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ENGRENAGENS  Possuem vida longa em relação a outros tipos

de transmissão.
1) DEFINIÇÃO  Resistem bem às sobrecargas.
Denomina-se engrenagem a peça de formato cilíndrico  Custo com manutenção reduzido.
(engrenagem cilíndrica), cônico (engrenagem cônica) ou  Possuem bom rendimento.
reto (cremalheira), dotada de dentadura externa ou  O índice de ruído é maior em relação a outras
interna, cuja finalidade é transmitir movimento sem transmissões.
deslizamento e potência, multiplicando os esforços com
a finalidade de gerar trabalho. 5) TIPOS DE ENGRENAGENS E AS RELAÇÕES DE
TRANSMISSÃO INDICADAS
2) FABRICAÇÃO DE ENGRENAGENS
 Usinagem:
a) Com ferramenta: fresa módulo (o
fresamento com fresa módulo, processo
que não permite a obtenção de um perfil
evolvente correto, resultando num perfil
6) INTRODUÇÃO
aproximado para o dente da engrenagem. A
Estes elementos estão presentes em quase todos os
obtenção do perfil da engrenagem com
sistemas que transmitam potência de uma unidade
erros, gera na mesma um desgaste maior,
motora para uma unidade consumidora. Uma
menor durabilidade e maior ruído durante o
característica importante: em função da configuração ou
funcionamento), fresa de ponta,
arranjo destes elementos, podemos variar (aumentar ou
brochamento.
reduzir) variáveis da transmissão, como por exemplo a
b) Por Geração: fresa caracol (determinada
rotação, velocidade angular e principalmente o torque.
basicamente pelo número do módulo da
engrenagem e o ângulo de pressão),
7) VANTAGENS DAS ENGRENAGENS
cremalheira de corte, engrenagem de corte.
 Evitam o deslizamento entre as engrenagens,
É o processo mais utilizado na indústria.
fazendo com que os eixos ligados a elas
 Fundição: por gravidade, sob pressão, em
estejam sempre sincronizados um com o outro.
casca.
 Tornam possível determinar relações de
 Conformação / Sem retirada de cavaco:
marchas exatas. Assim, se uma engrenagem
a) Forjamento: extrusão, trefilação, laminação,
tem 60 dentes e a outra tem 20, a relação de
forjamento em matriz.
marcha quando elas estão engrenadas é de 3:1.
b) Estampagem: ferramenta de corte.
 São feitas de tal maneira que possam trabalhar
mesmo que haja imperfeições no diâmetro e na
3) QUALIDADE DAS ENGRENAGENS
circunferência reais das duas engrenagens, pois
A norma DIN 3960/3968 especifica 12 qualidades,
a relação de marcha é controlada pelo número
variando da mais precisa 1 até a mais rústica 12.
de dentes.

4) CARACTERÍSTICAS GERAIS
8) CLASSIFICAÇÃO
 São utilizadas em eixos paralelos ou reversos.
 Cilíndrica: dentes retos.
 A relação de transmissão é constante.
 Cônica:
 Transmitem forças sem deslizamento.
a) Engrenagens cônicas retas: se os dentes
 Seu funcionamento é seguro.
forem cortados paralelos ao eixo do cone.
b) Engrenagens cônicas espirais: se os (ou rosca) e, assim, podem criar razões tão
dentes forem cortados em um ângulo de grandes quanto o número de dentes na
espiral ψ com relação ao eixo do cone. O engrenagem sem-fim.
contato entre os dentes das engrenagens
cônicas retas ou espirais tem os mesmos 9) PADRONIZAÇÃO
atributos que as suas contrapartes As engrenagens, hoje em dia, são altamente
cilíndricas, com o resultado que as cônicas padronizadas com relação à forma do dente e ao
espirais trabalham mais silenciosa e tamanho.
suavemente que as cônicas retas, e as  AGMA - American Gear Manufacturers
espirais podem ter diâmetros menores para Association.
a mesma capacidade de carga  ABNT.
 Helicoidal:  DIN.
a) Engrenagens helicoidais paralelas:
engrenam com uma combinação de 10) MATERIAIS PARA AS ENGRENAGENS
rolamento e deslizamento com contato Materiais metálicos resistentes:
começando em uma extremidade do dente  Aço de baixo ou médio carbono laminados a frio
e “varrendo” cruzado pela largura de sua ou a quente.
face. As engrenagens helicoidais são mais  Ferro fundido nodular.
silenciosas e têm menos vibração que as  Bronze.
engrenagens retas por causa do contato  Aço inoxidável.
gradual dos dentes. Engrenagens 11) TIPOS DE PARES DE ENGRENAGENS E
helicoidais paralelas também são capazes CARACTERÍSTICAS
de transmitir níveis elevados de potência.  Engrenagens Cilíndricas:
b) Engrenagens helicoidais cruzadas: a) Dentes Retos (Eixos paralelos):
engrenam diferentemente das engrenagens
 Os dentes são dispostos paralelamente entre si
helicoidais paralelas; seus dentes
em relação ao eixo.
escorregam sem rolamento e estão
 É o tipo mais comum de engrenagem.
teoricamente em contato pontual em vez de
 O de mais baixo custo.
contato de linha como nas engrenagens
 É usada em transmissão que requer mudança
paralelas. Isso reduz severamente sua
de posição das engrenagens em serviço, pois é
capacidade de carregamento de cargas. As
fácil de engatar.
engrenagens helicoidais cruzadas não são
 É mais empregada na transmissão de baixa
recomendadas para aplicações que devem
rotação do que na de alta rotação, por causa do
transmitir torque elevado ou potência.
ruído que produz.
Contudo, elas são frequentemente usadas
 Fácil de ser fabricada.
em aplicações de cargas leves, como
b) Dentes Helicoidais:
distribuidor e comando de velocímetros de
 Os dentes são dispostos transversalmente em
automóveis.
forma de hélice em relação ao eixo. Os dentes
 Engrenagens sem-fim: consiste em um sem-fim
formam uma hélice, que pode ser para a direita
e uma engrenagem sem-fim (também chamada
ou para a esquerda.
de roda sem-fim, ou coroa). Eles conectam
 É usada em transmissão fixa de rotações
eixos não paralelos, sem interseção,
elevadas por ser silenciosa devido a seus
normalmente em ângulos retos entre eles. Os
dentes estarem em componente axial de força
sem-fins normalmente têm apenas um dente
que deve ser compensada por mancal ou h) Dentes Espirais:
rolamento.  Montagem um par cônico com outros cilíndricos.
 Serve para transmissão de eixos paralelos entre  Transmissão de grandes torques.
si e também para eixos que formam um ângulo  Média velocidade.
qualquer entre si (normalmente 60 ou 90°).  Rendimento: 95 a 99%.
 Montagem em vários pares engrenados.  Um dos tipos de maior importância.
 Transmissão de grandes torques.  Grande versatilidade, trabalha com muito
 Sem restrição de velocidade. silêncio e muita potência.
 Rendimento: 95 a 99%.  O principal objetivo de utilizar a engrenagem
c) Dentes Bi Helicoidais / Espinha de peixe: espiral é que ela consegue interagir com outras
 processos de pressurização e também de engrenagens e possui diversas aplicações nas
atomização de óleos pesados (caldeiras, fornos mais diferentes áreas da indústria.
ou queimadores.  As espirais são o máximo em suavidade e
 Este dispositivo tem a função de fazer a quietude de funcionamento e são
redução da velocidade e, ao mesmo tempo, recomendadas para velocidades de até 8000
executar a transmissão da potência. fpm (40 m/s).
 Engrenagens Cilíndricas (Eixos não paralelos): i) Outros dentes:
a) Montagem em vários pares engrenados.  Zerol.
b) Transmissão de baixos torques.  Espiroidal.
c) Pequenas distâncias entre centros.  De Face.
 Engrenagens Cônicas (Eixos que se cortam):  Engrenagem cremalheira:
a) Dentes retos ou helicoidais. a) É uma barra de dentes destinada a
b) É empregada quando as árvores se cruzam. engrenagens em que uma roda deitada.
c) o ângulo de interseção é geralmente 90°, b) Pode transformar um movimento de rotação em
podendo ser menor ou maior. movimento retilíneo ou vice-versa.
d) Os dentes das rodas cônicas têm um formato  Engrenagem de parafuso sem fim:
também cônico, o que dificulta a sua fabricação, a) São usadas quando grandes reduções de
diminui a precisão e requer uma montagem transmissão são necessárias.
precisa para o funcionamento adequado. b) Esse tipo de engrenagem costuma ter reduções
e) A engrenagem cônica e usada para mudar a de 20:1, chegando até a números maiores do
rotação e a direção da força, em baixas que 300:1.
velocidades. c) O eixo gira a engrenagem facilmente, mas a
f) Dentes Retos: engrenagem não consegue girar o eixo. Isso se
 Montagem um par cônico com outros cilíndricos. deve ao fato de que o ângulo do eixo é tão
 Transmissão de grandes torques. pequeno que quando a engrenagem tenta girá-
 Média e baixa velocidade. lo, o atrito entre a engrenagem e o eixo não
 Rendimento: 95 a 99%. deixa que ele saia do lugar. Essa característica
g) Dentes Retos Inclinados: é útil para máquinas como transportadores, nos
 Montagem um par cônico com outros cilíndricos. quais a função de travamento pode agir como
 Transmissão de grandes torques. um freio para a esteira quando o motor não
 Média velocidade. estiver funcionando.

 Rendimento: 95 a 99%. d) Coroa / Sem fim cilíndrico:


 Relação de transmissão de 10 a 100.
 Transmissão de baixas torques. b) A razão de torque ou o ganho mecânico m A é o
 Média velocidade. recíproco da razão de velocidades m V:
 Baixo rendimento: 45 a 95%.

12) TEORIA DO DENTE DE ENGRENAGEM


c) A razão de engrenamento m G é entendida como
 O meio mais fácil de transferir movimento
a magnitude da razão de velocidades ou de
rotatório de um eixo a outro é com um par de
torques, qualquer deles que seja > 1.
cilindros rodando. Este sistema, porém,
apresenta algumas deficiências, dentre as mais
críticas estão a baixa transmissão de torque e a
grande possibilidade de escorregamento. Se o
13) ELEMENTOS BÁSICOS DAS ENGRENAGENS
sistema necessitar de sincronia, o
escorregamento não pode ocorre, assim existe
a necessidade da adição de alguns dentes aos
cilindros rodando, tornando-se então as
engrenagens.
 Quando duas engrenagens são colocadas em
contato para formar um par de engrenagens, é
costumeiro referir-se à menor das duas
engrenagens como um pinhão e a outra como
engrenagem.
 Lei fundamental de engrenamento: afirma que a
razão de velocidade angular das engrenagens
de um par de engrenagens deve manter-se
constante durante o engrenamento. Para a lei
ser verdadeira os contornos do dente nos
dentes engrenagentes devem ser conjugados
um ao outro, através do perfil adequado:
Engrenagem de perfil envolvente (mais
utilizado) e Engrenagem de perfil cicloidal.
 Uma colocação externa inverte a direção de
rotação entre os cilindros e requer o sinal
negativo. Um conjunto interno (e uma correia ou
corrente) terá a mesma direção de rotação nos
eixos de entrada e saída e requererá um sinal
positivo.
a) A razão da velocidade angular mV é igual à
razão do raio de referência (primitivo) da
engrenagem de entrada para aquela da
engrenagem de saída.
 A folga do fundo é a distância radial entre a
circunferência de truncamento e a da raiz.
 Espessura do dente é o comprimento do arco
da circunferência primitiva, compreendido entre
os flancos do mesmo dente.
 O vão dos dentes é a distância tomada em arco
sobre o círculo primitivo entre dois flancos
defrontantes de dentes consecutivos.
 A folga no vão é a diferença entre o vão dos
dentes de uma engrenagem e a espessura do
dente da engrenagem conjugada. Quando
existe tal folga entre duas engrenagens, uma
pode ser girada de um ângulo bem pequeno
enquanto a engrenagem conjugada se mantém
estacionária. Esta folga é necessária para
compensar erros e imprecisões no vão e forma
do dente, para prover um espaço entre os
dentes para o lubrificante e para permitir a
dilatação dos dentes com um aumento de
temperatura.
 Engrenagens de dentes usinados devem ser
montadas com uma folga no vão, de: 0.04 
módulo. Para se assegurar tal folga, a
ferramenta geralmente é ajustada um pouco
mais profundamente do que o normal na maior
das duas engrenagens.
 A face do dente é a parte de superfície do dente
 O círculo primitivo é a base do
limitada pelo cilindro primitivo e pelo cilindro do
dimensionamento das engrenagens e seu
topo.
diâmetro caracteriza a engrenagem. As rodas
 A espessura da engrenagem é a largura da
conjugadas usualmente têm seus círculos
engrenagem medida axialmente (é a distância
primitivos tangentes, se bem que esta condição
entre as faces laterais dos dentes, medida
não seja necessária no caso de engrenagens
paralelamente ao eixo da engrenagem).
de perfil evolvental.
 O flanco do dente é a superfície do dente entre
 A circunferência externa também chamada de
os cilindros primitivo e o da raiz.
cabeça do adendo ou externa, limita as
 O topo é a superfície superior do dente.
extremidades externas dos dentes.
 O fundo do vão é a superfície da base do vão
 O adendo ou altura da cabeça do dente é a
do dente.
distância radial entre as circunferências externa
e primitiva.  O ângulo de ação é o ângulo que a engrenagem
percorre enquanto um determinado par de
 O círculo da raiz é o círculo que passa pelo
dentes fica engrenado, isto é, do primeiro ao
fundo dos vãos entre os dentes.
último ponto de contato.
 O dedendo ou altura do pé do dente é a
distância entre os círculos primitivo e de raiz.
 O ângulo de aproximação ou de entrada é o
ângulo que a engrenagem gira desde o instante
em que um determinado par de dentes entra em
contato até o momento em que este contato se
faz sobre a linha de centros.
 O ângulo de afastamento é o ângulo que a
engrenagem gira desde o instante em que um
determinado par de dentes atinge o ponto sobre
a linha de centros, até que eles abandonem o
contato.
 Distância entre centros: é a distância dos
 O ângulo de aproximação somado com o centros das engrenagens.
ângulo de afastamento resulta no ângulo de
ação.
 A razão ou relação de velocidades ou relação
de transmissão é a velocidade angular da  Equações Básicas:

engrenagem motora dividida pela velocidade


angular da engrenagem comandada. Para
engrenagens de dentes retos está razão varia
inversamente com os diâmetros primitivos e
com o número de dentes.

 Em toda engrenagem existe uma relação


constante relacionando o número de dentes (N)
e o diâmetro primitivo (dp).
a) No sistema métrico esta relação é chamada de
módulo m (em milímetro).
b) No sistema inglês de passo diametral (número
de dentes por polegada).
 Passo é definido como o comprimento do
círculo dividido pelo número de dentes.

 O torque transmitido T se relaciona com


velocidade angular. Assim, um engrenamento é
essencialmente um dispositivo de troca de
torque por velocidade e vice-versa.
 Uma utilização comum de engrenamento é a perpendicular às curvas dos perfis dos dentes
reduzir velocidade e aumentar o torque para em contato, traçado pelo ponto de contato,
grandes carregamentos, como em caixa de passe pelo ponto de tangência das
marchas em automóveis. Outra aplicação circunferências primitivas.
requer um aumento na velocidade e uma  Os dentes de engrenagens podem ser
consequente redução no torque. Nos dois perfilados com curvas quaisquer que obedeçam
casos é geralmente desejável manter uma à lei fundamental de engrenamento.
razão constante entre as engrenagens
enquanto elas giram.
 Uma condição para que a lei fundamental das
engrenagens ser verdadeira é que o perfil do
dente das duas engrenagens deve ser
conjugado ao outro. Uma maneira de se
conjugar as engrenagens é usando o chamado
evolvental para lhes dar forma.

14) PERFIL DO DENTE EVOLVENTAL


 O perfil do dente de engrenagem é definido por
uma curva conhecida como evolvente. Esta
curva permite que o contato entre os dentes das
duas engrenagens aconteça apenas em um
ponto, permitindo uma ação conjugada, suave e
sem muito deslizamento, próximo a uma
condição de rolamento. A medida que as
engrenagens giram, o ponto de contato muda
nos dentes, mas permanece sempre ao longo
da linha de ação. A inclinação desta linha é 15) ENGRENAGENS ENVOLVENTES
definida pelo ângulo de pressão.  Vantagens:

 O início do contato se dá quando o pé da a) Fabricação fácil, pelo fato de os perfis dos

engrenagem motora encontra a cabeça da dentes apresentarem uma única curvatura.

engrenagem movida. b) O engrenamento continua correto mesmo


quando a distância entre os eixos aumenta ou
 Ação conjugada: quando os perfis de dente são
diminui à causa do desgaste ou deslocamento
projetados para produzir uma razão de
dos mancais ou da deformação dos elementos
velocidade angular constante durante o
de transmissão.
engrenamento.
a) Uma razão de velocidades angulares c) O ângulo de pressão se mantém constante
durante todo o engrenamento.
constantes requer uma razão de raios primitivos
d) Os dentes apresentam uma base mais robusta
constante. As linhas de ação de cada ponto de
que as ciclodais de mesmo módulo.
contato instantâneo devem passar pelo mesmo
e) Uma engrenagem pode engrenar com qualquer
ponto fixo.
outra, independente do número de dentes.
b) Condições:
 Desvantagens:
 Para que a transmissão por engrenagens se
a) Sendo os perfis do dentes constituídos por uma
efetue com relação constante, é necessário que
única curva convexa, a superfície de contato
será limitada a uma faixa muito estreita e então, 17) OUTRAS DEFINIÇÕES
existirão pressões elevadas, o que acarreta a  Ângulo de Pressão: O ângulo de pressão  num

um rápido desgaste se estiverem em contínuo engrenamento é definido como o ângulo entre a

movimento. linha de ação e a direção da velocidade angular,

b) Devido a isto e os dentes apresentarem bases de modo que a linha de ação está rotacionada a

robustas, as engrenagens envolventes são mais  graus da direção de rotação da engrenagem


empregadas como engrenagens de força. movida. As engrenagens são fabricadas
atualmente com ângulos de pressão
16) ENGRENAGENS CICLODAIS padronizados para diminuir o custo no processo
de fabricação. Os ângulos de pressão são
14.5, 20 e 25, sendo o mais usado 20.

18) GEOMETRIA DE CONTATO ENTRE


ENGRENAGENS
 As normais de dois pontos de contato se
encontram num chamado ponto primitivo. A
relação entre o raio da engrenagem motora e da
movida permanece constante durante o
engrenamento.
 Outra maneira de se enunciar a lei de
engrenamento de uma maneira mais cinemática
é: as linhas normais ao perfil dos dentes em
todos os pontos de contato devem sempre
passar por um ponto fixo na linha do centro,
chamado de ponto primitivo.
 Os pontos de tangência da linha de ação e dos
círculos de base são chamados pontos de
 Vantagens:
interferência. Quando o dente é suficientemente
longo para se projetar para dentro do círculo de
base do pinhão, a cabeça do dente da
engrenagem tende a penetrar no flanco do
dente do pinhão (se a rotação for forçada), a

 Desvantagens: menos que tenham sido modificados os perfis


caracterizando a interferência. É uma
desvantagem séria das engrenagens
evolventais, sendo máxima quando um pinhão
de pequeno número de dentes se engrena com
uma cremalheira. A interferência diminui a
medida que a engrenagem diminui de tamanho.
 Quando um dente inicia seu contato com o
dente da outra engrenagem e mantém este
contato até o afastamento, a engrenagem
descreve um arco, que é definido como arco de
ação. Entretanto, antes que este arco seja
completado para uma determinado dente, outro
dente inicia seu contato. Em outras palavras,
existe em todo engrenamento um curto espaço
de tempo em que dois dentes estão acoplados
ou em contato ao mesmo tempo, um preste a
concluir e outro iniciando.
 Esta relação do número de dentes em contato
ao mesmo tempo é definida como razão de
condução ou de contato, dado pela relação:

q
mc 
pb
 A razão de contato m c maior do que 1 é
20) ALTERAÇÃO DA DISTÂNCIA DOS CENTROS
indispensável nas engrenagens, evitando
choques e ruídos nos acoplamentos sucessivos  Na fabricação de jogos de engrenagens, é

dos dentes, pelo fato de antes de um dente praticamente impossível por limitações técnicas

desacoplar o outro já estar em contato. Para as no processo de se obter uma distância entre os

engrenagens de dentes retos, esta relação é centros de forma que ela seja ideal.

aproximadamente 1,2, podendo ser maior para  Se o perfil do dente não for evolvente este erro

outros tipos de engrenagens. na distância entre os centros das engrenagens


pode causar variações. A velocidade angular de

19) PINHÃO E CREMALHEIRA entrada não será mais igual a velocidade

 Se aumentarmos indefinidamente o raio de uma angular de saída do engrenamento, violando

engrenagem ela se transformará uma linha reta. assim a lei fundamental das engrenagens.

Uma engrenagem linear é chamada de  Entretanto, se o perfil dos dentes for evolvente,

cremalheira. este erro na distância dos centros não alterará a

 O conjunto pinhão-cremalheira é geralmente relação das velocidades. Esta é a principal

usada na transformação de movimento circular vantagem de dentes com perfil evolvente e

em movimento linear. explica porque é o mais utilizado.

 Devido a essas características é amplamente  Aumentando-se a distância entre os centros o

usado em automóveis, fazendo parte da direção ângulo de pressão aumenta e vice-versa.

do veículo.
21) LUBRIFICAÇÃO EM ENGRENAGENS
 Excetuando-se engrenagens plásticas pouco
exigidas, todo conjunto de engrenagens devem
ser lubrificados para prevenir desgaste
superficial.
 Controlar a temperatura na interface é
importante porque se muito altas, podem
diminuir a vida útil das engrenagens.
 Lubrificante removem calor e separam as
superfícies de um contato direto, reduzindo
atrito.
 Lubrificante suficiente deve ser utilizado para  A rotação da engrenagem leva o lubrificante
transferir o calor gerado por atrito para o meio para regiões que não estão submergidas.
ambiente sem permitir que o engrenamento se  O óleo deve ser limpo de livre de
aqueça em demasia. contaminações, sendo trocado periodicamente.
 A maneira preferida para se lubrificar é  Conjuntos de engrenagens que não podem ficar
colocando as engrenagens em caixas, de modo em caixas, devem ser sempre lubrificadas
que elas ficam parcialmente submergidas. usando graxa, que é recomendada somente
para baixas velocidades e cargas.

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