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Trigonometria
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O que é muito esquisito é que apesar de todo esse estudo sobre π, nenhuma
equação simples foi encontrada para expressá-lo. Outro fato também esquisito é
que a Análise Matemática não sabe encontrá-lo, pois não se pode utilizar séries in-
finitas como meio de eoncontrar o π, pois este já utiliza a relação
sent
lim = 1, que por sua vez utiliza o valor de π. Fazer isto é cair numa re-
t→0 t
tundância, num cı́rculo vicioso. Alguns escritores de livros de cálculo chamam
sent
o limite lim = 1 como limite fundamental da trigonometria, desconhecendo
t→0 t
sent
que o limite fundamental da trigonometria é o próprio π e que o lim = 1
t→0 t
deriva facilmente do limite π. O livro de análise do Professor Elon Lages também
não traz nada a respeito do limite π.
Para corrigir esta deficiência da Análise Matemática e para maior compreensão
do estudo do cı́rculo e da circunferência pelo alunos do ensino médio é que eu re-
solvi publicar este trabalho. Demonstrarei o Teorema Fundamental da trigonome-
tria de forma rogorosa, segundo os padrões da análise, e como corolário apre-
sentarei uma série de resultados.
360◦
pois θn = . Então
n
180◦
Pn = 2rn sen .
n
Observe que a medida que n cresce o Pn também cresce, se aproximando
cada vez mais do “comprimento da circunferência”. Podemos então naturalmente
definir o comprimento da circunferência como sendo o lim Pn se este limite
n→∞
existir. De fato este limite existe pois Pn é uma sequência crescente e limitada.
Isto garante sua convergência. A observação que Pn é crescente e limitada pode
ser observada diretamente pela figura, porém demonstrarei algebricamente em
seguida.
Sendo assim, temos:
180◦ 180◦
C = lim Pn = lim 2rn sen = 2r lim n sen .
n→∞ n→∞ n n→∞ n
Portanto
180◦
C
= π = lim n sen .
2r n→∞ n
Observe que π independe de r.
180◦
Lema 0.2 A sequência Pn = 2rnsen é crescente.
n
180◦ 180◦ 1
Demonstração: Tomemos α = eβ = . Temos então que β = α+ α.
n+1 n n
1 2 k n
Tomemos os ângulos α1 = α, α2 = α, . . ., αk = α, . . ., αn = α = α e
n n n n
n+1 1
αn+1 = α = α + α = β.
n n
Observe que
senαk+1 − senαk < senαk − senαk−1 .
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De fato pois
αk+1 + αk−1 αk+1 − αk−1
senαk+1 + senαk−1 = 2sen · cos
2 2
⇒ senαk+1 + senαk−1 < 2senαk
Logo
Portanto
Portanto
180◦ 180◦
2r(n + 1) sen > 2rn sen .
n+1 n
180◦
Lema 0.3 A sequência Pn = 2rn sen é limitada.
n
45◦
◦ ◦ ◦
sen45 > n sen45 − sen 45 −
n
45◦ 45◦
= nsen45◦ − nsen45◦ · cos + n cos 45◦ sen
n n
Portanto
◦ ◦ ◦ 45◦ ◦ ◦ 45◦
Pn = sen45 > n sen45 − n sen45 + n cos 45 sen = n cos 45 sen .
n n
Então
45◦
1 > n sen .
n
Portanto
180◦ 45◦ Pn
2Rn sen < 8rn sen < 8r ou < 4.
n n 2r
com k raı́zes.
180◦
Demonstração: Sendo π = lim n sen , tomemos n = 2k+1 . Sendo
n→∞ n
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r
θ 1 + cos θ
cos = , temos
2 2
v v ◦
u
u 1 + cos 180
v u u
180◦
u u
u
u 1 + cos
u
u1 +
t 2k−1
180◦ t 2k t 2
cos = =
2k+1 2 2
v s
u r
1 + cos 45◦
u
u1 + 1 + . . . +
u r
2 √
q
t 1
= = 2+ 2 + ... + 2
2 2
com k raı́zes quadradas.
Temos que
s r
◦ √ √
q q
180 1 1
sen = 1− 2+ 2 + ... + 2 = 2 − 2 + . . . + 2.
2k+1 4 2
Portanto v
u s r
√
u q
k
t
π = lim 2 2 − 2 + 2 + 2 + . . . + 2,
k→∞
com k raı́zes.
Pn
A = lim An = lim Hn .
n→∞ n→∞ 2
Pn 2πr
Observe que lim Hn = r e lim = = πr.
n→∞ n→∞ 2 2
Pn
Portanto A = lim Hn · lim = r · πr = πr2 ⇒ A = πr2 .
n→∞ n→∞ 2
7
Portanto πrad = 180◦ . Esta nova unidade de medida é mais conveniente para
o estudo da análise que o grau. Para encontrar o comprimento de um arco da
circunferência com o ângulo α em radianos basta multiplicar α por r. Isto surgge
do fato de o comprimento do arco ser proporcional ao ângulo.
sent
Corolário 0.3 Sendo t medido em radiano tem-se lim = 1.
t→0 t
Mas n → ∞ ⇒ t → 0+ . Logo
sent sent
lim = lim+ = 1.
n→∞ t t→0 t
sent
lim = 1.
t→0 t