Você está na página 1de 7

Cálculo IV, Semi-Presencial

2a Lista de Exercı́cios
Departamento de Matemática-IM/UFRJ

Supervisão: Prof. S. Hamid Hassanzadeh

Colaborador: Uales Fernandes Bessa Junior


Cálculo IV Cálculo IV, Semi-Presencial Page 2 of 7

Determine se a série é convergente ou divergente


P 10n
1) (n+1)42n+1
Solução: Primeiro temos que escolher uma série para comparar com a série dada.
10n
Escolhemos então bn = n42n Estudamos o comportamento das duas séries

an 10n n42n n 1
lim = lim 2n+1 n
= lim = ,
n→∞ b n→∞ (n + 1)4 10 n→∞ 4(n + 1) 4
n

como limite existe, ambas as séries possuem o mesmo comportamento. Sendo assim,
podemos calcular o limite de bn pelo teste da raiz
s
n 10n 10 10
lim 2
= lim √ 2
=
n→∞ n4 n n→∞ n
n4 16
Logo a série dada é convergente.

P sen( n1 )
2) √
n
1/n
Solução: Comparamos com bn = √
n

sen( n1 )
an √
n sen( n1 )
lim
n→∞ b
= n→∞
lim 1/n
= n→∞
lim 1 ,
n √
n n

aplicando l’Hopital temos limn→∞ cos n1 = 1, como limite existe, an e bn possuem


mesmo comportamento
X 1/n X 1
√ = ,
n n3/2
convergente por ser p-série com p > 1 e fazendo com que a série dada seja convergente.

P arctan(n)
3) √
n n

Solução: limn→∞ arctan(n) = π2 e arctan(n) é uma função cresente, logo podemos


π π
tomar bn = n√2 n . arctan(n)

n n
<= 2

n n

π
X
2 πX 1
√ = ,
n n 2 n3/2
convergente por ser p-série com p > 1. Logo, a série dada é convergente.

Page 2
Cálculo IV Cálculo IV, Semi-Presencial Page 3 of 7


( n 2 − 1)n
P
4)
Solução: Aplicando o teste da raiz
q
n

n

n
lim
n→∞
( 2 − 1)n = n→∞
lim ( 2 − 1) = 0,

como 0 < 1, a série é convergente.


( n 2 − 1)
P
5)

n 1
Solução: Mostramos que para n bastante grande, 2−1 ≥ 2n
. Ou equivalentamente

1 n
2 ≥ (1 + ) . (1)
2n
Logo calculamos o limite
1 n
) . lim (1 +
2n n→∞
1 n 1
Aplicando ln, temos limn→∞ ln an = limn→∞ ln((1 + 2n
) ) = limn→∞ n(1 + 2n
) =
1
(1+ 2n )
limn→∞ 1 . Aplicando l’Hopital
n

−1
( 2n2) 1
lim −1 =
n→∞
n2
2

limn→∞ ln an = 12 , logo 1 1/2


√ ln(limn→∞ an ) = 2 e limn→∞ an = e . Resultando que (1) é
equivalente em 2 > e que é vedadeira.
P 1
Comparando a serie na questão com 2n , então
X 1 1X1
= ,
2n 2 n
que é uma série divergente por ser harmônica. Logo, a série dada é divergente.

P n n 2
6) ( n+1 )
Solução: Aplicando o teste da raiz
s
n n2 n n
lim n
( ) = lim ( ) = cn .
n→∞ n+1 n→∞ n + 1

Page 3
Cálculo IV Cálculo IV, Semi-Presencial Page 4 of 7
ln(n)−ln(n+1) ln(n)−ln(n+1)
ln(cn ) = n(ln(n)−ln(n+1)) = 1 . Para calcular limn→∞ 1 aplicamos
n n
1 1
− n+1 −n2
l’Hopital, que segue em limn→∞ n
−1 = limn→∞ n(n+1)
= −1. Então
n2

lim cn = e−1 < 1.


n→∞

Logo a série dada é convergente.


n2 e−n
P
7)
n=1
Solução: Aplicando o teste da integral
Z t
lim x2 e−x dx = lim (−t2 e−t − 2te−t − 2e−t + e−1 + 2e−1 + 2e−1 ) = 5e−1
t→∞ 1 t→∞

como a integral tem valor real, a série é convergente.

8) Determine para quais inteiros positivos k, a série


X (n!)2
(kn)!
converge.
Solução: Aplicamos o teste de razão.
(n+1)!(n+1)!
k(n+1) (n + 1)!(n + 1)!(kn)! (n + 1)(n + 1)(kn)!
lim n!n! = lim = lim =
n→∞
kn!
n→∞ (k(n + 1))!n!n! n→∞ (k(n + 1))!

(n + 1)2 (kn)!
= n→∞
lim
(kn)!(kn + 1)...(kn + k)

Quando k ≥ 2, o denominador terá sempre maior do que um.

(n + 1)2 n2 1
Exemplo : k = 3, n→∞
lim = n→∞
lim 3
= n→∞
lim = 0 < 1,
(3n + 1)(3n + 2)(3n + 3) 27n 27n
resultando sempre em limite tendendo a 0. Com isso, para k ≥ 2, a série é convergente.

Page 4
Cálculo IV Cálculo IV, Semi-Presencial Page 5 of 7
P 1
9) 1
n1+ n
1
Solução: an = 1 , escolhemos bn = n1 ,
n1+ n
1
an 1
n1+ n n 1
lim = lim 1 = lim 1 = lim 1 = 1,
n→∞ b n→∞ n→∞ n 1+ n n→∞ nn
n n

como a série escolhida é harmômina, a qual é divergente, a série dada é divergente.

P 1
10) 1
nn
P 1
Solução: Comparando com 1
1+ n
n
1 1 P 1
n1/n
≥ n1+1/n
como vimos que n1+1/n
diverge, a série dada também diverge.

P 2n2 +3n
11) √
5+n5
2n2
Solução: an = √ +3n
5+n5
2
Escolhemos bn = 2n√+3n
n5
,
2n 2 √
√ +3n
s
an 5+n5 2n2 + 3n n5 n5
lim = lim 2n√2 +3n = lim √ = lim = 1,
n→∞ b
n
n→∞
n5
n→∞ 5 + n5 2n2 + 3n n→∞ 5 + n5
logo ambas as séries possuem o mesmo comportamento.
2 2 2
Escolhemos um cn = n5 , 2n +3n5 ≥ n5
n2 n2 n2
P n2 1
5 = 1 , como esta série é uma p-série com p < 1, esta série é divergente. Isso faz
n2 n2
2 +3n
2n√
com que a série n5
seja divergente. Sendo assim, a série dada é divergente.

2
(−1)n+1 n3n+1
P
12)
Solução:
2 3
f (x) = x3x+1 f 0 (x) = x(2−x )
(x3 +1)2
√ x(2−x3 )
x(2 − x3 ) < 0, para x > 3 2, o sinal de (x3 +1)2
é negativo, dizendo assim que f (x) é
decrescente.

n2 n2 1
= lim
lim = lim = 0,
n3 + 1 n→∞ n3 n→∞ n
n→∞
2
logo a série dada é convergente por ser decrescente e limn→∞ n3n+1 = 0.

Page 5
Cálculo IV Cálculo IV, Semi-Presencial Page 6 of 7

P (−2)n n3
13) n!
n 3
Solução: an = (−2)n! n
Aplicando o teste da razão
an+1 2n+1 (n + 1)3 n! 2(n + 1)3 n! 2(n + 1)3 2n3
lim | | = n→∞
lim = lim = lim = lim =
n→∞ an (n + 1)! 2n n3 n→∞ n3 (n + 1)n! n→∞ n3 (n + 1) n→∞ n4

2
= limn→∞ n
= 0 < 1, então absolutamente converge.

sen n1
P
14)
Solução: an = sen n1 Escolhemos bn = 1
n

an sen 1
lim lim 1 n ,
= n→∞
n→∞ bn n

aplicando l’Hopital
−1
n2
cos n1 1
lim −1 = lim cos =1
n→∞
n2
n→∞ n
P1
Então as séries possuem o mesmo comportamento. Sabemos que a série n
é divergente,
logo a série dada também é divergente.

15) Para quais valores de p a série



X 1
n=2 np ln(n)
converge
Solução: Seja p > 1. ja que ln(n) ≥ 1 para n ≥ e, np ln n ≥ np .
P 1
Então comparanado a série dada com np
que é uma p-série convergente, p ≥ 1, a
serie dada é convergente tambem.
Vamos estudar caso p ≤ 1, usamos o teste da integral
Z ∞
1
dx
1 xp ln x

dx
Seja u = ln x seguindo du = x
e x = eu
Z ∞ Z ∞
1 1
p−1
= u(p−1)
du.
0 x x ln(x) 0 e u

Page 6
Cálculo IV Cálculo IV, Semi-Presencial Page 7 of 7

já que p ≤ 1, e−u(p−1) ≥ 1, portanto


Z ∞ −u(p−1) Z ∞ ∞
e du
du ≥ = ln(u) = ∞
0 u 0 u 0

Logo a serie é divergente neste case.

Page 7

Você também pode gostar