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Eletrônica de Potência

CONVERSOR CC-CC:
BUCK
C ARACTERÍSTIC AS

• O controle da componente CC com uma tensão pulsada na saída


pode ser suficiente para algumas aplicações como o controle da
rotação de um motor CC;
• Entretanto, como o objetivo de um conversor CC-CC é produzir
uma tensão de saída que é puramente CC, é inserido um filtro passa-
baixas depois da chave do conversor chaveado básico;
• Este circuito é chamado de conversor Buck ou conversor
abaixador porque a tensão de saída é menor que a de entrada.
C ARACTERÍSTIC AS

• O diodo proporciona um caminho para a corrente no indutor


quando a chave está aberta, e encontra-se reversamente polarizado
quando a chave está fechada;
• Se o filtro passa-baixa é ideal, a tensão na saída é a média da tensão
de entrada para o filtro;
• Se a chave é fechada periodicamente em uma taxa de trabalho 𝑫, a
tensão média na entrada do filtro é 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑫.
C ARACTERÍSTIC AS

• Se o filtro passa-baixa é ideal, a


tensão na saída é a média da tensão
de entrada para o filtro;

• Se a chave é fechada
periodicamente em uma taxa de
trabalho 𝑫, a tensão média na
entrada do filtro é 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑫.
ACIONAME N TO DA CHAVE
MODULAÇÃ O POR LARGURA D E PULS O (PWM)
• O controle da chave requer (1) um sinal de referência,
algumas vezes chamado de sinal de modulação ou
sinal de controle, e (2) um sinal portador ou
transmissor, que é uma onda triangular ou dente-de-
serra que controla a frequência de chaveamento.
APLIC AÇÕES

• Fontes chaveadas para alimentação de circuitos internos de placas-


mães de computadores, notebook, celulares, etc;
• Controle de velocidade de motor CC;
• Carregadores de bateria.
SUPOSIÇÕES PARA ANÁLISE DO CONVERSOR BUCK

• A tensão média no indutor é zero;


• A corrente no indutor é periódica e no modo contínuo;
• A corrente média no capacitor é zero;
• O valor do capacitor é bem alto e a tensão na saída é mantida
constante em 𝑽𝒐 ;
• O período de chaveamento é 𝑻𝒄𝒉 , a chave é fechada pelo tempo 𝑫 ⋅
𝑻𝒄𝒉 e é aberta pelo tempo 𝟏 − 𝑫 ⋅ 𝑻𝒄𝒉 ;
• A chave e o diodo são ideais (𝑷𝒊𝒏 = 𝑷𝒐 ).
ETAPAS DE ANÁLISE DO CONVERSOR BUCK
• Análises matemáticas para as condições de chave fechada e chave
aberta;
• Formas de onda e Ganho Estático;
• Determinação da indutância e da ondulação de corrente no indutor;
• Valores médio, RMS, máximo e mínimo da corrente no indutor;
• Indutância critica;
• Determinação da capacitância;
• Dimensionamento dos dispositivos semicondutores.
ANÁLISE DO CONVERSOR BUCK

• Chave Fechada (Diodo bloqueado)

✓ A fonte de alimentação fornece energia para o para o filtro LC de saída e


para a carga;
✓ O diodo 𝑫𝒃 é polarizado reversamente pela fonte de alimentação.
ANÁLISE DO CONVERSOR BUCK

• Chave Aberta (Diodo diretamente polarizado)

✓ A indutância 𝑳𝒃 fornece a energia para o capacitor e para a carga;


✓ A corrente no indutor força a polarização direta do diodo 𝑫𝒃 (etapa de roda
livre).
ANÁLISE DO CONVERSOR BUCK: TENSÕES

• Chave Fechada

➢ 𝒗𝑳𝒃 = 𝑽𝒊𝒏 − 𝑽𝒐 ➢ 𝒗𝑺𝒃 = 𝟎


➢ 𝒗𝑫𝒃 = −𝑽𝒊𝒏

• Chave Aberta

➢ 𝒗𝑳𝒃 = −𝑽𝒐 ➢ 𝒗𝑺𝒃 = 𝑽𝒊𝒏


➢ 𝒗𝑫𝒃 = 𝟎
ANÁLISE DO CONVERSOR BUCK: TENSÕES

• Chave Fechada

➢ 𝒗𝑳𝒃 = 𝑽𝒊𝒏 − 𝑽𝒐 ➢ 𝒗𝑺𝒃 = 𝟎


➢ 𝒗𝑫𝒃 = −𝑽𝒊𝒏

• Chave Aberta

➢ 𝒗𝑳𝒃 = −𝑽𝒐 ➢ 𝒗𝑺𝒃 = 𝑽𝒊𝒏


➢ 𝒗𝑫𝒃 = 𝟎
ANÁLISE DO CONVERSOR BUCK: CORRENTES
A corrente no indutor é periódica e no modo
contínuo
• Chave Fechada

➢ 𝒊𝑫𝒃 = 𝟎 ➢ 𝒊𝑪 = 𝒊𝑳𝒃 − 𝑰𝑹
➢ 𝒊𝑺𝒃 = 𝒊𝑳𝒃

• Chave Aberta

➢ 𝒊𝑫𝒃 = 𝒊𝑳𝒃 ➢ 𝒊𝑪 = 𝒊𝑳𝒃 − 𝑰𝑹


➢ 𝒊𝑺𝒃 = 𝟎
ANÁLISE DO CONVERSOR BUCK: CORRENTES

• Chave Fechada

➢ 𝒊𝑫𝒃 = 𝟎 ➢ 𝒊𝑪 = 𝒊𝑳𝒃 − 𝑰𝑹
➢ 𝒊𝑺𝒃 = 𝒊𝑳𝒃

• Chave Aberta

➢ 𝒊𝑫𝒃 = 𝒊𝑳𝒃 ➢ 𝒊𝑪 = 𝒊𝑳𝒃 − 𝑰𝑹


➢ 𝒊𝑺𝒃 = 𝟎
DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Ganho Estático (valor médio de tensão no indutor 𝑳𝒃 igual a


zero):
𝟏 𝑻𝒄𝒉
𝑽𝑳 = න 𝒗𝑳𝒃 (𝒕) ⋅ 𝒅𝒕 = 𝟎
𝑻𝒄𝒉 𝟎

𝑫⋅𝑻𝒄𝒉 𝑻𝒄𝒉
𝟏
𝑽𝑳 = න (𝑽𝒊𝒏 − 𝑽𝒐 ) ⋅ 𝒅𝒕 + න (−𝑽𝒐 ) ⋅ 𝒅𝒕 = 𝟎
𝑻𝒄𝒉 𝟎 𝑫.𝑻𝒄𝒉

𝑽𝒊𝒏 − 𝑽𝒐 ⋅ 𝑫 ⋅ 𝑻𝒄𝒉 − 𝑽𝒐 ⋅ 𝟏 − 𝑫 ⋅ 𝑻𝒄𝒉


𝑽𝑳𝒃 = =𝟎
𝑻𝒄𝒉

𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑫 − 𝑽𝒐 ⋅ 𝑫 − 𝑽𝒐 + 𝑽𝒐 ⋅ 𝑫 = 𝟎

𝑽𝒐
=𝑫
𝑽𝒊𝒏
DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Variação de Corrente no Indutor 𝑳𝒃 (análise: 𝑺𝒃 fechada):


𝒗𝑳𝒃 = 𝑽𝒊𝒏 − 𝑽𝒐
𝒅𝒊𝑳𝒃 𝛥𝒊𝑳𝒃 𝑽𝒊𝒏 − 𝑽𝒐
= =
𝒅𝒕 𝑫 ⋅ 𝑻𝒄𝒉 𝑳𝒃

𝑫 ⋅ 𝑽𝒊𝒏 − 𝑽𝒐 𝑽𝒐 ⋅ 𝟏 − 𝑫
𝛥𝒊𝑳𝒃 = ou 𝛥𝒊𝑳𝒃 =
𝑳𝒃 ⋅ 𝒇𝒄𝒉 𝑳𝒃 ⋅ 𝒇𝒄𝒉

• Cálculo da Indutância 𝑳𝒃 :

𝑫 ⋅ 𝑽𝒊𝒏 − 𝑽𝒐 𝑽𝒐 ⋅ 𝟏 − 𝑫
𝑳𝒃 = ou 𝑳𝒃 =
𝛥𝒊𝑳𝒃 ⋅ 𝒇𝒄𝒉 𝛥𝒊𝑳𝒃 ⋅ 𝒇𝒄𝒉
DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Corrente Média no Indutor 𝑳𝒃 (Análise nodal para valores


médios):
0
𝑰𝑳𝒃 = 𝑰𝑪 + 𝑰𝑹
𝑽𝒐
𝑰𝑳𝒃 =
𝑹

• Correntes Máxima e Mínima no Indutor 𝑳𝒃 :

𝑰𝑳𝒃(𝒎𝒂𝒙) = 𝑰𝑳𝒃 +
𝛥𝒊𝑳𝒃 𝑽𝒐 𝑽𝒐 ⋅ 𝟏 − 𝑫
𝟐 𝑰𝑳𝒃(𝒎𝒂𝒙) = +
𝑹 𝟐 ⋅ 𝑳𝒃 ⋅ 𝒇𝒄𝒉

𝛥𝒊𝑳𝒃 𝑽𝒐 𝑽𝒐 ⋅ 𝟏 − 𝑫
𝑰𝑳𝒃(𝒎𝒊𝒏) = 𝑰𝑳𝒃 −
𝟐 𝑰𝑳𝒃(𝒎𝒊𝒏) = −
𝑹 𝟐 ⋅ 𝑳𝒃 ⋅ 𝒇𝒄𝒉
DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Corrente Eficaz no Indutor 𝑳𝒃 :

𝟏
𝑰𝑳𝒃 𝑹𝑴𝑺 = ⋅ 𝑰𝒐𝒏 + 𝑰𝒐𝒇𝒇
𝑻𝒄𝒉

𝑫⋅𝑻𝒄𝒉 𝟐
𝑰𝑳𝒃(𝒎𝒂𝒙) − 𝑰𝑳𝒃(𝒎𝒊𝒏)
𝑰𝒐𝒏 = න ⋅ 𝒕 + 𝑰𝑳𝒃(𝒎𝒊𝒏) ⋅ 𝒅𝒕
𝟎 𝑫 ⋅ 𝑻𝒄𝒉

𝑫⋅𝑻𝒄𝒉 𝟐
𝛥𝒊𝑳𝒃 𝛥𝒊𝑳𝒃
𝑰𝒐𝒏 = න ⋅ 𝒕 + 𝑰𝑳𝒃 − ⋅ 𝒅𝒕
𝟎 𝑫 ⋅ 𝑻𝒄𝒉 𝟐
DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Corrente Eficaz no Indutor 𝑳𝒃 :

𝟏
𝑰𝑳𝒃 𝑹𝑴𝑺 = ⋅ 𝑰𝒐𝒏 + 𝑰𝒐𝒇𝒇
𝑻𝒄𝒉

𝑻𝒄𝒉 𝟐
𝑰𝑳𝒃(𝒎𝒂𝒙) − 𝑰𝑳𝒃(𝒎𝒊𝒏) 𝑰𝑳𝒃(𝒎𝒂𝒙) − 𝑰𝑳𝒃(𝒎𝒊𝒏)
𝑰𝒐𝒇𝒇 = න ⋅ 𝒕 + 𝑰𝑳𝒃 𝒎𝒊𝒏 − ⋅ 𝒅𝒕
𝑫⋅𝑻𝒄𝒉 𝑫 − 𝟏 ⋅ 𝑻𝒄𝒉 𝑫−𝟏

𝑻𝒄𝒉 𝟐
𝛥𝒊𝑳𝒃 𝟐 ⋅ 𝑰𝑳𝒃 + 𝛥𝒊𝑳𝒃 − 𝟐 ⋅ 𝑫 ⋅ 𝑰𝑳𝒃 + 𝑫 ⋅ 𝛥𝒊𝑳𝒃
𝑰𝒐𝒇𝒇 = න ⋅𝒕− ⋅ 𝒅𝒕
𝑫⋅𝑻𝒄𝒉 𝑫 − 𝟏 ⋅ 𝑻𝒄𝒉 𝟐⋅ 𝑫−𝟏
DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Corrente Eficaz no Indutor 𝑳𝒃 :

𝟏
𝑰𝑳𝒃 𝑹𝑴𝑺 = ⋅ 𝑰𝒐𝒏 + 𝑰𝒐𝒇𝒇
𝑻𝒄𝒉

𝟐
𝟐 𝛥𝒊𝑳𝒃
𝑰𝑳𝒃(𝒓𝒎𝒔) = 𝑰𝑳𝒃 +
𝟏𝟐
DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Indutância Crítica 𝑳𝒃 𝑪𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒂 :


Uma vez que 𝑰𝑳𝒃(𝒎𝒊𝒏) = 𝟎 é o limite entre os modos contínuos e
descontínuos de condução, tem-se que:
𝑽𝒐 𝑽𝒐 ⋅ 𝟏 − 𝑫
𝑰𝑳𝒃(𝒎𝒊𝒏) = − =𝟎
𝑹 𝟐 ⋅ 𝑳𝒃(𝑪𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒂) ⋅ 𝒇𝒄𝒉

𝑽𝒐 ⋅ 𝟏 − 𝑫 𝑽𝒐
=
𝟐 ⋅ 𝑳𝒃(𝑪𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒂) ⋅ 𝒇𝒄𝒉 𝑹

𝟏−𝑫 𝟏
=
𝟐 ⋅ 𝑳𝒃(𝑪𝒓í𝒕𝒊𝒄𝒂) ⋅ 𝒇𝒄𝒉 𝑹

𝟏−𝑫 ⋅𝑹
𝑳𝒃(𝑪𝒓𝒊𝒕𝒊𝒄𝒂) =
𝟐 ⋅ 𝒇𝒄𝒉
DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Cálculo da Capacitância 𝑪:
Analisando a corrente no capacitor 𝑪:

𝒊𝑪 = 𝒊𝑳𝒃 − 𝑰𝑹

𝟏 𝑻𝒄𝒉 𝛥𝒊𝑳𝒃 𝑽𝒐 ⋅ 𝟏 − 𝑫
𝛥𝑸 = ⋅
𝟐 𝟐

𝟐
= 𝑪 ⋅ 𝛥𝑽𝒐 𝑪= 𝟐
𝟖 ⋅ 𝑳𝒃 ⋅ 𝛥𝑽𝒐 ⋅ 𝒇𝒄𝒉
DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Cálculo da Capacitância 𝑪:
Analisando a corrente no capacitor 𝑪:

𝑽𝒐 ⋅ 𝟏 − 𝑫
𝑪=
𝟖 ⋅ 𝑳𝒃 ⋅ 𝛥𝑽𝒐 ⋅ 𝒇𝒄𝒉 𝟐
EXEMPLO DE PROJETO DO CONVERSOR BUCK

Um conversor Buck com fonte CC de entrada de 50V que deve


alimentar uma carga de 125W em 25V. A frequência de
chaveamento deve ser de 100kHz. Calcule:
a) o valor da indutância que limite o pico de corrente em 6,25 A
b) a capacitância para que a ondulação da tensão de saída seja de
0,5%.
EXEMPLO DE PROJETO DO CONVERSOR BUCK

Um conversor Buck com fonte CC de entrada de 50V que deve alimentar uma
carga de 125W em 25V. A frequência de chaveamento deve ser de 100kHz.
Calcule:
a) o valor da indutância que limite o pico de corrente em 6,25 A
b) a capacitância para que a ondulação da tensão de saída seja de 0,5%.
Vo
a) D = = 0.5
Vs
Po 125
b) I L = I R = = = 5 A.
Vo 25
iL V
I L ,max = 6.25 A.  = 1.25; iL = 2.5 A. = o (1 − D )T
2 L
V 25 1
L = o (1 − D )T = (1 − .5) = 50  H .
iL 2.5 100, 000
Vo 1− D
c)  = 5%
= = .005 =
Vo 8LCf 2
1− D 1 − .5
C= = = 25  F .
 Vo  2 8(.005)(50)(10)−6 (100, 000)2
8  Lf
 o 
V
DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Resistência do capacitor 𝑪: Efeito na ondulação de tensão


✓ Um capacitor real pode ser modelado como uma capacitância com
um resistor equivalente em série (𝑹𝑬𝑺);
✓ A 𝑹𝑬𝑺 pode ter um efeito significativo na tensão de ondulação na
saída, produzindo sempre uma tensão de ondulação maior que a da
capacitância ideal:

✓ A variação da tensão no capacitor com a resistência é:


𝑽𝒐 ⋅ 𝟏 − 𝑫
𝛥𝑽𝒐 = 𝛥𝑽𝒐,𝑪 + 𝛥𝑽𝒐,𝑹𝑬𝑺 = 𝟐
+ 𝑹𝑬𝑺 ⋅ 𝛥𝒊𝑪
𝟖 ⋅ 𝑳𝒃 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝒇𝒄𝒉
DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Resistência do capacitor 𝑪: Efeito na ondulação de tensão


✓ A tensão de ondulação devido à 𝑹𝑬𝑺 pode ser muito maior que a
ondulação devido à capacitância pura;
✓ Neste caso, o capacitor de saída é escolhido com base na resistência
equivalente em série em vez da capacitância apenas:

𝛥𝑽𝒐 ≈ 𝛥𝑽𝒐,𝑹𝑬𝑺 = 𝑹𝑬𝑺 ⋅ 𝛥𝒊𝑪 = 𝑹𝑬𝑺 ⋅ 𝛥𝒊𝑳𝒃

✓ A 𝑹𝑬𝑺 do capacitor é inversamente proporcional ao valor da


capacitância, e, portanto, uma capacitância maior resulta em uma
𝑹𝑬𝑺 menor.
EXEMPLO DE PROJETO DO CONVERSOR BUCK

Projete um conversor Buck com fonte CC de entrada de 12V que


deve alimentar uma carga de 10W em 5V. A indutância deve ser 5
vezes maior que a indutância crítica. A ondulação da tensão de saída
deve ser menor que 1% e a frequência de chaveamento deve ser de
75kHz.
a) Determine a resistência em série máxima do capacitor para uma
ondulação de 1%.
𝛥𝑽𝒐 ≈ 𝛥𝑽𝒐,𝑹𝑬𝑺 = 𝑹𝑬𝑺 ⋅ 𝛥𝒊𝑪 = 𝑹𝑬𝑺 ⋅ 𝛥𝒊𝑳𝒃
EXEMPLO DE PROJETO DO CONVERSOR BUCK

Um conversor buck é alimentado a partir de uma tensão de


alimentação que oscila entre 10V e 15 V. A corrente na carga oscila
entre 0,5 e 1,0 A. A estratégia de controle do conversor regula a
tensão de saída em 5 V. Para uma frequência de chaveamento de 200
kHz, determine a indutância mínima que garante modo de condução
contínuo em toda faixa de operação.
Vs (V) D I (A) R (Ω) Lmin (µH)
10 0.5 0.5 10 12.5
10 0.5 1.0 5 6.25
15 1/3 0.5 10 16.7 (pior caso: Dmin, Rmax)
15 1/3 1.0 5 8.33
EXEMPLO DE PROJETO DO CONVERSOR BUCK

O circuito abaixo pode ser utilizado para acionamento de LEDs de


potência. Ele consiste em um retificador de onda completa com
filtro LC cascateado com um conversor Buck. O capacitor de saída
do conversor Buck é opcional considerando que os LEDs possuem
característica de tensão constante quando diretamente polarizados.
EXEMPLO DE PROJETO DO CONVERSOR BUCK

Considere que a tensão de entrada do conversor Buck (barramento


de saída do retificador) oscile entre 140 V e 180 V e que a carga é
composta por 25 LEDs de potência conectados em série. O
fabricante informa a região de operação dos LEDs e sugere que a
oscilação de corrente nos LEDs seja de no máximo 10% da
corrente nominal de modo a evitar oscilações no brilho.
O controlador PI utilizado garante que a corrente média no indutor
de saída do conversor Buck seja de 1,0 A, ficando a cargo do indutor
a limitação da oscilação de corrente.
Nesse contexto, projete o indutor do conversor Buck que garanta a
condição de alimentação dos LEDs especificada pelo fabricante.
EXEMPLO DE PROJETO DO CONVERSOR BUCK

A maioria dos conversores buck é projetada para operação no modo


contínuo de condução;
À medida que a frequência de comutação aumenta, o tamanho do indutor
para produzir corrente contínua, e o tamanho do capacitor para limitar a
ondulação da saída, diminuem;
A desvantagem para altas frequências de comutação é o aumento da perda
de energia nos comutadores (perdas por comutação);
O aumento da perda de energia nos comutadores significa que o calor é
produzido. Isso diminui a eficiência do conversor e pode exigir um grande
dissipador de calor, compensando a redução no tamanho do indutor e
capacitor;
As frequências de comutação típicas estão acima de 20kHz para evitar
ruídos audíveis e se estendem até as centenas de kilohertz e/ou mega-
hertz;
EXEMPLO DE PROJETO DO CONVERSOR BUCK

À medida que os dispositivos de comutação melhoram, as frequências de


comutação aumentam;
O valor do indutor deve ser maior que Lmin (Lcrítica) para garantir a
operação em MCC. Alguns projetistas selecionam um valor 25% maior
que Lmin. Outros os projetistas usam critérios diferentes, como definir a
variação da corrente do indutor para um valor desejado, como 40% da
corrente média do indutor;
Um ∆iL menor resulta em correntes de pico e rms mais baixas e uma
menor corrente capacitiva (rms), mas requer um indutor maior;
O fio do indutor deve ser dimensionado pela corrente eficaz, e o núcleo
não deve saturar para corrente de pico do indutor;
O capacitor deve ser selecionado para limitar a ondulação de tensão na
saída às especificações do projeto, suportar tensão de saída de pico e se
suportar a corrente eficaz projetada.
EXEMPLO DE PROJETO DO CONVERSOR BUCK

O comutador (geralmente um MOSFET com um baixo RDSon) e o


diodo devem suportar tensão máxima quando desligado e corrente
máxima quando ligado. As classificações de temperatura não devem
ser excedidas, exigindo frequentemente um dissipador de calor;
Considerar os interruptores e diodos como sendo ideais e um
indutor ideal na etapa inicial de projeto é uma escolha razoável.
No entanto, o ESR do capacitor deve ser incluído porque
normalmente fornece uma ondulação de tensão mais significativa do
que o dispositivo ideal e influencia muito a escolha do tamanho do
capacitor.
EXEMPLO DE PROJETO DO CONVERSOR BUCK

Projete um conversor Buck com fonte CC de entrada de 12V que


deve alimentar uma carga de 10W em 5V. A indutância deve ser 5
vezes maior que a indutância crítica. A ondulação da tensão de saída
deve ser menor que 1% e a frequência de chaveamento deve ser de
75kHz.
a) Dimensione os dispositivos semicondutores (determinar
valores médios, máximos e rms, de tensão e de corrente para
cada semicondutor).
DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Dimensionamento dos dispositivos semicondutores:


Tensões média, de pico e eficaz no dido 𝑫𝒃 :
✓ Tensão média:

𝑽𝑫𝒃 = 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑫
✓ Tensão de pico:

𝑽𝑫𝒃 𝒑 = 𝑽𝒊𝒏
✓ Tensão eficaz:
𝑫⋅𝑻𝒄𝒉
𝟏
𝑽𝑫𝒃 𝑹𝑴𝑺 = ⋅න 𝑽𝒊𝒏 𝟐 ⋅ 𝒅𝒕
𝑻𝒄𝒉 𝟎

𝑽𝑫𝒃 𝑹𝑴𝑺 = 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑫


DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Dimensionamento dos dispositivos semicondutores:


Correntes média, de pico e eficaz no diodo 𝑫𝒃 :

✓ Corrente de pico:

𝑰𝑫𝒃 𝒑 = 𝑰𝑳𝒃 𝒎𝒂𝒙

✓ Corrente média:
𝑻𝒄𝒉
𝟏 𝛥𝒊𝑳𝒃 𝟐 ⋅ 𝑰𝑳𝒃 + 𝛥𝒊𝑳𝒃 − 𝟐 ⋅ 𝑫 ⋅ 𝑰𝑳𝒃 + 𝑫 ⋅ 𝛥𝒊𝑳𝒃
𝑰𝑫𝒃 = ⋅න ⋅𝒕− ⋅ 𝒅𝒕
𝑻𝒄𝒉 𝑫⋅𝑻𝒄𝒉 𝑫 − 𝟏 ⋅ 𝑻𝒄𝒉 𝟐⋅ 𝑫−𝟏

𝑰𝑫𝒃 = 𝑰𝑳𝒃 ⋅ 𝟏 − 𝑫
DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Dimensionamento dos dispositivos semicondutores:


Correntes média, de pico e eficaz no diodo 𝑫𝒃 :

✓ Corrente eficaz:
𝑻𝒄𝒉 𝟐
𝟏 𝛥𝒊𝑳𝒃 𝟐 ⋅ 𝑰𝑳𝒃 + 𝛥𝒊𝑳𝒃 − 𝟐 ⋅ 𝑫 ⋅ 𝑰𝑳𝒃 + 𝑫 ⋅ 𝛥𝒊𝑳𝒃
𝑰𝑫𝒃 𝑹𝑴𝑺 = ⋅න ⋅𝒕− ⋅ 𝒅𝒕
𝑻𝒄𝒉 𝑫⋅𝑻𝒄𝒉 𝑫 − 𝟏 ⋅ 𝑻𝒄𝒉 𝟐⋅ 𝑫−𝟏

𝟐
𝟐 𝛥𝒊𝑳𝒃
𝑰𝑫𝒃(𝒓𝒎𝒔) = 𝑰𝑳𝒃 + ⋅ 𝟏−𝑫
𝟏𝟐
DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Dimensionamento dos dispositivos semicondutores:


Tensões média, de pico e eficaz na chave 𝑺𝒃 :
✓ Tensão média:

𝑽𝑺𝒃 = 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝟏 − 𝑫
✓ Tensão de pico:

𝑽𝑺𝒃 𝒑 = 𝑽𝒊𝒏
✓ Tensão eficaz:
𝑻𝒄𝒉
𝟏
𝑽𝑺𝒃 𝑹𝑴𝑺 = ⋅න 𝑽𝒊𝒏 𝟐 ⋅ 𝒅𝒕
𝑻𝒄𝒉 𝑫⋅𝑻𝒄𝒉

𝑽𝑺𝒃 𝑹𝑴𝑺 = 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝟏 − 𝑫


DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Dimensionamento dos dispositivos semicondutores:


Correntes média, de pico e eficaz na chave 𝑺𝒃 :

✓ Corrente de pico:

𝑰𝑺𝒃 𝒑 = 𝑰𝑳𝒃 𝒎𝒂𝒙

✓ Corrente média:
𝑫⋅𝑻𝒄𝒉
𝟏 𝛥𝒊𝑳𝒃 𝛥𝒊𝑳𝒃
𝑰𝑺𝒃 = ⋅න ⋅ 𝒕 + 𝑰𝑳𝒃 − ⋅ 𝒅𝒕
𝑻𝒄𝒉 𝟎 𝑫 ⋅ 𝑻𝒄𝒉 𝟐

𝑰𝑺𝒃 = 𝑰𝑳𝒃 ⋅ 𝑫
DIMENSIONAMENTO DO CONVERSOR BUCK

• Dimensionamento dos dispositivos semicondutores:


Correntes média, de pico e eficaz na chave 𝑺𝒃 :

✓ Corrente eficaz:
𝑫⋅𝑻𝒄𝒉 𝟐
𝟏 𝛥𝒊𝑳𝒃 𝛥𝒊𝑳𝒃
𝑰𝑺𝒃 𝑹𝑴𝑺 = ⋅න ⋅ 𝒕 + 𝑰𝑳𝒃 − ⋅ 𝒅𝒕
𝑻𝒄𝒉 𝟎 𝑫 ⋅ 𝑻𝒄𝒉 𝟐

𝟐
𝟐 𝛥𝒊𝑳𝒃
𝑰𝑺𝒃(𝒓𝒎𝒔) = 𝑰𝑳𝒃 + ⋅𝑫
𝟏𝟐
PROJETO DE INDUTORES

• O sucesso na construção e no perfeito funcionamento de um


conversor CC-CC está intimamente ligado com um projeto
adequado dos elementos magnéticos (indutor).
• O grande problema reside no fato de que indutores operando em
alta frequência inserem no circuito de potência uma série de
elementos parasitas (não-idealidades), tais como: indutância
magnetizante, indutância de dispersão, capacitâncias entre
enrolamentos, capacitâncias entre espiras, etc.
• Tais elementos parasitas se refletem em resultados indesejáveis no
funcionamento do conversor resultando em:
✓ picos de tensão nos semicondutores;
✓ perdas;
✓ emissão de ruídos (interferência eletromagnética).
PROJETO DE INDUTORES

Tensão nos terminais do Mosfet


Tensão Dreno-Source
PROJETO DE INDUTORES

Tensão nos terminais do Mosfet


Tensão Dreno-Source
PROJETO DE INDUTORES
Tensão nos terminais do Mosfet
Tensão Dreno-Source

Tensão nos terminais do Mosfet


Tensão Dreno-Source com
SNUBBER
PROJE TO DE INDUTO RES: NÚCLEO MAGNÉT ICO

• O objetivo do núcleo magnético é fornecer um caminho adequado


para o fluxo magnético.
• Entre os tipos de materiais utilizados na construção de núcleos
destacam-se as lâminas de ferro-silício e o ferrite.

Ferro-Silício Ferrite
PROJE TO DE INDUTO RES: NÚCLEO MAGNÉT ICO

• O objetivo do núcleo magnético é fornecer um caminho adequado


para o fluxo magnético.
• Entre os tipos de material utilizados na construção de núcleos
destacam-se as lâminas de ferro-silício e o ferrite.
• Em operações em baixas frequências as lâminas de ferro-silício são
mais adequadas. Contudo, com o aumento da frequência de
operação, as perdas por histerese e Foucault tornam impraticáveis o
seu uso.
• Os núcleos de ferrite são indicados para operação em frequências
mais elevadas. Suas desvantagens com relação às lâminas de ferro
silício são a baixa densidade de fluxo de saturação (0,3T para ferrite
e 1,0 T para ferro-silício) e baixa robustez a choques mecânicos.
PROJE TO DE INDUTO RES: NÚCLEO MAGNÉT ICO

• Para o caso do núcleo de ferrite do tipo E-E (um mais utilizados em


conversores CC-CC):

• Onde:
✓ 𝑨𝒆 - Área da seção transversal do núcleo [cm2].
✓ 𝑨𝒘 - Área da janela do carretel [cm2].
PROJE TO DE INDUTO RES: NÚCLEO MAGNÉT ICO

• Pela Lei de Indução de Faraday, a tensão gerada pela variação de fluxo


magnético (𝜟Φ) em um enrolamento é:
ΔΦ Δ𝒊𝑳
𝒗𝑳 = 𝑵 ⋅ =𝑳⋅
Δ𝒕 Δ𝒕

• Assim:
𝑵 ⋅ ΔΦ = 𝑳 ⋅ Δ𝒊𝑳

• Mas:
ΔΦ = Δ𝑩 ⋅ 𝑨𝒆

• Onde:
✓ 𝑩 – Densidade de fluxo magnético [Tesla].

• Então:
𝑵 ⋅ Δ𝑩 ⋅ 𝑨𝒆 = 𝑳 ⋅ Δ𝒊𝑳
PROJE TO DE INDUTO RES: NÚCLEO MAGNÉT ICO

• Considerando que, quando a corrente no indutor é máxima


(𝑰𝑳 𝒎𝒂𝒙 ) tem-se a máxima densidade de fluxo magnético (𝑩𝒎𝒂𝒙 ):

𝑵 ⋅ 𝑩𝒎𝒂𝒙 ⋅ 𝑨𝒆 = 𝑳 ⋅ 𝑰𝑳(𝒎𝒂𝒙)

• Desta forma:
𝑳 ⋅ 𝑰𝑳(𝒎𝒂𝒙)
𝑵=
𝑩𝒎𝒂𝒙 ⋅ 𝑨𝒆
• Para núcleo de ferrite do tipo E-E, o valor da densidade máxima de
fluxo magnético (𝑩𝒎𝒂𝒙 ) gira em torno de 0,3 T e para núcleo de
ferro-silício o fluxo gira em torno de 1,0 T.

• Em termos de unidades no SI:


𝑯 ⋅ 𝑨 𝑯 ⋅ 𝑨 𝒎𝟐 𝟏𝟎𝟒 ⋅ 𝒄𝒎𝟐
𝑵 = = = = = 𝟏𝟎𝟒
𝑻 ⋅ 𝒄𝒎 𝟐 𝑯⋅𝑨 𝒄𝒎 𝟐 𝒄𝒎 𝟐
𝟐 ⋅ 𝒄𝒎𝟐
𝒎
PROJE TO DE INDUTO RES: NÚCLEO MAGNÉT ICO

• Portanto:
𝑳 ⋅ 𝑰𝑳(𝒎𝒂𝒙) ⋅ 𝟏𝟎𝟒
𝑵=
𝑩𝒎𝒂𝒙 ⋅ 𝑨𝒆
• A máxima densidade de corrente (𝑱𝒎𝒂𝒙 ) no condutor é dada por:

𝑵 ⋅ 𝑰𝑳(𝒓𝒎𝒔)
𝑱𝒎𝒂𝒙 =
𝑨𝒑
• Onde:
✓ 𝑱𝒎𝒂𝒙 – Densidade máxima de corrente no enrolamento [A/cm2].
Depende dos condutores utilizados no enrolamento e geralmente
escolhe-se o valor de 200 a 500 A/cm2.
✓ 𝑨𝒑 – Área da seção transversal do enrolamento de cobre [cm2].
✓ 𝑰𝑳 𝒓𝒎𝒔 – Valor eficaz da corrente no indutor [A].
PROJE TO DE INDUTO RES: NÚCLEO MAGNÉT ICO

• Sendo os fios de geometria circular, os enrolamento ocupam apenas


uma determinada da janela disponível.

• Desta forma, faz-se necessário definir uma constante 𝑲𝒘


denominada fator de ocupação do cobre dentro do carretel. O
valor típico da constante 𝑲𝒘 para a construção de indutores é 0,7.
Assim, pode-se definir 𝑲𝒘 como:
𝑵 ⋅ 𝑨𝒑
𝑲𝒘 =
𝑨𝒘
PROJE TO DE INDUTO RES: NÚCLEO MAGNÉT ICO

• Desta forma, tem-se que:


𝑵 ⋅ 𝑰𝑳(𝒓𝒎𝒔)
𝑱𝒎𝒂𝒙 =
𝑨𝒘 ⋅ 𝑲𝒘

𝑨𝒘 ⋅ 𝑲𝒘 ⋅ 𝑱𝒎𝒂𝒙 𝑳 ⋅ 𝑰𝑳(𝒎𝒂𝒙)
𝑵= =
𝑰𝑳(𝒓𝒎𝒔) 𝑩𝒎𝒂𝒙 ⋅ 𝑨𝒆

• A escolha do núcleo de ferrite do tipo E-E é baseada na multiplicação


entre 𝑨𝒆 e 𝑨𝒘 :
𝑳 ⋅ 𝑰𝑳(𝒓𝒎𝒔) ⋅ 𝑰𝑳(𝒎𝒂𝒙)
𝑨𝒆 ⋅ 𝑨𝒘 =
𝑩𝒎𝒂𝒙 ⋅ 𝑱𝒎𝒂𝒙 ⋅ 𝑲𝒘

• Em termos de unidades no SI:


𝑯 ⋅ 𝑨 ⋅ 𝑨 𝑯 ⋅ 𝑨 ⋅ 𝑨
𝑨𝒆 ⋅ 𝑨𝒘 = = = 𝒎𝟐 ⋅ 𝒄𝒎𝟐 = 𝟏𝟎𝟒 ⋅ 𝒄𝒎𝟒
𝑨 𝑯⋅𝑨 𝑨
𝑻 ⋅ ⋅
𝒄𝒎𝟐 𝒎𝟐 𝒄𝒎𝟐
PROJE TO DE INDUTO RES: NÚCLEO MAGNÉT ICO

• Portanto:
𝑳 ⋅ 𝑰𝑳 𝒓𝒎𝒔 ⋅ 𝑰𝑳 𝒎𝒂𝒙 ⋅ 𝟏𝟎𝟒
𝑨𝒆 ⋅ 𝑨𝒘 = 𝒄𝒎𝟒
𝑩𝒎𝒂𝒙 ⋅ 𝑱𝒎𝒂𝒙 ⋅ 𝑲𝒘
NÚCLEO Ae [cm²] Aw [cm²] Ae⋅Aw [cm4]
EE-8/4/3 0,07 0,12 0,008
EE-13/6/6 0,16 0,33 0,053
EE-16/7/4 0,15 0,40 0,060
EE-16/7/5 0,19 0,40 0,076
EE-19/8/5 0,23 0,57 0,131
EE-20/10/5 0,31 0,48 0,149
EE-25/10/6 0,40 0,84 0,336
EE-30/15/7 0,60 1,19 0,714
EE-30/15/14 1,20 1,19 1,428
EE-42/21/15 1,81 2,56 4,634
EE-42/21/20 2,40 2,56 6,144
EE-55/28/21 3,54 3,76 13,310
EE-65/33/13 2,66 5,48 14,577
EE-65/33/26 5,32 5,48 29,154
EE-65/33/39 7,98 5,48 43,730
EE-76/50/25 6,45 9,75 62,888
PROJETO DE INDUTORES: ENTREFERRO

• Os entreferros são utilizados em indutores por duas razões:


✓ Sem o entreferro, a indutância é proporcional apenas à permeabilidade
do núcleo, que é um parâmetro extremamente dependente da
temperatura e do ponto de operação. A adição do entreferro introduz
uma relutância muito maior que a relutância do núcleo fazendo com que
o valor da indutância seja praticamente insensível às variações na
permeabilidade do núcleo.

𝑵𝟐 𝑵𝟐 𝑵𝟐
𝑳= = ≈
ℜ𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 ℜ𝒏ú𝒄𝒍𝒆𝒐 + ℜ𝒈𝒂𝒑 ℜ𝒈𝒂𝒑

✓ Onde:
𝒍𝒈𝒂𝒑
ℜ𝒈𝒂𝒑 =
µ𝒐 ⋅ 𝑨𝒆

✓ 𝒍𝒈𝒂𝒑 – Comprimento do entreferro.


✓ µ𝒐 – Permeabilidade do ar = 4⋅π⋅10-7 [H/m] ou [(T ⋅ m)/A]
PROJETO DE INDUTORES: ENTREFERRO

• Os entreferros são utilizados em indutores por duas razões:


✓ A adição de entreferro permite que o indutor opere com valores
maiores de corrente no enrolamento sem que ocorra saturação do
núcleo.
PROJETO DE INDUTORES: ENTREFERRO

• Sabendo que:
𝑵𝟐 𝑵𝟐
𝑳≈ =
ℜ𝒈𝒂𝒑 𝒍𝒈𝒂𝒑
µ𝒐 ⋅ 𝑨𝒆

• Desta forma:
𝑵𝟐 ⋅ µ𝒐 ⋅ 𝑨𝒆
𝒍𝒈𝒂𝒑 =
𝑳

• Em termos de unidades no SI:


𝑯
⋅ 𝒄𝒎𝟐 𝒄𝒎𝟐 𝒄𝒎𝟐
𝒍𝒈𝒂𝒑 = 𝒎 = = = 𝟏𝟎−𝟐 ⋅ 𝒄𝒎
𝑯 𝒎 𝟏𝟎𝟎 ⋅ 𝒄𝒎
PROJETO DE INDUTORES: ENTREFERRO

• Portanto:
𝑵𝟐 ⋅ µ𝒐 ⋅ 𝑨𝒆 ⋅ 𝟏𝟎−𝟐
𝒍𝒈𝒂𝒑 = 𝒄𝒎
𝑳
• Porém, no caso dos núcleos do tipo E-E onde o entreferro
normalmente é colocado na pernas laterais, em cada perna lateral
deve existir um entreferro com metade do valor calculado, uma
vez o fluxo magnético, percorrerá também o entreferro situado na
perna central.

𝒍𝒈𝒂𝒑 𝑵𝟐 ⋅ µ𝒐 ⋅ 𝑨𝒆 ⋅ 𝟏𝟎−𝟐
𝒍𝒈𝒂𝒑(𝑬−𝑬) = =
𝟐 𝟐⋅𝑳
PROJETO DE INDUTORES: BITOLA DO FIO

• A utilização de condutores em altas frequências deve levar em conta


o efeito pelicular (skin efect).
• À medida que a frequência aumenta, a corrente no interior de um
condutor tende a se distribuir pela periferia, ou seja, existe maior
densidade de corrente nas bordas e menor na região central.
• Esse efeito causa uma redução na área efetiva do condutor, limitando
a área máxima do condutor a ser empregado.
• O valor da profundidade de penetração (Δ) pode ser obtido
através da expressão abaixo, sendo que o condutor utilizado não
deve possuir um diâmetro superior ao valor 2Δ.

𝟕, 𝟓
Δ=
𝒇𝒄𝒉
PROJETO DE INDUTORES: BITOLA DO FIO

• O cálculo das bitola necessária para conduzir a corrente do


enrolamento depende da máxima densidade de corrente admitida
no condutor:
𝑰𝑳(𝒓𝒎𝒔)
𝑺𝒇𝒊𝒐 =
𝑱𝒎𝒂𝒙
• Geralmente o diâmetro do condutor é superior ao limite fixado
pelo efeito pelicular. Assim, é necessário associar condutores em
paralelo afim de que se possa conduzir a corrente sem
superaquecimento dos fios condutores. O número de condutores
pode ser calculado da seguinte maneira, onde Sskin = área do
condutor cujo o diâmetro máximo é limitado pelo valor 2∆
𝑺𝒇𝒊𝒐
𝒏𝒄𝒐𝒏𝒅𝒖𝒕𝒐𝒓𝒆𝒔 =
𝑺𝒔𝒌𝒊𝒏
PROJETO DE INDUTORES: BITOLA DO FIO
Diâmetro do Área do Diâmetro do Área do
AWG cobre cobre AWG cobre cobre
[cm] [cm2] [cm] [cm2] • Quando:
0000 1,186 1,10474 22 0,06438 0,00326
000 1,04 0,84949 23 0,05733 0,00258 𝑺𝒇𝒊𝒐 𝒓𝒆𝒂𝒍 > 𝑺𝒔𝒌𝒊𝒏(𝒓𝒆𝒂𝒍)
00 0,9226 0,66852 24 0,05106 0,00205
0 0,8252 0,53482 25 0,04547 0,00162
1 0,7348 0,42406 26 0,04049 0,00129
2 0,6544 0,33634 27 0,03606 0,00102 • Assume-se que:
3 0,5827 0,26667 28 0,03211 0,00081
4 0,5189 0,21147 29 0,02859 0,00064 𝑺𝒇𝒊𝒐 𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 = 𝑺𝒔𝒌𝒊𝒏(𝒓𝒆𝒂𝒍)
5 0,4621 0,16771 30 0,02546 0,00051
6 0,4115 0,13299 31 0,02268 0,00040
7
8
0,3665
0,3264
0,10550
0,08367
32
33
0,02019
0,01798
0,00032
0,00025
• Se não:
9 0,2906 0,06633 34 0,01601 0,00020 𝑺𝒇𝒊𝒐 = 𝑺𝒇𝒊𝒐
10 0,2588 0,05260 35 0,01426 0,00016 𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 𝒓𝒆𝒂𝒍
11 0,2305 0,04173 36 0,0127 0,00013
12 0,2053 0,03310 37 0,01131 0,00010
13 0,1828 0,02624 38 0,01007 0,00008
14 0,1628 0,02082 39 0,00897 0,00006
15 0,145 0,01651 40 0,00799 0,00005
16 0,1291 0,01309 41 0,00711 0,00004
17 0,115 0,01039 42 0,00633 0,00003
18 0,1024 0,00824 43 0,00564 0,00002
19 0,09116 0,00653 44 0,00503 0,00002
20 0,08118 0,00518 45 0,00445 0,00002
21 0,0723 0,00411 46 0,0038 0,00001
PROJETO DE INDUTORES: POSSIBILIDADE DE
EXECUÇÃO

• A última etapa no projeto físico de um indutor é verificar a


possibilidade de execução, ou seja, verificar se é possível colocar os
enrolamentos na janela do núcleo (𝑨𝒘 ).
• Para acondicionar o enrolamento calculado anteriormente é
necessária uma janela mínima dada por:
𝑵 ⋅ 𝒏𝒄𝒐𝒏𝒅𝒖𝒕𝒐𝒓𝒆𝒔 ⋅ 𝑺𝒇𝒊𝒐(𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍)
𝑨𝒘(𝒎𝒊𝒏) =
𝑲𝒘
• A possibilidade de execução é definida como:
𝑨𝒘(𝒎𝒊𝒏)
𝑬𝒙𝒆𝒄 = <𝟏
𝑨𝒘(𝒏ú𝒄𝒍𝒆𝒐)
• Caso não seja possível construir o enrolamento na janela disponível,
deve-se ajustar os parâmetros 𝑩𝒎𝒂𝒙 e 𝑱𝒎𝒂𝒙 ou ainda escolher outro
núcleo.
EXEMPLO DE PROJETO DE INDUTOR DO CONVERSOR
BUCK

Um conversor Buck que alimenta uma carga resistiva de 2,5Ω


apresenta uma fonte CC de entrada de 12V, uma tensão de saída de
5V e uma frequência de chaveamento de 75kHz. Sua indutância é de
48,6 μH e seu capacitor de saída é de 26,67μF. Especifique o
tamanho do núcleo de ferrite do tipo E-E, o número de espiras, o
tamanho do entreferro, a bitolas do enrolamento e o número de
condutores em paralelo na bobina do indutor do conversor Buck.
Para esse projeto, considere a densidade máxima de fluxo magnético
igual a 0,3 T, a densidade máxima de corrente igual a 350 A/cm2 e
um fator de ocupação do cobre dentro do carretel de 70%. Verifique
a possibilidade de execução do projeto do indutor.
CONVERSORES BUCK:
MODELO MÉDIO EM ESPAÇO DE
ESTADOS
MODELAGEM DE CONVERSORES CC -CC:
MODELO MÉDIO EM ESPAÇO DE ESTADOS

• Matematicamente, pode-se modelar e analisar qualquer sistema físico


com múltiplas entradas e saídas como um sistema linear invariante
no tempo representando-o no espaço de estados mediante a
seguinte relação matricial:
𝒙ሶ 𝒕 = 𝑨 ⋅ 𝒙 𝒕 + 𝑩 ⋅ 𝒖 𝒕

𝒚 𝒕 =𝑪⋅𝒙 𝒕 +𝑫⋅𝒖 𝒕

𝒙 𝒕 = Vetor de Estados;
𝒙ሶ 𝒕 = Derivada do vetor de estados em relação ao tempo;
𝒚 𝒕 = Vetor de Saída;
𝒖 𝒕 = Vetor de Entrada;
𝑨 = Matriz de Sistema;
𝑩 = Matriz de Entrada;
𝑪 = Matriz de Saída;
𝑫 = Matriz de Ação Avante;
MODELAGEM DE CONVERSORES CC -CC:
MODELO MÉDIO EM ESPAÇO DE ESTADOS

• Como o objetivo é modelar os circuitos elétricos de conversores


CC-CC, e consequentemente determinar suas funções de
transferências, é necessário então estabelecer uma análise de
circuitos elétricos para se determinar as referidas matrizes.
• Vale salientar que em circuitos elétricos, tradicionalmente, o número
de variáveis de estado suficientes para a completa representação
do sistema coincide com o número de elementos armazenadores
de energia presentes no circuito. Por conveniência, escolhe-se a
corrente no indutor e a tensão no capacitor como variáveis de
estado;
• É importante ressaltar que, os conversores CC-CC com uma chave
apresentam duas configurações de circuitos, sendo uma para a
chave em condução e outra para a chave em aberto, tornando
necessário determinar todas as matrizes de estado para cada uma
das configurações.
MODELAGEM DE CONVERSORES CC -CC:
MODELO MÉDIO EM ESPAÇO DE ESTADOS

• As matrizes de sistema, de entrada, de saída e de ação avante por


valores médios, em um período de chaveamento, partindo do
pressuposto que os conversores CC-CC estão operando no modo
contínuo de condução, são dadas por:
𝑨𝒎𝒆𝒅 = 𝑨𝒐𝒏 ⋅ 𝑫𝒎𝒆𝒅 + 𝑨𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝟏 − 𝑫𝒎𝒆𝒅
𝑩𝒎𝒆𝒅 = 𝑩𝒐𝒏 ⋅ 𝑫𝒎𝒆𝒅 + 𝑩𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝟏 − 𝑫𝒎𝒆𝒅
𝑨𝒎𝒆𝒅 = Matriz de sistema por valores médios;
𝑩𝒎𝒆𝒅 = Matriz de entrada por valores médios;
𝑨𝒐𝒏 = Matriz de sistema para a condição de chave fechada;
𝑩𝒐𝒏 = Matriz de entrada para a condição de chave fechada;
𝑨𝒐𝒇𝒇 = Matriz de sistema para a condição de chave aberta;
𝑩𝒐𝒇𝒇 = Matriz de entrada para a condição de chave aberta;
𝑫𝒎𝒆𝒅 = Razão cíclica média, determinada pelo ganho estático.
MODELAGEM DE CONVERSORES CC -CC:
MODELO MÉDIO EM ESPAÇO DE ESTADOS

• Vale salientar que as derivadas das variáveis de estado em termos


de valores médios são nulas;
• Desta forma, igualando-se 𝒙ሶ 𝒕 a zero e substituindo os termos da
equação por valores médios, é possível determinar os valores médios
das variáveis de estado.
𝒅𝑿𝒎𝒆𝒅
= 𝑨𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑿𝒎𝒆𝒅 + 𝑩𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑼𝒎𝒆𝒅 = 𝟎
𝒅𝒕

𝑿𝒎𝒆𝒅 = 𝑨𝒎𝒆𝒅 −𝟏 ⋅ 𝑩𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑼𝒎𝒆𝒅

𝑿𝒎𝒆𝒅 = Vetor de valores médios das variáveis de estado;


𝑼𝒎𝒆𝒅 = Vetor de valores médios das entradas.
MODELAGEM DE CONVERSORES CC -CC:
MODELO MÉDIO EM ESPAÇO DE ESTADOS

• Uma vez determinadas as matrizes e vetores de valores médios,


lineariza-se o sistema de equações de estado ao redor de um ponto
de operação;
• Considera-se como ponto de operação para um conversor CC-CC
aquele que corresponde à operação com as especificações de
projeto;
• Considera-se que o valor no ponto de operação é composto pelo
valor médio e por uma pequena perturbação ao redor deste ponto;
• Introduz-se também uma perturbação na razão cíclica para a análise
do modelo matemático:

ෝ 𝒕
𝒙 𝒕 = 𝑿𝒎𝒆𝒅 + 𝒙
ෝ 𝒕
𝒖 𝒕 = 𝑼𝒎𝒆𝒅 + 𝒖
෡ 𝒕
𝒅 𝒕 = 𝑫𝒎𝒆𝒅 + 𝒅
MODELAGEM DE CONVERSORES CC -CC:
MODELO MÉDIO EM ESPAÇO DE ESTADOS

• Desta forma, para um período de chaveamento, no ponto de


operação tem-se que:
ෝ 𝒕
𝒅 𝑿𝒎𝒆𝒅 + 𝒙
𝒅𝒕
෡ 𝒕 + 𝑨𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝟏 − 𝑫𝒎𝒆𝒅 − 𝒅
= 𝑨𝒐𝒏 ⋅ 𝑫𝒎𝒆𝒅 + 𝒅 ෡ 𝒕 ෝ 𝒕
⋅ 𝑿𝒎𝒆𝒅 + 𝒙
෡ 𝒕 + 𝑩𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝟏 − 𝑫𝒎𝒆𝒅 − 𝒅
+ 𝑩𝒐𝒏 ⋅ 𝑫𝒎𝒆𝒅 + 𝒅 ෡ 𝒕 ෝ 𝒕
⋅ 𝑼𝒎𝒆𝒅 + 𝒖

• Desenvolvendo o equacionamento:
𝒅 𝑿𝒎𝒆𝒅 + 𝒙ෝ 𝒕
𝒅𝒕
= 𝑨𝒐𝒏 ⋅ 𝑫𝒎𝒆𝒅 + 𝑨𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝟏 − 𝑫𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑿𝒎𝒆𝒅 + 𝑩𝒐𝒏 ⋅ 𝑫𝒎𝒆𝒅 + 𝑩𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝟏 − 𝑫𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑼𝒎𝒆𝒅
෡ 𝒕 − 𝑨𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝒅
ෝ 𝒕 + 𝑨𝒐𝒏 ⋅ 𝒅
+ 𝑨𝒐𝒏 ⋅ 𝑫𝒎𝒆𝒅 + 𝑨𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝟏 − 𝑫𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝒙 ෡ 𝒕 ⋅ 𝑿𝒎𝒆𝒅
෡ 𝒕 − 𝑨𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝒅
+ 𝑨𝒐𝒏 ⋅ 𝒅 ෡ 𝒕 ⋅𝒙
ෝ 𝒕 + 𝑩𝒐𝒏 ⋅ 𝑫𝒎𝒆𝒅 + 𝑩𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝟏 − 𝑫𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝒖ෝ 𝒕
෡ 𝒕 − 𝑩𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝒅
+ 𝑩𝒐𝒏 ⋅ 𝒅 ෡ 𝒕 ⋅ 𝑼𝒎𝒆𝒅 + 𝑩𝒐𝒏 ⋅ 𝒅
෡ 𝒕 − 𝑩𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝒅
෡ 𝒕 ⋅𝒖
ෝ 𝒕
MODELAGEM DE CONVERSORES CC -CC:
MODELO MÉDIO EM ESPAÇO DE ESTADOS

• Considerando que a multiplicação de duas perturbações, por gerar


um valor muito pequeno, pode ser desconsiderada, logo tem-se que a
seguinte simplificação:
𝒅 𝑿𝒎𝒆𝒅 + 𝒙ෝ 𝒕
𝒅𝒕
ෝ 𝒕 + 𝑩𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝒖
= 𝑨𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑿𝒎𝒆𝒅 + 𝑩𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑼𝒎𝒆𝒅 + 𝑨𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝒙 ෡ 𝒕
ෝ 𝒕 + 𝑨𝒐𝒏 − 𝑨𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝑿𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝒅
+ 𝑩𝒐𝒏 − 𝑩𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝑼𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝒅෡ 𝒕

• Mas:
𝒅𝑿𝒎𝒆𝒅
= 𝑨𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑿𝒎𝒆𝒅 + 𝑩𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑼𝒎𝒆𝒅 = 𝟎
𝒅𝒕
• E:
ෝ 𝒕
𝒅 𝑿𝒎𝒆𝒅 + 𝒙 𝒅𝑿𝒎𝒆𝒅 𝒅ෝ
𝒙 𝒕 𝒅ෝ
𝒙 𝒕
= + =
𝒅𝒕 𝒅𝒕 𝒅𝒕 𝒅𝒕
MODELAGEM DE CONVERSORES CC -CC:
MODELO MÉDIO EM ESPAÇO DE ESTADOS

• Assim:
𝒅ෝ
𝒙 𝒕
ෝ 𝒕 + 𝑩𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝒖
= 𝑨𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝒙 ෝ 𝒕 + ෡ 𝒕
𝑨𝒐𝒏 − 𝑨𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝑿𝒎𝒆𝒅 + 𝑩𝒐𝒏 − 𝑩𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝑼𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝒅
𝒅𝒕
• Definindo:

𝑩𝒅 = 𝑨𝒐𝒏 − 𝑨𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝑿𝒎𝒆𝒅 + 𝑩𝒐𝒏 − 𝑩𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝑼𝒎𝒆𝒅

• Tem-se que:
𝒅ෝ
𝒙 𝒕
ෝ 𝒕 + 𝑩𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝒖
= 𝑨𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝒙 ෡ 𝒕
ෝ 𝒕 + 𝑩𝒅 ⋅ 𝒅
𝒅𝒕

• Aplicando a Transformada de Laplace na equação acima:


෡ 𝒔 +𝒙
𝒔⋅𝑰⋅𝑿 ෡ 𝒔 + 𝑩𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑼
ෝ 𝟎 = 𝑨𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑿 ෡ 𝒔 + 𝑩𝒅 ⋅ 𝑫
෡ 𝒔

𝑰 = Matriz identidade de ordem igual ao número de variáveis de estado.


MODELAGEM DE CONVERSORES CC -CC:
MODELO MÉDIO EM ESPAÇO DE ESTADOS

• Considerando condições iniciais nulas:


෡ 𝒔 = 𝑨𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑿
𝒔⋅𝑰⋅𝑿 ෡ 𝒔 + 𝑩𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑼
෡ 𝒔 + 𝑩𝒅 ⋅ 𝑫
෡ 𝒔

෡ 𝒔 = 𝑩𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑼
𝒔 ⋅ 𝑰 − 𝑨𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑿 ෡ 𝒔 + 𝑩𝒅 ⋅ 𝑫
෡ 𝒔

෡ 𝒔 = 𝒔 ⋅ 𝑰 − 𝑨𝒎𝒆𝒅
𝑿 −𝟏 ෡ 𝒔 + 𝑩𝒅 ⋅ 𝑫
⋅ 𝑩𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑼 ෡ 𝒔

• Aplicando o princípio da superposição na equação, considerando


෡ 𝒔 = 𝟎, calculam-se as funções de transferência das variáveis de
𝑼
estado em relação à razão cíclica:

෡ 𝒔 = 𝒔 ⋅ 𝑰 − 𝑨𝒎𝒆𝒅
𝑿 −𝟏 ෡ 𝒔
⋅ 𝑩𝒅 ⋅ 𝑫

෡ 𝒔
𝑿
෡ 𝒙𝒅
𝑮 𝒔 = = 𝒔 ⋅ 𝑰 − 𝑨𝒎𝒆𝒅 −𝟏
⋅ 𝑩𝒅
෡ 𝒔
𝑫
CONVERSOR BUCK:
MODELO MÉDIO EM ESPAÇO DE ESTADOS

• Para a condição de chave fechada:

𝒅𝒊𝑳𝒃 𝟏 𝟏
= − ⋅ 𝒗𝑪 + ⋅ 𝒗𝒊𝒏
𝒅𝒕 𝑳𝒃 𝑳𝒃

𝒅𝒗𝑪 𝟏 𝟏
= ⋅ 𝒊𝑳𝒃 − ⋅𝒗
𝒅𝒕 𝑪 𝑹⋅𝑪 𝑪

𝒅𝒊𝑳𝒃 𝟏
𝟎 − 𝟏
𝒅𝒕 = 𝑳𝒃 𝒊𝑳𝒃
⋅ + 𝑳𝒃 ⋅ 𝒗𝒊𝒏
𝒅𝒗𝑪 𝟏 𝟏 𝒗 𝑪
− 𝟎
𝒅𝒕 𝑪 𝑹⋅𝑪
CONVERSOR BUCK:
MODELO MÉDIO EM ESPAÇO DE ESTADOS

• Para a condição de chave aberta:

𝒅𝒊𝑳𝒃 𝟏
= − ⋅ 𝒗𝑪
𝒅𝒕 𝑳𝒃

𝒅𝒗𝑪 𝟏 𝟏
= ⋅ 𝒊𝑳𝒃 − ⋅𝒗
𝒅𝒕 𝑪 𝑹⋅𝑪 𝑪

𝒅𝒊𝑳𝒃 𝟏
𝟎 −
𝒅𝒕 = 𝑳𝒃 𝒊𝑳𝒃 𝟎
⋅ + ⋅ 𝒗𝒊𝒏
𝒅𝒗𝑪 𝟏 𝟏 𝒗 𝑪 𝟎

𝒅𝒕 𝑪 𝑹⋅𝑪
CONVERSOR BUCK:
MODELO MÉDIO EM ESPAÇO DE ESTADOS

• Empregando o modelo médio em espaço de estados:


𝟏
𝟎 −
𝑳𝒃
𝑨𝒎𝒆𝒅 = 𝑨𝒐𝒏 ⋅ 𝑫𝒎𝒆𝒅 + 𝑨𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝟏 − 𝑫𝒎𝒆𝒅 =
𝟏 𝟏

𝑪 𝑹⋅𝑪

𝑫𝒎𝒆𝒅
𝑩𝒎𝒆𝒅 = 𝑩𝒐𝒏 ⋅ 𝑫𝒎𝒆𝒅 + 𝑩𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝟏 − 𝑫𝒎𝒆𝒅 = 𝑳𝒃
𝑼𝒎𝒆𝒅 = 𝑽𝒊𝒏 𝟎

𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑫𝒎𝒆𝒅
𝑰
𝑿𝒎𝒆𝒅 = 𝑳𝒃 = −𝑨𝒎𝒆𝒅 −𝟏
⋅ 𝑩𝒎𝒆𝒅 ⋅ 𝑼𝒎𝒆𝒅 = 𝑹
𝑽𝑪
𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑫𝒎𝒆𝒅

𝑽𝒊𝒏
𝑩𝒅 = 𝑨𝒐𝒏 − 𝑨𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝑿𝒎𝒆𝒅 + 𝑩𝒐𝒏 − 𝑩𝒐𝒇𝒇 ⋅ 𝑼𝒎𝒆𝒅 = 𝑳𝒃
𝟎
CONVERSOR BUCK:
MODELO MÉDIO EM ESPAÇO DE ESTADOS

• As funções de transferência para o modelo simplificado do conversor


Buck são determinadas por:
𝑰෠𝑳𝒃 𝒔 𝑪⋅𝑹⋅𝒔+𝟏
𝑽𝒊𝒏 ⋅
෡ 𝒔
𝑫 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 ⋅ 𝑹 ⋅ 𝒔 𝟐 + 𝑳𝒃 ⋅ 𝒔 + 𝑹
෡ 𝒙𝒅 𝒔 = 𝒔 ⋅ 𝑰 − 𝑨𝒎𝒆𝒅
𝑮 −𝟏
⋅ 𝑩𝒅 = =
෡𝑪 𝒔
𝑽 𝑹
𝑽𝒊𝒏 ⋅
෡ 𝒔
𝑫 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 ⋅ 𝑹 ⋅ 𝒔 𝟐 + 𝑳𝒃 ⋅ 𝒔 + 𝑹

• Assim, como a variável controlada do conversor Buck é a tensão no


Capacitor 𝑪 e a variável manipulada é a razão cíclica 𝑫, a função de
transferência utilizada é:

𝟏
෡𝑪 𝒔
𝑽 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
= 𝑽𝒊𝒏 ⋅
෡ 𝒔
𝑫 𝟐 𝟏 𝟏
𝒔 + ⋅𝒔+
𝑪⋅𝑹 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
CONVERSOR BUCK:
MODELO MÉDIO EM ESPAÇO DE ESTADOS
𝟏
෡𝑪 𝒔
𝑽 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 ω𝒏 𝟐
= 𝑽𝒊𝒏 ⋅ =𝑲⋅ 𝟐
෡ 𝒔
𝑫 𝟏 𝟏 𝒔 + 𝟐 ⋅ 𝜁 ⋅ ω𝒏 ⋅ 𝒔 + ω𝒏 𝟐
𝒔𝟐 + ⋅𝒔+
𝑪⋅𝑹 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃

• Em que:
𝟐
𝟏 𝟏
ω𝒏 = ω𝒏 =
𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃

𝟏 𝟏 𝑳𝒃
𝟐 ⋅ 𝜁 ⋅ ω𝒏 = 𝜁= ⋅
𝑪⋅𝑹 𝟐⋅𝑹 𝑪

• Desta forma, os polos do sistema são determinados por:

𝟏 𝟏 𝟏
𝑷𝟏,𝟐 = −𝜁 ⋅ ω𝒏 ± 𝒋ω𝒏 ⋅ 𝟏 − 𝜁 𝟐 = − ±𝒋 −
𝟐⋅𝑪⋅𝑹 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 𝟒 ⋅ 𝑹𝟐 ⋅ 𝑪𝟐
CONVERSOR BUCK:
MALHA DE CONTROLE

• O diagrama de blocos abaixo ilustra como é realizado o


controle da tensão do conversor Buck:

• O controle 𝑪(𝒔) representa um controlador tradicional (P, PI


ou PID).
CONVERSOR BUCK:
MALHA DE CONTROLE

• O diagrama de blocos abaixo ilustra como é realizado o


controle da tensão do conversor Buck:

• O modulador 𝑷𝑾𝑴(𝒔) é dado por:


𝟏
𝑷𝑾𝑴(𝒔) =
𝑽𝒎

• Em que 𝑽𝒎 é o valor de pico da onda triangular que gera o


sinal PWM.
CONVERSOR BUCK:
MALHA DE CONTROLE

• O diagrama de blocos abaixo ilustra como é realizado o


controle da tensão do conversor Buck:

• A função transferência 𝑯𝑽 𝒔 é determinada pelo ganho do


sensor de tensão utilizando. Normalmente seu valor é uma
fração da unidade. Quando utiliza-se controladores digitais é
possível tornar o 𝑯𝑽 𝒔 = 𝟏;
CONVERSOR BUCK:
PARÂMETROS DE PROJETO DO CONTROLADOR

• Para o projeto do Controlador 𝑪(𝒔) , normalmente são


definidos os seguintes critérios:
1. Quanto à de performance da resposta ao degrau (step
response) do sistema em malha fechada:
✓Ultrapassagem Percentual (Overshoot - %UP) menor que 10%.
✓Tempo de acomodação (Setting Time - TS) menor que 100
milissegundos.

𝑽𝒑 − 𝑽𝒓𝒑
%𝑼𝑷 = ⋅ 𝟏𝟎𝟎
𝑽𝒓𝒑
CONVERSOR BUCK:
PARÂMETROS DE PROJETO DO CONTROLADOR

• Para o projeto do Controlador 𝑪(𝒔) , normalmente são


definidos os seguintes critérios:
2. Quanto à resposta em frequência:
✓Largura de Banda ou Frequência de Passagem por 0 dB
(Bandwidth – ω0dB) limitada a no mínimo 1/5 da valor da
frequência de chaveamento (usualmente escolhe-se 1/5 a
1/1000 vezes).
✓Margem de Fase (MF) entre 45° e 90°.
CONVERSOR BUCK:
PARÂMETROS DE PROJETO DO CONTROLADOR

• Para o projeto do Controlador 𝑪(𝒔) , normalmente são


definidos os seguintes critérios:
2. Quanto à resposta em frequência:

MF
ω0dB
CONVERSOR BUCK:
PARÂMETROS DE PROJETO DO CONTROLADOR

• Para o projeto do Controlador C(s), normalmente são


definidos os seguintes critérios:
2. Quanto à resposta em frequência:
✓A largura de banda e a margem de fase são influenciadas pelo ganho em
malha fechada:
▪ Quanto maior o ganho, maior a largura de banda e menor a margem
de fase → sistema mais rápido e mais oscilatório.
▪ Quanto menor o ganho, menor a largura de banda e maior a margem
de fase → sistema mais lento e menos oscilatório.
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PI
• Para o projeto do Controlador PI, considerando realimentação
unitária e amplitude unitária da onda dente de serra,
normalmente são definidos os seguintes critérios:
✓Aloca-se um polo na origem para eliminar o erro em regime
permanente;

✓Caso o conversor Buck


apresente polos de segunda
ordem subamortecidos:
Aloca-se um zero real negativo igual
ou à direita do valor da parte real
desses polos, gerando-se um caminho
de lugar geométrico das raízes que
define um polo real em malha fechada
mais dominante, favorecendo para uma
resposta amortecida.
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PI
• Para o projeto do Controlador PI, considerando realimentação
unitária e amplitude unitária da onda dente de serra,
normalmente são definidos os seguintes critérios:
✓Aloca-se um polo na origem para eliminar o erro em regime
permanente;

✓Caso o conversor Buck


apresente polos de segunda
ordem subamortecidos:
Em seguida ajusta-se o ganho para
atender aos critérios de ultrapassagem
percentual e tempo de acomodação ou
aos critérios de largura de banda e de
margem de fase.
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PI
• Para o projeto do Controlador PI, considerando realimentação
unitária e amplitude unitária da onda dente de serra,
normalmente são definidos os seguintes critérios:
✓Aloca-se um polo na origem para eliminar o erro em regime
permanente;

✓Caso o conversor Buck


apresente polos de segunda
ordem superamortecidos:
Aloca-se um zero real igual ao valor
do polo em malha aberta mais
dominante, mantendo o lugar
geométrico das raízes com
característica de sistemas de segunda
ordem.
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PI
• Para o projeto do Controlador PI, considerando realimentação
unitária e amplitude unitária da onda dente de serra,
normalmente são definidos os seguintes critérios:
✓Aloca-se um polo na origem para eliminar o erro em regime
permanente;

✓Caso o conversor Buck


apresente polos de segunda
ordem superamortecidos:
Em seguida ajusta-se o ganho para
atender aos critérios de ultrapassagem
percentual e tempo de acomodação ou
aos critérios de largura de banda e de
margem de fase.
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PI

• Para uma malha de controle do conversor Buck com


controlador PI, realimentação unitária (𝑯𝑽 = 𝟏) e amplitude
unitária da onda dente de serra (𝑽𝒎 = 𝟏 ):

• Assumindo que esse sistema opera com um ganho do


controlador PI ( 𝑲𝑷𝑰 ) que garanta uma frequência de
cruzamento por 0 dB desejada (tempo de resposta transitória
desejado), a função de transferência em malha aberta é dada
por:
𝒔+𝒛
𝑮𝑴𝑨 𝒔 = 𝑪 𝒔 ⋅ 𝑮𝑩𝒖𝒄𝒌 𝒔 = 𝑲𝑷𝑰 ⋅ ⋅ 𝑮𝑩𝒖𝒄𝒌 𝒔
𝒔
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PI

• Agora, analisando a malha de controle do conversor Buck com


controlador PI, realimentação não unitária ( 𝑯𝑽 ≠ 𝟏 ) e
amplitude não unitária da onda dente de serra (𝑽𝒎 ≠ 𝟏 ):

• A função de transferência em malha aberta é dada por:


𝑮𝑴𝑨 𝒔 = 𝑪 𝒔 ⋅ 𝑷𝑾𝑴 𝒔 ⋅ 𝑮𝑩𝒖𝒄𝒌 𝒔 ⋅ 𝑯𝑽 𝒔

𝒔+𝒛 𝟏
𝑮𝑴𝑨 𝒔 = 𝑲′𝑷𝑰 ⋅ ⋅ ⋅𝑮 𝒔 ⋅ 𝑯𝑽
𝒔 𝑽𝒎 𝑩𝒖𝒄𝒌
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PI

• Uma vez que o ajuste do ganho 𝑲′𝑷𝑰 determina a frequência de


passagem por 0dB da resposta em frequência e a consequente
velocidade desejada para resposta transitória do sistema em
malha fechada, para garantir que a resposta transitória do
sistema com realimentação não unitária (𝑯𝑽 ≠ 𝟏) e amplitude
não unitária da onda dente de serra (𝑽𝒎 ≠ 𝟏 ) apresente a
mesma resposta transitória do sistema com realimentação
unitária (𝑯𝑽 = 𝟏) e amplitude unitária da onda dente de serra
(𝑽𝒎 = 𝟏 ), basta que o ganho 𝑲′𝑷𝑰 seja:
𝒔+𝒛 𝒔+𝒛 𝟏
𝑲𝑷𝑰 ⋅ ⋅ 𝑮𝑩𝒖𝒄𝒌 𝒔 = 𝑲′𝑷𝑰 ⋅ ⋅ ⋅𝑮 𝒔 ⋅ 𝑯𝑽
𝒔 𝒔 𝑽𝒎 𝑩𝒖𝒄𝒌

𝑽𝒎
𝑲′𝑷𝑰 = 𝑲𝑷𝑰 ⋅
𝑯𝑽
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PID

• Para o projeto do Controlador PID, normalmente são definidos


os seguintes critérios:
✓Aloca-se um polo na origem para eliminar o erro em regime
permanente;
✓Aloca-se dois zeros iguais aos
polos do conversor Buck,
anulando o efeito dos polos em
malha aberta e tornando o
sistema, originalmente de 2ª
ordem, em um sistema de 1ª
ordem;
✓Ajusta-se o ganho para atender
ao critério de tempo de
acomodação ou de largura de
banda.
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PID

• Para o sistema em malha fechada:

• Em que:
𝟏
෡𝑪 𝒔
𝑽 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
𝑮𝑩𝒖𝒄𝒌 𝒔 = = 𝑽𝒊𝒏 ⋅

𝑫 𝒔 𝟏 𝟏
𝒔𝟐 + ⋅𝒔+
𝑪⋅𝑹 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃

𝟏
𝑷𝑾𝑴 𝒔 =
𝑽𝒎

𝑯𝑽 𝒔 = 𝑯𝑽
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PID

• Para o sistema em malha fechada:

• O controlador PID é determinado por:


𝟏 𝟏
𝒔𝟐 + ⋅𝒔+
𝑪⋅𝑹 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
𝑪 𝒔 = 𝑲𝑷𝑰𝑫 ⋅
𝒔

• A função de transferência do sistema em malha fechada é dada


por:
𝑪 𝒔 ⋅ 𝑷𝑾𝑴 𝒔 ⋅ 𝑮𝑩𝒖𝒄𝒌 𝒔
𝑻 𝒔 =
𝟏 + 𝑪 𝒔 ⋅ 𝑷𝑾𝑴 𝒔 ⋅ 𝑮𝑩𝒖𝒄𝒌 𝒔 ⋅ 𝑯𝑽 𝒔
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PID

• Para o sistema em malha fechada:

• A função de transferência do sistema em malha fechada é dada


por:
𝟏 𝟏 𝟏
𝒔𝟐 + ⋅𝒔+
𝑪⋅𝑹 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 𝟏 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
𝑲𝑷𝑰𝑫 ⋅ ⋅ ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝟏 𝟏
𝒔 𝑽𝒎
𝒔𝟐 + ⋅𝒔+
𝑪⋅𝑹 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
𝑻 𝒔 =
𝟏 𝟏 𝟏
𝒔𝟐 + ⋅𝒔+
𝑪⋅𝑹 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 𝟏 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
𝟏 + 𝑲𝑷𝑰𝑫 ⋅ ⋅ ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝟏 𝟏 ⋅ 𝑯𝑽
𝒔 𝑽𝒎 𝟐
𝒔 + ⋅𝒔+
𝑪⋅𝑹 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PID

• Para o sistema em malha fechada:

• A função de transferência do sistema em malha fechada é dada


por:
𝑲𝑷𝑰𝑫 𝟏 𝑽𝒊𝒏
⋅ ⋅
𝒔 𝑽𝒎 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
𝑻 𝒔 =
𝑲 𝟏 𝑽𝒊𝒏
𝟏 + 𝑷𝑰𝑫 ⋅ ⋅ ⋅ 𝑯𝑽
𝒔 𝑽𝒎 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃

𝑲𝑷𝑰𝑫 ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽
𝟏 𝑽𝒎 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝑳 𝒃 𝒂
𝑻 𝒔 = ⋅ = 𝑲⋅
𝑯𝑽 𝒔 + 𝑲𝑷𝑰𝑫 ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽 𝒔+𝒂
𝑽 𝒎 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PID

• Para o sistema em malha fechada:

• Assim:
𝟒 𝟒
𝑻𝒔 = =
𝒂 𝑲𝑷𝑰𝑫 ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽
𝑽 𝒎 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃

𝟒 ⋅ 𝑽𝒎 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
𝑲𝑷𝑰𝑫 =
𝑻𝒔 ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PID

• Para o sistema em malha fechada:

• Portanto, a função de transferência do controlador PID para


garantir uma resposta com tempo de acomodação 𝑻𝒔
estabelecido é dada por:
𝟏 𝟏
𝟒 ⋅ 𝑽 𝒎 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 𝒔𝟐 + ⋅𝒔+
𝑪⋅𝑹 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
𝑪 𝒔 = ⋅
𝑻𝒔 ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽 𝒔

𝟒 ⋅ 𝑽𝒎
𝑲𝒊 𝟒 ⋅ 𝑽 𝒎 ⋅ 𝑳𝒃 𝑻𝒔 ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽 𝟒 ⋅ 𝑽𝒎 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
𝑪 𝒔 = 𝑲𝒑 + + 𝑲𝒅 ⋅ 𝒔 = + + ⋅𝒔
𝒔 𝑻𝒔 ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽 ⋅ 𝑹 𝒔 𝑻𝒔 ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PID

• Para o sistema em malha fechada:

• Outra forma de projetar o controlador PID é através do


critério da frequência de passagem por 0dB;
• A função de transferência em malha aberta é dada por:
𝑮𝑴𝑨 𝒔 = 𝑪 𝒔 ⋅ 𝑷𝑾𝑴 𝒔 ⋅ 𝑮𝑩𝒖𝒄𝒌 𝒔 ⋅ 𝑯𝑽 𝒔

𝟏 𝟏 𝟏
𝒔𝟐 + ⋅𝒔+ 𝟏
𝑪⋅𝑹 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
𝑮𝑴𝑨 𝒔 = 𝑲𝑷𝑰𝑫 ⋅ ⋅ ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ ⋅ 𝑯𝑽
𝒔 𝑽𝒎 𝟐 𝟏 𝟏
𝒔 + ⋅𝒔+
𝑪⋅𝑹 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PID

• Para o sistema em malha fechada:

𝑲𝑷𝑰𝑫 ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽
𝑽 𝒎 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
𝑮𝑴𝑨 𝒔 =
𝒔

• A resposta em frequência do sistema é determinada por:


𝑲𝑷𝑰𝑫 ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽
𝑽𝒎 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
𝑮𝑴𝑨 𝒋ω =
𝒋ω
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PID

• Para o sistema em malha fechada:

• Uma vez que na frequência de passagem por 0dB a magnitude é


unitária, logo:
𝑲𝑷𝑰𝑫 ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽
𝑽𝒎 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 𝑲𝑷𝑰𝑫 ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽
𝑴𝑮𝒎𝒂 𝒋ω = = =𝟏
𝒋ω 𝑽 𝒎 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 ⋅ ω

• Assim:
𝑽𝒎 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 ⋅ ω𝟎𝒅𝑩
𝑲𝑷𝑰𝑫 =
𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PID

• Para o sistema em malha fechada:

• Comparando o 𝑲𝑷𝑰𝑫 determinado a partir do frequência de


cruzamento por 0dB estabelecida com o 𝑲𝑷𝑰𝑫 determinado
a partir do tempo de acomodação estabelecido, tem-se que:

𝑽𝒎 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 ⋅ ω𝟎𝒅𝑩 𝟒 ⋅ 𝑽𝒎 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 𝟒
= ω𝟎𝒅𝑩 =
𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽 𝑻𝒔 ⋅ 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽 𝑻𝒔
EXEMPLO DE PROJETO DE INDUTOR DO CONVERSOR
BUCK

Um conversor Buck que alimenta uma carga resistiva de 2,5Ω


apresenta uma fonte CC de entrada de 12V, uma tensão de saída de
5V e uma frequência de chaveamento de 75kHz. Sua indutância é de
48,6 μH e seu capacitor de saída é de 26,67μF. A malha de controle
da tensão de saída do conversor apresenta um atuador PWM com
dente-de-serra de amplitude 2V e uma realimentação com ganho
0,1 promovido por um divisor resistivo conectado à saída. Projete
um controlador PID para que a resposta ao degrau do sistema em
malha fechada apresente um tempo de acomodação de 10
milissegundos.
REFERÊNCIAS

• HART, Daniel W., Eletrônica de Potência: Análise e Projetos


de Circuitos. Tradução: Romeu Abdo. Revisão Técnica: Antônio
Pertence Júrnior. Porto Alegre:AMGH, 2012.
• MARTINS, Denizar C.; BARBI, Ivo; Conversores CC-CC
Básicos Não Isolados. 2ª Edição. Florianópolis, 2006.
• BARBI, Ivo., Modelagem de Conversores CC-CC
Empregando Modelo Médio em Espaço de Estados. Edição
do Autor, Florianópolis, 2015.
• BARBI, I.; FONT, C. H. I.; ALVES, R. L.; Projeto Físico de
Indutores e Transformadores, Universidade Federal de Santa
Catarina, 2002.
CONVERSOR BUCK:
PROJETO DE CONTROLADOR PID

• Para o sistema em malha fechada:

• Portanto, a função de transferência do controlador PID para


garantir uma frequência de passagem por 0dB ω𝟎𝒅𝑩
estabelecida é dada por:
𝟏 𝟏
𝑽𝒎 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 ⋅ ω𝟎𝒅𝑩 𝒔𝟐 + ⋅𝒔+
𝑪⋅𝑹 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃
𝑪 𝒔 = ⋅
𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽 𝒔

𝑽𝒎 ⋅ ω𝟎𝒅𝑩
𝑲𝒊 𝑽𝒎 ⋅ 𝑳𝒃 ⋅ ω𝟎𝒅𝑩 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽 𝑽𝒎 ⋅ 𝑪 ⋅ 𝑳𝒃 ⋅ ω𝟎𝒅𝑩
𝑪 𝒔 = 𝑲𝒑 + + 𝑲𝒅 ⋅ 𝒔 = + + ⋅𝒔
𝒔 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽 ⋅ 𝑹 𝒔 𝑽𝒊𝒏 ⋅ 𝑯𝑽

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