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Transmissões de Potência

PMR 2201 O emprego de transmissões torna-se necessário


para compatibilizar a velocidade angular ou
conjugado da máquina motriz com a
Transmissões necessidade da máquina acionada, as quais
normalmente são diferentes pelas mais diversas
razões. Estas também podem ser utilizadas para
ajustar o sentido da rotação ou para ligação
de eixos distantes entre si.

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TRANSMISSÃO DA POTÊNCIA 1. Introdução


 Transmissão ideal
Potência de entrada(Pe) = Potência de saída(Ps)
MOTOR TRANSMISSÃO CONSUMIDOR
ωe = Cs.ω
ωs onde ω é a velocidade

Ce.ω
(Máquina Motora) (Máquina Movida) angular e C o conjugado
100 % 100 %
 POTÊNCIA i= ωe / ωs é a relação de redução (cte ≥ 1)
Transmissão IDEAL
 Transmissão real
100 %
 POTÊNCIA Ps = Pe . η , onde η é o rendimento da
< 100 % transmissão e P a potência
Transmissão REAL
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2.1 Transmissões por Rodas de
2. Tipos de Transmissões Atrito

 Transmissões por rodas de atrito;


 Transmissões por correias;
 Transmissões por correntes;
 Transmissões por engrenagens.

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2.1 Transmissões por Rodas de


N Atrito Características Básicas
 projeto não compacto;
Fat = µ x N  montagem entre eixos paralelos;
 relação de transmissão não constante;
D Mt
 distância entre centros precisa;
 relação de transmissão até 6;
Mt = Fat x D/2  potência de transmissão até 200 HP;
 velocidade tangencial de operação até 20 m/s;
 elementos não padronizados (uma solução para
cada problema);
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2.2 Transmissões por Correia
Empregam-se elementos flexíveis, sendo estes
denominados de correias, as quais se apoiam
sobre elementos circulares fixados ao eixo,
denominados de polias. Neste tipo de
transmissão, monta-se uma polia em cada um
dos eixos paralelos que a compõem, e sobre elas
é instalada a correia, a qual deve ser montada
com alguma pre-tensão sobre as polias,
forçando seu contato com estas últimas.
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2.2.1 Tipos de Correias


Definidos pela geometria da secção
transversal da correia:

 Correias Planas;
 Correias em “V” ou Trapezoidais;
 Correias Dentadas ou Sincronizadoras.

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2.2.2 Princípio de Operação


das Correias Planas e “V”
 A transmissão de esforços entre a correia e a  Em função do movimento de rotação da polia
polia é baseada na força de atrito existente entre motora, há um acréscimo de força em um dos
a correia e a polia. tramos da correia e um decréscimo de força no
 A magnitude desta força de atrito é dependente outro tramo.
do valor do coeficiente de atrito estático entre a
 A relação entre as forças atuantes nestes tramos
polia e a correia e da pressão entre a polia e a
correia. é calculada com o emprego da equação de Euler,
 A magnitude desta pressão é dependente da a qual é dependente do coeficiente de atrito
magnitude da força de pré-tensão aplicada na estático e do ângulo de abraçamento da correia
correia. na polia menor.
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Força Normal x Tração
N
N

α
N/2
Nv

Nv = (N/2) / sen α
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2.2.2.1 Tensões nas Correias

 A velocidade tangencial de uma transmissão por


correias é limitada pela força centrífuga que atua
sobre a correia quando a mesma se apoia sobre
as polias. A ação desta força centrífuga tende a
afastar a correia da polia, reduzindo a pressão
existente entre as mesmas e reduzindo a
capacidade de transmissão.

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2.2.3 Relação de
Transmissão
 A relação de transmissão é igual a relação entre
os diâmetros primitivos das polias maior (D2) e
menor (D1) ou seja:
i= D2 / D1

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2.2.4 Comparação entre


Correias Planas e “V”
Característica Correia Plana Correia “V”
Velocidade maior menor
Carga nos maior menor
Mancais
Relação de menor maior
transmissão
Capacidade de não sim
Operação mais
Correias na
Polia
Sincronização não não 23 24
CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS
 projeto não compacto  potência de transmissão até 1500 HP
 projeto simples (elementos padronizados, correias -  velocidade tangencial de operação até 26 m/s
polias)  rendimento elevado (95-98%)
 montagem entre eixos paralelos e até com 4  a correia, sendo um elemento flexível, absorve
correias em paralelo (para correias trapezoidais) vibrações e choques
 escorregamento (1-3%)  funcionamento silencioso
 distância entre centros não precisa e pode variar  vida reduzida das correias
com o uso
 potência de transmissão até 1500 HP
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2.2.5 Correias Sincronizadoras Correias Sincronizadoras

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2.3 Transmissões por


CARACTERÍSTICAS Correntes
 Sincronismo entre eixo motor e movido A transmissão por corrente é alternativa à
transmissão por correias quando se deseja
 Menor peso transmitir potência entre eixos paralelos distantes
 Menor raio de dobramento entre si. Neste tipo de transmissão emprega-se a
corrente, que é um elemento formado por elos
 Maiores velocidades padronizados, montados sobre uma roda
 Menores conjugados dentada, havendo contato entre partes da
corrente e os dentes da roda dentada, sendo que
 Maior custo (correia e polias) é através deste contato que se observa a
transmissão de potência entre a corrente e a roda
dentada.
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CORRENTE DE ROLOS
 As correntes são elementos padronizados, MONTADA
significando que a geometria e as dimensões dos
elos são definidas por normas técnicas.
Conseqüentemente, a geometria dos dentes da
roda também é padronizada, a fim de garantir a
montagem dos elos da corrente. As correntes são
especificadas em função do seu passo, ou seja, a
distância entre os pontos de articulação de um
elo.
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 Como há contato entre os dentes da roda e os
elos da corrente, há a imperiosa necessidade de
lubrificar tais elementos, a fim de evitar o
desgaste dos elos da corrente e dos dentes da
roda dentada.
 A transmissão por corrente apresenta como
modo de falha básico a fadiga das talas (porção
lateral) dos elos da corrente, fadiga superficial
dos rolos e buchas, além do desgaste entre pinos
e buchas.

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EFEITO R2 > R1 => V2 > V1, p/ ω = cte


POLIGONAL
 A transmissão por corrente é sincronizada, V2
V1
porém a mesma não apresenta uma relação de
transmissão constante, pois ocorre o chamado
“efeito poligonal”. Este efeito ocorre em virtude R1 R2
da forma de encaixe da corrente à roda, o qual
forma um polígono e não um arco de
circunferência como nas correias. ω ω

“Pinhão com 6 dentes”


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R= Diâmetro Primitivo da Roda
EFEITO DO DESGASTE

Variação Percentual de Velocidade [ (V2-V1)/V2] x 100


r = R x cos(180/T)
EFEITO T = Número de dentes
N= rpm
POLIGONAL
V1 = 2π r N/60

V2 = 2π R N/60

rpm = rotações por minuto

Número de Dentes da Roda 41 42

2.4 Transmissões por


CARACTERÍSTICAS
Engrenagens
 projeto não compacto
 montagem entre eixos paralelos
 uma só corrente pode acionar várias rodas
 sem escorregamento
 distância entre centros não precisa
 relação de transmissão até 6
 potência de transmissão até 5000 HP
 velocidade tangencial de operação até 17 m/s e rotações de até 5000 rpm
 rendimento elevado (97-98%)
 custo reduzido (85% das transmissões por engrenagens)
 elementos padronizados (correntes e rodas dentadas)

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Transmissões por Transmissões por
Engrenagens Engrenagens
 As transmissões por engrenagens são uma
alternativa às transmissões por correias e
correntes para transmissão de potência entre
eixos paralelos, embora esta possa, dependendo
do tipo de engrenagem, transmitir potência entre
eixos não paralelos.
 A engrenagem pode ser definida como uma roda
dentada e a transmissão de esforços e
conseqüentemente de potência, se dá por meio
do contato entre os dentes de duas rodas
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dentadas, cada qual montada em um eixo. 46

2.4.1 Tipos de Engrenagens 2.4.1 Tipos de Engrenagens

CILINDRICAS DE
DENTES HELICOIDAIS -
ECDH
CILÍNDRICAS
DENTES RETOS
ECDR
PINHÃO -
CREMALHEIRA
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2.4.2 Geometria do Dente de PERFIL DO DENTE – EVOLVENTE DE CÍRCULO
uma ECDR

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CONSTRUINDO A EVOLVENTE DE CÍRCULO CRIANDO DENTES DE EVOLVENTE

CURVA
EVOLVENTE

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DENTES DE EVOLVENTE EM TRABALHO DENTES INTERNOS DE EVOLVENTE

53 54

DENTES DE OUTROS PERFIS ENGRENAGENS MOLECULARES

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2.4.4 Relação de 2.4.5.1 Condição de
Transmissão Engrenamento
Para haver engrenamento entre duas
i= d = Z = n

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engrenagens as mesmas devem apresentar o
d Z n
1 1 2 mesmo módulo e o mesmo ângulo de pressão.
- n1 : velocidade de rotação da engrenagem de menor diâmetro;
 O módulo é definido pela relação entre o
- n2 : velocidade de rotação da engrenagem de maior diâmetro;
diâmetro primitivo e o número de dentes, sendo
- Z1 : número de dentes da engrenagem de menor diâmetro; expresso em mm:
- Z2 : número de dentes da engrenagem de maior diâmetro;
- d1 : diâmetro da engrenagem menor (pinhão) e
m=d/Z
d2 : diâmetro da engrenagem maior (coroa).
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2.4.6
2.4.5.2 Módulos Normalizados Representação
de
Engrenagens

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2.4.7 Características das
Transmissões por 3. Comparação entre Tipos de
Engrenagens Transmissão
 projeto compacto
Vel Sinc η Conjug I Dist. Manut. Custo
 montagem entre eixos paralelos, reversos ou que .
se cruzam Tipo
Rodas Atrito 2 Não 2 2 ≥8 1 3 3
 relação de transmissão constante Correias Planas 4 Não 3 2 ≥5 3 2 2
 distância entre centros precisa Correias 2 Não 3 2 ≥7 3 2 2
Trapezoidais
 relação de transmissão até 8 por par de Correias 3 Sim 4 2 ≥8 3 1 3
Sincronizadoras
engrenagens (exceto coroa/sem-fim Correntes 1 Sim 3 4 ≥6 3 4 3
 potência de transmissão até 2500 HP Engrenagens 3 Sim 4 4 ≥8 1 4 4
 velocidade tangencial de operação até 20 m/s 4 = Alto / Grande
 elementos não padronizados (uma solução para 1 = Baixo / Pequeno
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