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13 Exemplo de cálculo para correia transportadora

13 Exemplo de cálculo para correia transportadora

05234AXX
Fig. 41: Correia transportadora

Cálculo conforme DIN 22101 "Correia transportadora com rolos de apoio"

Forças de Para determinar as forças de resistência ao movimento e as potências daí resultantes,


resistência as forças que se apresentam na correia transportadora são classificadas em:
• forças de resistência principais FH
• forças de resistência secundárias FN
• forças de resistência ao aclive FSt
• forças de resistência especiais FS

A força de resistência principal FH do lado superior e do lado inferior da correia é deter-


minada em comum para os lados superior e inferior, respectivamente. Suposição: Cor-
relação linear entre força de resistência e carga movimentada.

L = comprimento da correia transportadora em m


f = coeficiente de atrito (veja o apêndice); Suposição: f = 0,02
g = 9,81 m/s2
mR = massa total dos rolos em kg
m L’ = carga máxima transportada em kg/m
mG ’ = massa da correia em kg/m
α = aclive médio do percurso de transporte

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Exemplo de cálculo para correia transportadora 13

Forças de resistên- • Forças de resistência a inércia e ao atrito respectivamente, entre o material trans-
cia secundárias portado e a correia, em um ponto de carregamento.
• Forças de resistência ao atrito entre o material transportado e guias laterais.
• Forças de resistência por limador/raspador na correia.
• Forças de resistência à flexão da correia.

A soma das forças de resistência secundárias FN é considerada pelo coeficiente de


atrito C:

Se a parte das resistências secundárias da resistência total for pequena, o coeficiente


de atrito C pode ser tirado da tabela a seguir:

Tabela 7: Coeficiente de atrito C para forças de resistência secundárias em função do


comprimento da correia transportadora
L [m] < 20 20 40 60 80 100 150 200 300
C 3 2,5 2,28 2,1 1,92 1,78 1,58 1,45 1,31
L [m] 400 500 600 700 800 900 1000 2000 > 2000
C 1,25 1,2 1,17 1,14 1,12 1,1 1,09 1,06 1,05

A força de resistência ao aclive da carga transportadora é calculada com a seguinte fór-


mula:

sen

L = comprimento da correia transportadora [m]


g = 9,81 m/s2
m L’ = carga máxima transportada [kg/m]
α = aclive médio do percurso de transporte

Forças de resistên- Forças de resistência especiais são todas as forças de resistências adicionais, até
cia especiais então não relacionadas.

Dados de entrada Uma correia transportadora transporta 650 t de areia (seca) por hora. A velocidade má-
xima da correia é de 0,6 m/s. A velociade deverá estar ajustável mecanicamente pelo
fator 3, para até 0,2 m/s. O percurso de transporte tem 30 m de comprimento. A correia
com 500 mm de largura tem uma massa de 20 kg/m. A massa dos rolos é de aproxima-
damente 500 kg. O diâmetro do tambor é D = 315 mm.

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13.1 Cálculo do motor


Resistências A resistência principal FH do lado superior e do lado inferior da correia é determinada
principais em comum para os lados superior e inferior, respectivamente.
Suposição Correlação linear entre resistência e carga movimentada.

Torque de
aceleração

, ,

Resistência
secundária
,

Resistências ao Não se apresentam.


aclive e especiais

Potência estática

Sem rendimento de redutor e de variador, resulta:

,
,

Motor escolhido DX 112M 4 BMG


PN = 4,0 kW
nN = 1720 rpm
MH/MN = 2,3
JM = 110,2·10–4 kgm2

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Momento de Momento de inércia da massa dos componentes movimentados em linha reta (material
inércia da transportado e correia)
massa externa

Material trans-
portado/ correia ,
, 0,116
1700 rpm

Rolos (cilindros ocos : mR = 500 kg, rA = 108 mm, rl = 50 mm)

Rolos
, , ,

Para se ter um ponto de referência comum do momento de inércia da massa do motor


e momento de inércia da massa externa, respectivamente, o momento de inércia da
massa externa deverá ser "reduzido" pela redução do redutor.

,
Momento de inércia
rpm
da massa reduzida

rpm
, 0,01
1720 rpm

Momento de inércia 0,116 0,01 0,117


da massa total

,
22,2
Torque nominal/ 1720 rpm
torque de aceleração
2,3 2,3 22,2 51,1

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,
Tempo de partida
0,117
, 1720 rpm
,
0,99
18,7
, 51,1
,

,
Aceleração na
partida 0,61
0,99

13.2 Dimensionamento do redutor e do variador

,
Rotação de saída , rpm

Escolha do redutor Trecho do catálogo "Motovariadores", VARIBLOC® com redutor de engrenagens heli-
coidais:
Pm/Pa2 na1 - na2 i Ma1 Ma2 Tipo m
[kW] [rpm] [Nm] [kg]
4,0/3,3 6,0 - 36 103,65 1550 875 R 87/VU/VZ31 DX 112M4 155

Partindo da rotação máxima na2 é escolhido um


R87 VU31 DX112M4 com i = 103,65

Potência nominal Pa2 indica a potência nominal de saída. Este valor deverá ser superior ao da potência
da carga calculada.
Torque / rotação Adicionalmente deverão ser verificados os torques máximos admissíveis em função
das rotações.
Com isso está determinado o acionamento.

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