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Branco Futebol Clube.
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CAPES • Google (N • L • A) (Dezembro de 2020)
Rio Branco
História
Rio Branco FC vence o Atlético Paranaense no Arena da Floresta pela Copa do Brasil
O Rio Branco foi fundado na noite do dia 8 de junho de 1919, em uma reunião
ocorrida no Eden Cine Theatro (no local do Cine Teatro Recreio), na Rua 17 de
Novembro no 2º Distrito da cidade de Rio Branco. A reunião foi convocada pelo
advogado amazonense Dr. Luiz Mestrinho Filho, o qual estava na cidade para presidir
uma comissão de inquérito na Agência dos Correios. Compareceram ao todo 16 pessoas,
entre os quais estavam Nathaniel de Albuquerque, Conrado Fleury, José Francisco de
Melo, Mário de Oliveira, Luiz Mestrinho Filho, Alfredo Ferreira Gomes, Manoel
Vasconcelos, Francisco Lima e Silva, Pedro de Castro Feitosa, Jayme Plácido de
Paiva e Melo, que assinaram a primeira ata do clube.
No mesmo dia da fundação, foram sugeridos por Luiz Mestrinho o nome do clube (em
louvor à cidade e ao Barão do Rio Branco) e as cores vermelho e branco. Como
primeiro presidente do Rio Branco, foi escolhido Nathaniel de Albuquerque.
A primeira partida oficial disputada pelo Rio Branco ocorreu no dia 14 de julho de
1919, com vitória por 5 a 0 sobre o Militar Foot-Ball Club, equipe da Polícia
Militar do estado. O primeiro uniforme do Rio Branco era totalmente branco, com uma
grande estrela vermelha no local do distintivo da camisa.
No dia 18 de julho de 1920, o Rio Branco faria sua primeira partida intermunicipal,
com vitória sobre a Seleção de Xapuri pelo placar de 1x0.
Primeiros jogos
Em seu primeiro ano de existência, o Rio Branco disputou alguns amistosos e o
primeiro torneio da Liga Acreana de Esportes Terrestres (LAET) e venceu todos os
jogos, faturando o primeiro título do estado:
A primeira derrota
Em 1920, o Rio Branco continuaria a colher louros no futebol, mas conheceria no
último jogo do ano o amargo sabor da derrota que tanto impunha aos rivais. Os jogos
de 1920:
Primeiros títulos
O ano de 1919 marca o início dos campeonatos no Acre [1]. Promoveu a disputa de um
torneio, a Liga Torneio Initium, no dia 9 de julho daquele ano. O Rio Branco
sagrou-se campeão, vencendo o Acreano por 10x0 e o Ypiranga por 2x0.
No de 1921 é criaçda a Liga Acreana de Esportes Terrestres (LAET). O Rio Branco foi
um de seus fundadores, juntamente com o Acreano Sport CIub e o Ypiranga Sport Club.
No dia 1 de agosto de 1919, teve início o primeiro campeonato oficial da LAET,
disputado em dois turnos. No primeiro, o Rio Branco goleou o Acreano por 4x0 e o
Ypiranga por 8x0. No segundo turno, 3x0 no Acreano e 1x0 no Ypiranga. O time do Rio
Branco que foi campeão da competição estava assim formado: Alfredo; Zé Bezerra e
Olavo; Nobre, Bandeira e Joca; Fortenelle, Gaston, Mello, Jacob e Carlos.
Entre 1922 e 1927, a LAET não organizou o seu campeonato. Os clubes acreanos
tiveram de se contentar com amistosos. Somente em 1928 houve um novo campeonato,
faturado pelo Rio Branco sobre o Ypiranga. Em 1929, o Rio Branco foi campeão[2],
após o fato rompeu relações com a mentora e decidiu não mais participar dos
torneios. O retorno para competições só aconteceu em 1935, com mais um título
estadual, desta vez em cima do América.
Dez anos depois de sua fundação, o Rio Branco inaugurava o seu estádio próprio no
dia 8 de junho de 1929, em um terreno oferecido pelo fundador e chefe de Polícia,
José Francisco de Melo e a sua esposa, dona Isaura Parente. O estádio foi batizado
de Stadium José de Melo, e está localizado na Avenida Ceará. É lá onde a sede do
clube se encontra até os dias de hoje.
Estrela Solitária
Nas décadas de 30 e 40, o Rio Branco reinava absoluto no futebol do Acre,
conquistando nada menos do que 12 títulos estaduais, entre 1935 e 1947, sendo onze
deles organizados pela LAET e o primeiro campeonato organizado pela Federação
Acreana de Desportos (FAD) (criada em 24 de janeiro de 1947). Na anos 1950, o clube
faturou mais cinco títulos estaduais.
Entre 1964 e 1970, o Rio Branco amargou um jejum de títulos, algo incomum para um
clube acostumado com conquistas. A torcida teve que esperar até 1971 para comemorar
outro campeonato.
O tricampeonato da Amazônia
Rio Branco FC contra o Andirá no Estádio O Florestão, em Rio Branco pelo Campeonato
Acreano
Sem poder participar de campeonatos nacionais e de categoria profissional devido a
não serem regularizadas profissionalmente, as federações de Acre, Amapá, Rondônia e
Roraima criaram o Torneio Integração, mais conhecido como Copão da Amazônia. A
primeira edição aconteceu em 1975 em Porto Velho. O Rio Branco debutou na
competição na sua segunda edição, e já faturando o título diante do Baré-RR no
Estádio José de Melo. Em 1977, em Macapá, o Estrelão buscou o bicampeonato, mas
perdeu a grande final para o Moto Clube-RO nos pênaltis, depois de um empate em 1x1
no tempo normal. Em 1978, nova derrota na final para o Moto Clube, desta vez por
1x0 em Boa Vista. A revanche aconteceu em 1979, na casa do adversário, com um 2x1
em pleno estádio Aluízio Ferreira, faturando o bicampeonato. O tricampeonato só
aconteceu 5 anos depois, em 1984, depois de vencer o Baré por 2x0 no dia 23 de
Outubro no estádio Glicério Marques, em Macapá. Em 1986, novo vice-campeonato:
Depois de dois empates (1x1 em Rio Branco e 2x2 em Macapá), o título foi decidido
em um terceiro jogo, com vitória do Trem-AP por 2x1, na capital amapaense. O
torneio deixou de existir após a profissionalização das federações e dos clubes. O
Rio Branco é o segundo maior vencedor do Copão, atrás apenas do Trem-AP, que
faturou 5 títulos.
A conquista do Norte
Após a implantação do profissionalismo no futebol acriano em 1989, o Rio Branco
consolidou seu domínio local, conquistando, até hoje, 13 títulos estaduais. Em
1989, o Estrelão estreou em competições nacionais (representando o futebol estado
pela primeira vez) disputando a Série B do Campeonato Brasileiro. O clube foi a
grande surpresa da competição, sendo eliminado apenas nas oitavas-de-final diante
do Ceará, terminando entre os 16 primeiros e garantindo vaga na Série B de 1990.
O ano de 1997 ficou marcado como o ano mais importante da história do clube, com a
principal conquista da história do clube: a Copa Norte. Após estrear na competição
com um empate sem gols com o Ji-Paraná-RO, o Rio Branco passou por Baré-RR (1x0),
Independência (1x0) e goleou o Nacional-AM (4x1), garantindo o primeiro lugar em
seu grupo e, consequentemente, a vaga para a final.
Queda e reestruturação
Entre 2007 e 2009, o clube fez belíssimas campanhas pela Série C do Campeonato
Brasileiro. Em 2007, o Estrelão chegou à terceira fase da competição. Em um grupo
com ABC-RN, Bahia e Fast-AM, o Rio Branco acabou perdendo a vaga para o octogonal
final no terceiro critério de desempate: o número de gols marcados. A vaga ficou
com o Bahia, em meio à muita polêmica. A equipe terminaria na 10ª colocação na
classificação geral da competição.
Em 2008, a vaga no octogonal final veio após incontestável campanha nas fases
anteriores, sendo líder nos 3 grupos das 3 primeiras fases. Porém, na fase final, o
Rio Branco teria que se superar, viajando mais de 53 mil km em busca da vaga para a
Série B. A tabela o desfavoreceu: Foi o único time do octogonal a não ter jogos
seguidos em casa. Com jogos no meio e fins de semana, as viagens longas e os
pouquíssimos treinos antes das partidas fez o elenco se desgastar bastante, não
conseguindo manter o ritmo das fases anteriores, e terminou o octogonal na última
colocação, a 2 pontos do acesso para a Série B, ficando em 3º lugar na
classificação geral da competição, consolidando novamente a sua força na Região
Norte. O atacante Marcelo Brás foi o vice-artilheiro da série C com 19 gols, e os
jogadores Ley e Zé Marco foram considerados os melhores lateral e volante da
competição, respectivamente.
2010 - 2011
O Estrelão começou bem a temporada 2010, conquistando seu 41º título estadual e a
vaga para a Copa do Brasil 2011. Entretanto, o clube não fez uma boa campanha no
Campeonato Brasileiro. O clube elaborou um projeto em busca tão sonhado do acesso,
contratando jogadores experientes como o goleiro Marcelo Cruz (ex-Bahia, Coritiba,
Fortaleza e Nacional-POR), o zagueiro João Vitor (ex-Paraná Clube), e os atacantes
Marcelo Maciel (ex-Remo, Paysandu e Guarani), Valdir Papel (ex-ABC, Fortaleza,
Sport e Vasco), além do retorno do treinador Tarcísio Pugliese, que comandou o
clube no Octogonal Final da Série C em 2008. O Rio Branco estava no Grupo A da
Série C, junto com os times: São Raimundo-PA, Águia de Marabá-PA, Paysandu-PA e
Fortaleza-CE. No entanto, os resultados não foram satisfatórios, fazendo com que a
diretoria decidisse demitir toda a comissão técnica e mais 5 jogadores, incluindo o
veterano Valdir Papel, pelos péssimos resultados obtidos no primeiro turno.
O Alvirrubro terminou o primeiro turno como o lanterna do seu grupo, com 2 empates
e 2 derrotas. Já no segundo turno, com nova comissão técnica comandada por Everton
Goiano, a equipe enfim se encaixou, conseguindo 2 vitórias e 2 empates, fazendo a
segunda melhor campanha do segundo turno entre todos os clubes da competição.
Porém, a reação foi tardia e o time acabou apenas permanecendo para a Série C de
2011.
Pela Copa do Brasil, o Rio Branco enfrentou o seu antigo parceiro, o Atlético-PR,
na primeira fase da competição. Na primeira partida, o Estrelão se saiu vitorioso
pelo placar de 2x1 na Arena da Floresta. Já no jogo de volta, o clube acabou
perdendo por 3x1 na Arena da Baixada e acabou sendo eliminado do torneio, ficando
na 35ª posição na classificação geral da competição.
Começava aí uma extensa briga judicial. Graças a uma ação da Procuradoria Geral do
Estado do Acre protocolada nos Tribunais de Justiça do Acre(TJ-AC) e do Rio de
Janeiro (TJ-RJ) que revogava a decisão da Justiça Desportiva, em 17 de outubro de
2011 a CBF anunciou a volta do Rio Branco à Série C. A entidade recorreu e, quatro
dias depois, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu suspender os jogos do
Grupo E até que o caso fosse julgado. No entanto, em 26 de outubro de 2011, o Rio
Branco abdicou de sua vaga na segunda fase e aceitou a sua exclusão do torneio. Um
dia depois, a CBF anunciou que o Luverdense-MT, terceiro colocado do Grupo A,
substituiria o Estrelão na segunda fase e faria os 6 jogos determinados.
O caso se encerrou após Rio Branco, CBF e STJD firmarem um acordo extrajudicial em
uma audiência de conciliação no TJ-RJ. No acordo, confirma-se a exclusão do Rio
Branco da Série C 2011, ocorrida pelo Pleno do STJD, confirma-se a participação do
clube na Série C 2012 e o caso se encerra, não sendo levado para a FIFA, com o Rio
Branco ficando imune a possíveis punições. O ponto conquistado pelo clube na
segunda fase foi anulado e o Rio Branco encerrou a sua participação na competição,
terminando em 9º colocado, com 16 pontos.
A grave crise
O ano de 2012 começou de maneira ruim para o clube. Com uma nova diretoria, o clube
passou por grandes reformulações no elenco e se preparava para a disputa da Copa do
Brasil 2012, onde enfrentaria o Cruzeiro-MG. O que ninguém esperava é que o Estado
do Acre passasse pela maior enchente de sua história, onde mais de 140 mil pessoas
foram afetadas pelas águas do Rio Acre. O grande volume de chuvas na região
prejudicou o planejamento do Rio Branco, onde muitos treinos acabaram por ser
cancelados. Sem jogar oficialmente por mais de 5 meses, a falta de ritmo também
prejudicou o elenco. O resultado não poderia ser pior: Jogando em casa, o Estrelão
levou a maior goleada de sua história e a primeira dentro de casa, perdendo para o
clube mineiro por 6x0 e encerrando a sua pior participação na Copa do Brasil.
Todavia, a goleada serviu para mudar os rumos do clube. Depois de uma estreia no
estadual abaixo do esperado e alguns jogos sem demonstrar um bom futebol, a
comissão técnica liderada pelo treinador Samuel Cândido acabou sendo demitida,
juntamente com alguns jogadores e o diretor de futebol Artur Oliveira. Uma nova
mudança começou no decorrer do estadual e a equipe finalmente se encontrou. Próximo
da disputa da Série C, a diretoria acertou a contratação do experiente técnico
Guilherme Macuglia, que assumiu o clube na semifinal do Campeonato Acreano. O
interino, o ex-jogador e ídolo Ico, assumiu o comando de Diretor de Futebol do
clube. Ico impôs um novo padrão de jogo e, com os reforços do goleiro Vanderlei
(ex-Brasil de Pelotas), do lateral-esquerdo Xaro (ex-São Luiz de Ijuí), do zagueiro
Luciano (ex-CRAC-GO) e do meia Thomaz (ex-Caxias-RS), o Rio Branco conquistou, de
maneira invicta e suprema, o seu 43º título estadual, com uma campanha impecável de
14 vitórias e apenas 4 empates, em um aproveitamento de 85%, tendo o melhor ataque
(60 gols), uma média superior a 3 gols por partida. O clube ainda teve o domínio na
seleção do estadual, com 6 jogadores premiados.