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Alexsandro de Souza

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Nota: Este artigo é sobre o treinador e ex-futebolista. Para o carnavalesco
brasileiro, veja Alex de Souza.

Alex

Alex atuando pelo Fenerbahçe em 2011

Informações pessoais

Nome completo Alexsandro de Souza

Data de nasc. 14 de setembro de 1977 (44 anos)

Local de nasc. Curitiba, Paraná, Brasil

Nacionalidade brasileiro

Altura 1,76 m

Pé canhoto

Apelido Menino de Ouro[1]


Talento Azul[2]
Alex Cabeção[3]

Professor[4]

Doutor[5]

Informações profissionais

Clube atual São Paulo Sub-20

Posição ex-meio-campista

Função treinador

Site oficial www.alex10.com.br

Clubes profissionais

Anos Clubes

1995–1997 Coritiba

1997–2000 Palmeiras

2000–2002 Parma

2000 → Flamengo (emp.)

2001 → Palmeiras (emp.)

2001 → Cruzeiro (emp.)


2002 → Palmeiras (emp.)

2002–2004 Cruzeiro

2004–2012 Fenerbahçe

2013–2014 Coritiba

Seleção nacional

1995–1998 Brasil Sub-20

1999–2000 Brasil Sub-23

1998–2005 Brasil

Times/Equipas que treinou

2021– São Paulo Sub-20


Última atualização: 12 de fevereiro de 2022

Alexsandro de Souza (Curitiba,[6] 14 de setembro de 1977), mais conhecido


como Alex ou Alex de Souza, é um treinador e ex-futebolista brasileiro que atuava
como meio-campista. Atualmente treina o time Sub-20 do São Paulo.
Ídolo do Coritiba, Palmeiras, Cruzeiro e Fenerbahçe[7] (clube onde o jogador possui
uma estátua[8]), foi um dos jogadores mais talentosos de sua geração. O meia possui
mais de 400 gols na carreira.[9][10] Também defendeu a Seleção Brasileira em 51
oportunidades, balançando as redes 12 vezes.[10]

Carreira como jogador


Coritiba
Iniciou sua carreira nas categorias de base do Coritiba, clube pelo qual tornou-se
jogador profissional em 1995. Estreou no dia 2 de abril de 1995 na vitória por 3 a 1
diante do Iraty pelo Campeonato Paranaense, dando a primeira assistência das 356
da carreira. Marcou seu primeiro gol no dia 7 de junho de 1995, na goleada por 4 a
0 diante do Matsubara, também no Estadual. Neste ano o clube foi vice-campeão da
competição, tendo Alex, aos 17 anos, como destaque do campeonato. [11] Também foi
fundamental para a subida do coxa branca para a primeira divisão, quando no dia
13 de dezembro marcou um belo gol e deu assistência na vitória por 3 a 0 diante do
rival Atlético Paranaense, na partida que garantiu o acesso a elite.[12]
O "Menino de Ouro" (alcunha que ganhou por suas atuações destacadas)
permaneceu no clube até 1997, quando chamou a atenção do Palmeiras. Pelo
Coritiba, disputou 123 partidas, marcando 32 gols e deu 38 assistências. [11]
Palmeiras
Em julho de 1997 transferiu-se para o Palmeiras.[13] O clube viu se desfazer um de
seus elencos mais celebrados e com o apoio da parceira Parmalat, montaria um
novo grupo que também faria história.[14]
No Alviverde, Alex obteve grande destaque e se tornou ídolo da torcida, pela sua
categoria e profissionalismo. Ao lado de grandes jogadores que também marcaram
época no clube, o camisa 10 enfileirou títulos.
Na sua primeira temporada pelo clube, foi vice-campeão brasileiro, perdendo o título
para o Vasco da Gama.[15]
Começou com as conquistas da Copa do Brasil de 1998 e da Copa Mercosul de
1998, ambas em cima do Cruzeiro. Alex brilhou na Mercosul ao marcar em todas as
fases da competição, exceto na final. Após marcar três gols na fase de grupos, fez
de cabeça o gol do empate por 1 a 1 na partida de volta das quartas de final contra
o Boca Juniors da Argentina garantindo a semifinal (haviam vencido a ida por 3 a
1).[16] Na semifinal, fez os dois gols da vitória por 2 a 0 sobre o Olimpia, do Paraguai,
na partida de ida[17] (o Palmeiras venceu a volta por 1 a 0 e foi campeão na final
diante do Cruzeiro). Alex foi artilheiro da competição com seis gols.[18] Foi neste ano
também que veio a sua primeira convocação para a Seleção Brasileira, pelo
técnico Vanderlei Luxemburgo.[19]
No ano seguinte, veio a glória maior. Com grande destaque, Alex foi campeão
da Copa Libertadores da América de 1999, diante do Deportivo Cali, em disputa de
pênaltis.[20] O camisa 10 foi fundamental na conquista palmeirense, com assistências
e gols importantes durante a competição, como os dois marcados na vitória por 4 a
2, diante do Vasco, pela segunda partida das oitavas de final.[21] Mas como momento
áureo, destaca-se a semifinal diante do River Plate da Argentina, onde Alex fez os
argentinos terem pesadelos com uma estupenda partida, marcando dois belos gols
na vitória por 3 a 0 (haviam perdido a partida de ida por 1 a 0) e classificando a
equipe para a final.[22] Ao fim da competição e com o título assegurado, o meia foi
eleito para o onze ideal da América do Sul pelo jornal uruguaio El País.[23] Quatro
dias depois, o Palmeiras faria a segunda partida da decisão do Campeonato
Paulista de 1999 contra o rival Corinthians. Os jogadores do Palmeiras entraram em
campo em ritmo de festa, muitos com os cabelos pintados de verde, em provocação
ao rival pela conquista recente da Libertadores (O Palmeiras eliminou o Corinthians
nas quartas-de-final em disputa de pênaltis antes de ser campeão). A decisão
terminou empatada por 2 a 2, confirmando o título do Corinthians, que havia
ganhado o primeiro jogo por 3 a 0. A partida ficou marcada bela briga generalizada,
quando faltando poucos minutos para o fim, o atacante Edílson, do Corinthians, fez
embaixadinhas respondendo a provocação da equipe palmeirense e ocasionando
uma verdadeira batalha campal entre as equipes.[24] Alex terminou aquele
campeonato como artilheiro com 12 gols marcados.[25]
Em virtude de suas atuações, Alex foi convocado para a Seleção Brasileira,
disputando a Copa América de 1999 onde sagrou-se campeão e também a Copa
das Confederações FIFA de 1999, onde foi vice-campeão e vice artilheiro.[26][27] Em
dezembro, disputou o Mundial de Clubes de 1999 contra o Manchester
United, em Tóquio e mesmo Alex tendo uma atuação destacada (teve um gol mal
anulado na partida[28]) e o Palmeiras sendo melhor que o adversário, os ingleses
venceram por 1 a 0.[29]
Em 2000, iniciou a temporada com a Seleção Sub-23 e venceu o Pré-Olímpico de
Londrina (classificando a equipe para as Olimpíadas de Sydney em 2000), sendo
o capitão e regente da conquista ao lado de Ronaldinho Gaúcho.[30] Pelo clube,
conquistou seu último título logo depois, o do Torneio Rio-São Paulo de 2000, em
final diante do Vasco. Foi o principal nome daquela conquista. Primeiro, eliminou o
rival Corinthians da competição marcando os três gols da vitória por 3 a 1. [31] Depois,
marcou um belo gol de cobertura na semifinal diante do Botafogo.[32] Nas finais, deu
três assistências nas duas partidas e ainda fez a jogada do pênalti, convertido
por Francisco Arce, na goleada por 4 a 0 sobre o Vasco.[33][34] O meia também teve a
chance de vencer mais uma vez a Copa Libertadores da América, na qual contribuiu
com assistências em todas as fases do mata-mata. Após o Palmeiras vencer
o Peñarol e o Atlas, nas oitavas e quartas de final, respectivamente, o clube
enfrentou mais uma vez o rival Corinthians em partida decisiva na competição. Alex
se destacou nas duas partidas dessa semifinal, marcando um gol e dando uma
assistência na derrota na primeira partida por 4 a 3 e mais uma vez, marcando um
gol e dando uma assistência na vitória por 3 a 2 na segunda partida. O Palmeiras
eliminou mais uma vez o rival da competição continental em disputa de
pênaltis[35] (repetindo feito do ano anterior).[36][37] No jogo de ida da final, diante do
Boca Juniors, Alex deu uma assistência no empate por 2 a 2 fora de casa. Após o 0
a 0 no Morumbi pelo jogo da volta, o Palmeiras foi derrotado nos pênaltis, ficando
com o vice-campeonato continental.[38]
Após a competição, o meia pertencente a parceria Palmeiras/Parmalat (que estava
chegando ao fim) foi negociado com o Parma, que pertencia a uma empresa de
laticínios, por US$ 16 milhões de dólares.[39] Somando todas as passagens
pelo alviverde, Alex disputou 241 partidas, marcou 78 gols e distribuiu 56
assistências.[11]
Parma
Empréstimos
Flamengo
No dia 30 de junho de 2000, Alex foi anunciado pelo Parma, da Itália.[40] Logo que
chegou ao país, foi informado pelo técnico Alberto Malesani que não fazia parte dos
planos dele[41], sendo imediatamente emprestado ao Flamengo. Entretanto, o
péssimo momento político e financeiro do clube não ajudou e Alex permaneceu
cerca de dois meses apenas na Gávea. Sem receber salários, atuou apenas em 12
partidas e marcou três gols, sendo devolvido.[42]
Palmeiras
Sem intenção de utiliza-lo, o Parma cedeu empréstimo novamente e Alex regressou
ao Palmeiras. Disputou o Campeonato Paulista de 2001 e foi o artilheiro da equipe
na competição com oito gols.[43] Contudo, o Palmeiras sequer se classificou para a
fase final. Na Copa Libertadores da América de 2001, caiu na semifinal diante
do Boca Juniors. O camisa 10 marcou um gol no empate por 2 a 2 na partida de ida
no La Bombonera[44] e após a repetição do placar no Parque Antártica, o Palmeiras
saiu derrotado na disputa de pênaltis, mais uma vez.[45] No jogo de ida houve um
pênalti não marcado a favor do Palmeiras e no jogo de volta um gol do Palmeiras foi
mal anulado.[46]
Seu empréstimo se encerrou no fim de junho e Alex deixou o clube. [47] Quando iria se
reapresentar ao Parma novamente, descobriu que não receberia os 15% que lhe
era de direito sobre a transferência e resolveu entrar na justiça.[41]
Em seguida, foi convocado para a disputa da Copa América de 2001 com a Seleção
Brasileira. Durante a competição, assinou com o Cruzeiro através de uma liminar
conseguida na Justiça do Trabalho que o desvinculava do clube italiano.[48]
Cruzeiro
Pelo Cruzeiro, disputou, sem destaque, o Campeonato Brasileiro de 2001. Além de
Alex, o clube contava com outras estrelas como Edmundo e Freddy Rincón, contudo
não atingiu o objetivo da temporada e quase foi rebaixado.[49] Durante a disputa do
campeonato, teve sua liminar cassada em ação de advogados do Parma algumas
vezes[50][51], fato que prejudicou seu rendimento em campo. Numa partida contra
o Bahia, o meia, já uniformizado no vestiário, ficou sabendo que não poderia jogar.
Alex afirmaria: "Isso tudo atrapalhou bastante. Eu perdi o sono por várias
noites".[41] Ao fim daquele ano, Alex foi surpreendido com uma decisão da FIFA que
o suspendia do futebol. A entidade não reconhecia a ação conseguida pelo meia,
acusando-o de possuir contrato duplo e o Parma exigia a sua
reapresentação.[52] Após a fraca temporada e a suspensão pela FIFA, Alex foi
dispensado do Cruzeiro no primeiro dia de reapresentação do grupo, pelo
técnico Marco Aurélio, via telefone celular.[53]
O imbróglio entre Alex e Parma passava pela família de Calisto Tanzi (fundador da
Parmalat) em um caso de falsificação da assinatura do meia em um documento
onde ele abriria mão de receber o que tinha direito. Aos 23 anos, Alex entrou numa
verdadeira batalha com a Parmalat e com o clube na justiça italiana para receber o
que tinha direito bem como para apurar sobre a falsa assinatura na documentação.
Alex afirmou que por diversas vezes houve ameaças de advogados da Parmalat
contra ele.[54][55]
Palmeiras
Após ir até à FIFA e entrar em acordo com o clube, que reconhecera a dívida com
ele, Alex foi emprestado novamente ao Palmeiras. Foi naquele ano que o meia faz o
gol mais bonito de sua carreira. No clássico contra o São Paulo em partida válida
pelo Torneio Rio-São Paulo de 2002, aplicou com o lado externo do pé dois
chapéus consecutivos nos defensores adversários, o último deles no goleiro Rogério
Ceni, antes de completar de primeira para o gol, definido naquela noite pelo
locutor José Silvério, como "de placa", na vitória por 4 a 2 do Palmeiras
no Morumbi.[56][57][58]
O momento conturbado de Alex com o Parma e os sucessivos empréstimos que não
lhe permitiram ter sequências no clubes, lhe custaram a ausência na Copa do
Mundo FIFA de 2002. O meia não foi convocado pelo treinador Luiz Felipe Scolari, o
que fora considerado, na opinião popular e midiática, uma das maiores injustiças do
futebol.[59][60][61][62] Mesmo com todos os problemas recentes, Alex sempre estivera
presente na Seleção Brasileira, disputando sucessivas competições e atuando
nas eliminatórias da Copa do Mundo FIFA. Além disso, no Palmeiras, sempre foi o
homem de confiança e parte efetiva nas conquistas do treinador Felipão, com o
Palmeiras. Anos depois daria declarações sobre a ausência como: "Para mim foi
péssimo, porque eu tinha absoluta certeza que iria" e "Eu joguei a maioria dos
jogos, era um treinador que me conhecia, que em várias conversas deixou sempre a
entender que eu participaria. Em um amistoso no Mato Grosso contra a Islândia, tive
uma conversa com o Felipão no corredor, e aquela conversa me dava mais certeza
de que eu jogaria o Mundial".[63]
Com a decepção da não convocação, Alex, que tinha no Palmeiras a vitrine para
evidenciar o seu futebol na expectativa de disputar a Copa, se despediu do clube e
retornou ao Parma.[64] Porém, com todo o desgaste envolvendo os donos do clube, o
diretor Arrigo Sacchi com o qual não tinha relação e o treinador Cesare
Prandelli que não reconhecia sua presença no elenco, Alex atuou em apenas cinco
partidas, marcando dois gols.[65][66] Após resolver sua situação extracampo, enfim teve
o direito de deixar o clube italiano. Com o meia livre, o treinador do Cruzeiro,
Vanderlei Luxemburgo, contrariando a diretoria e a torcida que não queriam o
jogador, banca o seu retorno à Toca da Raposa.[67]
Ida em definitivo Cruzeiro
Alex chegou ao Cruzeiro para a reta final do Campeonato Brasileiro de
2002,[68][69] tendo sua renovação de contrato bancada pelo treinador Vanderlei
Luxemburgo, que tamanha a confiança, chegou a afirmar que pagaria o salário do
jogador do próprio bolso e devolveria o dinheiro investido pelo clube, caso Alex não
emplacasse.[70][71][72] No Cruzeiro o meia viveria a fase mais espetacular de sua
carreira, no ano seguinte.[73][74]
Começou o ano de 2003 com o título do Campeonato Mineiro. Alex foi o artilheiro da
equipe com nove gols, teve o maior número de assistências e foi o destaque do
campeonato.[75] Teve atuações destacadas, como na goleada por 4 a 2, diante do
rival Atlético Mineiro, onde fez dois gols e deu duas assistências, sendo uma delas
de calcanhar.[76] Na goleada sobre o URT, partida que consagrou o time como
campeão antecipadamente, fez gol e deu assistência.[77] E no jogo da entrega das
faixas, marcou três gols, sendo um de letra, na goleada por 4 a 0 sobre o Tupi.[78] Em
seguida, foi o nome da conquista do título da Copa do Brasil. O meia foi decisivo,
marcando gols e dando assistências, praticamente em toda competição. Nas
quartas de final, diante do Vasco, Alex fez gol e deu assistência na vitória por 2 a 1,
no Mineirão e garantiu o empate por 1 a 1, em São Januário.[79] Na decisão diante do
Flamengo, o meia faz história. Alex marcou um lindo gol de letra no empate por 1 a
1, na partida de ida, no Maracanã[80][81][82] e na partida de volta deu três assistências na
vitória por 3 a 1 no Mineirão.[83][84] Alex foi o vice artilheiro da equipe com 6 gols e
maior assistente da competição.[75] Neste ano, foi convocado pela Seleção Brasileira
para a disputa da Copa das Confederações FIFA de 2003.[85] No Campeonato
Brasileiro, Alex foi o grande responsável pela primeira conquista do clube na era de
pontos corridos.[86][87] Foi também o artilheiro da equipe, marcando 23 gols e o maior
assistente do campeonato, com 15 assistências.[75][88] Durante a competição, marcou
gols antológicos como um na primeira rodada contra o São Caetano, dominando na
entrada da área, com o peito, entre dois adversários, driblando o marcador e
encobrindo o goleiro (ganhando inclusive uma placa no hall de entrada do Mineirão
pelo feito)[89] e outro na penúltima rodada contra o Fluminense, no Mineirão,
dominando na área, fingindo que soltaria uma pancada e de costas dando um toque
espetacular por cima do goleiro.[90] Fez partidas magnificas, como a que marcou
cinco gols contra o Bahia na vitória por 7 a 0 na Fonte Nova.[91] Ao fim do
campeonato, foi premiado com a Bola de Prata da Revista Placar como melhor meia
do campeonato e também com a Bola de Ouro como melhor jogador.[92][93] Além
disso, foi eleito mais uma vez pelo jornal uruguaio El País para o onze ideal da
América do Sul.[94] Para muitos, Alex não foi somente o melhor jogador do Brasil
naquela temporada, mas um dos melhores do mundo.
Além do capitão e camisa 10, Alex, a equipe cruzeirense contava com grandes
jogadores como Gomes, Maicon, Luisão, Cris, Claudio Maldonado, Deivid e Víctor
Aristizábal, dentre outros jogadores de muita qualidade, comandados pelo técnico
Vanderlei Luxemburgo[95]. Ao fim da temporada, se tornou ídolo da torcida
cruzeirense. O "Talento Azul", como era chamado pelos torcedores do Cruzeiro, deu
uma entrevista dizendo que "quando o time entrava em campo já sabia que ia
ganhar. Não era salto alto e sim confiança, devido ao empenho e qualidade de
todos.",[96] além de ter escolhido o time como o melhor em que já atuou na
carreira.[97][98]
Em 2004, iniciou a temporada levantando mais uma taça pelo Cruzeiro. O
bicampeonato estadual veio diante do rival Atlético Mineiro.[99] Alex marcou um dos
gols da vitória por 3 a 1 na partida de ida da final[100] (perderam a volta por 1 a 0), foi
artilheiro do campeonato com 14 gols e mais uma vez responsável por uma
conquista do clube.[101][102] Contudo, o time falhou no grande objetivo da temporada,
a Copa Libertadores da América de 2004. A equipe foi eliminada nas oitavas de
final, numa disputa por pênaltis contra o Deportivo Cali. Alex, que marcou um gol de
pênalti na vitória no tempo regular por 2 a 1 (haviam perdido a ida por 1 a 0),
desperdiçou sua cobrança nas penalidades decisivas (Edu Dracena e Dudu também
perderiam).[103][104] O ídolo cruzeirense entraria em campo apenas mais uma vez para
defender as cores do clube, na partida seguinte, fazendo o gol da vitória por 2 a 1
sobre o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro,[105] antes de ser negociado com
o Fenerbahçe, da Turquia.[106][107]
Naquele ano, Alex seria convocado para a disputa da Copa América de 2004 pelo
técnico Carlos Alberto Parreira. Foi capitão da Seleção Brasileira na competição e
levantou a taça após a conquista sobre a Seleção Argentina na disputa por
pênaltis.[108]
Fenerbahçe

Estátua de Alex no Fenerbahçe

Em 5 de junho de 2004 foi anunciado como novo reforço do Fenerbahçe, da


Turquia.[106][109] Começava naquele ano, a trajetória de uma das maiores idolatrias do
futebol mundial. Logo em sua primeira temporada, foi campeão da Süper Lig de
2004–05, sendo vice artilheiro do campeonato com 24 gols e apontado como o
principal jogador da equipe.[110]
Na temporada 2006–07, sua terceira no clube, sob o comando do então
treinador Zico, que lhe transformou em capitão,[111] conquistou novamente a Süper
Lig, sendo dessa vez artilheiro do campeonato com 19 gols marcados e maior
assistente.[112][113] Na mesma temporada, também conquistou a Supercopa da
Turquia de 2007 dando uma assistência na vitória por 2 a 1 sobre
o Besiktas.[114] Ainda em 2007, Alex acertou com o Borussia Dortmund, mas houve
uma mudança e a negociação foi cancelada. O brasileiro também recebeu uma
proposta do Birmingham City, mas preferiu continuar no Fenerbahçe.[115]
Já na temporada 2007–08, Alex ajudou o clube turco a fazer sua melhor campanha
na história da Liga dos Campeões da UEFA, chegando as quartas de final da
competição.[116] Após a equipe vencer o Chelsea na partida de ida por 2 a 1, foi
eliminada ao perder por 2 a 0 na partida de volta.[117][118] O meia foi o maior assistente
da competição, com seis assistências distribuídas.[119]
Em 2009, mais uma conquista. Alex é decisivo mais uma vez ao marcar os dois gols
da vitória por 2 a 0 sobre o Besiktas, conquistando o título da Supercopa Turca. [120]
Na temporada 2010–11, sua sétima pelo clube turco, conquistou pela terceira vez
a Süper Lig, sendo o artilheiro do campeonato com uma grande marca: Alex marcou
28 gols em 33 partidas e também foi o maior assistente da competição. [113][121]
Em 2012 foi peça fundamental na conquista da Copa da Turquia, título que o
Fenerbahçe não ganhava há 30 anos. No jogo da final, contra o Bursaspor, Alex foi
responsável por três assistências, além de marcar um gol no segundo tempo,
fechando uma goleada de 4 a 0.[122]
Em agosto de 2012, após marcar 136 gols com a camisa do Fenerbahçe pela Liga
Turca, reclamou que seu técnico Aykut Kocaman estava tirando-o dos jogos para
que não se tornasse o maior artilheiro da equipe na história da Liga, superando a
marca de 140 gols, estabelecida por Aykut quando este era jogador do clube. [123]
No dia 15 de setembro de 2012, o ápice da sua representatividade para a torcida
ganhou forma: foi inaugurada uma estátua em homenagem ao camisa 10, em frente
ao estádio da equipe, eternizando-o como um dos maiores ídolos da história do
clube. A estátua, que tem o tamanho real do jogador, levou dois anos para ser
concluída.[124] Ao receber a homenagem, Alex chorou e questionou: "o que eu fiz
para isso?", agradecendo a torcida em seu discurso.[8][125]
Mas com todo o imbróglio envolvendo o treinador Aykut que pouco vinha
aproveitando o meia, no dia 1 de outubro de 2012, após oito anos atuando pela
equipe turca, Alex foi dispensado pela diretoria do clube.[126][127][128] Sua saída causou
grande revolta e comoção na torcida que fez vigília em frente a casa do jogador pela
madrugada e queimou foto do presidente do clube.[129][130]
Pelo Fener, disputou 378 jogos e marcou 185 gols, com 162 assistências.[131] O meia
é um dos dez maiores artilheiros da história do clube.
Retorno ao Coritiba
No dia 13 de outubro de 2012, após ser recebido com festa pela torcida
do Coxa no Aeroporto Internacional de Curitiba, Alex afirmou que definiria seu futuro
dentro dos próximos dez dias.[132][133] No dia 17 de outubro, confirmou o acerto por
dois anos com o Coritiba, clube pelo qual se declara torcedor e que o revelara para
o futebol, colocando fim na novela.[134] No dia 18 de outubro,

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