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ENGENHARIA

MECÂNICA
Engenharia Mecânica
Máquinas de levantamento de fabricação seriada:

Macacos:
 Destinam-se a elevação de carga a pequena altura, com ou
sem deslocamento horizontal, a pequena distância.

 Podem ser: mecânicos, hidráulicos, ar comprimido

 A equação fundamental para essas máquinas é:

Torque motor x rendimento = torque de carga x redução


Engenharia Mecânica
Macacos Mecânicos – Parafuso:

rm – raio médio do parafuso = dm/2


h – passo da hélice
β – ângulo da rosca – tg(β)=h/(2π.dm)
f1=tg(φ) – coeficiente de atrito
η - rendimento
rp – raio médio da porca
Engenharia Mecânica
Macacos Mecânicos – Parafuso:

O torque da carga na subida (+) e na descida(-) é:


M Q  Q.tg (    ).rm

Levando em conta o atrito da porca de


acionamento, tem-se:


M Q  Q. tg (    ).rm  ( f1.rp ) 
Engenharia Mecânica
Macacos Mecânicos – Parafuso:

O rendimento será:
tg (  )

rp
tg (    )  f1.
rm

Quando motorizados, a potência é:


Q.v
N
 .75
onde v, é a velocidade de levantamento de carga.
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Macacos Mecânicos – Cremalheira
 São macacos que usam como elementos redutor o par cremalheira/pinhão
cicloidal, este último geralmente com 4 dentes.

 Nos macacos de maior capacidade de carga ainda existe um trem de


engrenagens composto entre a alavanca de acionamento e o pinhão final.

 Tem capacidade variando entre 1 a 30 t.

 Rendimento médio é de 65%.

 A cremalheira sofre compressão excêntrica e flexão devendo-se verificá-la


quanto a flambagem.
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Macacos Mecânicos – Cremalheira
 Equação fundamental é:
Torque motor x rendimento = torque da carga x redução

Q.r1
P.L. 
i

Onde,
i, relação de transmissão.
R1, raio primitivo do pinhão;
L, raio da alavanca de manobra;
P, força de acionamento (5 a 30 kg).
Engenharia Mecânica
Macacos Hidráulicos:
 São máquinas de bom
rendimento mecânico (70 a
80%) e podem levantar cargas
de até 500t, capacidade que não
é atingida pelos macacos
mecânicos.
 São compostos por um cilindro
de carga, acionado por uma
bomba hidráulica de pistão.
 O pistão da bomba é
comandado por uma alavanca
através de um excêntrico.
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Macacos Hidráulicos:

Equação Fundamental
2
Q.d .r
P 2
D .l.
Onde,

D – diâmetro do cilindro de carga


d - diâmetro do pistão da bomba
l – comprimento da alavanca
r – raio do excêntrico
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Talhas:

São máquinas que proporcionam grandes


deslocamentos verticais, a capacidade máxima girando
em torno de 10 a 15 toneladas, podendo ser
motorizadas ou não, com ou sem movimento de
translação, no primeiro caso constituindo as monovias.
Os três tipos são: coroa sem fim; planetária e diferencial.
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Talhas – Monovias

São máquinas constituídas por um


redutor de velocidade ligado a um
tambor e polias de acionamento e
suspensão de carga. São usadas para
grandes alturas de elevação,
empregando cabos de aço ou
correntes.
Podem ser: manuais ou elétricas. As
manuais são: coroa sem fim;
planetárias e diferencial. As talhas
elétricas ou manuais com movimento
de translação sobre uma aba inferior
de uma viga em I, são chamadas de
monovias.
A capacidade de carga entre 10 a 15 t.
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Talhas – Coroa Sem-Fim
Lançam mão da grande redução
proporcionada pelo mecanismo sem
fim-coroa, da ordem de 1/40.
A equação de equilíbrio é:

F.r.i.η = Q.r1

onde, r/r1 é a relação de redução


fornecida pelas polias de acionamento
e de carga.
β e φ são os ângulos do parafuso e de
atrito.
O rendimento é:

tg 

tg (    )
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Talhas – Coroa Sem-Fim
Dependendo do ângulo de inclinação da hélice do parafuso o
sistema poderá ser reversível ou irreversível. Quando for
reversível, usa-se um freio catraca (bico de papagaio) fixado no
eixo.
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Talhas Planetárias:
Estas talhas manuais
usam como redutor um
trem de engrenagens
epicicoidais, e se
distinguem
externamente da coroa
sem fim por possuírem
as duas polias situadas
em planos paralelos.
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Talhas Planetárias:

Equação fundamental:

Q.d .
F
D.
Onde,
∆ - é a redução do trem de
engrenagens planetárias

Z1 Z 3

Z1 Z 3  Z 2 Z 4
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Talhas Planetárias:
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Talhas Weston ou Diferenciais:

São chamadas de talhas diferenciais,


pois lança mão da diferença de raios
entre duas polias solidárias uma com a
outra e com o número de encaixes Z
para a corrente diferindo da unidade.
Estas duas polias com 12 e 11 dentes,
por exemplo constituem a parte superior
do aparelho e sua redução. O conjunto
é completado por uma polia inferior.
Uma corrente sem fim serve de
elemento de carga e manobra.
O mecanismo é sempre irreversível por
que o coeficiente de atrito aço/fofo é
superior a 0,15.
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Talhas Weston ou Diferenciais:

Na subida o trabalho motor é:

 .D.F

e o resistente é:

 .( D  D1 ).Q / 2

Equação fundamental:

2.D.F .
Q
( D  D1 )
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Talhas Especiais – Tifor

O deslocamento do cabo se
faz através de dois maxilares,
deslocando-se
alternativamente em sentidos
opostos e que prendem o
cabo também alternativamente
como duas mãos de aço.
Assim, o curso do cabo é
ilimitado. O acionamento se
faz pelo movimento alternativo
de um braço. Uma outra
alavanca libera o cabo.
Capacidade de até 3 t.
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MECANISMOS DE TRANSLAÇÃO:
Estes dispositivos são classificados em mecanismos de translação para
mover carrinhos e guindastes sobre trilhos de rolamento e mecanismos
para guindastes sem trilhos, com pneus de borracha e esteiras.

Os mecanismos de translação de carrinhos de guindastes podem ser de


acionamento: manual; elétrico; por cabo.
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O mecanismo de translação constitui:

 Motor ou polia de manobra num acionamento


manual;

 Transmissão entre as árvores, motora e movida, das


rodas do carrinho;

 Rodas de translação sobre trilhos de rolamento;

 Estrutura do carrinho, acomodando os mecanismos


de translação.
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Mecanismo de translação sobre trilhos.

 Para Carrinhos manuais ou a


motor de quatro rodas, com
suspensão simétrica da carga,
a força exercida sobre cada roda
será:

Q  GO G
Fmáx  Fmín  O
4 4

 Onde:
Q – é o peso da carga;
Go – é o peso do carrinho;
F.– é a força exercida sobre cada
roda.
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 Para Carrinhos manuais


ou a motor de quatro
rodas, com suspensão
assimétrica da carga, com
dois mecanismos de
elevação (carga principal e
auxiliar), a força exercida
sobre cada roda será:

G Q.b2
Fmáx  A  0 
4 2.b

G
Fmín  B  0
4
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Mecanismos de translação sobre trilhos:
 Rodas: são mecanismos utilizados nos sistemas de elevação
para rolagem dos equipamentos.
 No caso de pontes rolantes servem para realizar o movimento
de translação.

Roda motriz do sistema de translação


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Rodas Normalizadas
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Especificação das Rodas
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 Trilhos: são sistemas mecânicos que


servem de pista para o rolamento das
rodas.

 Suas aplicações são notadas em sistemas


de transporte público como metrô, ferrovias
e bondes, bem como em equipamentos
industriais como pontes rolantes.
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Engenharia Mecânica
Para determinar-se a largura útil do boleto do trilho [b]
utiliza-se as seguintes fórmulas:

 Para trilhos com superfície de rolamento plana b  l  2.r


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Para determinar-se a largura útil do boleto do trilho [b]
utiliza-se as seguintes fórmulas:

4
 Para trilhos com superfície de rolamento curva b  l  .r
3

Obs.
Estas fórmulas dão, para uma mesma largura do boleto do trilho, uma superfície de
rolamento mais larga para um trilho curvo, considerando-se portanto um melhor
contato roda-trilho para um trilho ligeiramente curvo.
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Especificação dos Trilhos
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Especificação dos Trilhos
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Dimensionamento de rodas/trilhos:
RODAS:

Na especificação correta do diâmetro das rodas, deve ser levado em


consideração:
a) A carga a ser suportada;
b) O material que a constitui;
c) O tipo de trilho em que rola;
d) A sua rotação; e
e) O grupo em que está classificado o mecanismo.

• No dimensionamento de uma roda deve-se verificar se a mesma é capaz


de suportar a carga máxima a que deve ser submetida e se é capaz de
assegurar, sem desgaste excessivo, o serviço normal do equipamento.
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Dimensionamento de rodas/trilhos:

Pela ABNT

DRmin ≥

Onde:
P – carga sobre a roda (Kgf)
K – coeficiente de carga (Kgf/mm)
b – largura útil do trilho (mm)
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O coeficiente K é obtido através da seguinte relação:

K = PL . C1 . C2

Onde:

PL – pressão dada em função do material ou da rupζ


C1 – coeficiente em função da rpm
C2 – coeficiente em função do grupo mecânico

Obs. ζ ≈ 0,35 HB mm2


rup
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TABELAS:
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OBSERVAÇÕS:

1. A tabela de PL é fornecida referindo-se aos Aços Comuns.

Para FoFo Nodular, deve-se usar PL = 0,50.


O FoFo Nodular é usado em equipamentos de baixa capacidade, visando a
economia do custo.

2. A largura útil do trilho, quando não tabelada, é fornecida pela fórmula:

3. Os valores de PL, C1 e C2 são válidos para diâmetros de rodas iguais ou


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Dimensionamento de rodas/trilhos:

Pela DIN

D=

Onde:
P = carga sobre a roda (kgf)
K = coeficiente de carga (Kgf / cm2)
b = largura útil do trilho
D = diâmetro da roda.
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Para o valor do coeficiente de carga:
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Diagrama para determinação do coeficiente de carga da roda sobre o trilho:
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Exercício 01: Para uma ponte rolante, determinar o diâmetro da roda de translação da mesma,
com suspenção simétrica:
Dados:
Ponte com 8 rodas Velocidade de translação = 70 m/min
Trilho TR – 50 Serviço pesado
Dureza da roda = 150 HB Capacidade Q = 40 ton
Peso da ponte G = 60 ton
Peso do carro Go = 26 ton

Fmáx. = = = 8.250 Kgf

Dimensionamento de rodas/trilhos: Pela DIN


D=
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Dimensionamento de rodas/trilhos:

Pela DIN
D=
Onde:
P = carga sobre a roda (kgf)
K = coeficiente de carga (Kgf / cm2)
b = largura útil do trilho
D = diâmetro da roda.

Para o valor do coeficiente de carga:


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Para o valor do coeficiente de carga:
Serviço pesado
Dureza da roda = 150 HB

Velocidade de translação = 70 m/min = 70 m/ 60 s = 1,16 m/s.

Diagrama para determinação do coeficiente de carga da roda sobre o trilho:

K = 52 Kgf/ cm2
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C = b = 68,2 mm
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Para o valor do coeficiente de carga:
Serviço pesado
Dureza da roda = 150 HB

Velocidade de translação = 70 m/min = 70 m/ 60 s = 1,16 m/s.

K = 52 Kgf/ cm2
K = 0,8 * 52 Kgf/cm2 = 41,6 Kgf/cm2
C = b = 68,2 mm

D = = 29,07 cm = 290 mm
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Exercício 02:
Feitos os cálculos de resistência dos materiais, chegou-se ao valor de 10 toneladas, para o peso
na roda que movimentará uma ponte rolante cuja estimativa é de 6.300 horas de vida para uma
carga de aproximadamente 30% da total na metade do tempo de uso. A ponte rolante funcionará a
80 m/min., o material da roda tem dureza superficial de 170 HB e o trilho será TR – 32. Obter o
diâmetro da roda para translação da ponte.

Exercício 03:
Verificar se há possibilidade de se utilizar algumas rodas em estoque de diâmetro 630 mm, sendo
que nos cálculos, obteve-se uma reação de 60 toneladas. Está se utilizando trilhos TR-37 para
uma ponte de 8 rodas, sendo que por questões de vibração, a velocidade não ultrapasse 30
m/min.
Especifica-se a dureza da roda de 170 HB e a ponte é para serviços pesados.

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