Chavetas encontrada pelo torque devido a potência no eixo.
Se o torque
Definição: “parte da maquinaria desmontável que
quando colocada em assentos, representa um meio positivo de
transmitir torque entre o eixo e o cubo”
São elementos padronizados.
• Chaveta paralela:
Possui seção transversal quadrada constante ao longo
do seu comprimento.
Podem ser dividas em quadradas e retangulares. As
primeiras são recomendadas para eixos de 6,5in (US) e 25mm
(ISO), já a segunda para diâmetros maiores.
São laminadas a frio e tem “tolerância negativa” – jamais serão
maiores que as dimensão nominal.
Quando o torque muda de sinal a folga aparecerá
repentinamente ocorrendo uma reação gerando altas tensões.
Um parafuso pode ser colocado para restringir o movimento
axial.
• Chaveta afunilada:
Possui largura constante e altura varia com
afunilamento linear de 1/8 in por ft. É empurrada em um rasgo
cônico no cubo até travar. Serve para travar cubo.
A conicidade (afunilamento) é o que gera o travamento
axial por meio do atrito. A cabeça de quilha é opcional, ela
provê uma superfície para retirar a chaveta. Esse tipo de
chaveta cria excentricidade entre o cubo e o eixo pois forçam
a folga radial para um lado.
• Chaveta Woodruff:
Semicircular plana com seção constante. Esse tipo de
chaveta é utilizado em eixos menores, são autoalinhantes e
preferidas em eixos afunilados. É alinhada da mesma forma
que a retangular, metade da altura no cubo. A forma circular
cria uma penetração mais profunda no eixo, o que o enfraquece
mais.
Tensões em chavetas
Há dois tipos de falha para chavetas: cisalhamento e
esmagamento. O cisalhamento ocorre ao longo da largura na
interface entre o eixo e o cubo e o esmagamento ao longo de
qualquer lado em compressão.
• Cisalhamento:
A área de cisalhamento é a área sendo cortada, neste
caso o comprimento vezes a largura da chaveta. A força é
for constante a força também será, logo poderá encontrar o
coeficiente de segurança pela comparação entre a tensão e o
limite ao escoamento por cisalhamento – limite a tração. Se o
torque for variado a falha será por fadiga, logo deve-se calcular
as tensões médias e alternadas de von misses para utilizar o
diagrama de Goodman modificado e encontrar o coeficiente de
segurança.
• Esmagamento:
A área de esmagamento é a área de contado entre o
lado da chaveta e o eixo ou o cubo. (Ex. chaveta quadrada:
meia altura vezes o comprimento.). Já que a área de
esmagamento da chaveta Woodruff é menor ela falhará
primeiro. Tensões de esmagamento são de compressão, logo a
chaveta não falhará por fadiga, portanto podem ser
consideradas estáticas. O coeficiente de segurança poderá ser
encontrado pela comparação entre o limite de resistência a
tração e tensão máxima.
Materiais de chavetas
As chavetas são feitas para resistirem ao cisalhamento,
logo utilizamos materiais dúcteis, como aço brando e de baixo
carbono. Se o ambiente for corrosivo deve ser utilizado aço
inoxidável. As barras são laminadas a frio.
Projeto de chavetas
A largura da chaveta é determinada pelo diâmetro do
eixo, a altura será determinada pela largura. O comprimento da
chaveta deve ser em função da área cisalhada ou esmagada. A
chaveta atua como um “Fusível”, ela deve ser projetada de
modo a falhar primeiro se houver uma sobrecarga no sistema.
Concentradores de tensão em chavetas
Os concentradores de tensão causados pelos rasgos das
chavetas serão importantes para o dimensionamento do eixo.
Estrias
Quando o torque repassado pela chaveta não é
suficiente utilizamos as estrias. São chavetas usinadas no eixo
com dentes e fresamento no cubo para o acoplamento. O dente
normalmente possui seção transversal quadrada ou involuta. O
dente involuta possui menor concentrador de tensão que o
quadrado. Por padrão o ângulo de pressão de um dente involuta
é de 30° e metade da profundidade de um dentre padrão de
engrenagem.
Vantagens: resistência máxima na raiz do dente,
precisão da forma do dente, bom acabamento superficial.
Todos os tamanhos são padronizados. A estria consegue
acomodar com folga grandes movimentos axiais entre o eixo e
o cubo ao mesmo tempo que transmite torque.
O carregamento é de torção pura, pode ser variada ou
constante. Dois modos de falha são possíveis: esmagamento e
cisalhamento. A tensão de cisalhamento é o fator limitante.
Segundo a SAE apenas 25% dos dentes em contato
partilham a carga do carregamento. O comprimento da estria é
dado por:
0,001 a 0,002 unidades de interferência diametral por unidade
de diâmetro de eixo. Ex.: Eixo de 2in, recebe 0,004in.
Normalmente 0,001 utiliza-se para diâmetro menores que 1in
e 0,002 para diâmetros de 2in a 4in.
Tensões nos ajustes por interferência
O ajuste por interferência cria no eixo o mesmo estado
de tensão que uma pressão uniforme externa a uma superfície.
• Pressão:

• No cubo:

onde dr é o diâmetro da raiz da estria externa, di é o diâmetro

interno (se houver) de um eixo vazado e dp é o diâmetro
primitivo (ou de referência) da estria, que fica
• No eixo:
aproximadamente no meio do dente.
A área de cisalhamento é dada por:

A tensão de cisalhamento leva em consideração apenas O torque pode ser obtido por:
¼ da área de cisalhamento devido a suposição da SAE.

O coeficiente de atrito recomentado é:

• Cubos expandidos hidraulicamente:
As tensões de flexão devem ser calculadas e
combinadas com a tensão de cisalhamento. • Cubos de ajustes por encolhimento ou pressão:
Ajustes por interferência
Também conhecido como ajuste por pressão ou por
encolhimento. Esse ajuste é obtido pela ligeira diferença entre Concentração de tensão nos ajustes por interferência
o diâmetro do eixo e do furo do cubo, o eixo possui diâmetro
maior e é empurrado sobre o cubo por uma prensa utilizando Embora não haja nenhuma alteração da seção
óleo como lubrificação. transversal ao longo do ajuste. O acoplamento pode gerar
A deflexão elástica no cubo linhas de concentração de tensão próximas as extremidades
gera forças de grande intensidade devido a transição abrupta de material incomprimido para
normais e de atrito entre as partes. comprimido como mostra a figura abaixo. Para contornar isso
A força de atrito transmite o torque é feito entalhes no cubo que aliviam as tensões.
e resiste a movimentos axiais. A
AGMA define os cálculos de
ajuste.
Apenas peças pequenas
podem ser ajustadas por pressão.
Para peças grandes é feito o ajuste
por expansão, pelo aquecimento do
cubo e resfriamento do eixo, outro
método é expandir hidraulicamente
o cubo com óleo pressurizado.
A quantidade de interferência
normalmente é aproximadamente