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Elementos de Máquinas I
André Ferreira Costa Vieira
andrefvieira@usp.br
INTRODUÇÃO
EIXOS: Elemento sobre o qual se assentam partes giratórias de uma máquina e que
recebe destas as cargas de trabalho que devem ser descarregadas na estrutura da
máquina.
Formas construtivas
cheios secção circular articuladas
vasados secção retangular telescópicos
lisas secção hexagonal flexíveis
escalonados perfilados
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INTRODUÇÃO
(de di )³
Wf
32
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TRANSMISSÕES POR
ENGRENAGENS
Definição: A transmissão entre dois elementos tem por objetivo transferir ou transformar
os movimentos e forças em outras com direções e valores diferentes. As transmissões por
engrenagens:
- permitem a transmissão de potência entre eixos relativamente próximos um do outro;
- transmissão de torque sem deslizamento;
- razão de engrenamento constante;
Relação da transmição: relação entre a velocidade angular do eixo motriz e a velocidade
angular do eixo movido
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TRANSMISSÕES POR
ENGRENAGENS
Formas construtivas de transmissões por engrenagens (engrenagens cilindricas)
Aplicações
• eixos paralelos
• um par tem relação de
transmissão i até 4 (normal) , até 8
(extremo) e uso de mais pares 2
Engrenagem
pares i até 45 cilíndrica reta Engrenagem Engrenagem
cilíndrica helicoidal bi-helicoidal
Características
• altas potências ( até 25.000 CV)
• rotações elevadas (até 100.000
rpm)
Engrenagem
• altas velocidades tangenciais (até interna
200 m/s ) Engrenagem Engrenagem
dentes V planetária
• rendimento é de 96 a 99 %
Cremalheira 5
1 de mar
TRANSMISSÕES POR
ENGRENAGENS
Formas construtivas de transmissões por engrenagens (engrenagens cónicas)
Aplicações
• eixos concorrentes
• relação de transmissão i até 6
Características
• mais caras que as engrenagens cilíndricas
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TRANSMISSÕES POR
ENGRENAGENS
Formas construtivas de transmissões por engrenagens (engrenagens descentradas)
Aplicações
• eixos reversos com pequena distância a entre
eles.
• uso típico em eixos traseiros ( diferenciais) de
veículos automotivos.
• grande capacidade de carga.
Características
Engrenagem hipóide
• grau de recobrimento maior diminui os ruídos
de funcionamento
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TRANSMISSÕES POR
ENGRENAGENS
Formas construtivas de transmissões por engrenagens (engrenagens reversas)
Aplicações
• eixos reversos
• carga pequena
Características
• grandes ângulos de hélice
• grau de recobrimento grande
• eficiência menor Engrenagem reversa
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TRANSMISSÕES POR
ENGRENAGENS
Formas construtivas de transmissões por engrenagens (parafuso e coroa sem-fim)
Aplicações
• eixos reversos
• grandes relações de transmissão , i até 30 (normal) até 100 (extremo)
Características
• coroa de bronze para grande velocidade de deslizamento
• rendimento é menor ( 45 % para i maiores, subindo até
90% para i pequenas )
• transmissão silenciosa e grande amortecimento
• para grandes relações de transmissão são mais baratas que Parafuso e coroa sem-fim
as eng cilíndricas
• transmite grandes torques
• potências de até 1.000 CV
• rotações até 30.000 rpm
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ESFORÇOS TRANSMITIDOS
POR ENGRENAGENS
Nomenclatura
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ESFORÇOS TRANSMITIDOS
POR ENGRENAGENS
Nomenclatura Módulo
pc
m MÓDULO
dimensão : mm dp m . z
Módulos usados em
transmissões
1,5 a 5 mm
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TRANSMISSÕES POR
ENGRENAGENS
g2
Pares de Movida
dentes em
contato
Motora
dg1
Pares de dentes em contato Pares de dentes em contato
2 2
1 1
0 0
Linha de ação Linha de ação
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TRANSMISSÕES POR
ENGRENAGENS
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ESFORÇOS TRANSMITIDOS
POR ENGRENAGENS
Pares de dentes em contato
Fr
tg = Fr = Ft . tg
Ft
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ESFORÇOS TRANSMITIDOS
POR ENGRENAGENS
Pares de dentes em contato
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ESFORÇOS TRANSMITIDOS
POR ENGRENAGENS
Força tangencial
Engrenagens cilíndrica reta
Momento torsor
Potência transmitida
Força radial:
Força axial:
Wt (kN)
H (kW)
d (mm)
n (rpm)
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ESFORÇOS TRANSMITIDOS
POR ENGRENAGENS
Engrenagens cilíndricas helicoidais Força tangencial:
Força total:
Força radial:
Força axial:
Wt (kN)
H (kW)
d (mm)
n (rpm) 18
1 de mar
ESFORÇOS TRANSMITIDOS
POR ENGRENAGENS
Componentes da força de contacto Wx, Wy e Wz:
Parafuso e coroa sem-fim
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TRANSMISSÕES FLEXIVEIS
Definição: A transmissão entre dois elementos tem por objetivo transferir ou transformar
os movimentos e forças em outras com direções e valores diferentes. As transmissões por
elementos flexíveis:
- permitem a transmissão de potência entre eixos relativamente distantes um do outro;
- baixo custo;
- permitem acionar vários eixos em simultâneo
Relação da transmissão: relação entre a velocidade angular do eixo motriz e a velocidade
angular do eixo movido
Momento torsor: momento de uma força aplicado a elementos giratórios,
onde o ponto base do momento é o centro de rotação
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TRANSMISSÃO POR CORREIAS
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ROTEIRO GERAL DE PROJETO
DE EIXOS
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VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA
MECÂNICA
Cálculo de Tensão equivalente (eq ) sob Solicitação Estática para eixo circular
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VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA
MECÂNICA
Cálculo perliminar do diâmetro do eixo (d), no caso de secção circular,
considerando torção pura, e conhecendo a potência transmitida (N):
F 2n r 1 1
N - HP
N F r n N Mt n
75 60 1000 716200 Mt - kgf . mm
716200
n - rpm
N N N
M t 716200 d 1,72 716200
3 d 153,893
n n adm n adm
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VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA
MECÂNICA
Cálculo de Tensão equivalente ( ’ ) sob Solicitação Estática
' 2 3 ²
M fr ² Mt ²
' 3 1
Wf ² Wt ² no caso de secção circular: W f Wt
2
1 3 Cálculo perliminar do diâmetro do eixo (d) :
então: ' M fr ² M t ²
Wf 4 M eq 3
d 2,173 sendo: M eq M fr ² M t ²
adm 4
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VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA
MECÂNICA
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VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA
MECÂNICA
Critério de Soderberg
Critério de Godman
simplificado
Critério de Gerberg
Critério de ASME
Critério de Langer
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CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES
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COEFICIENTE DE
CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES
O coeficiente de concentração de tensões depende do material (Kf ou Kfs). Alguns materiais
são menos sensíveis às descontinuidades geométricas.
O coeficiente de sensibilidade q varia entre 0 (Kf=1), quando o material é insensível às
descontinuidades geométricas e 1 (Kf=Kt) quando o material é totalmente sensível:
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COEFICIENTE DE
CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES
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COEFICIENTE DE
CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES
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COEFICIENTE DE
CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES
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VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA
MECÂNICA
Considerando o critério de Godman simplificado, e apenas momentos fletor M e torsor T,
é possivel determinar o diâmetro do eixo:
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VERIFICAÇÃO DA RIGIDEZ
Relação linear entre força (ou momento) e deslocamento (ou giro) na mesma
direcção no ponto de aplicação
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VERIFICAÇÃO DA RIGIDEZ
A grande maioria dos eixos é escalonada e é possível calcular as flexas nos pontos críticos
de diversas forma:
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VERIFICAÇÃO DA RIGIDEZ
b) Método de Madigan
A flecha e a inclinação de cada secção em separado são passadas à secção
seguinte.
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VERIFICAÇÃO DA RIGIDEZ
Flecha Ângulo de
Aplicação
admissível inclinação [rad]
Eixo de máquinas
ferramentas com 0,1 m -
engrenagens Onde:
m = módulo da engrenagem
Motores assíncronos 0,1 -
= entreferro do motor
Construções mecânicas elétrico
0,0002 L -
em geral L = distância entre os
Eixos apoiados em apoios do eixo
mancais hidrodinâmicos - 0,001
ou de lubrificação mista
Eixos apoiados em
mancais de rolamento - 0,008
radial fixo de esferas
Eixos apoiados em
mancais auto - 0,05
compensadores
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VERIFICAÇÃO DA VELOCIDADE
CRÍTICA
Considerando uma força vertical F aplicada a meio do vão, despreza-
se: peso do eixo, inércia do eixo e momento centrífugo
Fext m.a m. ² r m. ² y e
k
FL ³ 48EI
y F .y
48EI l³
Como: Fext F k . y m ² y e
e
me ² y
ky my ² me ² 0 y ou k
k m ² 1
m ²
quando k
1 y , e crit k d / s
m ² m
2 30 k
crit N crit N crit (rpm)
60 m
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VERIFICAÇÃO DA VELOCIDADE
CRÍTICA
Considerando um disco de inércia suportado de massa m a meio do vão (despreza-se: peso
do eixo, inércia do eixo e momento centrífugo)
mgl ³ mg k g
y y
48EI k m y
Como:
30 k 30 g
N crit N crit (rpm)
m y
NOTAS:
A dedução vale para meixo << mdisco
Ntrabalho deve estar fora da faixa 0,7 ~ 1,3 Ncrit.
Pode-se trabalhar numa rotação “A”, superior à Ncrit (correspondente ao
1º modo de vibração natural), passando-se pela Ncrit1 com potência
suficiente e amortecimento alto.
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VERIFICAÇÃO DA VELOCIDADE
CRÍTICA
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VERIFICAÇÃO DA VELOCIDADE
CRÍTICA
1 de mar 41
VERIFICAÇÃO DA VELOCIDADE
CRÍTICA
Método de Rayleigh
O método de Rayleigh é aplicado a um sistema multi-massas composto pelos pesos P 1, P2,
etc., admitindo-se como anteriormente, uma deflexão estática de cada massa de acordo
com a equação y = y0⋅sen(ωt). As deflexões máximas são, então, y01, y02, etc., e as
velocidades v1, v2, etc. A energia potencial máxima para o sistema é:
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VERIFICAÇÃO DA VELOCIDADE
CRÍTICA
Rearranjando:
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VERIFICAÇÃO DA VELOCIDADE
CRÍTICA
Método de Dunkerley
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VERIFICAÇÃO DA VELOCIDADE
CRÍTICA
Da mesma forma que flexional, existe Ncrit torcional
especialmente para eixos d << L.
GJ t
kt
L
d²
Im
8
30 kt
N crittorc
I
neste caso k t - rigidez torcional
(eixo em balanço) I - inércia do disco
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