionamento do circuito em questão.

Diagramas fasoriais dos


principais componentes
individuais. 𝑉𝑔 = 𝑉𝑔 ∠0°
Regime permanente senoidal.

Diagrama fasorial

𝑉𝑔 = 𝑉𝑔 ∠0°

Diagramas fasoriais de circuitos de 1ª


ordem em série:
Corrente comum e tensões
que se somam vetorialmente
Regime permanente senoidal.

Diagrama fasorial
𝑉𝑔 = 𝑉𝑔 ∠0°

Diagramas fasoriais de circuitos de 1ª ordem em paralelo:


Tensão comum e correntes que se somam vetorialmente
Regime permanente senoidal.

Diagramas fasoriais de circuitos de


Diagrama fasorial 2ª ordem
Tensões em série se
𝑉𝑔 = 𝑉𝑔 ∠0° somam vetorialmente;
Correntes em paralelo
se somam vetorialmente
Regime permanente senoidal.

Equacionamento e Resolução
1º PASSO: NÃO SE PREOCUPE COM CONDIÇÕES INICIAIS. Siga adiante para o 2º passo.
2º PASSO: Escolha o Método dos Nós ou o Método das Malhas para resolver o circuito.
 Sobre a escolha entre o Método dos Nós e o Método das Malhas, aconselha-se fortemente a revisão do material
de apoio correspondente disponibilizado no Moodle da disciplina. Todos os critérios de seleção ali descritos
ainda são válidos.
3º PASSO: Converta apropriadamente todos os componentes e fontes do circuito para o domínio da frequência.
NÃO SE PREOCUPE COM CONDIÇÕES INICIAIS EM ANÁLISES DE REGIME PERMANENTE SENOIDAL.
4º PASSO: Escreva as equações nodais ou equações de laços apropriadas.
 Não esqueça a possibilidade de considerar o uso de Equivalente Thevenin ou Norton, conforme necessário.
 Não esqueça as relações existentes para impedâncias em série ou em paralelo.

PRINCIPAL CUIDADO: Álgebra dos números complexos. Deve-se dominar a transposição entre as formas
retangular e polar de um número complexo, pois:
 Operações de soma e subtração serão muito mais simples na forma retangular
 Operações de multiplicação, divisão e potência serão muito mais simples na forma polar.
Regime permanente senoidal.

Exemplo

Determine todas as impedâncias e fontes no domínio da frequência e em seguida calcule 𝑣𝑜 .

SOLUÇÃO
Ζ𝑅 = 8Ω
1 2,4 𝑗2,4
Ζ𝐶 = = = = −𝑗2,4Ω
1 𝑗 𝑗 ∙ 𝑗
𝑗5 12

Ζ𝐿1 = 𝑗5 ∙ 2 = 𝑗10Ω;⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡Ζ𝐿2 = 𝑗5 ∙ 4 = 𝑗20Ω

𝑣𝑠 𝑡 = 5 sin 5𝑡 = 5 cos 5𝑡 − 90° ⁡⁡⁡⁡⁡⁡ ⇒ ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡ 𝑉𝑠 = 5∠ − 90°𝑉


Regime permanente senoidal.

A inspeção do circuito mostra que 𝑉𝑜 é a diferença de potencial entre os dois indutores. Também é possível ver que
cada indutor é parte de um divisor de tensão em sua respectiva malha. Conforme a polaridade de 𝑉𝐿1 , 𝑉𝐿2 , 𝑉𝑜 :
𝑉𝑜 = 𝑉𝐿1 − 𝑉𝐿2
DIVISOR DE TENSÃO #1
𝑗10
𝑉𝐿1 = ∙𝑉
𝑗10 + 8 𝑠
DIVISOR DE TENSÃO #2
𝑗20
𝑉𝐿2 = ∙𝑉
𝑗20 − 𝑗2,4 𝑠

Contas de divisão são mais facilmente executadas na forma polar. Assim,


𝑗10 10∠90°
𝑉𝐿1 = ∙ 𝑉𝑠 = 5∠ − 90° = 0,78∠38,66° ∙ 5∠ − 90°
𝑗10 + 8 12,81∠51,34°
𝑗20 20∠90°
𝑉𝐿2 = ∙ 𝑉𝑠 = 5∠ − 90° = 1,14∠0° ∙ 5∠ − 90°
𝑗17,6 17,6∠90°
𝑉𝐿1 = 3,9∠ − 51,34°;⁡⁡⁡𝑉𝐿2 = 5,68∠ − 90°,

𝑉𝑜 = 𝑉𝐿1 − 𝑉𝐿2 = 3,58∠47,2°⁡⁡⁡⁡⁡⁡ ⟹ ⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡⁡𝑣 𝑡 = 3,58 cos 5𝑡 + 47,2° 𝑉


Turma D
2013/2

Avisos finais

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