Você está na página 1de 51

7 – Engrenagens de dentes retos

Prof. Daniel J. Laporte


Baseado em Norton, Projeto de Máquinas, 4ª edição
Fabricação de engrenagens

Por formação:
• Fundição;
• Sinterização;
• Molde de injeção;
• Extrusão: Usada para formar dentes em eixos longos, que são
então cortados em tamanhos utilizados e então usinados.
Materiais não ferrosos como alumínio;
• Repuxe à frio: Forma dentes em barras de aço ao repuxá-las
através de guias endurecidas;
• Estampagem: Lâminas metálicas podem ser estampadas com
as formas dos dentes.
Fabricação de engrenagens

Usinagem:
• Principal processo de fabricação;
• Acabamento pode ser melhorado por retificação, brunimento ou
polimento de dentes.
Fabricação de engrenagens

Exemplo de Processo de geração


Fabricação de engrenagens: Qualidade da engrenagem
Fabricação de engrenagens: Qualidade da engrenagem

Fpm: pés por minuto

Este índice Qv, que indica a qualidade da engrenagem, será utilizado


posteriormente nos cálculos de dimensionamento.
Fundamentos do engrenamento

• Este formato evita que haja escorregamento


entre os dentes no engrenamento;
• Na prática, verifica-se que os dentes
escorregam, devido às tolerâncias na
usinagem.
Parâmetros do engrenamento
Parâmetros do engrenamento
Equacionamentos iniciais

Ângulo de pressão do dente 𝝓 : Na teoria ele pode ser qualquer valor, entretanto,
ângulos típicos são de 14,5°, 20° e 25°. Ângulo de 14,5° é obsoleto e praticamente não
se usa mais. O de 20° é o mais comum.
Passo circular de referência 𝒑𝒄 :

(1)

Passo circular da base 𝒑𝒃 :


(2)

[𝑖𝑛−1 ] (3)

CALCULEM o 𝑝𝑑 pela equação do slide 12!!! Assim, a unidade 𝑝𝑑 fica em 𝑖𝑛−1


Equacionamentos iniciais

Passo diametral: Combinando as equações 1 e 3, chega-se em outra maneira de


representar o passo circular 𝒑𝒄 :

(4)

(5)

𝒎 é dado em mm, assim, 𝒅 deve estar em mm.


Equacionamentos iniciais

A conversão de um para o outro é:

(6)
Engrenagens padrão - AGMA

Dimensões em POLEGADAS!!!!!! Pois 𝑝𝑑 [𝑖𝑛−1 ]


Interferência por adelgaçamento

• Ocorre quando o dedento do pinhão é muito grande, pelo reduzido


número de dentes.
• Deve sempre ser evitado para não reduzir a seção transversal do dente
sob flexão.
Interferência por adelgaçamento

Para o caso de cremalheiras, o número mínimo de dentes pode ser calculado em


função do ângulo de pressão:
(7)

Para as engrenagens, tabela de referência abaixo:

Para pinhões com diâmetro


pequeno, é possível a
modificação do perfil do dente.
Razão de contato

É a quantidade mínima de dentes em contato no engrenamento. Pode ser calculada:

(8)

Ou

(9)

• A razão de contato para dentes retos deve ser mantida entre 1 e 2;


• Para engrenamento suave, a razão mínima necessária deve ser maior que 1.2;
• Uma razão de engrenamento de 1.4 mínima é preferível;

C é a distância entre centros. Como o passo diametral 𝑝𝑑 é dado em 𝑖𝑛−1 , Z deve ser
dado em polegadas.
Trem de engrenagem

Relação de transmissão total do trem de engrenagem:

(10)
Trem de engrenagem

Relação de transmissão total do trem de engrenagem:


Tensão em engrenagens

Dois modos de falha:


1. Flexão no pé do dente;
2. Esmagamento no contato. Pressão superficial;

Importante!
• No primeiro caso, existe vida infinita para materiais ferrosos. De acordo com teoria
geral de fadiga de materiais;
• Para o segundo caso não! Assim, não é possível projetar uma engrenagem para
vida infinita;

• Assim, nunca se projeta uma engrenagem para que ela rompa no pé do dente,
entretanto, mais cedo ou mais tarde, deve-se esperar falha superficial;
• A mais comum delas é a crateração.
Tensão de flexão

(11)
Tensão de flexão

[MPa] (11)

m: Módulo (em mm)

F: largura da face (em mm) 8 ∗ 𝑚 < 𝐹 < 16 ∗ 𝑚


Tensão de flexão: Fator dinâmico Kv

(12)

(13)

(14)

Vt é a velocidade no diâmetro de referência;


Qv está na tabela 12-7 do slide 6.
Tensão de flexão: Fator dinâmico Kv
Tensão de flexão: Fator km e Ka
Tensão de flexão: Fator de tamanho Ks

Ks=1
Tensão de flexão: Fator de espessura de borda Kb
Tensão de flexão: Fator de ciclo de carga KI
Tensão de flexão: Fator geométrico J
Tensão de flexão: Tabelas fator J
Tensão de flexão: Tabelas fator J
Tensão de flexão: Tabelas fator J
Tensão de flexão: Tabelas fator J
Tensão de flexão: Tabelas fator J
Tensão de flexão: Tabelas fator J
Tensão de flexão: Tabelas fator J
Tensões superficiais

Equação da AGMA, baseada na fórmula de Buckingham

(16)
Tensões superficiais: Fator geométrico I

(17)

+ para eng. Externas


- Para eng. internas
Raios de curvatura do pinhão e da coroa:

𝑥𝑝 é o coeficiente de adendo do pinhão, para dentes padronizados, 𝒙𝒑 = 𝟎.


Tensões superficiais: Fator elástico Cp

(18)
Tensões superficiais: Fator elástico Cp
Tensões superficiais: Fator elástico Cf

Cf=1
Resistência à fadiga de materiais para engrenagem
Resistência à fadiga de materiais para engrenagem
Resistência à fadiga de materiais para engrenagem
Resistência superficial de materiais para engrenagem
Resistência superficial de materiais para engrenagem
Resistência superficial de materiais para engrenagem
Resistência superficial de materiais para engrenagem
Resistência superficial de materiais para engrenagem
Resistência superficial de materiais para engrenagem
Resistência superficial de materiais para engrenagem
Exercícios

Estudar exemplos 12-5 e 12-6 do Livro Norton 4ª ed.


Páginas 716 e 720

Você também pode gostar