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Aula 11 - Engrenagens

Prof.: Ricardo Humberto de Oliveira Filho


INTRODUÇÃO

Denomina-se engrenagem o elemento dotado de dentes externos ou


internos, cuja finalidade é transmitir movimento e potência sem
deslizamento.
INTRODUÇÃO
CLASSIFICAÇÃO

Existem diversos tipos de engrenagens, dentre as principais destacam-se:


• Engrenagens cilíndricas de dentes retos;
• Engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais;
• Engrenagens de formato cônico;
• Parafusos sem fim;
• Outros tipos.
CLASSIFICAÇÃO

• Engrenagens cilíndrica de dentes retos: Possuem dentes paralelos


ao eixo de rotação. Transmitem movimento entre eixos paralelos.
CLASSIFICAÇÃO

• Engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais: Possuem dentes


inclinados em relação ao eixo de rotação da engrenagem. Podem
transmitir rotação entre eixos paralelos ou não. Podem ser utilizadas
nas mesmas aplicações das E.C.D.R. Neste caso são mais silenciosas.

 A inclinação dos dentes induz o aparecimento de forças axiais.


CLASSIFICAÇÃO

• Engrenagens de formato cônico: Possuem a forma de tronco de


cone. São utilizadas principalmente em aplicações que exigem eixos
que se cruzam (concorrentes). Os dentes podem ser retos ou inclinados
em relação ao eixo de rotação da engrenagem.
CLASSIFICAÇÃO

• Engrenagens de formato reto (cremalheira): Neste sistema, a coroa


tem um diâmetro infinito, tornando-se reta. Os dentes podem ser retos
ou inclinados. O dimensionamento é semelhante às engrenagens
cilíndricas retas ou helicoidais. Consegue-se através deste sistema
transformar movimento de rotação em translação.
CLASSIFICAÇÃO

• Parafusos sem fim: O sem fim é um parafuso acoplado a uma


engrenagem (coroa) do tipo helicoidal. Este tipo de engrenagem é
bastante usado quando a relação de transmissão de velocidades é
bastante elevada.
CLASSIFICAÇÃO

• Outras nomenclaturas:
CLASSIFICAÇÃO

Obviamente, cada tipo de elemento está associado a uma aplicação


específica.

De maneira geral, deve-se conhecer as cargas e solicitações que o


sistema de transmissão estará submetido a fim de se optar pelo melhor
elemento.
NOMENCLATURA
NOMENCLATURA
NOMENCLATURA
NOMENCLATURA

• Diametral Pitch (P): É a razão entre o número de dentes (N) da


engrenagem e o diâmetro primitivo (d) [número de dentes por polegada].

• Módulo (m): É a razão entre o diâmetro primitivo e o número de dentes.

 Ambos os termos definem um número padrão para as engrenagens, isto


é, somente engrenagens que possuem o mesmo número poderão
engrenar.

N
P  Sistema Inglês  Diametral Pitch
d
d
m   Sistema Internacional  módulo
N
NOMENCLATURA
NOMENCLATURA

• Circunferência Primitiva: É uma circunferência teórica sobre a qual a


maioria dos cálculos são realizados. As circunferências primitivas de
duas engrenagens acopladas são tangentes. O diâmetro da
circunferência primitiva é o diâmetro primitivo (d).

• Passo frontal ou circular (pc): É a distância entre dois pontos


homólogos, medida ao longo da circunferência primitiva.

d 
pc  m 
N P
NOMENCLATURA

• Circunferência de adendo: um círculo que recobre o topo dos dentes.

• Circunferência de dedendo: círculo que passa pela base dos dentes.

• Adendo: distância radial entre a circunferência primitiva e a


circunferência de adendo.

• Dedendo: distância radial entre a circunferência primitiva e a


circunferência de dedendo.

• Vão ou folga: diferença entre a circunferência de adendo de uma


engrenagem e a circunferência de dedendo da que está acoplada.

• Face do dente: parte da superfície do dente que se encontra acima da


linha primitiva.
NOMENCLATURA

• Flanco do dente: parte da superfície do dente que se encontra abaixo


da linha primitiva.

• Comprimento da face: medida onde os dentes fazem contato, na linha


primitiva.

• Espessura do dente: espessura medida na circunferência primitiva. (É


o comprimento de um arco e não o comprimento de uma linha reta).

• Altura total do dente: É a soma do adendo e do dedendo.


NOMENCLATURA

• Ângulo de ação ou de pressão: É o ângulo que define a direção da força


que a engrenagem motora exerce sobre a engrenagem movida.

 As circunferências de base são os cilindros a partir dos quais as evolventes são geradas.
NOMENCLATURA

Valores usuais para o ângulo de pressão:

14,5o

  ângulo de pressão  20o
 25º

EVOLVENTE

 Como gerar:

Método 1

• Enrola-se uma corda def ao redor


do cilindro de centro O.

• Ata-se um flange parcial B no


cilindro.

• O ponto b do flange é o traçador e a


medida que a corda é desenrolada
o ponto b irá traçar a involuta ac no
flange.
EVOLVENTE

Método 2:

• Uma corda é enrolada no sentido


horário ao redor do circulo de base
da engrenagem 1, esticada entre
os pontos a e b (linha geradora), e
enrolada no sentido anti-horário ao
redor do circulo de base da
engrenagem 2.

• Ao se girar as engrenagens, o
ponto g descreverá as involutas cd
e ef nas engrenagens 1 e 2
respectivamente.
EVOLVENTE

Método 3:

• Dividir o circulo base em ângulos iguais.

• Traçar retas tangentes à circunferência nos pontos “Ai” equidistantes


angularmente.

• Traçar um arco com centro em Ai e raio AiA0 determinando os pontos Bi


quando estes interceptam as tangentes.
PROPRIEDADES BÁSICAS

• Quando 2 engrenagens estão acopladas, seus círculos primitivos rolam


um sobre o outro, sem escorregamento.

• A velocidade no círculo primitivo vale: Vp  r11  r22


1 r2
• E a relação entre as velocidades angulares é: 
2 r1
PROPRIEDADES BÁSICAS

O passo base se relaciona


com o passo circular
(primitivo):

pb  pc .cos 
RAZÃO DE CONTATO

A razão de contato (mc) indica o número médio de pares de dentes em contato.

O contato entre os dentes começa e termina nas intersecções dos círculos de adendo com a
linha de ação.

• Início do contato
• Fim do contato Lab é o comprimento de ação
RAZÃO DE CONTATO

comprimento do arco de ação


qt é o arco de ação

qt  qa  qr
qt Lab Lab  1  mais de um par de dentes em contato
mc    mc 
pc pb pc cos    1  um par de dentes em contato
RAZÃO DE CONTATO

Em situações com razões de contato inadequadas, existem 3 formas de


aumentar essa razão:

• Aumentar o ângulo de pressão;

• Aumentar o número de dentes, impondo o aumento do diâmetro


primitivo, conduzindo ainda a um aumento do comprimento de ação
sobre a linha de engrenamento;

• Aumentar a altura de trabalho do dente a partir do aumento do adendo,


que leva ao aumento do raio externo.
INTERFERÊNCIA
O contato entre porções de perfil dos dentes que não são conjugados é conhecido como
interferência. O contato começa quando o topo do dente movido contata o flanco do dente
motor.

Contudo, quando há interferência, o contato ocorre antes da porção da involuta, isto é abaixo
da circunferência de base.
INTERFERÊNCIA

O número de dentes para que não haja interferência é:

NP 
2k
1  2m  sen 
2
m  m 2
 1  2 m  sen 2
 
N P2 sen 2  4k 2
NC 
4k  2 N P sen 2

• k=1 para dentes de altura completa e 0,8 para dentes modificados.

Caso o pinhão e a coroa tenham o mesmo tamanho:

N
2k
3sen 
2
1  1 
 3sen 2
 
INTERFERÊNCIA
INTERFERÊNCIA
ENGRENAGENS HELICOIDAIS DE EIXOS PARALELOS

A engrenagem de dentes helicoidais causa carregamentos axiais,


exceção é feita às engrenagens tipo espinha de peixe.
ENGRENAGENS HELICOIDAIS DE EIXOS PARALELOS
ENGRENAGENS HELICOIDAIS DE EIXOS PARALELOS

• O número de dentes para que não haja interferência pode ser estimado por:

2k cos  m  m 2  1  2m  sin 2  
NP 
1  2m  sin 2 t  t

N p2 sin 2 t  4k 2 cos 2 
N C max 
4k cos  2 N p sin 2 t

 O menor pinhão que pode correr sobre uma cremalheira é:

2k cos
NP 
sin 2 t
ENGRENAGENS CÔNICAS

Ângulos primitivos:
NP
tan  
NC

NC
tan  
NP

Nº virtual de dentes:

2 rb
N `
pc

Cone de fundo O passo circular é medido na extremidade maior dos dentes


ENGRENAGENS CÔNICAS
ENGRENAGENS CÔNICAS
ENGRENAGENS SEM FIM
SISTEMAS DE DENTES

Padrão que especifica as relações envolvendo adendo, dedendo, profundidade de trabalho, espessura e
ângulo de pressão.

Tamanho de cortadores comerciais.


SISTEMAS DE DENTES
SISTEMAS DE DENTES

Apesar de raras exceções, a largura de face das engrenagens helicoidais deve ser pelo menos 2 vezes o
passo axial para que se obtenha uma boa ação de hélice no engrenamento.
SISTEMAS DE DENTES

A largura de face FG de um parafuso sem-fim deve ser feita


igual ao comprimento de uma tangente ao círculo primitivo entre
seus pontos de intersecção com o círculo de adendo:
EXEMPLO

Encontre as relações de velocidades e de torque, o passo circular, passo base, os


diâmetros primitivos, os raios primitivos, a distância entre centros, o adendo, o
dedendo, a profundidade do dente, a folga, os diâmetros externos, o comprimento
da linha de ação e a razão de contato do par de engrenagens com os parâmetros
dados:

ø=20º; Np=19; Nc=37


os dentes são evolventes no padrão SI, com m=4mm.

N entrada 19
mV   
N saída 37

N saída 37
mT   
N entrada 19
EXEMPLO

• Passo circular:

pc   .m   .4  12,566 mm

• Passo base:

pb  pc .cos   12,566.cos 20º  11,808 mm

• Diâmetros e raios primitivos:

d p  N p .m  19.4  76 mm rp  38 mm

dc  Nc .m  37.4  148 mm rc  74 mm

• Distância entre centros:


C  rp  rc  38  74  112 mm
EXEMPLO

• Adendo e dedendo:

a  1.m  4 mm b  1, 25.m  5 mm

• Profundidade ou altura do dente:

ht  a  b  4  5  9 mm

• Folga:

c  b  a  1 mm

• Diâmetros externos:

Dop  d p  2.a  76  2.4  84 mm

Doc  dc  2.a  148  2.4  156 mm


EXEMPLO

• Comprimento da linha de ação:

r p  a p    rp .cos     rc  ac    rc .cos  
2 2
Z  C.sen
2 2

Z  38  4    38.cos 20º    74  4    74.cos 20º   112.sen20º


2 2 2 2

Z  19,14 mm

• Razão de contato ou grau de recobrimento:


Z 19,140
mc    1, 621
pb 11,808

Se a distância entre centros aumentar 2%, qual será o novo ângulo de pressão?

 cos 20º 
novo  cos1    22,89º
 1, 02 
TRANSMISSÃO POR ENGRENAGENS

Uma transmissão por engrenagens consiste no conjunto de duas ou mais


engrenagens acopladas com o propósito de transmitir o movimento de um eixo
para o outro.

A transmissão de engrenagens é simples quando cada eixo possui apenas uma


engrenagem:

A relação de velocidades é encontrada através da relação:

 N   N   N  N  N N
mV    2    3    4   5   2   entrada
 N3   N 4   N5  N6  N6 N saída
TRANSMISSÃO POR ENGRENAGENS

As relações entre engrenagens intermediárias não são aproveitadas, visto que


sua influência é anulada. Pode-se utilizar uma simplesmente para inverter o
sentido de rotação da saída.

Um par de engrenagens pode ser utilizado para uma relação de transmissão de


até 10:1. Acima desta relação, o par de engrenagens fica muito grande e caro.

Razões maiores podem ser conseguidas por composição de pares adicionais de


engrenagens. Por exemplo, dois pares de engrenagens podem ser utilizados para
razões de engrenamento de até 100:1.

Uma transmissão de engrenagens é composta quando pelo menos um eixo


possui mais de uma engrenagem.
TRANSMISSÃO POR ENGRENAGENS COMPOSTAS

A relação de velocidades pode ser encontrada por:

 N 2  N 4  produto do n o de dentes das eng. motoras


mV       o
 N 3  N 5  produto do n de dentes das eng. movidas
TRANSMISSÃO POR ENGRENAGENS COMPOSTAS

No trem de engrenagens acima, a rotação da engrenagem acionada é:

 N 2   N 3   N 5  
n6          n2
 N 3   N 4   N 6  

Podendo ser expressa por: nmov  mV .nmot


TRANSMISSÃO COMPOSTA REVERSA

Quando o projeto exige que o eixo de saída seja concêntrico ao de entrada, o


sistema é chamado de trem de engrenagens com reversão.

Neste caso, as distâncias entre eixos deve ser a mesma em ambos estágios, assim
uma restrição deve se imposta: r2  r3  r4  r5

O que implica em:

d 2  d3  d 4  d5

Se o módulo for o mesmo para

Os dois pares de engrenagens,

Sabendo que m = d / N:

N 2  N3  N 4  N5
TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS

São dispositivos de 2GDL, enquanto os anteriormente estudados são de 1 GDL.

São necessárias duas entradas para obter uma saída previsível, ou uma entrada
para se obter duas saídas.

Exemplo: Diferencial de automóvel. Um eixo é provido de movimento (eixo


motor), e duas saídas acopladas são obtidas (as duas rodas motoras).
TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS
TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS

Quando a saída é uma engrenagem planeta, o sistema tem pouca utilidade, pois
ela descreve um movimento circular.
Uma configuração mais útil é quando se adiciona um engrenagem anelar (ou
engrenagem interna) ao conjunto e esta é aproveitada como membro de saída.

engrenagem  braço  engrenagem/braço


TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS

Exemplo: Para a transmissão abaixo, suponha:


N2=40 dentes; N3=20 dentes; N4=80 dentes; ωbraço=200rpm; ω2=100rpm
engrenagem  braço  engrenagem/braço
TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS
TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS
TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS

Outro método de solucionar uma transmissão planetária é pela diferença de


velocidades.
Para a primeira engrenagem do sistema:

F  braço  F /braço  F /braço  F  braço

Para a última engrenagem do sistema:

L  braço  L /braço  L /braço  L  braço

Dividindo as relações de velocidade da última engrenagem pela primeira:

L / braço L  braço
 R
F / braço F  braço

Resultando em uma equação para o valor fundamental da transmissão (R), que


define a relação de velocidade para a transmissão com o braço parado.
TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS

O lado esquerdo da equação envolve somente os termos de diferença de


velocidade que são relativos ao braço.
Esta divisão é igual à razão do produto dos números de dentes das engrenagens,
da primeira à última do sistema, de acordo com a relação:

produto do no de dentes das eng. motoras L  braço


R 
produto do n de dentes das eng. movidas F  braço
o

Esta equação pode ser resolvida para qualquer uma das variáveis do lado direito,
contanto que as outras duas variáveis sejam definidas como entradas para essa
transmissão com 2 GDL, isto é, deve-se conhecer as velocidades do braço e de
uma engrenagem ou as velocidades de duas engrenagens.
Outra limitação é que a primeira e a última engrenagens escolhidas devem estar
pivotadas no elo terra, além de possuir um caminho de engrenamento que as
conecte.
TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS

Exemplo: Para o sistema de transmissão mostrado abaixo, considerando a


engrenagem solar 2 fixa à estrutura, determinar as velocidades angulares de saída
nas engrenagens 3 e 4.

N2=100 dentes; N3=99 dentes; N4=101 dentes; N5=20 dentes; ωbraço=100 rpm; ω2=0 rpm
TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS

 Tomando a engrenagem 3 como saída e a engrenagem 2 como entrada:

N2=100 dentes; N3=99 dentes; N5=20 dentes; ωbraço=100 rpm; ωF=0 rpm; ωL=?

 N 2  N5  L  braço  100  20  3  100


           3   1,01rpm
 N5  N3  F  braço  20  99  0  100

 Tomando a engrenagem 4 como saída e a engrenagem 2 como entrada:

N2=100 dentes; N4=101 dentes; N5=20 dentes; ωbraço=100 rpm; ωF=0 rpm; ωL=?

 N 2  N5  L  braço  100  20  4  100


          4   0,99rpm
 N5  N 4  F  braço  20  101 0  100
TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS
TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS
TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS
TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS
TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS

Exemplo: Encontre a velocidade de rotação da engrenagem 2. Os dados do problema se


encontram na tabela abaixo.

Letra N2 N3 N4 N5 N6 ω2 ω6 ωbraço
a) 50 25 45 30 40 ? 20 rpm -50 rpm

L braço L  braço
 R
F braço F  braço
TRENS DE ENGRENAGENS PLANETÁRIOS

O trem planetário é composto pelas engrenagens 3, 4, 5 e 6.


A equação então fica:

L braço 6  braço  N3  N5 
      
F braço 3  braço  N 4  N6 

20   50  25  30 
       3  118 rpm
3   50  45  40 

Encontra-se agora a velocidade de rotação da engrenagem 2:


N entrada N saída
nmov  mV .nmot  nmov   .nmot  nmot   .nmov
N saída N entrada
N3 25
2   .3   .118   59 rpm
N2 50
RENDIMENTO

O rendimento η em um sistema de engrenagens convencional é muito alto, a


potência perdida fica em torno de 1 a 2%, dependendo de alguns fatores, como o
acabamento do dente e a lubrificação.

O rendimento básico de um conjunto de engrenagens é indicado como E0. Um


conjunto de engrenagens externas terá E0 de 0,98. Já um conjunto de engrenagens
interna-externa terá E0 de 0,99 ou maior.

Quando mais de um conjunto é usado para uma transmissão, o rendimento global é


dado pelo produto dos rendimentos individuais de cada estágio.

Por exemplo, uma transmissão de estágio duplo com rendimentos individuais de

0,98, terá um rendimento global η = 0,98² = 0,96.


RENDIMENTO

Em uma transmissão planetária, caso seja bem projetada, o rendimento global


ainda pode ser maior do que para transmissões convencionais.

Contudo, quando mal projetada, o rendimento poderá ser tão baixo que o calor
gerado tornará o sistema inoperante.

Para as transmissões planetárias o rendimento global é calculado utilizando os


rendimentos básicos E0 e uma razão básica ρ, que depende do valor fundamental

da transmissão (R).

se R 1   R

se R 1   1
R
RENDIMENTO

Tomando a transmissão da figura como uma caixa preta, com 3 eixos concêntricos,
nomeados como 1, 2 e braço, que se conectam à saída da transmissão por
engrenagens e a seu braço, respectivamente.

Dois desses eixos podem servir de entrada e o terceiro como saída, em qualquer
combinação.

A partir de uma série de considerações e desenvolvimentos


matemáticos, é possível determinar o rendimento, bem como
outros dados particulares do sistema.

(Veja item 9.10 do livro texto).


RENDIMENTO
TRANSMISSÕES E DIFERENCIAIS

Como funciona um diferencial:


videos\Como funciona o Diferencial (legendado).mp4

Eaton - Transmissão:
videos\Eaton - Transmissão.mp4
ATIVIDADES

Estudar o capítulo 9 do livro texto (Norton).

Resolver os exercícios propostos – Não precisa entregar.

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