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5 – SUPERELEVAÇÃO
5.1 - INTRODUÇÃO
V2
e= - ft
g.Rc
Dada uma velocidade V e escolhido o raio R o valor para a superelevação e deverá estar
compreendido entre os seguintes valores (obedecendo a relação emáx > e1 > e2 > 0):
[e = (V2/g).G - ft
e
Conforto máximo (para V=Vp), mas ft
cresce bruscamente para Rc< Rr
emáx
G
[Gr]
Rr = Vo2/g.emáx
Dessa forma, pode-se concluir que existe uma faixa de valores da superelevação (entre e1 e
e2) que satisfazem as condições de segurança quanto a estabilidade.
Qualquer variação da superelevação em função do raio da curva que fique dentro dos
limites estabelecidos na figura acima, atende às exigências mínimas de estabilidade dos
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veículos na curva. Para escolher a melhor curva que relacione a superelevação com a
curvatura (ou com o raio) deve ser considerado um novo fator, o conforto.
g (e + ft) = V2/Rc
V2/Rc = g.e + g.ft, para V = velocidade diretriz, o termo ge representa a aceleração
centrípeta compensada pela superelevação e o termo gft representa a aceleração centrípeta
não compensada.
emáx
k=
(Cmáx)2
2Rmín Rmín2
e = emáx .
R -
R2
Figura 5.1: curvas de velocidade da AASHTO para valores de emáx igual a 0,04.
Figura 5.2: curvas de velocidade da AASHTO para valores de emáx igual a 0,06.
Figura 5.3: curvas de velocidade da AASHTO para valores de emáx igual a 0,08.
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Figura 5.4: curvas de velocidade da AASHTO para valores de emáx igual a 0,10.
Figura 5.5: curvas de velocidade da AASHTO para valores de emáx igual a 0,12.
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nível a%
a%
e% a%
e% tangente
transição
PROCESSOS DE VARIAÇÃO:
circular E
BE BI
. giro em torno do eixo da pista
e% e%
(mais usado)
transição
. giro em torno do bordo interno
a%
nível
tangente
. giro em torno do bordo externo
a%
a%
A variação da superelevação (desde 0 à e%) deve ser feita dentro da curva de transição,
isto é, a medida que o raio da transição vai diminuindo a superelevação deverá ir
aumentando até atingir o valor de e% no ponto SC do raio Rc, onde a transição concorda
com a curva circular. Assim o comprimento (LR) do trecho de variação da superelevação
deverá ser o próprio comprimento (Ls) da transição.
• quando LRmín > Ls, deve-se analisar a possibilidade de aumentar o Ls para o valor Ls =
Velocidade (km/h)
superelevação 50 60 70 80 90 100 110 120
(e) máxima inclinação relativa entre o perfil dos bordos do pavimento e o eixo da
pista (α)
0,66% 0,60% 0,54% 0,50% 0,47% 0,43% 0,40% 0,37%
Valores de LR (m)
0,02 11 12 13 14 15 17 18 19
0,04 22 24 27 29 31 33 36 39
0,06 33 36 40 43 46 50 54 58
0,08 44 48 53 58 61 67 72 78
0,10 55 60 67 72 77 84 90 97
0,12 65 72 80 86 92 100 108 117
LRmín 28 33 39 44 50 56 61 67
Obs: a Tabela 1 deve ser usada apenas quando Ls < LRmín e o valor de LR estiver abaixo da
linha cheia, caso contrário deve-se adotar o valor da linha (LRmín).
Para pistas com número de faixas maior que duas ou com faixas de tráfego de largura
maior que 3,6 m, a AASHTO aconselha o uso das seguintes relações empíricas:
SN TS SP SC
2% e%
0%
2% 2% 2% 2% e%
Lt Lt
Ls
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TS SC
Qualquer que seja o processo adotado, sempre o giro do pavimento é feito em duas etapas:
a) eliminação da superelevação negativa, feita antes do início da transição
b) obtenção da superelevação e estabelecida para o trecho circular, feita dentro do trecho
de transição.
Quando o giro não é feito ao redor do eixo, o método produz uma descontinuidade na
inclinação dos bordos, na passagem pelo ponto M, quando o centro de giro do pavimento
deixa de ser o eixo da pista e passa a ser o bordo fixo.
as duas pistas em um mesmo plano (só é usado para canteiros estreitos e valores baixos
da superelevação e).
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ao redor dos bordos do canteiro (canteiros com qualquer largura, mantendo os bordos do
canteiro no mesmo nível, obtendo a superelevação das pistas só com o giro do
pavimento).
• as duas pistas são tratadas separadamente resultando uma diferença de cotas entre os
bordos do canteiro (canteiros largos, quando seus bordos em cotas diferentes podem ser
unidos por rampas suaves).
Atualmente o projeto de estradas com mais de uma pista trata essas pistas como estradas
independentes.
SN TS SP SC
2% 6%
0%
2% 2% 2% 2% 6%
Lt = 40,00 m Lt = 40,00 m
Ls = 120,00 m
ESTACA BE
COTA INCLINAÇÃO BE COTA DO EIXO INCLINAÇÃO BI COTABI
(m) (%) (m) (%) (m)
SN 215 + 19,00 800,000 -2 800,070 +2 800,000
216 + 19,00 800,035 -1 800,070 +2 800,000
TS 217 + 19,00 800,070 0 800,070 +2 800,000
218 + 19,00 800,105 +1 800,070 +2 800,000
SP 219 + 19,00 800,140 +2 800,070 +2 800,000
220 + 19,00 800,175 +3 800,070 +3 799,965
221 + 19,00 800,210 +4 800,070 +4 799,930
222 + 19,00 800,245 +5 800,070 +5 799,895
SC 223 + 19,00 800,280 +6 800,070 +6 799,860
224 800,280 +6 800,070 +6 799,860
225 800,280 +6 800,070 +6 799,860
226 800,280 +6 800,070 +6 799,860
227 800,280 +6 800,070 +6 799,860
228 800,280 +6 800,070 +6 799,860
229 800,280 +6 800,070 +6 799,860
230 800,280 +6 800,070 +6 799,860
231 800,280 +6 800,070 +6 799,860
232 800,280 +6 800,070 +6 799,860
233 800,280 +6 800,070 +6 799,860
CS 233 + 4,43 800,280 +6 800,070 +6 799,860
234 + 4,43 800,245 +5 800,070 +5 799,895
235 + 4,43 800,210 +4 800,070 +4 799,930
236 + 4,43 800,175 +3 800,070 +3 799,965
SP 237 + 4,43 800,140 +2 800,070 +2 800,000
238 + 4,43 800,105 +1 800,070 +2 800,000
ST 239 + 4,43 800,070 0 800,070 +2 800,000
240 + 4,43 800,035 -1 800,070 +2 800,000
SN 241 + 4,43 800,000 -2 800,070 +2 800,000
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i2 = 4,0%
Curva 1
i1 = -2,0%
Curva 2
SN TS SC CS ST NS
Ls Dc Ls